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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

VEJA SE NÃO É CASO DE INTERNAÇÃO...



Depois das caravanas “cata-mendigo” pelo Nordeste e por Minas Gerais, o Demiurgo de Garanhuns vem espalhando suas aleivosias por municípios fluminenses e capixabas. Em Campos (RJ), foi recebido ao som do refrão “Lula Roubou, Lula Roubou“ ― não muito criativo, mas afinadinho e irreprochável. Em Maricá, regurgitou a seguinte pérola: “Eu nunca na minha vida vi o Rio tão pobre, infeliz, quase na falência. O governador não tem 1% de aprovação, o outro governador está preso, o outro também, a governadora também, o presidente da assembleia também”.

Será que o picareta dos picaretas não sabe o que é “efeito Orloff”? Será que não vê que “eles são ele amanhã”, que pode ir se (quando, melhor dizendo) o TRF-4 ratificar sua condenação no caso do tríplex do Guarujá?

febeapá (*) não estaria completo sem a participação da gerentona de araque, aquela que o capitão-dedinho encarregou de guardar lugar na fila presidencial, mas que tomou gosto pelo poder, “fez o diabo” para se reeleger e pariu a maior crise econômica da história deste país. Disse esse luminar, que continua se referindo a seu impeachment como golpe de Estado: “A terceira etapa do golpe é impedir que a gente volte. Querem tirar Lula porque eles não têm um candidato minimamente passável para o povo brasileiro”. Note que e figura falou “a gente”, e não simplesmente “Lula”. Camisa de foça e quarto acolchoado nela!

Não sei o que estão esperando para denunciar a “ex-presidanta honesta, injustamente deposta por um golpe”  ― como se referem à Estocadora de Vento os imbecis que ainda a defendem. Dias atrás, o MPF do RJ abriu uma ação civil pública contra 9 ex-conselheiros da Petrobrás por prejuízos causados à estatal pela política de preços nos combustíveis durante o governo da Rainha Bruxa do Castelo do Inferno (a contenção artificial de tarifas públicas foi um dos pilares do estelionato eleitoral que propiciou a reeleição da anta). O valor do ressarcimento deve ser definido no decorrer do processo, mas os procuradores estimam perdas de US$ 29,4 bilhões entre 2011 e o primeiro semestre de 2014. A ação pede ainda a condenação por improbidade administrativa dos ex-ministros da Fazenda e do Planejamento Guido Mantega e Miriam Belchior, do ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho, da ex-presidente da Petrobrás Graça Foster e do ex-secretário executivo do Ministério de Minas e Energia Márcio Zimmermann, que representavam a União no conselho da empresa.

Causa tristeza aos cidadãos honestos ― que do início do ano até anteontem pagaram R$ 2 trilhões em impostos, mas a roubalheira é tanta que não sobra um puto para investir em saúde, educação, segurança, etc. ― ver que o nome mais cotado para presidente da Banânia é de um corrupto contumaz, um hepta-réu já condenado a 9 anos e meio de prisão, mas que segue em seu patético voo de galinha porque o povo em geral e o eleitorado em particular não têm instrução nem vergonha na cara. Se tivessem, o Redentor dos Miseráveis já teria sido varrido do cenário político. Sua sorte foi não ter nascido num pais islâmico, onde se corta a mão de ladrão e o pescoço de ladrão reincidente.

Ele já não tem um dedinho. Não deixa de ser um começo.

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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

TRF-4 AUMENTA PENA DE JOSÉ DIRCEU EM 10 ANOS - SE CUIDA, LULA!

O articulador do Mensalão e operador do Petrolão José Dirceu de Oliveira e Silva ― o “guerreiro do povo brasileiro”, como é chamado pela imprestável militância vermelha ― teve sua pena aumentada para 30 anos e 9 meses e 10 dias pelo TRF-4.

Dirceu havia sido condenado pelo juiz Moro a 20 anos e 10 meses de cadeia. Depois de ter sido interrompido por um pedido de vista do desembargador Victor Luiz dos Santos Laus, no último dia 13, o julgamento foi retomado pela 8ª Turma do TRF-4 e a sentença do petista, aumentada em quase de 10 anos.

O desembargador João Pedro Gebran Neto chegou a sugerir 41 anos de prisão para Dirceu, mas a pena foi reduzida para 30 anos e nove meses devido aos votos dos outros dois desembargadores, Leandro Paulsen, revisor, e Victor Luiz Laus.

Gebran e Paulsen aumentaram a pena dos réus em quase todos os processos da Lava-Jato. Das 40 condenações proferidas por Moro e já julgadas pela 8ª Turma, apenas cinco foram revertidas. Em 14 casos, as penas foram aumentadas em 109 anos de prisão.



Se não abrir, siga o link https://youtu.be/zDlh_7cCx-Y

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sábado, 10 de setembro de 2016

AI, QUE SAUDADES DA VÉIA...

