VARIUM ET
MUTABILE SEMPER FEMINA.
O desempenho do computador depende em grande medida da organização dos dados na memória de massa do sistema. Por memória de massa, entenda-se o drive de HDD ― ou, nas máquinas mais recentes e de preços mais salgados, o SSD (sigla de drive de estado sólido, que remete a um componente que armazena as informações em células de memória flash, bem mais veloz que os discos eletromecânicos tradicionais).
O desempenho do computador depende em grande medida da organização dos dados na memória de massa do sistema. Por memória de massa, entenda-se o drive de HDD ― ou, nas máquinas mais recentes e de preços mais salgados, o SSD (sigla de drive de estado sólido, que remete a um componente que armazena as informações em células de memória flash, bem mais veloz que os discos eletromecânicos tradicionais).
Quando o
disco rígido está “limpo”, o sistema e os aplicativos tendem a ocupar clusters
contíguos ao longo das trilhas. Só para lembrar: Todo HDD é formatado fisicamente na fábrica, quando então as superfícies
dos discos são divididas em trilhas
setores e cilindros (não confunda formatação física com a formatação lógica, que é feita
em nível de software, geralmente antes da instalação ou reinstalação do Windows, quando é criada a “tabela de
alocação de arquivos”, isto é, os parâmetros que permitem ao sistema gerenciar
o espaço disponível nos discos).
Com o passar do tempo e o uso normal do
computador, arquivos são gravados, modificados e apagados aos milhares, e isso
proporciona o surgimento de “lacunas” que retardam a leitura/gravação dos
dados. O SO é responsável pela leitura e gravação dos dados, mas, no
controle do tráfego de informações entre o HDD
e a memória RAM, ele conta com o auxílio
do BIOS ― que supervisiona a entrada
e saída de informações.
Quando
comandamos a gravação de um arquivo, essa instrução é repassada ao SO, que
altera a estrutura da tabela de alocação (para indicar a presença daquele arquivo
no diretório escolhido), seleciona os clusters disponíveis e repassa os
endereços para o BIOS, que cuida dos
detalhes físicos da gravação ― ou seja, transfere os dados da RAM para o HDD e solicita à controladora do disco que posicione as cabeças de
leitura/gravação sobre os cluster correspondentes. Se o arquivo não couber num
único cluster, o SO localiza os próximos clusters disponíveis (tantos quantos
forem necessários) e repassa suas coordenadas ao BIOS, até que o arquivo seja totalmente gravado no disco. Concluído
esse processo, os clusters ocupados são registrados na tabela de alocação, para
evitar que sejam sobrescritos durante a gravação de novos arquivos.
A desfragmentação consiste numa longa sequência de leituras e gravações
destinadas a recompor e rearranjar os arquivos em clusters contíguos,
tornando-os mais facilmente acessíveis para as cabeças eletromagnéticas do HDD. A frequência com que esse processo deve ser realizado varia conforme
o uso do computador, o sistema operacional e o sistema de arquivos utilizado, e
o tempo que ele leva para ser concluído varia conforme a velocidade e a
capacidade do drive, o percentual de espaço ocupado e o índice de fragmentação
dos arquivos. Segundo a Microsoft,
esse procedimento se faz necessário quando o percentual de fragmentação atinge
10%, mas só é realizado integralmente quando há pelo menos 15% de espaço livre
no drive. Eu, particularmente, sugiro desfragmentar o HDD quinzenalmente, ou
sempre que o índice de fragmentação superar 3%.
Embora seja óbvio, vale salientar que, quanto mais “bagunçados” estiverem os dados, mais tempo a
desfragmentação levará para ser concluída. Antigamente, rodar um
desfragmentador exigia encerrar todos os aplicativos e processos em segundo
plano, mas, embora isso não seja mais necessário, o sistema tende a ficar
bastante lento durante o procedimento, de modo que é recomendável você desfragmentar seu HDD quando o computador estiver
ocioso (na hora do almoço ou durante a noite, por exemplo).
Continuamos no próximo capítulo. Até lá.
DEPOIS DE MUITAS INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS, DE ESPECULAÇÕES E DISSE ME DISSE, TEMER RESOLVEU IMITAR DILMA E NÃO LARGAR O OSSO.
SÓ FALTA DIZER QUE TUDO NÃO PASSA DE UM GOLPE.
VEJAM O RESUMO A SEGUIR:
Aqui cabe abrir um parêntese: há cerca de dois meses, em resposta a um leitor radicado nos EUA, que comenta meus pitacos sobre o cenário político tupiniquim, escrevi que Trump não concluirá seu mandato. O assunto veio à baila nem sei bem por que; quem me acompanha sabe que não costumo palpitar sobre política internacional, pois não cabe ao sapateiro ir além das chinelas. Mas vejo agora que cantei a bola e a caçapa: uma pesquisa publicada na última terça-feira pela empresa Public Policy Polling dá conta de que 48% dos americanos querem impichar Trump. E olha que ele mal completou quatro meses de governo. Fecho o parêntese.
