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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

DE VOLTA À MEMÓRIA RAM — PARTE 6



DEPOIS DA CHEGADA, VEM SEMPRE A PARTIDA, PORQUE NÃO HÁ NADA SEM SEPARAÇÃO.

Um PC abastecido com uma quantidade razoável RAM (entre 6 e 8 gigabytes) costuma ter desempenho superior ao de outro que tenha um processador mais parrudo e disponha de menos de 4 GB de memória. E ainda que a Microsoft estabeleça como requisitos mínimos 1 GB de RAM para rodar o Windows 10 de 32-bit e 2 GB para o de 64-bit, tão pouca memória faz da máquina uma “carroça”, até porque ninguém usa só o sistema operacional.

Não bastasse o próprio Windows e outros arquivos essenciais (drivers, DLLs, etc.) consumirem boa parte da RAM, cada aplicativo instalado, quando em execução, aloca a sua quota-parte, e muitos têm o péssimo hábito de “pegar carona” na inicialização do sistema, mesmo que isso não seja necessário — com exceção do antivírus e do firewall, contam-se nos dedos de uma só mão os apps que precisam realmente ficar rodando em segundo plano o tempo todo.

Com pouca RAM, basta você abrir seu cliente de email, duas ou três abas do navegador e um editor de imagens, por exemplo, para que o desempenho do computador entre em colapso. Como paliativo, a memória virtual emula RAM quando o consumo chega a cerca de 90% da memória física disponível. Isso evita o travamento do sistema por falta de memória, mas degrada o desempenho, já que o arquivo de paginação é baseado disco rígido, e o disco rígido é milhares de vezes de vezes mais lento que a já relativamente lenta memória RAM.

Há quem sugira ajustar manualmente os parâmetros do arquivo de paginação para melhorar a performance do computador. Eu, particularmente, não recomendo até recomendava nas edições vetustas do Windows, mas não no Windows 10. Todavia, se você quiser experimentar (por sua conta e risco):

— Abra o Explorador de Arquivos, dê um clique direito em Este Computador, clique em Propriedades, depois em Configurações avançadas do sistema.

— Na janelinha das Propriedades do Sistema, clique na aba Avançado e, no campo Desempenho, pressione o botão Configurações...,

— Clique novamente em Avançado e, no campo Memória Virtual, clique em Alterar...

— Desmarque a opção Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação de todas as unidades, selecione a unidade que contém o arquivo de paginação — geralmente a partição em que o sistema está instalado —, marque a opção Tamanho personalizado e preencha os campos Tamanho inicial e o Tamanho máximo com os valores desejados e confirme em Definir.

Desde os tempos do velho XP que os palpiteiros de plantão sugerem configurar ambos os campos com o valor (em megabytes) correspondente a uma vez e meia a quantidade de RAM instalada, mas há quem sugira usar o valor total da memória física no campo Tamanho inicial e o quíntuplo desse valor inicial no campo Tamanho máximo

Note que não costuma ser necessário reiniciar o computador ao aumentar o tamanho do swap-file (arquivo de troca), mas a reinicialização é necessária em caso de redução. Note também que basta seguir os passos acima para desabilitar o arquivo de paginação. Embora a Microsoft não recomende fazê-lo, PCs com 8 ou mais GB de RAM ficam mais rápidos sem o arquivo de paginação, mas desde que você não trabalhe com programas pesados, como de edição de vídeos ou manipulação de gráficos em alta resolução.

Continua na próxima postagem.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

MEMÓRIA DE MASSA ― E AINDA MAIS DICAS...

DE QUINZE EM QUINZE MINUTOS, AUMENTA O DESGASTE DA NOSSA DELICADEZA.

Outro recurso que você pode desativar para melhorar o desempenho do seu SSD é a memória virtual (ou arquivo de paginação), que serve para “expandir” a memória RAM e evitar as aborrecidas mensagens de “memória insuficiente” muito comuns nos tempos do Windows 9x/ME. Mas só o faça se seu computador dispuser de fartura de RAM (6 GB ou mais) e desde que você não costume executar dezenas de aplicativos simultaneamente.