Se você não se conforma com a deposição da mulher sapiens, se sente saudades daquele sorriso perene, do gênio afável, da voz melíflua e do português escorreito com acento bostoniano (nada a ver com a cidade de Boston, naturalmente) que tanto o deliciou nos últimos anos, este vídeo vai lhe proporcionar uma inesquecível viagem no tempo. São apenas 12 minutos, mas cada segundo é pura nostalgia. É só clicar e beber, gota a gota, AS PÉROLAS DE SABEDORIA DA GRANDE-CHEFA-TOURA-SENTADA-AGORA-IMPICHADA.

De quebra, deleite-se com mais estas:

― “Não é 30% da receita da exploração. É 30% de 25%. Ou 30%... de 30%, portanto, não é 30%. Está entre 7,5% ou um pouco mais de 12%. Não se trata de 30%”.

― “Sempre que você olha uma criança, há sempre uma figura oculta, que é um cachorro atrás, o que é algo muito importante”.

― “Teve o prefeito de Tejuçuoca e me disse assim: ‘eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado”.

― “Um grande varejista uma vez disse o seguinte, disse uma coisa muito simples e de fácil entendimento, que é muito difícil para o conjunto da população ou para muitas camadas da população, comprar à vista, mas que quando se compra a prazo, tudo fica mais viável”.

― “Aqui no estado do Ceará. Não, no estado do Pará. Desculpa, gente. É que fui pro Ceará, tá? Ontem eu tava no Ceará. Aqui eu não falei uma coisa. Ah, não, falei sim, né?

― “Todos nós aqui sabemos que cada um de nós escolhe ─ a vida faz a gente escolher ─ alguma das datas em que a gente nunca vai esquecer dessa data”.

― “Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com Monet”.

― “Eu estou muito feliz de estar aqui em Bauru. O prefeito me disse que eu sou, entre os presidentes, nos últimos tempos, uma das presidentes, ou presidentes, que esteve aqui em Bauru”.

― “Paes é o prefeito mais feliz do mundo, que dirige a cidade mais importante do mundo e da galáxia. Por que da galáxia? Porque a galáxia é o Rio de Janeiro. A via Láctea é fichinha perto da galáxia que o nosso querido Eduardo Paes tem a honra de ser prefeito”.

― “Eu sempre escuto os prefeitos. Por que é que eu escuto os prefeitos? Porque é lá que está a população do país, ninguém mora na União, ninguém mora… Onde você mora? Ah, eu moro no Federal”.

― “A mulher abre o negócio, tem seus filhos, cria os filhos e se sustenta, tudo isso abrindo o negócio”.

― “Eu quero adentrar pela questão da inflação, e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses 10 últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo” (mal sabia ela quanta verdade estava dizendo sem saber...).

― “Em Portugal o desemprego beira 20%, ou seja, 1 em cada 4 portugueses estão (sic) desempregados”.

― “Primeiro, eu queria te dizer que eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. E eu sei que aqui, quem não viu conhece alguém que viu, ou tem alguém na família que viu, mas de qualquer jeito eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido”.

― “Em Vidas Secas está retratado todo problema da miséria, da pobreza, da saída das pessoas do Nordeste para o Brasil”.

― “O meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao
desenvolvimento sustentável”.

Eu vou ler os nomes dos municípios, porque eu acho importante que cada um de vocês possam (sic) se identificar aqui dentro e, por isso… Eu ia ler os nomes, não vou mais. Por que não vou mais? Eu não estou achando os nomes. Logo, não posso lê-los”.

― “Eu ontem disse pro presidente Obama que era claro que ele sabia que depois que a pasta de dente sai do dentifrício, ela dificilmente volta pra dentro do dentifrício”.

― “Jamais desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros” (na carta que alguém escreveu e José Eduardo Cardozo leu na Comissão de Impeachment do Senado, jurando que nunca fez o que fizeram 99% dos “cumpanhêros” ao seu redor).

― “Eu não sou propriamente uma pessoa cujos aspectos positivos são realçados” (na entrevista à Agência Pública, ensinando que essa mania nacional de só enxergar aspectos negativos visíveis impede que o brasileiro aprenda a valorizar aspectos positivos que ela não tem).

ESSA, SENHORAS E SENHORES, É A MULHER QUE NOS GOVERNOU POR 5 ANOS, 4 MESES DE 12 DIAS. NÃO PODIA MESMO DAR CERTO.

sábado, 25 de junho de 2016

LULA LÁ (NO COMPLEXO PENAL DE CURITIBA)


No esquema esquadrinhado pela força-tarefa do juiz Moro, a “alma viva mais honesta do Brasil” ― ou Sumo-Pontífice da Petelândia, Parteiro do Brasil Maravilha, Pai dos Pobres e Mãe dos Ricos, Exterminador do Plural e Redentor dos Miseráveis, Picareta dos Picaretas ― está no topo da cadeia de comando do petrolão. Sua atuação em favor das empreiteiras foi crucial para garantir a sobrevivência do partido no poder e para lhe proporcionar benefícios pessoais ― dentre os quais as reformas do sítio em Atibaia e do tríplex no Guarujá, bancadas pelas construtoras OAS e Odebrecht, e os mais de R$10 milhões repassados à LILS PALESTRAS por companhias envolvidas no propinoduto da Petrobras. As investigações estavam no STF até a semana passada, mas parte dos inquéritos foi devolvida ao juiz Sergio Moro, uma vez que o petralha não tem mais direito a foro privilegiado. Na semana passada, ele recorreu da decisão de Zavascki e ajuizou ação contra Moro, numa tentativa de fugir ao cadafalso de Curitiba.

