quinta-feira, 20 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO (CONTINUAÇÃO)


HÁ LIVROS ESCRITOS PARA EVITAR ESPAÇOS VAZIOS NA ESTANTE.

Nenhum programa de computador — de um simples plugin para navegador a um monstruoso sistema operacional — está livre de bugs (erros de programação que podem ou não ter a ver com segurança). A própria indústria do software considera “aceitável” a ocorrência de uma falha a cada 10 mil linhas de código, e como os sistemas e programas atuais são monstruosas obras de engenharia computacional — o Office 2013 é composto de 50 milhões de linhas e o Mac OS X Tiger, de quase 90 milhões —, não é difícil imaginar o tamanho da encrenca.

O Windows sempre foi considerado inseguro, sobretudo pelos linuxistas — notórios defensores do software livre, de código aberto —, mas seu maior problema é justamente a popularidade, pois é sempre mais produtivo desenvolver malwares ou exploits para um produto que abocanha 90% do seu segmento de mercado do que para outro que mal chega a 10%, como o Mac OS, ou a míseros 1,7%, como as distribuições Linux. E o mesmo raciocínio vale para smartphones baseados no sistema móvel Android, embora o iPhone não seja imune a ameaças digitais.

Não caia na conversa de que atualizações de software servem apenas para ocupar espaço no HDD do computador — e, por extensão, na memória interna do smartphone. Manter o sistema o os aplicativos up to date é fundamental. E em se tratando de aplicativos, volto a lembrar que menos é mais: instale somente aquilo que você realmente vai usar e faça o download a partir de fontes confiáveis, como a Google Play e a App Store, conforme o seu aparelho (mais detalhes na postagem anterior).

Diversos websites e webservices permitem que o internauta faça logon usando a conta do Facebook ou do Gmail, mas comodidade não combina com segurança: se por um lado essa facilidade poupa tempo e trabalho, por outro permite que terceiros tenham acesso, ainda que parcialmente, aos dados da conta. E só Deus sabe o que eles farão com suas informações. Evite, portanto.

Originalmente, os sistemas operacionais eram monotarefa — isso significa que você mandava um documento para impressão, por exemplo, e ficava esperando o processo terminar para poder realizar outra atividade qualquer no computador. No Windows, esse problema começou a ser solucionado com o lançamento do Win 95, que já era um sistema operacional autônomo (até então, o Windows era uma interface gráfica baseada no DOS) e suportava a multitarefa real — embora em máquinas com pouca RAM essa função provocasse lentidão e obrigasse o usuário a encerrar um ou mais aplicativos para poder rodar outro (embora isso seja "coisa do passado", rodar múltiplos aplicativos ao mesmo tempo continua sendo um problema em dispositivos com pouca memória RAM). 

Interessa mesmo é dizer que você até pode fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas dificilmente conseguirá prestar atenção a tudo que estiver fazendo. No PC ou no smartphone, manter diversas abas do navegador abertas pode levá-lo a clicar em algo inapropriado ou enviar mensagens em massa quando a ideia era encaminhá-las para um destinatário específico, por exemplo. Barbas de molho, portanto.

Amanhã a gente conclui.

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