Conforme eu mencionei no post anterior, o PT insiste na candidatura do criminoso
condenado e encarcerado Lula, talvez
por não existir, nas fileiras da legenda, outro nome que tenha a mínima chance
de se eleger presidente desta Banânia. E olha que não faltam apedeutas munidos
de título de eleitor para votar nessa gentalha.
Mesmo sabendo que as chances de participação do demiurgo de
Garanhuns no pleito são iguais às de uma bola de neve no inferno, o diretório
vermelho ignora solenemente a pesquisa divulgada pelo site Poder 360 no início da semana passada,
na qual Haddad, colocado na pesquisa
como alternativa, obteve 8% das intenções de voto — o que o deixa próximo
daqueles que vêm aparecendo em segundo lugar. Assim, o PT lançou a “candidatura” Lula,
na última sexta-feira, com o slogan “Ajude o Brasil a ser feliz de novo”. Além
disso, criou um site para arrecadação eletrônica de recursos (cerca de 900 otários
já doaram um total de R$ 56 mil). E
assim segue essa fantasia, com Lula
candidato, embora esteja preso e impedido de disputar eleições.
Lula foi
condenado a 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro. Está cumprindo
pena desde o dia 7 de abril e é inelegível à luz da Lei da Ficha-Limpa. Além disso, ele responde a mais 6 processos
criminais, dois dos quais tramitam na 13ª Vara Federal, em Curitiba. Não fosse
pelos recorrentes pedidos de perícias e diligências apresentados por seus
advogados, ele certamente já teria sentenciado no processo que trata dos R$ 12,4 milhões em propina —
representados por uma cobertura em São Bernardo do Campo e um terreno em São Paulo, comprado pela Odebrecht para sediar o folclórico Instituto Lula. Outras 4 ações tramitam na Justiça Federal em Brasília, mas lá, como é sabido, as coisas andam num ritmo próprio — bem mais
lento que sob a pena do juiz Sérgio Moro.
Na última quinta-feira 7, Veja revelou que o bloqueio dos bens do
ex-presidente corrupto continua mantido devido a uma investigação fiscal. Segundo os investigadores, Lula recebia doações para seu
instituto, que era isento do pagamento de impostos, e usava o dinheiro em benefício
próprio — viagens particulares, locação de aviões e carros, etc.
A candidatura
do molusco é mais um ato de encenação que começou quando o petralha e seu
partido foram ceifados pela Lava-Jato.
De acordo com o abilolado Lindbergh
Farias, líder do PT no Senado, “é
preciso esticar a permanência de Lula
ao máximo” — para ele funcionar como “cabo eleitoral”, potencializando as
campanhas de deputados, senadores e governadores, evitando, assim, o reprise do
fiasco que se viu nas eleições de 2016. Em
setembro, quando a Justiça eleitoral finalmente vetar a candidatura do sevandija
de Garanhuns, o partido recorreria ao tal plano B.
Mas nem todo mundo no PT concorda com essa estratégia. De
acordo com a revista ISTOÉ, a
insatisfação vem crescendo nos bastidores, havendo até quem a classifique o
plano de “suicida”. Segundo um parlamentar petista, se há um candidato que
aparece competitivo e se metade dos eleitores ainda não têm candidato à
Presidência, manter a quimera de “Lula presidente”
é incompreensível. Ainda de acordo com esse mesmo parlamentar, o PT parece agir somente como o “Partido do Lula”, atendendo a seus
interesses, movendo-se unicamente para ele e se esquecendo do resto. Fora do
jogo, atrapalha a formação dos palanques estaduais, e ainda pode ajudar a
eleger Jair Bolsonaro, cuja posição
à frente da disputa vem se consolidando — embora alguns analistas falem em Ciro Gomes e Marina Silva; eu, particularmente, não sei quem é pior.
Que Deus nos ajude.
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