Observação: Ontem (24), o ministro decidiu enviar para a Justiça do Distrito Federal a denúncia sobre a compra do silêncio de Cerveró, contrariando Janot, para quem o caso deveria ficar no Paraná. Zavascki entendeu que a ação é de responsabilidade da Justiça do DF porque o ato espúrio teria sido levado efeito na capital federal, mesmo tendo desdobramentos no Rio e em São Paulo. organizada na capital federal, mesmo tendo fatos no Rio de Janeiro e em São Paulo. Há quem veja nisso uma tentativa de aliviar a situação do petralha. Eu, honestamente, já nem sei mais o que pensar.

A situação de Dilma também não é das melhores: além do processo de impeachment em andamento, sua campanha à reeleição está na mira da Justiça Penal. O STF deferiu recentemente o pedido feito por Janot para enviar a Moro o inquérito envolvendo Edinho Silva ― seu ex-ministro e ex-tesoureiro de campanha ―, que é investigado por oferecer facilidades contratuais no governo em troca de propinas. De acordo com Janot, “o pedido de pagamento de auxílio financeiro ao PT, notadamente para o custeio oficial e não oficial (caixa dois) das campanhas eleitorais, muitas vezes mediante cessação das facilidades proporcionadas ao núcleo econômico pelos núcleos político e administrativo da organização criminosa, revela-se como medida habitual, institucionalizada e centralizada, em parte, na pessoa de Edson Antonio Edinho da Silva”.

Segundo matéria publicada em IstoÉ, o arsenal de provas contra Lula será robustecido em breve pelo que os procuradores da Lava-Jato classificam de “bala de prata capaz de aniquilar o petralha”. O tiro de misericórdia deverá ser desferido pela delação premiada do empresário Léo Pinheiro, um dos sócios do grupo OAS, que já adiantou algumas das peças restantes do quebra-cabeças montado desde o surgimento das primeiras digitais da “jararaca” no esquema do petrolão. Pinheiro informa que, em troca das obras no sítio de Atibaia e no tríplex do Guarujá, o ex-presidente se ofereceu para traficar influência em favor da empreiteira no exterior ― o que se torna um crime ainda mais grave quando, em troca do auxílio, lhe foram ofertados favores privados provenientes de uma empresa implicada num dos maiores escândalos de corrupção da história recente do País.

Na opinião dos procuradores da Lava-Jato, as revelações de Pinheiro ferem Lula de morte: sua proposta de delação adianta que o petralha é o real proprietário dos imóveis retro citados, e o coloca a um passo de ser formalmente acusado, e um futuro julgamento, provavelmente conduzido pelo juiz Moro, poderá resultar em condenação superior a dez anos de reclusão.

Pinheiro prometeu detalhar o obscuro episódio do aluguel patrocinado pela OAS de 10 contêineres destinados a armazenar o acervo museológico do ex-presidente da República. O que se sabia até agora era que a empreiteira havia gasto R$ 1,3 milhão para guardar os objetos retirados do Planalto, do Alvorada e da Granja do Torto durante a mudança do ex-presidente. Parte dos itens foi acondicionada num depósito climatizado da transportadora Granero, e o restante, armazenado em outro galpão no bairro do Jaguaré, ambos em São Paulo. De lá, os itens foram transportados para o sítio em Atibaia.

Elaborado de forma dissimulada para escamotear seu real beneficiário, o contrato celebrado pela OAS com a transportadora, ao custo R$ 21.536,84 mensais por cinco anos, tratava da “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da Construtora OAS Ltda.”. Todavia, IstoÉ apurou que, além de confirmar mais um préstimo ao petralha, as negociações ocorreram em dezembro de 2010, quando Lula ainda ocupava a Presidência da República.

A se consumar o que foi esquadrinhado nesse acordo de delação, será possível estabelecer que Lula cultivou uma relação assentada na troca de favores financeiros com a OAS quando ainda era presidente, desmontando o principal argumento utilizado por advogados ligados ao PT quando confrontados com informações sobre a venda de influência política por Lula no exterior para empresas privadas nacionais: o de que não constitui ilícito o fato de um ex-servidor público viabilizar negócios de empresas privadas nacionais com governos estrangeiro.

O que se tem até agora é apenas um aperitivo. O prato principal descerá ainda mais amargo para Lula, e virá a partir dos depoimentos propriamente ditos. Obviamente, é preciso que o delator comprove o que afirma para se credenciar à redução da pena. Mas Pinheiro afirma que está fornido de documentos e promete entregar todos eles aos investigadores, comprovado que tanto o sítio em Atibaia como o tríplex no Guarujá pertenceriam mesmo a Lula, a despeito de, no papel, figurarem como sendo dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, irmão de Kalil Bittar, sócio de Lulinha. Na prática, Lula e sua família usufruíam e ditavam as ordens nos imóveis.

