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sexta-feira, 8 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO NO WINDOWS

SUTOR, NE ULTRA CREPIDAM.

Seu perfil de usuário pode ser o responsável pela lentidão do Windows — sobretudo nos primeiros 5 ou 10 minutos da sessão —, que transforma tarefas, simples, como abrir um arquivo ou executar um aplicativo, num verdadeiro teste de paciência.

Se você não se conforma em ligar computador e ir tomar um café ou fazer qualquer outra coisa enquanto o sistema termina de inicializar é apenas um paliativo, reveja o que eu escrevi nesta postagem e nas seguintes; se nada do que foi sugerido ali resolver o seu problema, talvez o vilão da história seja mesmo o seu perfil.

Para entender isso melhor, vale relembrar que do final dos anos 1980 até meados da década seguinte — época em que os PCs começaram a se popularizar entre usuários domésticos — o MS-DOS era o sistema operacional e o Windows, uma simples interface gráfica. O principal problema do DOS, além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos, era ser monotarefa, e ainda que o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o DOS deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, mas continuou integrando o Windows 9.x/ME, embora seus comandos fossem cada vez menos utilizados até porque era bem mais fácil operar o computador através dos ícones, botões, menus e caixas de diálogo da interface gráfica.

Numa época em que não havia banda larga, roteadores wireless, smartphones, tablets e afins, e, para piorar, um PC custava tanto quanto um automóvel de segunda-mão, o “computador da família” se notabilizou como solução primária nas residências. Mas além do desconforto que o compartilhamento da máquina impunha aos usuários — sobretudo quando o acesso à internet via modem analógico e conexão discada (rede dial-up) começou a se popularizar, gerando disputas entre os membros da família, que queriam acessar a rede nos horários que lhes fosse mais conveniente —, havia também a questão da segurança e da privacidade: além de cada usuário ter acesso aos arquivos dos demais (e poder bisbilhotá-los à vontade), não raro o marido deletava as receitas que a esposa havia salvo, ou os filhos pequenos promoviam desconfigurações no sistema que afetavam todo mundo.

Sensível a esse problema, a Microsoft transformou o Windows num sistema multiusuário e implementou uma política de contas de usuário e senhas de acesso. Assim, cada usuário cadastrado no computador compartilhava com os demais somente o hardware, pois, ao se logar com seu nome de usuário e senha, cada qual passava a ter um Windows só para ele.

Observação: Em linhas gerais, o “perfil do usuário” reúne informações a partir das quais o Windows carrega as preferências pessoais do usuário — como plano de fundo da área de trabalho, proteção de tela etc. — e determina quais arquivos e pastas ele pode acessar, quais alterações pode fazer, quais aplicativos pode executar, e assim por diante.

Isso não tornou o uso do famigerado “computador da família” mais confortável, sobretudo se pais, filhos, cachorro, papagaio e agregados quisessem usá-lo no mesmo horário, mas ao menos evitava que cada um acessasse (e modificasse ou apagasse) os arquivos e pastas dos outros, o que já não era pouco. Todavia, usuários do Windows ME — edição lançada pela Microsoft a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da “virada do milênio” — logo descobriram que bastava selecionar um usuário na tela de boas-vindas e pressionar a tecla Esc para se logar na conta dele sem ter de digitar a respectiva senha de acesso.

Continua na próxima postagem.    

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO (CONTINUAÇÃO)


HÁ LIVROS ESCRITOS PARA EVITAR ESPAÇOS VAZIOS NA ESTANTE.

Nenhum programa de computador — de um simples plugin para navegador a um monstruoso sistema operacional — está livre de bugs (erros de programação que podem ou não ter a ver com segurança). A própria indústria do software considera “aceitável” a ocorrência de uma falha a cada 10 mil linhas de código, e como os sistemas e programas atuais são monstruosas obras de engenharia computacional — o Office 2013 é composto de 50 milhões de linhas e o Mac OS X Tiger, de quase 90 milhões —, não é difícil imaginar o tamanho da encrenca.

