Embora seja um sistema bastante completo, o Windows não é
capaz de suprir todas as necessidades dos usuários sem o auxílio de softwares
adicionais. No entanto, quanto maior o número de “penduricalhos”, maior o
consumo de recursos do computador e o risco de incidentes de segurança. Então,
sempre que você realizar suas manutenções periódicas (você faz isso, não é?),
comece “cortando a gordura” pela lista dos aplicativos.
Note que desinstalar softwares não se limita a excluir suas
respectivas pastas de C:\Arquivos de programas. Isso porque, ao ser incorporado
ao sistema, um programa pode distribuir arquivos por diversas pastas, fazer
modificações no Registro, e por aí vai, e uma desinstalação incorreta
certamente deixará para trás um bocado de “entulho” que poderá acarretar
problemas. Softwares de boa estirpe normalmente incluem um
desinstalador nativo. Em Iniciar>Todos os programas, clique na entrada
referente ao aplicativo que você deseja remover e procure algo como UNINSTALL,
DESINSTALAR (ou algo do gênero), assegure-se de que o programa não esteja sendo
executado e comande a desinstalação. Ao final, mesmo que não lhe seja
expressamente solicitado, reinicie o computador; quando o Windows tornar a ser
carregado, rode o CCLEANER (ou outra suíte de manutenção de sua preferência; digite
manutenção no campo de busca do Blog e clique em pesquisar para localizar
diversas sugestões, tanto pagas quanto gratuitas).
Na tela principal do CCLEANER, pressione o botão LIMPEZA, clique em Analisar, aguarde a exibição da lista dos arquivos inúteis e clique em EXECUTAR LIMPEZA. Pressione então o botão REGISTRO, clique em Procurar erros; ao final da varredura, clique em CORRIGIR ERROS SELECIONADOS e siga as
instruções para a conclusão do processo. Note que o botão
FERRAMENTAS dá acesso a quatro módulos, sendo que o primeiro espelha o
applet Adicionar ou remover programas do Windows (tanto faz comandar a
desinstalação por lá ou por cá).
Infelizmente, sempre existe o risco de alguma desinstalação
resultar incompleta ou mal-sucedida. Às vezes, o ícone e outros elementos do
programa continuam sendo exibidos, embora você receba uma mensagem de erro ao
clicar neles; em outros casos, a entrada respectiva continua
listada em Adicionar ou remover programas e não sai de lá nem com reza brava;
noutros, ainda, o programinha mal comportado leva de embrulho DLLs compartilhadas
necessárias ao funcionamento de outros softwares, enfim... Seja como for, o melhor a
fazer é reinstalar o infeliz e, em seguida, tornar a desinstalá-lo
(preferencialmente no Modo de Segurança).
A maioria das suítes de manutenção integra recursos para
desinstalação de programas, e embora alguns apenas repliquem o applet do Windows, outros fazem um trabalho mais rebuscado. Aliás, um
desinstalador que realmente mostra serviço é o REVO: você pode optar pela
versão freeware (faça o download do Baixaki,
que oferece um tutorial abrangente sobre o uso da ferramenta) ou testar a
versão comercial gratuitamente (por 30 dias) – nesse caso, faça o download a
partir do site do fabricante,
onde existe também uma versão “portátil”, capaz de rodar diretamente de um
pendrive.
Por último, mas não menos importante, vale frisar que a
desinstalação de certos programas pode dar um trabalho danado – dias atrás eu
senti isso na pele ao remover e reinstalar o Google Chrome (mais detalhes em http://fernandomelis.blogspot.com/2011/09/o-calvario-do-chrome.html).
Softwares de segurança também são campeões
nesse quesito, talvez porque os fabricantes “imaginem” que os usuários irão
renovar indefinidamente suas licenças, sem sequer pensar em experimentar um
produto da concorrência. Assim, mesmo após uma desinstalação aparentemente bem
sucedida, você pode ter dificuldade para instalar um antivírus de outra
marca. Claro que existem soluções para esses problemas, mas cada caso requer procedimentos específicos, de modo que vamos deixar essa questão para
uma próxima oportunidade.
Um ótimo dia a todos.