Observação: Além de abundantes indicativos relacionando Lula ao apartamento, reunidos num processo pelo Ministério Público de São Paulo, há uma foto ― já tornada pública ― que registra um encontro do próprio Léo Pinheiro com o ex-presidente, tirada do hall de acesso aos apartamentos durante uma vistoria padrão de entrega de chaves (segundo depoimento prestado por Wellington Carneiro da Silva, à época o assistente de engenharia da OAS, responsável por fiscalizar as obras do Edifício Solaris). No depoimento, o engenheiro disse que o imóvel estava em nome da empresa, mas ele sabia que era a família de Lula que iria ocupa-lo.

Lula continua a entoar, como ladainha em procissão, a fábula da superioridade moral, insistindo que “não há ninguém mais honesto do que ele”. No entanto, no desenrolar das negociações para a delação, Pinheiro, simpatizante do PT e com quem Lula viveu uma relação de amizade simbiótica desde os tempos do sindicalismo, o fará descer do pedestal ético que ergueu com a contribuição dos seus fiéis seguidores.

O acordo ainda não está sacramentado, mas flui como mel. Para os investigadores, no não pairam dúvidas: Pinheiro provará que Lula se beneficiou pessoalmente dos esquemas que fraudaram a Petrobras e reforçar uma das denúncias de que a Lava-Jato pretende apresentar por pelo menos três crimes relacionados ao Petrolão.

Já haveria elementos comprobatórios para implicar o petista por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por favores recebidos não só da OAS, mas também da Odebrecht. Resta saber o momento em que as denúncias seriam apresentadas, uma vez que elas podem resultar numa condenação superior a dez anos de cadeia. Há uma vertente da Lava-Jato que prefere aguardar o desfecho da tramitação do impeachment de Dilma no Senado, visando evitar uma possível convulsão social no país. Outro grupo, por ora majoritário, não admite que o critério político prevaleça sobre o técnico.
Mensagens apreendidas no celular de Léo Pinheiro já evidenciavam a influência de Lula em favor da OAS no exterior.

Constam do relatório de cerca de 600 páginas encaminhados pela PF à PGR no início deste ano. Nas mensagens, o empresário conversava com seus funcionários para decidir viagens do ex-presidente ao exterior e mencionava a contribuição dele em obras fora do Brasil. No capítulo “Brahma” ― codinome de Lula no esquema em questão ―, a PF listou pelo menos nove temas de interesse de Pinheiro que teriam sido abordados com o petista, dentre os quais os programas no Peru, na Bolívia, no Chile, no Uruguai e na Costa Rica. Um torpedo que Jorge Fortes, diretor da OAS, enviou para Leo Pinheiro, dias depois de a presidente da Costa Rica ter anunciado o cancelamento da concessão outorgada à empreiteira para a construção de uma estrada orçada em US$ 523,7 milhões, diz o seguinte: “Presidente Lula está preocupado porque soube que o Ministério Público vai entrar com uma representação por causa da Costa Rica”. Num SMS para Pinheiro, em novembro de 2013, César Uzeda, outro executivo da OAS, diz que colocou um avião à disposição para Lula embarcar rumo ao Chile ao meio dia: “Seria bom você checar com Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula) se é conveniente irmos no mesmo avião”. No mesmo conjunto de mensagens, o ex-presidente da OAS diz para um funcionário da empreiteira: “Lula está procurando saber sobre obras da OAS no Chile”. Na delação, o empresário promete confirmar que as trocas de mensagens se referiam mesmo à atuação de Lula em favor da OAS no exterior.

Interessa à Lava-Jato perscrutar os segredos mais recônditos de Lula, e Léo Pinheiro gozava de intimidade suficiente para isso. Eles se conheceram no início da década de 1980, e quando o petista ingressou na política, o empreiteiro logo marcou presença como um dos principais doadores de campanha. A ascensão de Lula ao Palácio do Planalto foi acompanhada da projeção da OAS no mercado interno. Dono de acesso irrestrito aos gabinetes do poder, Pinheiro se referia a Lula como “chefe”. A relação desandou quando o empreiteiro foi preso e viu frustradas suas expectativas de que Lula intercedesse para livrá-lo da Lava-Jato. Ameaçado de morte num diálogo cifrado com um carcereiro no Complexo Médico-Penal de Curitiba, Pinheiro decidiu fazer do testemunho sua principal arma de defesa e trilha para salvação.

Na semana passada, o ministro Teori Zavascki também encaminhou para o juiz Moro apurações envolvendo os ex-ministros Jaques Wagner (Chefia de Gabinete da Presidência), Ideli Salvatti (Direitos Humanos) e Edinho Silva (Comunicação Social), além de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras.