Seja como for, considerando o ajuste pode ser feito e desfeito facilmente, não custa nada experimentar:

― Pressione as teclas Windows + Pause/Break e clique em Configurações avançadas do sistema (na porção esquerda da janela).
― Na tela das Propriedades do Sistema, pressione o botão Configurações do campo Desempenho, clique na aba Avançado e, no campo Memória Virtual, pressione o botão Alterar... 
― Feito isso, desmarque a caixa Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação de todas as unidades, selecione seu SSD, marque a opção Sem arquivo de paginação, pressione o botão Definir e reinicie o computador para efetivar a alteração.

Até a próxima.

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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

MEMÓRIA DE MASSA DO PC ― MAIS DICAS

O MEDÍOCRE DISCUTE PESSOAS. O COMUM DISCUTE FATOS. O SÁBIO DISCUTE IDEIAS.

Dentre outros fatores que podem tornar o Windows instável, destacam-se a ação de malwares, as atualizações malsucedidas do sistema e a instalação de drivers de hardware e/ou aplicativos malcomportados. A boa notícia é que, graças a um recurso que a Microsoft batizou de Restauração do Sistema, o próprio Windows cria pontos de restauração (backups automáticos) que lhe permitem retornar a uma data e horário anterior à ocorrência de um erro grave.

Como nada é perfeito, além de não ser um remédio para todos os males e nem sempre funcionar quando se precisa dela, essa máquina do tempo consome recursos do sistema para permanecer em standby, o que impacta negativamente no desempenho do computador. Mesmo assim, eu recomendo não só manter esse recurso ativo e operante como também criar, manualmente, pontos de restauração antes de instalar aplicativos, atualizar drivers e rodar ferramentas de manutenção que atuam sobre o Registro do Windows. É certo que esses backups ocupam um bocado de espaço, mas é igualmente certo que qualquer PC de fabricação mais ou menos recente já oferece algo entre 500 GB e 1 TB de memória de massa. Além disso, sempre se pode ajustar o espaço destinado ao armazenamento dos pontos de restauração e apagar os mais antigos.

Para acessar a Restauração do Sistema no Windows 10, digite “ponto” (sem aspas) na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas, clique na opção Criar ponto de restauração (Painel de Controle). Na tela das Propriedades do Sistema, clique na aba Proteção do Sistema (caso ela não seja exibida por padrão); para ativar/desativar o recurso e configurar o espaço alocado, pressione o botão Configurar... Para criar manualmente um ponto de restauração, pressione o botão Criar e siga as instruções do assistente; para apagar pontos antigos (com exceção do mais recente, que é preservado por motivo de segurança), pressione o botão Excluir ― ou então use o CCleaner, que permite selecionar individualmente os pontos que se deseja apagar.

Por último, mas não menos importante: se for preciso restaurar o sistema, pressione o botão Restauração do Sistema..., siga as instruções do assistente e torça para dar certo.

Voltando ao que foi dito no início deste texto, desativar a Restauração do Sistema deixa a máquina mais rápida e evita escritas desnecessárias ― que não têm efeitos deletérios nos HDDs convencionais, mas abreviam a vida útil das células de memória flash dos drives sólidos. Fica a critério de cada um, portanto, escolher entre a segurança provida por essa “tábua de salvação” e a comodidade de usar um sistema mais ágil e prolongar a vida útil do SSD.

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

FICOU SEM ESPAÇO NO HD APÓS MIGRAR PARA O WINDOWS 10? ENTÃO VEJA COMO PROCEDER

FALTA AO VIRTUOSO A FEÉRICA, A IRISADA, A MULTICOLORIDA VARIEDADE DO VIGARISTA.

