sexta-feira, 27 de julho de 2018

AINDA SOBRE NAVEGADORES (CONTINUAÇÃO)


QUEM NÃO DÁ ASSISTÊNCIA ABRE CONCORRÊNCIA.

Depois que passaram a suportar extensões ― como são chamados os programinhas internos que agregam funções adicionais ―, os navegadores se tornaram mais susceptíveis a instabilidades e travamentos. Conforme já vimos, esses programas têm o (péssimo) hábito de alocar grandes quantidades de memória RAM ― quem usa o Windows 10 e dispõe de menos de 4 GB de RAM já deve ter reparado que sua navegação vai ficando mais lenta ao longo de uma sessão, e que fechar as Tabs (abas) ociosas ou finalizar e reiniciar o browser nem sempre resolve esse problema.

Por uma série de fatores que não iremos discutir neste momento, o espaço na memória física do computador (RAM) é milhares de vezes menor do que na memória de massa (representada pelo disco rígido ou, em máquinas mais sofisticadas, pelo SSD). Como tudo que o computador processa e executa (do sistema operacional a um simples arquivo de texto) é carregado na RAM (claro que apenas em parte, ou não haveria memória que bastasse), o espaço tende a se esgotar, e malgrado os inúmeros paliativos criados pelos desenvolvedores de hardware, a única forma de contornar esse inconveniente é o upgrade de memória (há quem sugira reconfigurar a memória virtual, mas eu não recomendo, sobretudo no Windows 10).

Para entender melhor: Quando rodamos um programa, seus executáveis são copiados do disco rígido para a memória RAM, juntamente com algumas DLLs e os arquivos de dados com os quais vamos trabalhar. Como a capacidade da RAM é limitada e próprio sistema operacional já consome boa parte dela, a execução simultânea de aplicativos requer o uso da “memória virtual”, sem o que seria impossível abrir um programa sem antes encerrar os demais. Esse recurso cria um espaço no HDD que funciona como uma espécie de “extensão” da memória física, mas isso não passa de um paliativo, já que mesmo os discos eletromecânicos de última geração são milhares de vezes mais lentos do que a já (relativamente lenta) memória RAM.

Também por razões que eu não vou detalhar neste momento, é normal que a performance do Windows se degrade com o passar do tempo e o uso normal do computador, mas uma boa suíte de manutenção pode postergar uma inevitável reinstalação do sistema — ainda que o próprio Windows disponha de ferramentas para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados, suítes como CCleaner, IObit Advanced System Care e Glary Utilities facilitam a manutenção, são mais abrangentes e produzem resultados superiores aos dos utilitários nativos.

Voltando ao caso específico dos navegadores, se seu PC tem RAM de sobra e muito espaço livre no HDD, e sua navegação “se arrasta” mesmo assim, experimente limpar o cache do navegador — área da memória onde os navegadores guardam as páginas localmente, evitando consultas constantes à rede. O problema é que, a partir de determinado momento, a memorização offline dos dados mais atrapalha do que ajuda — ou seja, o recurso, que deveria acelerar a navegação, passa a retardá-la, daí ser importante limpar regularmente o cache do navegador.

Para fazer essa faxina no Chrome, clique em configurações (os três pontinhos no final na barra de endereços), aponte o mouse para Mais Ferramentas, clique em Limpar dados de navegação, na setinha ao lado de Eliminar os seguintes itens desde, escolha uma das opções disponíveis (sugiro desde o começo) e marque as caixas de verificação ao lado dos itens que você deseja eliminar (sugiro limitar-se às primeiras quatro opções). Ao final, clique em Limpar dados de navegação, reinicie o navegador e confira o resultado (para não meter os pés pelas mãos, siga este link e leia atentamente as informações da ajuda do Google antes de dar início à faxina).

No UC-Browser — que também é baseado na plataforma Chromium —, clique no botão com as três linhas horizontais, no canto superior direito da janela (ou simplesmente pressione Ctrl+Shift+Delete), assinale as caixas de verificação desejadas, clique em Limpar dados de navegação e reinicie o navegador.

No Mozilla Firefox, clique no botão Abrir menu (também localizado no canto direito da barra de endereços, mas identificado por três traços horizontais), clique em Opções > Privacidade e Segurança > Cookies e dados de sites, clique no botão Limpar dados e reinicie o navegador.

No Internet Explorer, clique no ícone da engrenagem (no canto superior direito da janela), selecione Opções de Internet e, na aba Geral, clique em Histórico de navegação e em Excluir. Marque os itens do cache que você deseja apagar, clique no botão Excluir e reiniciar o navegador.

No Edge, clique no ícone das reticências (no canto superior direito da janela), depois em Configurações > Escolher o que limpar. Faça a seleção desejada, clique em Limpar e reinicie o navegador.

No Opera, clique no botão Menu (no canto superior esquerdo da janela), em Mais ferramentas e em Limpar dados de navegação; feitos os ajustes desejados, pressione o botão Limpar dados de navegação e reinicie o navegador.

A conclusão fica para a próxima postagem. Até lá.

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