O Windows sempre foi considerado inseguro, sobretudo pelos linuxistas — notórios defensores do software livre, de código aberto —, mas seu maior problema é justamente a popularidade, pois é sempre mais produtivo desenvolver malwares ou exploits para um produto que abocanha 90% do seu segmento de mercado do que para outro que mal chega a 10%, como o Mac OS, ou a míseros 1,7%, como as distribuições Linux. E o mesmo raciocínio vale para smartphones baseados no sistema móvel Android, embora o iPhone não seja imune a ameaças digitais.

Não caia na conversa de que atualizações de software servem apenas para ocupar espaço no HDD do computador — e, por extensão, na memória interna do smartphone. Manter o sistema o os aplicativos up to date é fundamental. E em se tratando de aplicativos, volto a lembrar que menos é mais: instale somente aquilo que você realmente vai usar e faça o download a partir de fontes confiáveis, como a Google Play e a App Store, conforme o seu aparelho (mais detalhes na postagem anterior).

Diversos websites e webservices permitem que o internauta faça logon usando a conta do Facebook ou do Gmail, mas comodidade não combina com segurança: se por um lado essa facilidade poupa tempo e trabalho, por outro permite que terceiros tenham acesso, ainda que parcialmente, aos dados da conta. E só Deus sabe o que eles farão com suas informações. Evite, portanto.

Originalmente, os sistemas operacionais eram monotarefa — isso significa que você mandava um documento para impressão, por exemplo, e ficava esperando o processo terminar para poder realizar outra atividade qualquer no computador. No Windows, esse problema começou a ser solucionado com o lançamento do Win 95, que já era um sistema operacional autônomo (até então, o Windows era uma interface gráfica baseada no DOS) e suportava a multitarefa real — embora em máquinas com pouca RAM essa função provocasse lentidão e obrigasse o usuário a encerrar um ou mais aplicativos para poder rodar outro (embora isso seja "coisa do passado", rodar múltiplos aplicativos ao mesmo tempo continua sendo um problema em dispositivos com pouca memória RAM). 

Interessa mesmo é dizer que você até pode fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas dificilmente conseguirá prestar atenção a tudo que estiver fazendo. No PC ou no smartphone, manter diversas abas do navegador abertas pode levá-lo a clicar em algo inapropriado ou enviar mensagens em massa quando a ideia era encaminhá-las para um destinatário específico, por exemplo. Barbas de molho, portanto.

Amanhã a gente conclui.

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

AINDA SOBRE O SISTEMA OPERACIONAL (parte 5)

MEGLIO VIVERE UN GIORNO DA LEONE CHE CENT'ANNI DA PECORA.

Como eu disse anteriormente, uma das grandes limitações do MS-DOS era a monotarefa, e como o Windows era inicialmente uma interface gráfica baseada nesse jurássico sistema, era comum a gente mandar um arquivo para a impressora, p.ex., e ir tomar um cafezinho, pois uma nova tarefa só poderia ser iniciada depois que a anterior fosse concluída.

Isso viria a mudar no festejado Win 95 ― considerado por muitos como o “pulo do gato” da Microsoft. A partir dessa edição, o Windows não só se tornou um sistema operacional autônomo, como também passou a suportar a multitarefa real. No entanto, as memórias custavam caríssimo naqueles tempos, e maioria dos PCs vinha de fábrica com poucos megabytes de RAM. Assim, mesmo que Windows já fosse capaz de manipular múltiplas tarefas ao mesmo tempo, quem não podia investir num upgrade de RAM era bombardeado com recorrentes mensagens de memória insuficiente ― nesse caso, ou a gente encerrava todos os aplicativos que não eram indispensáveis naquele momento, ou o sistema capengava a passos de lesma (isso quando não travava e precisava ser reiniciado).

Observação: O Windows foi se “desligando” progressivamente do DOS ao longo das edições 9x/ME, mas o cordão umbilical só foi mesmo cortado a partir da edição XP ― que foi lançada em outubro de 2001 e deixou de ser suportada pela Microsoft em abril de 2014, mas ainda está presente em quase 6% dos computadores do mundo inteiro, inclusive nos caixas eletrônicos dos Bancos.