Foi-se o tempo em que os PCs traziam HDs com poucas centenas de megabytes de espaço. Hoje em dia, qualquer máquina de configuração mediana ― ou mesmo de entrada de linha ― conta com pelo menos 500 GB (com a possível exceção das que integram SSDs, devido ao preço ainda elevado desse tipo de memória, mas isso já é outra história).

No entanto, sempre tem quem armazena arquivos multimídia volumosos (como filmes e clipes de vídeo, por exemplo), instala tudo quanto é freeware que encontra pela frente e guarda indefinidamente milhares de fotos e coleções de músicas com o propósito de um dia ― sabe lá Deus quando ― gravar tudo isso em CDs ou transferir para pendrives. Desse jeito, até o HD mais espaçoso pode ficar lotado rapidamente, com consequente prejuízo para o desempenho do sistema operacional e do computador como um todo.

No Windows 10, conferir a quantas anda o espaço disponível no HD é ainda mais fácil do que nas edições anteriores: basta abrir a pasta Computador e checar a barra correspondente ao ícone que representa a unidade na qual o Windows está instalado (geralmente C:). No entanto, eu recomendo dar um clique direito sobre a unidade em questão e selecionar Propriedades, pois, além de obter informações mais detalhadas, você pode aproveitar o embalo para executar a Limpeza de disco (conforme a gente já discutiu em outras oportunidades).

Vale frisar que suítes de manutenção como o Advanced System Care, o CCleaner, o Glary Utilities e tantas outras ― sobre as quais a gente também já falou em diversas oportunidades ― fazem um serviço mais elaborado ou, no mínimo, complementam a faxina feita pela ferramenta nativa do Windows (mais detalhes nesta postagem).

Lembro também que, caso essa faxina não resolva seu problema de espaço, convém você considerar a possibilidade de apagar pontos antigos de restauração do sistema, desinstalar aplicativos desnecessários e transferir arquivos volumosos (como os de multimídia e outros que foram mencionados linhas atrás) para mídias ópticas e/ou dispositivos de armazenamento removível.

Outra providência que resulta em economia de espaço é a exclusão de arquivos temporários. Para isso, na caixa de diálogo do menu Executar ― que você pode abrir pressionando ao mesmo tempo as teclas Windows e R ―, digite temp, dê Enter, selecione os arquivos listados e pressione a tecla Delete. Em seguida, no mesmo menu Executar, digite %temp% e repita o procedimento retro citado.

Há quem sugira ainda desativar a memória virtual (ou arquivo de paginação, como queira), mas eu não recomendo, a não ser que, em vez de um drive eletromecânico, seu PC seja equipado com SSD. No entanto, é consenso entre os especialistas sistemas com 8 GB ou mais de RAM ficam mais ágeis sem a memória virtual (para mais detalhes, reveja esta postagem). Então, se você acha mesmo que pode abrir mão desse recurso, veja como reconfigurá-lo no Windows 10:

― Dê um clique direito no logo do Windows que é exibido na extremidade esquerda da sua barra de tarefas (o mesmo em que você clica com o botão esquerdo para acessar o menu Iniciar).

― Clique então em Sistema e, na porção esquerda da tela que se abrirá em seguida, clique em Configurações avançadas do sistema.

― Selecione a guia Avançado e, no campo Desempenho, clique em Configurações... e novamente na guia Avançado.

― No campo Memória virtual da janelinha que se abrirá em seguida, clique em Alterar.

― Desmarque a caixinha ao lado de Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação, selecione (se necessário) o drive ou partição em que o Windows está instalado e marque a opção Sem arquivo de paginação.

Observação: Note que essa mesma janela permite definir manualmente o tamanho do arquivo de paginação. Para isso (embora essa questão fuja aos propósitos da postagem, já que o tema em pauta é a recuperação de espaço no HD), selecione a opção correspondente, preencha os campos Tamanho inicial e Tamanho máximo com o mesmo valor (que deve ficar entre uma vez e meia e três vezes a quantidade de memória RAM instalada no computador), confirme em OK e reinicialize o sistema.