Vamos repetir, porque você achou que não ouviu direito: o papa bonzinho encontrou um jeito sutil como um elefante de culpar a oposição venezuelana pela ditadura sanguinária do filhote de Hugo Chávez.
Nesse ponto, Fiuza pondera que o texto poderia terminar ali, porque é incrível que ainda seja preciso dizer algo mais sobre uma lenda progressista vagabunda que virou crime perfeito, graças a uma opinião pública demente que engole e propaga a fraude ― contando até com astros de Hollywood para isso. Mujica é um canastrão, o papa é um covarde e a casta cultural e acadêmica que apoia essa malandragem para ficar bem na foto é um flagelo. Mas resolve prosseguir em homenagem a Lula, o democrata que prometeu voltar à Presidência e mandar prender todos os jornalistas que mentiram sobre ele (é muita ingratidão você passar mais de década alugando gente para exaltar sua honestidade e depois ameaçar prender quem mentiu). Lula desembarcou em Curitiba para o depoimento a Sergio Moro de jatinho particular, cercado por uma comitiva de petistas sorridentes e gordos. Eles levam um vidão, nem precisam mais fingir que governam. Dilma faz palestras pelo mundo, numa língua só dela, viajando de primeira classe. A tropa da alegria reservou dois andares de um dos melhores hotéis de Curitiba, de onde foram se encontrar com seus advogados milionários. A Justiça Federal acabara de interditar o Instituto Lula, identificando-o como centro de articulações criminosas e distribuição de propina. Bumlai, um dos articuladores, foi solto pelo STF a tempo de declarar que a ideia do instituto foi de Marisa Letícia.
DEPOIS DE MUITAS INFORMAÇÕES DESENCONTRADAS, DE ESPECULAÇÕES E DISSE ME DISSE, TEMER RESOLVEU IMITAR DILMA E NÃO LARGAR O OSSO.
SÓ FALTA DIZER QUE TUDO NÃO PASSA DE UM GOLPE.
VEJAM O RESUMO A SEGUIR:
O presidente Michel Temer afirmou na tarde de ontem, em pronunciamento em cadeia
de rádio e TV, que não vai renunciar.
― Não renunciarei. Repito: Não
renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos. Exijo investigação
plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Meu único
compromisso é com o Brasil, e só este compromisso me guiará.
Temer iniciou sua fala argumentando que demorou a se pronunciar,
porque procurou conhecer os detalhes da denúncia. E contou que solicitou ao
Supremo o acesso à gravação na qual autoriza a compra do silêncio de Eduardo Cunha. Até a tarde de ontem,
porém, seu pedido ao tribunal não tinha sido atendido.
O presidente negou novamente ter
autorizado qualquer interlocutor a falar em seu nome e afirmou que não comprou
o silêncio de ninguém, porque não tem o que temer e não precisa, segundo ele,
de foro privilegiado.
― Repito e ressalto: em nenhum
momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não
comprei o silêncio de ninguém por uma razão singelíssima, exata e precisamente,
porque não temo nenhuma delação. Não preciso de cargo público nem de foro especial.
Não tenho nada a esconder ― disse o presidente.
Quando Pelé disse
que brasileiro não sabe votar, choveram críticas. Mas não há nada como o tempo
para passar, e hoje, com base nos 13 anos e fumaça de governos lulopetistas
encerrados por um impeachment, com um Congresso composto majoritariamente por
rufiões da pátria e proxenetas do parlamento, com escândalos como os do
Mensalão e do Petrolão e à luz das estarrecedoras revelações feitas pela
Operação Lava-Jato, é impossível discordar do eterno Rei do Futebol (a não ser,
claro, para a patuleia ignara, mas a opinião desses irracionais não merece ser levada
em consideração).
Enfim, parece que o analfabetismo político-eleitoral não é uma “virtude”
exclusiva dos brasileiros. Veja, por exemplo, a situação de Donald Trump, que vem perdendo
apoiadores e ganhando detratores com a mesma vertiginosa rapidez com que
notícias comprometedoras envolvendo sua pessoa e seu governo pipocam na mídia e
nas redes sociais.
Aqui cabe abrir um parêntese: há cerca de dois meses, em resposta a um leitor radicado nos EUA, que comenta meus pitacos sobre o cenário político tupiniquim, escrevi que Trump não concluirá seu mandato. O assunto veio à baila nem sei bem por que; quem me acompanha sabe que não costumo palpitar sobre política internacional, pois não cabe ao sapateiro ir além das chinelas. Mas vejo agora que cantei a bola e a caçapa: uma pesquisa publicada na última terça-feira pela empresa Public Policy Polling dá conta de que 48% dos americanos querem impichar Trump. E olha que ele mal completou quatro meses de governo. Fecho o parêntese.