Vamos continuar acompanhando para ver que bicho dá.

domingo, 29 de maio de 2016

EM CALHAMAÇO DE 132 PÁGINAS COM 72 ANEXOS, PEDRO CORRÊA DETALHA DE MANEIRA CONTUNDENTE O ENVOLVIMENTO DE LULA NO PETROLÃO


EM CALHAMAÇO DE 132 PÁGINAS COM 72 ANEXOS, PEDRO CORRÊA DETALHA DE MANEIRA CONTUNDENTE O ENVOLVIMENTO DE LULA NO PETROLÃO

Entre todos os corruptos presos na Operação Lava-Jato, o ex-deputado Pedro Corrêa é, de longe, o que mais aproveitou o tempo ocioso para fazer amigos atrás das grades.
Político à moda antiga, expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, Corrêa, conhecido pelo jeito bonachão, conseguiu o impressionante feito de arrancar gargalhadas do sempre sisudo juiz Sergio Moro quando, em uma audiência, se disse um especialista na arte de comprar votos. Falou de maneira tão espontânea que ninguém resistiu.

Confessar crimes é algo que Correa ―  o primeiro político a se apresentar ao Ministério Público para contar o que sabe em troca de redução de pena ― vem fazendo desde que começou a negociar um acordo de delação premiada, há quase um ano. Durante esse tempo, ele prestou centenas de depoimentos. Deu detalhes da primeira vez que embolsou propina por contratos no extinto INAMPS, na década de 70, até ser preso e condenado a vinte anos e sete meses de prisão por envolvimento no petrolão, em 2015; admitiu ter recebido dinheiro desviado de quase vinte órgãos do governo, de bancos a ministérios, de estatais a agências reguladoras, num inventário de quase quarenta anos de corrupção.

VEJA teve acesso aos 72 anexos de sua delação, que resultam num calhamaço de 132 páginas. Ali está resumido o relato do médico pernambucano que usou a política para construir fama e fortuna. Com sete mandatos de deputado federal, Corrêa detalha esquemas de corrupção que remontam aos governos militares e à breve gestão de Fernando Collor, passando por FHC, até chegar à era petista. Ele aponta como beneficiários de propina senadores, deputados, governadores, ex-governadores, ministros e ex-ministros dos mais variados partidos e até integrantes do Tribunal de Contas da União.

Além de novos personagens, Corrêa revela os métodos. Conta como era discutida a partilha de cargos no governo Lula e, com a mesma simplicidade com que confessa ter comprado votos, narra episódios, conversas e combinações sobre pagamentos de propina dentro do Palácio do Planalto, detalha como Lula gerenciou pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras ― da indicação dos diretores corruptos da estatal à divisão do dinheiro desviado entre os políticos e os partidos ― e descreve situações em que o petralha tratou com os caciques do PP sobre a farra nos contratos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras, comandada por Paulo Roberto Costa, o Paulinho.

Uma das passagens mais emblemáticas, segundo o delator, se deu quando parlamentares do PP se rebelaram contra o avanço do PMDB nos contratos da diretoria de Paulinho. Um grupo foi ao Palácio do Planalto reclamar da “invasão”, e Lula, de acordo com Corrêa, passou uma descompostura nos deputados dizendo que eles “estavam com as burras cheias de dinheiro” e que a diretoria era “muito grande” e tinha de “atender a outros aliados, pois o orçamento” era “muito grande” e a diretoria era “capaz de atender todo mundo”. Os caciques pepistas só se conformaram quando o “chefe” garantiu que a maior parte das comissões seria do PP, dono da indicação do Paulinho.

Se Corrêa estiver dizendo a verdade, seu testemunho é o mais contundente até aqui sobre a participação direta do sumo sacerdote da Petelândia no propinoduto da Petrobras. Todavia, para a militância asina, Lula é, realmente, a “alma viva mais honesta desse país.

Para concluir, faço aqui um aparte: A VERDADE POSSUI TRÊS ESTÁGIOS: NO PRIMEIRO, ELA É RIDICULARIZADA, NO SEGUNDO, REJEITADA COM VIOLÊNCIA, E NO TERCEIRO, ACEITA COMO SENDO EVIDENTE POR SI MESMA. Pena que a capacidade limitada de raciocínio dos petistas não lhes permita chegar ao terceiro estágio. Felizmente, burrice não dói. Se doesse, os urros desses apedeutas seriam ainda mais insuportáveis do que as asnices que eles não se se cansam de zurrar.

(Clique aqui para acessar o texto de Reinaldo Azevedo que deu origem a esta postagem e leia a íntegra da matéria na edição de Veja desta semana).

Bom domingo a todos.

sábado, 28 de maio de 2016

O GOVERNO TEMER (LEIA-SE DO PMDB) É O PIOR QUE PODERÍAMOS TER, COM EXCEÇÃO DE TODOS OS OUTROS DO PT

A compra de votos visando barrar o impeachment ― mais uma estratégia sórdida de Lula para evitar que a exoneração do ministério de Dilma frustrasse sua derradeira esperança de voltar a ter foro privilegiado) foi um atentado contra a democracia, da mesma forma que o são a irresignação do lobista-palestrante boquirroto e rufião com o afastamento de sua protegida e a intenção de ambos (e de seus esbirros) de infernizar cada segundo de cada minuto de cada hora de cada dia do governo interino de Michel Temer ― o que não chega a surpreender, vindo de gente dessa cepa, embora afronte os brasileiros de bem, para os quais é fundamental que o afastamento provisório de Dilma se transforme em deposição definitiva o quanto antes.