A MORTE DE TEORI ZAVASCKI ― OUTRO “PAVOROSO ACIDENTE”?

Eram 5h da tarde quando a notícia caiu feito uma bomba ― ou feito o Beechcraft C90GT de prefixo PR-SOM, a bordo do qual se encontrava o ministro do STF Teori Zavascki e outras quatro pessoas, mas essa analogia me pareceu de mau gosto, de modo que resolvi ficar com a primeira.

Eu já havia encerrado o expediente quando soube do “pavoroso acidente” e resisti à tentação de postar algo no Blog e na comunidade de política devido à falta de informações confiáveis. Até aquele momento, sabia-se apenas que a aeronave ― que decolou por volta das 13h00 do Campo de Marte, na região central da capital paulista, e tinha como destino a cidade de Paraty, no litoral fluminense ― havia caído no mar, a 2 km do campo de pouso de destino (chamar aquilo de aeroporto é piada) e que Zavascki poderia ser um dos passageiros. Meia hora depois, todos os telejornais confirmavam que o ministro estava mesmo a bordo e que havia morrido no acidente, e, mais adiante, que havia cinco pessoas a bordo (e não quatro, como havia sido dito anteriormente), que nenhuma delas sobreviveu para contar a história e que as causas da tragédia podiam ser... qualquer coisa.

Teori era o relator dos processos da Lava-Jato no STF. A ele caberia homologar os acordos de 77 delatores da Odebrecht, que, até onde se sabe, envolvem cerca de 200 políticos de diversos partidos ― que poderão ter a carreira abreviada e até mesmo passar um tempo no complexo penitenciário de Pinhais, em Curitiba, caso as denúncias sejam confirmadas, os respectivos inquéritos, instaurados, e as ações, julgadas em desfavor dos réus. Só isso já dá e sobra para inúmeras teorias da conspiração ― que realmente vêm pipocando na Web. Pode ser que tudo não passe de uma lamentável coincidência, mas dizem que coincidências nada mais são do que Deus agindo nos bastidores ― no caso, por motivos óbvios, seria mais provável que o Diabo tivesse culpa no cartório.

Ainda não são conhecidas ― pelo menos até o momento em que estou rabiscando estas linhas ― as verdadeiras causas do acidente, e não vejo sentido em perder tempo com meras especulações. Melhor acompanhar o desenrolar das investigações para ver que bicho dá. Mesmo quanto ao futuro da Lava-Jato ― que a perda de Zavascki certamente atrapalha, ou pelo menos retarda, mas isso não significa que a Operação esteja comprometida. Ainda não se sabe quem será o novo relator, até porque fala-se em duas maneiras de escolhê-lo: na primeira, Temer aponta o substituto de Zavascki (que deve ser sabatinado pela CCJ do Senado e referendado pelo plenário da Casa), e ele herdará as ações que estavam sob os cuidados de seu antecessor. Na segunda, a ministra Carmem Lucia, atual presidente da Corte, sorteia o novo relator entre os 9 colegas remanescentes (o STF é composto por 11 magistrados, mas, nesse caso, a presidente não conta), embora alguns palpiteiros afirmem que esse sorteio deve envolver apenas os 4 componentes que restaram na Segunda Turma do Supremo, da qual TZ fazia parte (e que é presidida por Gilmar Mendes e conta com os ministros Celso de Mello, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski).

Já deu na mídia que o presidente Temer deve indicar para o posto seu ministro da justiça, o boquirroto dublê de Kinder ovo e Lex Luthor, que atende por Alexandre de Moraes. Há quem sugira o nome de Sergio Moro, mas parece que essa ideia é defendida apenas pelos (muitos) admiradores do magistrado. Demais disso, é bom lembrar que se Moro ocupasse a vaga, estaria automaticamente impedido de julgar recursos de casos relativos às ações que ele próprio julgou em primeira instância.

