QUEM NÃO É COMUNISTA NA
JUVENTUDE NÃO TEM CORAÇÃO, MAS QUEM CONTINUA COMUNISTA NA IDADE MADURA NÃO TEM
CÉREBRO.
Conforme eu comentei recentemente na minha comunidade de
informática, o upgrade gratuito para o Windows 10 é uma estratégia de marketing que visa agilizar a adoção
do novo sistema. Todavia, segundo alguns analistas a coisa vai mais além. Até
porque o upgrade é gratuito, mas o restante, do MS Office ao Cortana
e ao Xbox, foi planejado para encher as burras da empresa. Isso sem
mencionar que, se você não tem uma versão do Windows elegível para a
atualização gratuita, terá de gastar, no mínimo, R$ 330 numa cópia selada do
novo sistema (a menos que se valha do estratagema que eu sugeri nesta
postagem, naturalmente, que evita a clandestinidade e reduz
significativamente o desembolso). Para não estender demais este preâmbulo e passar de vez ao
post do dia, o link que remete à minha comunidade, onde você poderá ler a íntegra
da matéria, é http://vai.la/fHE5.
Os notebooks já foram conhecidos como laptops e destinados quase que exclusivamente a um segmento de usuários composto por executivos que precisavam de mobilidade e novos ricos que buscavam notoriedade, mas de uns tempos a esta parte eles vêm se mostrando cada vez mais vocacionados a substituir o velho PC de mesa. Aliás, eu mesmo fui um dos precursores dessa prática, e como os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito, meu primeiro note, comprado em agosto de 2003, custou o equivalente a 22 salários mínimos!
Portáteis de configuração mediana ainda custam mais do que desktops
com recursos equivalentes, mas são excelentes para quem dispõe de pouco espaço
e tem ojeriza àquela incomodativa macarronada de cabos e fios. Se dinheiro não
é problema, não é preciso abrir mão do desempenho
para ter mobilidade ─ e conforto: com um roteador
Wi-Fi estrategicamente posicionado, é possível usar o aparelho enquanto
toma a fresca da tarde na varanda ou mesmo enquanto atende um "chamado da
natureza".
PCs "ALL IN ONE"
também são excelentes alternativas aos modelos convencionais, pois trazem a
placa-mãe e demais componentes internos embutidos na face posterior do monitor de vídeo, proporcionando um
visual clean e uma significativa economia de espaço sobre a mesa de trabalho
(onde, além do próprio monitor, será preciso manter somente o teclado e o mouse
(de preferência wireless). Existem até modelos com telas de 27 polegadas, que
podem ser pendurados na parede da sala e usados também para assistir a filmes em
DVD ou streaming de vídeo, jogar games radicais, e por aí vai.
Observação: A vantagem adicional do notebook é a possibilidade de desligá-lo da tomada a qualquer
momento e levá-lo para um final de semana na praia ou alguns dias de férias no
campo, por exemplo, evitando, dentre outros aborrecimentos, o risco inerente ao
uso de máquinas públicas em lanhouses,
cybercafés, etc. Por outro lado, se
você é adepto do "faça você mesmo",
convém pensar duas vezes antes de abandonar a plataforma desktop, já que,
quando de trata de manutenção e eventuais upgrades de hardware, nos portáteis
"o buraco é mais embaixo".
Embora a preferência dos usuários por máquinas menores, mais
leves e fáceis de transportar venha se delineando, nem pense em usar smartphones ou tablets como substitutos do desktop
(ou mesmo do notebook). Os
smartphones são celulares "metidos a besta", que posam de computador de bolso, mas ficam sem
energia assim que você se anima a utilizá-los como tal. Já os tablets não são
nem uma coisa nem outra: como telefone, eles lhe dão a sensação de estar
falando numa tábua de fatiar churrasco, e como computador... Bom, é de se
convir que suas telas de dimensões maiores que as dos dumbphones facilitam a navegação, mas digitar mais do que uma ou duas
palavras naqueles incômodos teclados virtuais já é outra história.
Para concluir, cumpre dedicar algumas linhas aos netbooks e ultrabooks:
·
Os netbooks
surgiram quando a popularização da Web 2.0
delineava um cenário onde os serviços online substituiriam os aplicativos
residentes e os discos virtuais se tornariam a opção primária para
armazenamento dos dados. Com o trabalho pesado sendo realizado na nuvem, os
fabricantes cortaram custos suprimindo o drive óptico, reduzindo o número de
portas para conexão de periféricos e restringindo ao mínimo indispensável a
quantidade de memória de massa e de memória RAM, bem como do poder de
processamento da CPU. Mais adiante,
com o sucesso do iPad e a
subseqüente disseminação dos tablets
em geral, os netbooks se tornaram
uma opção a ser evitada (da mesma forma que os carros 1.0; afinal, quem gosta
de motorzinho é dentista).
·
Os ultrabooks
são aparelhos que priorizam a
mobilidade e a portabilidade, como
os netbooks, mas oferecem desempenho compatível com o dos notebooks. Esse conceito, formulado
pela INTEL em 2011, era de início um
tanto impreciso, mas as definições mais recentes exigem explicitamente telas sensíveis ao toque compatíveis com o
Windows 8, suporte a comandos de voz
e ao Intel Wireless Display, autonomia
de 6 horas de reprodução de vídeo em full HD e/ou 9 horas com o sistema
carregado, mas ocioso, além da capacidade
de "acordar" da hibernação
em menos de 3 segundos (isso só é possível graças aos drives de estado sólido, cuja utilização também é obrigatória).
Adicionalmente, todos os ultrabooks devem vir com uma solução antivírus e oferecer suporte às tecnologias antifurto e de proteção à identidade da Intel (é por
isso que a empresa desembolsou mais de US$ 7 bilhões na compra da McAfee em 2010).
Fica a critério do freguês. Abraços a todos e até a próxima.