Para Temer, seria importante que essa novela terminasse antes das Olimpíadas, pois evitaria o constrangimento de receber os chefes de Estado e de governo na condição de presidente interino. Para a petralhada, no entanto, o governo quer acelerar o calendário porque o PMDB estaria com medo de outras gravações feitas por Sérgio Machado. Talvez esteja mesmo, e não é só o PMDB, mas, convenhamos: três meses desde o afastamento da presidanta, dado o que se tem, não é tempo mais que suficiente?
P
or quanto mais essa misto de circo e folhetim de cordel irá se arrastar, mantendo o país paralisado ― ou, na melhor das hipóteses, andando de lado? Já é consenso entre os analistas (com a possível exceção dos irresponsáveis que simpatizam com deplorável lulopetismo) que o funesto governo Dilma levou o Brasil ao fundo do poço. E como esse poço não tem mola, a saída depende em grande parte dos nossos parlamentares ― que são os mais caros e os piores do mundo; 3 de cada 5 têm problemas com a Justiça e a esmagadora maioria trata antes de seus interesses pessoais e só depois, e se calhar, dos interesses nacionais.

O fato é que o PT insiste em esticar a corda para aumentar ainda mais a instabilidade político-econômico-social e com isso facilitar a volta da imprestável ― que Deus nos livre e guarde desse desastre; afinal, com país numa situação ainda pior do que a que temos agora (e só nessas circunstâncias ela voltaria), a mulher sapiens pondo todo o seu talento a serviço da paz social…

Vade retro, Satanás!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

SOBRE DILMA, O “CASO GEMINI” E OUTRAS CONSIDERAÇÕES

CONFORME EU DISSE HÁ ALGUNS DIAS, O CASO DA GEMINI ― nebulosa parceria entre a Petrobras e a White Martins para produzir e comercializar gás natural liquefeito (GNL) ― é ainda mais delicado para Dilma que o de Pasadena. Primeiro, porque a maracutaia se deu quando ela era ministra de Minas e Energia do governo Lula e presidia o Conselho de Administração da Petrobras; segundo, porque inúmeras provas documentais irrefutáveis dão conta de que ela foi enfaticamente alertada sobre a rapinagem que estava sendo praticada na área que comandava. Dizer que não sabia não convenceria nem mesmo a finada Velhinha de Taubaté, e ainda que assim não fosse, só comprovaria (mais uma vez) sua total incompetência para exercer tão destacadas funções no governo (para mais detalhes sobre esse episódio, clique aqui).

E para atrapalhar ainda mais o sono dessa senhora ― que, vale lembrar, perderá o direito a foro privilegiado quando for definitivamente defenestrada ―, o episódio GEMINI é alvo de denúncia formal nos EUA, onde já está sendo analisado pela Securities and Exchange Commission norte-americana.

O mais curioso é que, mesmo assim, Dilma continua insistindo na tresloucada tese do “golpe” ― besteirol aplaudido pela “militância” que tanto a admira ―, como se ela não fizesse parte de um partido corrupto que há mais de uma década patina em sucessivos escândalos, não tivesse sido eleita e reeleita em campanhas financiadas com dinheiro sujo, e o crime que originou seu impeachment não fosse previsto em lei e seus ritos não tivessem sido chancelados pelo STF. Em síntese: falar em “golpe” a esta altura do campeonato, é afrontar a Câmara, o Senado e a nossa mais alta Corte de Justiça.

Todavia, em se tratando da mulher sapiens, admiradora do ET de Varginha e das Galáxias do Rio de Janeiro, nefelibata da mandioca e estocadora de vento, tudo é possível, até mesmo chegar à presidência do Brasil das Maravilhas. Falando nisso, é difícil entender por que o molusco de nove dedos, que deixou o Planalto com a popularidade nas alturas e, portanto, podia ter indicado praticamente qualquer pessoa para sucedê-lo, foi escolher justamente Dilma Vana Rousseff. Dizem que a criatura conhece segredos cabeludos do criador (e vice-versa), mas eu não sei até que ponto... Enfim, o fato é que, à luz de sua trajetória política (*), Dilma jamais deveria ter sido eleita presidente de coisa alguma, e muito menos reeleita. Aliás, só mesmo ela, que sempre se esmerou em não perder uma única oportunidade de errar, não enxergou o tamanho da encrenca que estava criando para si própria ao “fazer o diabo” para se manter no trono por mais quatro anos.

Dos 54,5 milhões de eleitores que votaram nessa fraude – fato que a presidanta não deixa de mencionar sempre que se refere ao “golpe” que resultou no seu afastamento ― não há muito o que dizer, pois, tirando os petistas de carteirinha, os demais que votaram nela foram engabelados pelo mais escandaloso caso de estelionato eleitoral da nossa história.