A coisa toda ainda é muito recente. Não se sabe ao certo sequer onde o corpo de Zavascki será sepultado. Alguns dizem que será velado no STF e de lá enviado para Santa Catarina (o ministro nasceu naquele estado, no município de Faxinal dos Guedes), enquanto outros dizem que tanto o velório quanto o sepultamento serão em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Voltarei com mais detalhes quando os tiver e achar que posso confiar nas informações.

E como a vida continua e hoje é sexta-feira:



Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

VOCÊ SABE O QUE É E COMO AJUSTAR (OU SUPRIMIR) A MEMÓRIA VIRTUAL DO SEU PC?

VIVER É UM BARATO, O POBRE É QUE ACHA CARO!

Tanto o sistema operacional quanto os programas em execução e os arquivos que acessamos e editamos no computador são carregados na RAM (memória física do sistema). Quando a RAM se torna insuficiente, o Windows recorre a uma porção pré-definida do disco rígido, conhecida como memória virtual ou arquivo de troca, para suprir essa lacuna e evitar o "congelamento" do sistema.

A RAM é determinante para o desempenho do computador. Quando executamos um processador de textos, um cliente de e-mail e um navegador da Internet, por exemplo, a CPU copia os executáveis do disco rígido para memória (física), juntamente com algumas DLLs (bibliotecas de ligação dinâmica) e arquivos de dados com os quais iremos trabalhar. Considerando que o próprio sistema operacional já ocupa boa parte da RAM instalada, a execução simultânea dessas tarefas pode resultar em mensagens de "memória insuficiente" (comuns nas versões mais antigas do Windows) e impor o encerramento de alguns aplicativos para que os demais continuem sendo executados.

Observação: Esse recurso foi implementado pela Intel em seus processadores 386, juntamente com a capacidade de operação tanto no modo real quando no protegido, sendo que este último trouxe o benefício da multitarefa – ou seja, a execução simultânea de vários aplicativos. No entanto, embora fosse um aprimoramento louvável, logo se notou que a multitarefa levava a RAM a se esgotar rapidamente e obrigava o usuário a encerrar alguns programas para poder continuar trabalhando com os demais. Como o MB de memória custava os olhos da cara naquela época, a solução foi criar um arquivo temporário no disco rígido (Swap File, ou arquivo de troca) para funcionar como extensão da RAM. Como isso, sempre que vários programas são executados simultaneamente e a memória física do sistema se torne insuficiente para comportá-los, o Gerenciador de Memória Virtual (VMM) localiza as seções que não são prioritárias naquele momento e as remete para esse arquivo (e traz de volta quando necessário).

Note que a memória virtual é apenas um paliativo, e não um substituto eficiente da RAM. Isso porque ela utiliza uma parte do espaço disponível no disco rígido para emular memória e possibilitar a execução simultânea de mais programas e dados, e como o HDD é milhares de vezes mais lento que a RAM, a constante troca de arquivos acarreta uma morosidade considerável: se seu PC tiver pouca memória física e o VMM fizer um intercâmbio de dados constante, você notará uma sensível degradação no desempenho global do PC.

Ainda que o Windows seja capaz de gerenciar automaticamente a memória virtual, também é possível ajustá-la manualmente. Se você ainda usa o XP, acesse esta postagem para ver como fazer esse ajuste; se usa o Seven, o caminho é o seguinte:

Observação: Por padrão, o Windows 7 define o tamanho mínimo inicial do arquivo de paginação como a quantidade de memória RAM instalada no computador, e o tamanho máximo, como o triplo dessa quantidade.