Enfim, o século XX terminou, o novo milênio começou e a evolução tecnológica fez a sua parte, aprimorando a multitarefa a tal ponto que hoje podemos navegar na Web enquanto baixamos emails no Outlook, redigimos documentos no Word, imprimimos tabelas do Excel, desfragmentamos o HD e varremos o sistema com o antivírus, p. ex. Mas convém não abusar, já que quanto maior for o número de tarefas executadas simultaneamente, tanto pior será o desempenho do sistema como um todo.

A multitarefa se divide em cooperativa e preemptiva, sendo a segunda mais vantajosa, porque as tarefas recebem atenção do processador em slices (fatias de tempo). Quando esse tempo se esgota, o processador salva o status da tarefa (para poder retomá-las mais adiante), alterna para outra, e assim sucessivamente. Note que, ao contrário do que ocorre na modalidade cooperativa, nenhuma aplicação consome todos os recursos, e o eventual travamento de um processo não “contamina” o sistema como um todo; via de regra, basta encerrar o aplicativo malcomportado para continuar usando o computador normalmente.  Note também que multitarefa e multiprocessamento são conceitos distintos, como veremos isso em detalhes no próximo capítulo (com o qual, se tudo correr bem, encerraremos esta interminável novela). 

E como hoje é sexta-feira:



Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MEMÓRIAS RAM, CACHE, VIRTUAL e outras considerações


Na pré-história da informática, era comum a gente mandar um documento para a impressora e ir tomar um cafezinho, pois o PC só era capaz de realizar uma tarefa por vez. Com o advento do conceito da multitarefa a coisa melhorou um bocado, mas como a RAM era caríssima – e, portanto, escassa nas configurações daqueles tempos –, eramos não raro obrigados a encerrar um ou mais aplicativos para continuar trabalhando com os demais (para saber mais sobre memórias, clique aqui). Para contornar esse problema, a Intel implementou a memória virtual – que inicialmente era configurada de orelhada, deixando o usuário entre a cruz e a caldeirinha: uma porção grande demais do HD comprometeria a instalação de novos programas e o armazenamento de novos arquivos, ao passo que um espaço limitado demais inviabilizaria a execução simultânea de aplicativos e a manipulação de arquivos volumosos.

Observação: Os PCs utilizam diversos tipos de memória, mas é na RAM que o sistema e os programas são carregados e as informações, processadas (para saber mais, clique). Antigamente, esse tipo de memória custava “os olhos da cara”; hoje, qualquer máquina de entrada de linha oferece dois (ou mais) gigabytes, mas sistemas de 32 bits só são capazes de gerenciar algo entre 2.8 e 3.5 GB.

Mais adiante, com a adoção do arquivo de troca dinâmico, os dados acessados com maior frequência passaram a ser mantidos na RAM – ou na memória cache, conforme o caso – e os menos utilizados, despachados para o HD. Entretanto, como o disco rígido é milhares de vezes mais lento que a memória RAM, esse expediente torna o sistema lerdo, e mais ainda se o conteúdo do arquivo de troca não for regularmente expurgado (para saber como fazer esse ajuste no Windows, clique aqui).
Vale lembrar que um  upgrade de RAM  costuma ser a melhor maneira de dar um gás num PC meia-boca – desde que você atente para as limitações impostas pela versão do seu Windows (se de 32 ou de 64 bits).
Outra medida aparentemente “simplória” – mas que, na prática, ajuda um bocado – é substituir aplicativos “pesados” por alternativas “enxutas” (via de regra, quanto maior o programa, mais memória ele consome e maior o seu impacto no desempenho geral da máquina). Comece pelo Adobe Reader X, que pode ser perfeitamente substituído pelo Foxit ou pelo Sumatra PDF. Já o MS Office (que pesa também no bolso) pode ser substituído pelo BrOffice (hoje LibreOffice) ou pelo Google Docs, e seu software de mensagens instantâneas (Windows Live Messenger, Yahoo!Messenger ou outro similar) por uma opção online que dispensa instalação e roda a partir do navegador, como é o caso do serviço multiplataforma Imo Instant Messenger.
Amanhã revisitaresmos a pesquisa via GOOGLE e na semana que vem, dentre outras coisas, veremos como fazer um upgrade instantâneo de RAM no Windows 7 e como checar as memórias do PC com o MEMTEST86 e com a ferramenta nativa do Seven. Não percam.