(*): Sem saber atirar, Dilma virou modelo de guerrilheira; sem ter sido vereadora, virou secretária municipal; sem passar pela Assembleia Legislativa, virou secretária de Estado, sem estagiar no Congresso, virou ministra; sem ter inaugurado nada de relevante, faz posse de gerente de país; sem saber juntar sujeito e predicado, virou estrela de palanque, e sem ter tido um único voto na vida, virou candidata à Presidência.

Por ter ocupado cargos gerenciais na maior parte da sua “vida pública”, a imprestável aprendeu a mandar e logo agregou às suas muitas “virtudes” o pedantismo, a arrogância e a agressividade. Subordinados afirmam que ela queria tudo “para ontem” e achava que entendia de qualquer assunto (“Te dou meio segundo para me trazer essa informação”; “O que ocê tá falando é besteira”; “Ocês só fazem merda, pô!”, e por aí afora). Se contrariada, interrompia prontamente o interlocutor (“Ô, ô, querido, negativo, pode parar já!), e em seus rompantes de fúria, chegava a atirar objetos nas pessoas (grampeadores do seu gabinete tiveram de ser repostos incontáveis vezes). Segundo um de seus assessores mais próximos, ela “jamais disputou uma prévia nem enfrentou uma campanha antes de virar presidente; recebeu o cargo numa bandeja e não teve de aprender a seduzir”. Nos dias que precederam o desembarque do PMDB do governo, ao sugerir que a chefa pedisse ajuda a Michel Temer, o esbirro Jaques Wagner obteve a seguinte resposta: Nunca ouvi uma ideia mais ridícula”.

Mas nada disso fará com que a mulher sapiens deixe de achar sua deposição injusta e, mais uma vez, como sói acontecer com os petistas em geral, terá certeza de que os outros é que estão errados.

Vade retro, Satanás!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

PGR NÃO TEM MAIS DÚVIDAS DE QUE LULA COMANDOU TRAMA CONTRA A LAVA-JATO. DEPOIMENTO DE DELCÍDIO E PROVAS COMO MENSAGENS ELETRÔNICAS E EXTRATOS TELEFÔNICOS REFORÇAM A CONVICÇÃO DE QUE O PETRALHA COORDENOU OPERAÇÃO PARA COMPRAR O SILÊNCIO DE UMA TESTEMUNHA QUE PODERIA COMPROMETÊ-LO


Em sua última aparição pública, na manhã da última quinta-feira, Lula estava abatido. Cabelos desgrenhados, cabisbaixo, olhar vacilante, entristecido. Havia motivos mais que suficientes para justificar o comportamento distante. Afinal, a sucessora escolhida por ele para dar sequência ao projeto de poder petista estava sendo apeada do cargo. O fracasso dela era o fracasso dele, e isso certamente fragilizou o ex-presidente. Mas não só.

Há dois anos, Lula vê sua biografia ser destruída capítulo a capítulo. Seu governo é considerado o mais corrupto da história. Seus amigos mais próximos e antigos companheiros de sindicado estão presos; seus filhos são investigados pela polícia; Dilma, sua invenção, perdeu o cargo, e o PT, sua maior criação, corre o risco de deixar de existir. E para ele, Lula, o futuro, tudo indica, ainda reserva o pior dos pesadelos. O outrora presidente mais popular da história corre o risco real de também se tornar o primeiro presidente a ser preso por cometer crimes.

A pregação petista sucumbiu às tentações, e a longa temporada do partido no poder afogou a esperança da ética num mar de corrupção. O “Pai dos Pobres e Mãe dos Ricos, o enviado pela Divina Providência para acabar com a fome, presentear a imensidão de desvalidos com três refeições por dia e multiplicar a fortuna dos milionários, o metalúrgico que aprendeu a falar com tanto brilho que basta abrir a boca para iluminar o mundo de Marilena Chauí, o filho de mãe nascida analfabeta que nem precisou estudar para ficar tão sabido que já falta parede para tanto diploma de doutor honoris causa, o Exterminador do Plural que inaugurou mais universidades que todos os antecessores juntos e misturados, o migrante pernambucano que se nomeou Redentor dos Miseráveis, o gênio da raça que proclamou a Segunda Independência ao reinventar a Petrobras e descobrir o pré-sal, o maior dos governantes desde Tomé de Souza” se aliou a antigos inimigos e elaborou um plano ambicioso de poder. Veio o mensalão. Veio Dilma. Veio o petrolão. E a era petista terminou melancolicamente. Lula agora trava uma batalha constrangedora para arrastada para a prisão pelas denúncias no âmbito da Lava-Jato.

VEJA teve acesso a documentos que embasam uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente. São mensagens eletrônicas, extratos bancários e telefônicos que mostram, segundo os investigadores, a participação do petista numa ousada trama para subornar uma testemunha e, com isso, tentar impedir o depoimento dela, que iria envolver a ele, a presidente Dilma e outros “cumpanhêros” no escândalo do Petrolão. Se comprovada a acusação, o ex-presidente terá cometido crime de obstrução da Justiça, passível de pena de até oito anos de prisão.