·        Clique em Iniciar, dê um clique direito em Computador e selecione Propriedades;
·        No painel esquerdo, clique em Configurações avançadas do sistema (se você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação, digite a senha ou forneça a confirmação);
·        Na guia Avançado, em Desempenho, clique em Configurações.
·        Clique na guia Avançado e, em Memória virtual, clique em Alterar.
·        Desmarque a caixa de seleção Gerenciar automaticamente o tamanho do arquivo de paginação de todas as unidades.
·        Selecione a unidade que contém o arquivo de paginação que você deseja alterar, clique em Personalizar Tamanho e digite um novo tamanho em megabytes na caixa Tamanho inicial (MB) e/ou Tamanho máximo (MB). Em seguida, clique em Definir e em OK.

Observação: Aumentos no tamanho geralmente não requerem reinicialização para sua validação, mas as reduções, sim. Note que, seguindo o roteiro acima, é possível também desabilitar o arquivo de paginação. Embora a Microsoft não recomende esse procedimento, computadores com 8 ou mais GB de RAM ficam mais rápidos sem o arquivo de paginação ─ desde que o usuário não trabalhe com programas pesados, como edição de vídeos ou manipulação de gráficos em alta resolução, por exemplo.

Com o barateamento do hardware, abastecer o PC com fartura de RAM ainda é a melhor solução. Note, porém, que o gerenciamento dessa memória é um compromisso conjunto do processador e do sistema operacional (CPUs de 32-bit são limitadas pelo VAS (Virtual Address Space) a endereçar algo entre 2,8 e 3,5GB de RAM, de modo que não compensa pagar mais caro por um PC com mais de 4GB, a menos que ele integre uma CPU de 64-bit e conte com uma versão do Windows que suporte essa tecnologia (no Seven Pro, o limite é 192GB).

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

terça-feira, 24 de março de 2015

MITOS DA INFORMÁTICA E DICAS SOBRE O QUE FUNCIONA PARA MANTER SEU PC TININDO

O QUE HÁ MAIS NESTE MUNDO É MULHER FEIA E HOMEM SEM PALAVRA.

USAR FOTOS OU IMAGENS REBUSCADAS COMO PAPEL DE PAREDE GASTA MEMÓRIA?

Talvez essa preocupação tenha feito algum sentido até o final do século passado, quando o preço astronômico da RAM levava os fabricantes de PCs a abastecer seus produtos com míseros 32 MB (e olhe lá). Atualmente, mesmo modelos de entrada de linha trazem 2 GB (ou mais) de memória, de modo que enfeitar o desktop com rebuscadas paisagens ou fotos em alta resolução da namorada ou do cachorrinho é uma questão de preferência pessoal. No entanto, cores sólidas podem retardar a inicialização do sistema em até 30 segundos ou podiam, melhor dizendo, porque a correção desse problema foi adicionada ao SP1 do Seven.  

MANTER O PC LIGADO DURANTE MUITO TEMPO É PREJUDICIAL?

Costuma-se dizer que reinicializar frequentemente o PC reduz a vida útil do HD, que é quem mais sofre nesse processo. Isso até faz sentido, mas esse componente é dimensionado para suportar mais de 40 mil ciclos liga/desliga ─ em tese, seria possível submetê-lo a (improváveis) 20 reinicializações diárias e ainda assim usá-lo por mais de 6 anosComo regra geral, o aparelho deve permanecer ligado durante o tempo em que está sendo usado, embora ausências curtas (como o intervalo para almoço) não justifiquem seu desligamento. E você pode evitar que abelhudos bisbilhotem seus arquivos usando a opção Bloquear do menu de desligamento, ou a Proteção de Tela (desde que habilite a senha de logon, naturalmente).

