Ao atender a primeira
chamada no celular, Joaquim esbravejou: – Raios, Maria, como tu descobriste que
eu estava cá no motel?
Não sei se a Maria esperou o pobre do Joaquim com o rolo de macarrão em
riste, mas sei do que é capaz um cônjuge motivado pelo “monstro de olhos
verdes”. Para os ciumentos doentios, o mais tênue cheiro de fumaça prenuncia
incêndios homéricos. Com sua insegurança patológica, esses infelizes infernizam
seus parceiros farejando suas roucas com a competência de um perdigueiro e
rastreando seus emails, telefonemas e mensagens de texto com a argúcia de um
CSI.
Na impossibilidade de inibir essa desconfiança mórbida, resta às vítimas “que
têm culpa no cartório” evitar deixar vestígios de seu comportamento “inadequado”,
o que nem sempre é uma tarefa fácil. No entanto, a sabedoria milenar dos
orientais levou a FUJITSU a desenvolver o telefone celular F-SERIES,
que é conhecido como o celular da infidelidade.
Lançado em 2002, o aparelhinho está tecnologicamente ultrapassado, mas continua
popular até hoje devido ao
"modo privacidade", que dá conta do recebimento de chamadas e
mensagens de números pré-definidos mediante uma sutil mudança na cor dos
indicadores de nível de bateria e sinal da antena. Assim, os abelhudos de
plantão não desconfiam da existência de qualquer conteúdo oculto (que o usuário
legítimo pode acessá-lo a qualquer tempo mediante a inserção de um código secreto).
É mole ou quer mais?