A FELICIDADE NÃO ESTÁ EM
FAZER O QUE A GENTE QUER, MAS SIM EM QUERER O QUE A GENTE FAZ.
Se por um lado a evolução tecnológica possibilita o
surgimento de dispositivos mais avançados em espaços de tempo cada vez mais
curtos, por outro condena ao ostracismo PCs, smartphones, tablets e afins antes
mesmo que o usuário pague a última prestação do crediário. Mas talvez seja
regra do jogo — ou o preço do progresso, como se costuma dizer. Vejamos isso
melhor.
Na esteira da evolução dos componentes de hardware, sistemas
e aplicativos se tornam cada vez mais ávidos por recursos como espaço para
armazenamento de dados, capacidade de processamento e disponibilidade de memória física. Veja que o Windows 95 exigia apenas 8 MB de RAM; a partir do SEVEN,
essa exigência passou para 1 GB nas
versões de 32 bits e 2 GB nas de 64 bits — isso porque a Microsoft é modesta quando lhe convém;
para rodar o sistema e os aplicativos com folga, é preciso dobrar a quantidade
de memória sugerida para cada versão. Só que de nada adianta você instalar mais de 4 GB de RAM se seu PC contar
com uma CPU de 32 bits, que só é
capaz de manipular algo entre 2,8 GB e
3,5 GB (no âmbito dos 64 bits, o
céu é o limite, por assim dizer: nas versões Professional e Ultimate
do Windows 7, o limite já era de 192 GB).
O gerenciamento da RAM
é um compromisso conjunto do processador
e do sistema operacional, e a
quantidade dessa memória que um sistema de 32
bits é capaz de endereçar é repartida entre todos os programas abertos. No
caso do Windows, cada programa
sozinho não pode usar mais do que 2 GB,
pois tanto o sistema quanto os aplicativos gerenciam a memória utilizando
endereços de 32 bits, e isso
representa um problema para quem roda games radicais e aplicativos pesados
(voltaremos a esse assunto mais adiante).
Observação: Note que estou falando da RAM, ou seja, da memória física para onde que os programas são carregados e as
informações, processadas (desde o próprio sistema operacional até um simples
documento de texto). Claro que eles não são carregados inteiros — ou não
haveria espaço que chegasse —, mas divididos em páginas (pedaços do
mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes), conforme
suas características.
O fato é que nenhum usuário mediano ou avançado está totalmente
satisfeito com o desempenho do seu PC, até porque o viço que o sistema
apresenta nas primeiras semanas ou meses de uso é tão fugaz quanto aquele
“cheirinho de novo” que sentimos quando entramos num carro 0 km, e por isso
vicejam dicas e tutoriais que supostamente “aumentam a performance” da máquina,
mas poucos são realmente eficazes e muitos acabam fazendo exatamente o
contrário daquilo a que se propõem (não vou entrar em detalhes, até porque boa
parte das quase 2.500 postagens publicadas aqui no Blog trata dessa questão,
direta ou indiretamente, como você pode conferir digitando “desempenho” ou “performance” no campo de buscas aqui do Blog e pressionando a tecla
Enter). Então, antes de mexer no que
não conhece, procure informações abalizadas e só proceda a qualquer alteração
após criar um ponto de restauração do
sistema, um backup do Registro e
outro dos seus arquivos importantes e de difícil recuperação, de maneira a
poder voltar ao status quo ante, se
necessário, sem muito trabalho nem grandes traumas.
Observação: Para criar um ponto de restauração no SEVEN,
consulte esta
postagem; se você usa o EIGHT
ou o TEN, clique
aqui. Para fazer um backup
do Registro, pressione o atalho Windows+R, digite “regedit”
(sem as aspas) na caixa do menu Executar e tecle Enter (ou clique
em OK, tanto faz). Na tela do Editor,
clique no menu Arquivo e selecione Exportar; em “Intervalo de
exportação”, marque TODOS (caso queira efetuar backup de todo o
Registro), ou em RAMIFICAÇÃO SELECIONADA (se quiser criar um backup
somente de uma determinada chave) e digite o nome da chave que você deseja
exportar. Dê então um nome ao arquivo, indique o local onde ele deverá ser
salvo (Área de Trabalho, por exemplo) e clique em Salvar. Caso precise desfazer as modificações
implementadas no Registro, dê um clique direito sobre o arquivo de backup (que é salvo com a
extensão .reg), escolha a opção “Mesclar” e confirme a
restauração.
Depois desse longo,
mas necessário preâmbulo, eu pretendia passar ao mote desta postagem (o
PREFETCH e o SUPERFETCH), mas para evitar que o texto fique extenso demais,
vamos deixar para fazer isso no post de amanhã. Espero vocês lá.