Além disso, Lula é acusado de integrar uma organização criminosa. Há dois meses, para proteger o ex-presidente de um pedido de prisão que estava nas mãos do juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato, Dilma nomeou seu antecessor ministro de Estado, com o propósito de lhe garantiu foro privilegiado. A nomeação foi cassada pelo STF, e ainda que coubesse recurso contra essa decisão, o afastamento da presidanta e a posse de Temer resultaram na exoneração de todo o ministério, de modo que, de um jeito ou de outro, a proteção acabou.

Há várias investigações sobre o ex-presidente. De tráfico de influência a lavagem de dinheiro. Em todas elas, apesar das sólidas evidências, os investigadores ainda estão em busca de provas. Como Al Capone, o mafioso que sucumbiu à Justiça por um deslize no imposto de renda, Lula pode ser apanhado por um crime menor. Após analisar quebras de sigilo bancário e telefônico e cruzar essas informações com dados de companhias aéreas, além de depoimentos de delatores da Lava-Jato, o procurador-geral concluiu que Lula exerceu papel de mando numa quadrilha cujo objetivo principal era minar o avanço das investigações do petrolão. Nas palavras de Janot: "Ocupando papel central, determinando e dirigindo a atividade criminosa praticada por Delcídio do Amaral, André Esteves, Edson Ribeiro, Diogo Rodrigues, José Carlos Bumlai e Maurício Bumlai (...), Luiz Inácio Lula da Silva impediu e/ou embaraçou a investigação que envolve organização criminosa".

Vamos continuar acompanhando para ver que bicho vai dar.

sábado, 15 de agosto de 2015

SOBRE OS PROTESTOS DE AMANHÃ

As manifestações ocorridas em junho de 2013, cujo gatilho foi supostamente o aumento de R$ 0,30 nos preços do transporte público, levaram milhões de pessoas às ruas para cobrar providências do governo – aliás, uma parcela minoritária pugnava pela gratuidade do transporte, como se esse serviço não tivesse custos (atender um pedido dessa natureza levaria o erário a bancar integralmente a conta, ou seja, a despesa com transporte seria rateada entre todos os ”contribuintes”, independentemente de eles usarem ou não o serviço). Mas é importante salientar que, além da questão do transporte (que de certa forma foi gota que levou o copo a transbordar), a população exigia do governo mais educação, saúde e segurança pública, buscando consertar problemas criados pelo Estado mediante um fortalecimento ainda maior do próprio Estado.

De uns tempos a esta parte, porém, a coisa mudou de figura. O principal anseio da população (ou o que mais se evidencia) passou a ser a diminuição do Estado, consubstanciada na redução da carga tributária, da burocracia, do número de ministérios e do funcionalismo. O “ajuste fiscal”, da maneira como vem sendo implementado, transfere o ônus do governo para o cidadão. Não dá mais para suportar tantos encargos, nem – muito menos – tanta corrupção, já que uma parte substancial dos recursos arrecadados é mal versada, como deixam claras as maracutaias trazidas à tona pela Operação Lava-Jato.

Mas nem só de impostos vive o intervencionismo do governo. Desde a promulgação da Carta Magna de 1988, foram criadas quase 5 milhões de novas leis, medidas provisórias, decretos e emendas constitucionais para reger a vida do cidadão, e algumas, de tão absurdas, viraram piada: em Vila Velha (ES), um vereador propôs uma lei para impedir que as noivas se casem na igreja sem calcinha?! Aliás, foi também no Espírito Santo que outra “sumidade” resolveu proibir a presença do saleiro nas mesas de restaurantes, lanchonetes e afins, como forma (pasmem), com o fito de prevenir a hipertensão arterial, como se os cidadãos fossem incapazes ou perfeitos idiotas (talvez alguns sejam, já que votaram em políticos como esses).

Mudando de pato para ganso, a corrupção institucionalizada, o fato de o país ter sob investigação Eduardo Cunha e Renan Calheiros (presidentes, respectivamente, da Câmara e do Senado), de os desdobramentos revelados pelos agentes da PF levarem a crer que a caca não tardará a respingar no Macunaíma dos pobres e no poste que sua (então) invejável popularidade lhe permitiu nos impingir reto acima – que também estão sob suspeita – é que deve levar, mais uma vez, milhões de pessoas às ruas de todo país neste domingo (16). 

Como ponderou o festejado jornalista Reinaldo Azevedo em seu blog, na postagem deste sábado, “As pessoas sensatas deveriam torcer para que, neste domingo, houvesse nas ruas muitos e muitos milhões, um troço realmente acachapante, a indicar para Dilma que não dá mais. Isso também poderia evidenciar aos políticos que é chegada a hora (...) A pior coisa que poderia acontecer seria o insucesso do protesto. A presidente não teria o que fazer com ele. Seria um indicador não de otimismo, mas de desalento e de descrença, o que costuma anteceder decisões coletivas desastradas. Não há como o povo na rua, neste domingo, ser o problema. Ele só pode ser a solução. É a continuidade do governo que nos lança no escuro, não a sua interrupção.”

Bom fim de semana a todos e que Deus nos ajude.