SE FOSSE CORRUPTOR,
O PODER SERIA MALDITO E PROSCRITO, O QUE ACARRETARIA A ANARQUIA.
Por conta da
crise que se instalou no país, fomentando o desemprego e a inflação e
derrubando as vendas nos mais variados setores do comércio, pesquisar preços é
fundamental.
Dias atrás, eu comentei que uma cabeça de erva-doce custava R$9
no Natural da Terra e R$3 no Assai, que ficam aqui no Jardim
Marajoara, separados por menos de 2 km. Já o litro do álcool, vendido a R$2,99 num posto de bandeira Ipiranga, sai por R$1,99 no concorrente, de bandeira Petrobras, do outro lado da avenida. Centavos, dirá você. Talvez,
mas considere um tanque de 60 litros e faça as contas ― com a diferença, dá para
comprar 3 cabeças de erva-doce no sacolão e 10 no atacarejo.
No caso de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, a discrepância é ainda mais gritante ― daí minha
recomendação no sentido de não sair às compras antes de fazer uma cuidadosa
cotação de preços no Mercado Livre, Bondfaro ou Buscapé, dentre outros serviços similares que permitem filtrar os
produtos de diversas maneiras, inclusive pelo preço).
Observação: Uma pesquisa feita pela Proteste
― associação não governamental voltada à defesa do consumidor ―, no final do
ano passado, acusou variações de preço de mais
de 70% num televisor Samsung de 32
polegadas, de 65% no smartphone LG OPTIMUS G2 D805, e de 60% na multifuncional CANON PIXMA MG3510 (e de inacreditáveis 200% no pãozinho francês, nos supermercados e padarias da região
metropolitana do Rio, mas isso é outra história).
É importante
ter em mente que a comparação de preços só faz sentido quando levamos em conta
aparelhos idênticos (da mesma marca e modelo) ou similares (de marcas
diferentes, mas com configurações e recursos equivalentes). Fazendo uma
analogia com o universo automotivo, tanto um fusca da década de 70 quanto uma Porsche 718 Cayman levam a gente um ponto a outro, mas... bem, acho
que é escusado explicar a diferença...
Passando ao
mote desta postagem, vale dizer que na hora de comprar um aparelho de TV ― note
que vou me restringir a esses eletrônicos, mas as considerações a seguir se
aplicam também a monitores de computador,
telas de notebooks, tablets e smartphones e outros aparelhos que exibem imagens através de um
display ―, a característica que mais chama a atenção dos consumidores/usuários,
ao lado da marca, modelo, dimensões e preço, é a resolução, notadamente após as telas
LCD e, em menor escala, de plasma terem
jogado uma pá de cal nos anacrônicos tubos
de raios catódicos (CRT). Mas, afinal, o que é resolução? Qual a diferença entre HD, FULL HD, 4K, 8K, etc.? Bem, é isso que veremos a seguir, em linguagem simples e
acessível a leigos e iniciantes ― para quem quiser se emaranhar em detalhes
técnicos, o Google é sopa no mel.
Primeiramente,
cumpre salientar que o termo resolução, no âmbito desta matéria, remete à quantidade de linhas e colunas de pixels que compõem as imagens. Em
outras palavras, quanto maior o número de pixels, mais bem definidas serão as
imagens exibidas na tela. Atualmente, a maioria dos aparelhos à venda nas lojas de utilidades domésticas e
grandes magazines apresenta resolução HD,
embora modelos mais sofisticados, com tecnologia “Full HD”, disputem espaço nas prateleiras. Já os “Ultra HD” e “4K”, são mais difíceis de encontrar ― a não ser em lojas voltadas a
um público-alvo mais “seleto”, por assim dizer. Até porque a resolução reflete
diretamente no preço do aparelho, que também varia conforme a marca, o modelo,
o tamanho da tela e os recursos oferecidos. Em outras palavras, modelos HD são geralmente mais baratos que os Full HD, que, por seu turno, custam
menos que os Ultra HD, e assim por
diante.
A resolução HD exibe os pixels em 1.280 colunas e 720 linhas, resultando
em imagens formadas por quase 1 milhão
de pontos. No caso do Full HD,
são 1.920 colunas e 1.080 linhas, o
que aumenta o número de pontos para pouco mais de 2 milhões, ao passo que o Ultra HD trabalha com 3.840 colunas e 2.160 linhas, o que
equivale a quatro vezes a resolução Full HD.
Observação: A diferença entre as resoluções é mais perceptível no caso do HD e do Full HD, notadamente em telas de grandes dimensões e por
espectadores que se posicionam mais próximos do aparelho. Portanto, ao escolher
um televisor, você deve cotejar o tamanho da tela com o do ambiente onde irá
colocar o aparelho, bem como a distância que irá separá-lo da sua poltrona ou
sofá. Nas TVs HD, converta a medida
da tela expressa em polegadas para a escala métrica e multiplique por dezoito,
e nas Full HD, por 21. Nas Ultra HD
não é preciso fazer contas, pois quantidade de pontos torna quase impossível
notar qualquer imperfeição na imagem ― daí essa tecnologia ser mais adequada a
aparelhos com telas de grandes dimensões (a partir de 42 polegadas).
Via de
regra, a resolução HD considerada
suficiente para a programação da TV digital aberta, canais a cabo ou via
satélite e DVDs, que em geral oferecem conteúdo com essa resolução. Já se você
assiste a vídeos em Blu-Ray ou
utiliza serviços como o Netflix e iTunes Store, convém gastar um pouco
mais numa TV Full HD.
Quanto às
resoluções Ultra HD, 4K e 8K, bem, vamos começar por dizer que as duas primeiras
nomenclaturas são usadas indistintamente para designar a mesma coisa, e que
aparelhos com essas tecnologias costumam ter grandes dimensões, telas curvas ―
ou mesmo flexíveis ― e preços nas alturas, e que compra-los, atualmente é fazer
um investimento no futuro, como será visto na próxima postagem, já a atual está
ficando extensa demais. Abraços a todos e até lá.