Voltando aos assuntos nacionais, li na revista Época desta semana um excelente texto de Guilherme Fiuza (caso você queira
conferir a matéria na íntegra, é só clicar
aqui). Segundo o jornalista, José
Mujica, o ex-presidente fofo do Uruguai, disse que seu coração está com Lula. A solidariedade emocionante foi
prestada na festa pela libertação de José
Dirceu, outra alma boa do mesmo planeta. Umas 48 horas depois, Renato Duque confirmou a Sergio Moro que Lula é o chefe do petrolão. Ou seja: o coração solidário de Mujica e o dinheiro roubado do
contribuinte estão juntos, sob a mesma guarda. O Brasil e parte do mundo hoje são
súditos dessa lenda idiota.
O papa Francisco,
uma fofura ainda mais exuberante que Mujica,
também deu seu jeitinho de hipotecar o coração a Lula, o filho do Brasil. Quando foi aprovado o impeachment da
presidanta delinquente, o sumo pontífice declarou que o momento era “muito
triste” e cancelou sua visita ao país. Já sobre a Venezuela, enquanto o sangue corre nas ruas e o companheiro Maduro fecha o Congresso, sua santidade
declara que a solução da crise fica difícil com “a oposição dividida”.
Vamos repetir, porque você achou que não ouviu direito: o papa bonzinho encontrou um jeito sutil como um elefante de culpar a oposição venezuelana pela ditadura sanguinária do filhote de Hugo Chávez.
Nesse ponto, Fiuza pondera que o texto poderia terminar ali, porque é incrível que ainda seja preciso dizer algo mais sobre uma lenda progressista vagabunda que virou crime perfeito, graças a uma opinião pública demente que engole e propaga a fraude ― contando até com astros de Hollywood para isso. Mujica é um canastrão, o papa é um covarde e a casta cultural e acadêmica que apoia essa malandragem para ficar bem na foto é um flagelo. Mas resolve prosseguir em homenagem a Lula, o democrata que prometeu voltar à Presidência e mandar prender todos os jornalistas que mentiram sobre ele (é muita ingratidão você passar mais de década alugando gente para exaltar sua honestidade e depois ameaçar prender quem mentiu). Lula desembarcou em Curitiba para o depoimento a Sergio Moro de jatinho particular, cercado por uma comitiva de petistas sorridentes e gordos. Eles levam um vidão, nem precisam mais fingir que governam. Dilma faz palestras pelo mundo, numa língua só dela, viajando de primeira classe. A tropa da alegria reservou dois andares de um dos melhores hotéis de Curitiba, de onde foram se encontrar com seus advogados milionários. A Justiça Federal acabara de interditar o Instituto Lula, identificando-o como centro de articulações criminosas e distribuição de propina. Bumlai, um dos articuladores, foi solto pelo STF a tempo de declarar que a ideia do instituto foi de Marisa Letícia.
Não seria preciso dizer mais nada. Mas é, porque essa
quadrilha ou, pior, sua narrativa inacreditável continua viva e bem, obrigado.
Não estivesse, seria impossível montar uma greve geral de fachada, empurrando
uma militância pífia e fisiológica para sabotar um dia na vida do país. Ruas,
estradas, lojas e aeroportos invadidos e depredados por supostos manifestantes
trabalhistas insuflados e/ou pagos pelos heróis da lenda para posar de
revolucionários ― num momento em que a única revolução possível a favor do povo
é consertar o estrago que os heróis deixaram após 13 anos de sucção.
O mais chocante não é o show de violência dos parasitas ―
defendido envergonhada e dissimuladamente por essa elite cultural e acadêmica
como “direito à livre manifestação”, entre outros disfarces retóricos para o
teatro ideológico. O mais impressionante é a leniência, a catatonia, a
frouxidão do país e de suas autoridades diante do escárnio. Saiu barato, quase
de graça, para os pimpolhos selvagens e seus mentores intelectuais
esculhambarem a vida nacional e ainda saírem reclamando da violência policial.
O Brasil é uma mãe. E é por tudo isso que Lula
pode ainda ser apresentado como protagonista de um duelo com Sergio Moro, como se o juiz fosse um
carrasco de Os dias eram assim ― e não alguém que está julgando um réu,
acusado de uma série de crimes contra o povo que finge defender. A imagem da
chegada do ex-presidente à audiência da Lava-Jato carregando uma bandeira do
Brasil é um emblema, com uma única legenda possível: “Vou continuar enganando, até que eles se cansem de ser enganados”.
Eu assino embaixo. E você?
Confira minhas
atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
E como hoje é sexta-feira:
Confira minhas atualizações diárias sobre
política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/