O MAL DEVE
SER FEITO DE UMA SÓ VEZ, AO PASSO QUE O BEM DEVE SER FEITO AOS POUCOS.
A reclamação mais
recorrente entre usuários de computador remete à lentidão – não só, mas
principalmente durante a inicialização do sistema. Bom mesmo seria se a máquina
ficasse pronta para uso “instantaneamente”, tal qual uma lâmpada acende ao
comando do interruptor, mas para que algo semelhante ocorra será preciso
primeiro solucionar os dois principais gargalos de dados que comprometem o
desempenho do sistema.
O primeiro deles é
o BIOS – conjunto de instruções
operacionais que dá suporte ao hardware e inicia a carga do sistema operacional.
Essa solução acompanha os PCs desde seus mais verdes anos, e embora esteja em
decadência senil, aposentá-la requer encontrar um substituto rápido, versátil,
eficiente e economicamente viável.
Ao que tudo indica, esse sucessor deverá ser o Unified
Extensible Firmware Interface (UEFI)
– tecnologia desenvolvida pela Intel
em parceria com a Microsoft, que promete inicializar o computador em poucos segundos, como se ele estivesse
simplesmente retornando do modo SUSPENDER. Demais disso, sua adoção permite que o código de programação seja alterado sem afetar outros
setores de sua estrutura – o que é uma maneira mais prática dos desenvolvedores
atualizarem seus recursos e corrigirem os erros existentes –, além de ser carregado por meio de
qualquer recurso de memória não volátil e levar os drivers necessários para sua
operação.
Observação: Para dar uma ideia do
poder de fogo da tecnologia em questão, a Phoenix apresentou
um notebook capaz de realizar o boot e entregar o comando do sistema ao usuário
em apenas 10 segundos (acesse esta
postagem e assista ao vídeo).
O segundo gargalo é
representado pelo jurássico HD. Isso
porque a evolução tecnológica teima
em privilegiar determinados setores em detrimento de outros. Veja que, enquanto as CPUs se tornaram milhões de vezes mais
rápidas no último quarto de século, a velocidade de transferência de dados entre os discos rígidos e a RAM
cresceu alguns milhares de vezes, e a rotação
dos pratos, ridículas quatro vezes. Em contrapartida, a capacidade de
armazenamento dos discos aumentou substancialmente nesse mesmo período – e quanto maior a quantidade dados, mais tempo é necessário para lê-los.
Nesse caso específico,
todavia, a solução já foi definida e vem sendo aplicada em PCs de topo de
linha, notadamente ultrabooks. E tão
logo os drives de estado sólido (SSD)
cresçam em espaço (já existem modelos que alcançam a marca do Terabyte) e seu preço final se torne
mais palatável, os jurássicos HDs eletromecânicos serão
aposentados com as honras a que faz jus uma solução criada em meados do século
passado.
Antes de encerrar, vou dedicar algumas linhas à razão que me levou à escolher a frase de abertura desta postagem, extraída do livro O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513 e publicado em 1523, obra que certamente não é uma das preferidos da Presidente.
No primeira gestão, Dilma vendeu a felicidade dos juros baixos, da energia abundante e barata, dos programas sociais infinitos, e passou os dois últimos anos de seu mandato de olho na reeleição.
Segundo ela, a inflação estava sob controle e não deveria ultrapassar a meta, o que era conversa para dormitar bovinos, como constata qualquer um que vai ao supermercado e gasta praticamente o dobro para fazer a mesma compra que fazia no início do ano passado (e fica estarrecido ao ver quanto desse valor corresponde à carga tributária embutida nos produtos, que de uns tempos a esta parte vem sendo informada no pé do cupom fiscal).
Como bem definiu a ex-premiê britânica Margaret Thatcher, falecida em 2013: "o socialismo dura enquanto o dinheiro dos outros não acaba". Mas acabou, e a incumbência de pôr a casa em ordem ficou a cargo do recém-empossado ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que, seguindo os ensinamentos do escritor italiano retro citado, resolver fazer as maldades às claras, sem meias palavras, ressuscitando o CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico) sobre os combustíveis, amentando o IOF nas operações de crédito, o PIS/CONFINS sobre produtos importados e o IPI sobre cosméticos. Isso sem mencionar os cortes dos gastos dos ministérios (eis a parte mais difícil), a mudança de regras de benefícios sociais, o retorno da cobrança de IOF sobre automóveis e itens da linha branca e a não correção da tabela que estabelece as diferentes faixas de tributação do imposto de renda.
Vamos ver que bicho vai dar, porque quem vai pagar a conta, a gente já sabe.
Um ótimo dia a todos e até mais ler.
Antes de encerrar, vou dedicar algumas linhas à razão que me levou à escolher a frase de abertura desta postagem, extraída do livro O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513 e publicado em 1523, obra que certamente não é uma das preferidos da Presidente.
No primeira gestão, Dilma vendeu a felicidade dos juros baixos, da energia abundante e barata, dos programas sociais infinitos, e passou os dois últimos anos de seu mandato de olho na reeleição.
Segundo ela, a inflação estava sob controle e não deveria ultrapassar a meta, o que era conversa para dormitar bovinos, como constata qualquer um que vai ao supermercado e gasta praticamente o dobro para fazer a mesma compra que fazia no início do ano passado (e fica estarrecido ao ver quanto desse valor corresponde à carga tributária embutida nos produtos, que de uns tempos a esta parte vem sendo informada no pé do cupom fiscal).
Como bem definiu a ex-premiê britânica Margaret Thatcher, falecida em 2013: "o socialismo dura enquanto o dinheiro dos outros não acaba". Mas acabou, e a incumbência de pôr a casa em ordem ficou a cargo do recém-empossado ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que, seguindo os ensinamentos do escritor italiano retro citado, resolver fazer as maldades às claras, sem meias palavras, ressuscitando o CIDE (contribuição de intervenção no domínio econômico) sobre os combustíveis, amentando o IOF nas operações de crédito, o PIS/CONFINS sobre produtos importados e o IPI sobre cosméticos. Isso sem mencionar os cortes dos gastos dos ministérios (eis a parte mais difícil), a mudança de regras de benefícios sociais, o retorno da cobrança de IOF sobre automóveis e itens da linha branca e a não correção da tabela que estabelece as diferentes faixas de tributação do imposto de renda.
Vamos ver que bicho vai dar, porque quem vai pagar a conta, a gente já sabe.
Um ótimo dia a todos e até mais ler.