A compra de votos visando barrar o impeachment ― mais uma
estratégia sórdida de Lula para evitar
que a exoneração do ministério de Dilma
frustrasse sua derradeira esperança de voltar a ter foro privilegiado) foi um atentado contra a democracia, da mesma
forma que o são a irresignação do lobista-palestrante
boquirroto e rufião com o afastamento de sua protegida e a intenção de
ambos (e de seus esbirros) de infernizar cada segundo de cada minuto de cada
hora de cada dia do governo interino de Michel
Temer ― o que não chega a surpreender, vindo de gente dessa cepa, embora
afronte os brasileiros de bem, para os quais é fundamental que o afastamento
provisório de Dilma se transforme em
deposição definitiva o quanto antes.
Para Temer, seria
importante que essa novela terminasse antes das Olimpíadas, pois evitaria o constrangimento de receber os chefes de
Estado e de governo na condição de presidente interino. Para a petralhada, no
entanto, o governo quer acelerar o calendário porque o PMDB estaria com medo de outras gravações feitas por Sérgio Machado. Talvez esteja mesmo, e
não é só o PMDB, mas, convenhamos: três meses desde o afastamento da
presidanta, dado o que se tem, não é tempo mais que suficiente?
P
or quanto mais essa misto de circo e folhetim de cordel irá
se arrastar, mantendo o país paralisado ― ou, na melhor das hipóteses, andando
de lado? Já é consenso entre os analistas (com a possível exceção dos
irresponsáveis que simpatizam com deplorável lulopetismo) que o funesto governo Dilma levou o Brasil ao fundo do poço. E como esse
poço não tem mola, a saída depende em grande parte dos nossos parlamentares ―
que são os mais caros e os piores do mundo; 3 de cada 5 têm problemas com a
Justiça e a esmagadora maioria trata antes de seus interesses pessoais e só
depois, e se calhar, dos interesses nacionais.
O fato é que o PT
insiste em esticar a corda para aumentar ainda mais a instabilidade político-econômico-social
e com isso facilitar a volta da imprestável ― que Deus nos livre e guarde desse
desastre; afinal, com país numa situação ainda pior do que a que temos agora (e
só nessas circunstâncias ela voltaria), a mulher
sapiens pondo todo o seu talento a serviço da paz social…
Vade retro, Satanás!