Observação: Para configurar a Proteção de Tela, abra o Painel de Controle, dê duplo clique no ícone Vídeo e clique em Alterar proteção de tela. Na janela que se abrir, vá ao campo Proteção de tela, clique na setinha para baixo e confira as opções disponíveis na pequena representação gráfica do monitor. Depois de escolher a que mais lhe agradar, clique em Configurações para fazer ajustes adicionais (note que nem todas as opções suportam esses ajustes), e em Visualizar para apreciar o resultado em tela cheia. Mova o mouse ou pressione qualquer tecla para sair e, se estiver satisfeito, use o campo Aguardar para ajustar o tempo de ociosidade (de 1 a 9999 minutos) que o sistema deve esperar para acionar o recurso. Finalmente, marque a caixa Ao continuar, proteger com senha e clique em Aplicar e em OK (dessa forma, o acesso ao computador será bloqueado quando a proteção de tela entrar em ação e liberado somente mediante a senha de logon).

Para ausências mais prolongadas (durante a noite, por exemplo), use a função Suspender que permite “despertar” o sistema em segundos ou a Hibernação que, a despeito do retorno mais demorado, não só poupa a carga da bateria como também evita danos no HD (em ambos os casos você pode vincular o acesso ao sistema à senha de logon).

Por último, mas não menos importante: Depois de o Windows permanecer carregado por muito tempo, o acúmulo de dados na RAM faz dele uma verdadeira carroça. Para evitar, se você não quiser reiniciar o sistema, clique em Iniciar e na seta ao lado da opção Desligar, faça logoff e torne a se logar.

Podendo, dedique alguns minutinhos do seu tempo ao vídeo onde o jornalista, escritor e político Políbio Braga faz a seguinte pergunta: “COMO É QUE SE EXPLICA QUE AINDA EXISTA GENTE QUE DEFENDA OS BANDIDOS PETISTAS DO PETROLÃO?”

Abraços a todos e até amanhã.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

DESFRAGMENTAÇÃO DO HD – TUNEUP DRIVE DEFRAG

QUANDO O DINHEIRO FALA, A VERDADE SE CALA.

Muitos analistas argumentam que a fartura de espaço dos HDs atuais e as características dos sistemas operacionais de última geração dispensam a desfragmentação dos dados, mas os especialistas da TUNEUP entendem que essa premissa não é totalmente verdadeira. Segundo eles, a desfragmentação tem como objetivo diminuir a distância de viagem até o HD ao reunir estes pedacinhos de arquivos dispersos, formando um grupo consolidado e interconectado, de modo a tornar o acesso e a leitura dos arquivos muito mais rápida e eficiente. Prova disso é que o Windows continua oferecendo sua ferramenta de desfragmentação, agora com uma interface melhorada e compatibilidade com unidades de estado sólido (SSDs), que identifica visualmente o tipo de armazenamento no disco do computador.

Observação: A Microsoft recomenda rodar o Defrag sempre que o índice de fragmentação for superior a 10%, mas Benito Piropo – um dos maiores colunistas de informática do Brasil – afirma que, no caso do Seven, 2% já justificam esse procedimento.

Conforme já dissemos oportunamente, a despeito de as CPUs terem se tornado milhões de vezes mais rápidas nas últimas duas décadas, a densidade de dados dos discos rígidos aumentou menos de quatro mil vezes e a velocidade de rotação, apenas quatro vezes. Em contrapartida, sua capacidade de armazenamento cresceu mais de mil vezes, e como mais dados exigem mais tempo para serem lidos, os fabricantes têm aprimorado as transferências entre o HD e a RAM reduzindo o número de operações de entrada/saída e dos comandos de leitura e escrita nos discos e, paralelamente, aumentando a quantidade de dados transferidos a cada operação. Assim, quando a gravação de um determinado arquivo é solicitada, o sistema NTFS procura gravá-lo no primeiro espaço vago capaz de abrigá-lo integralmente, deixando eventuais trechos livres existentes no início do disco para acomodar arquivos de tamanho compatível, evitando, consequentemente, a fragmentação.

Observação: O NTFS é sistema de arquivos recomendado para as versões mais recentes do Windows, pois oferece muitas vantagens em relação ao FAT32, dentre as quais a capacidade de recuperar alguns erros de disco automaticamente, oferecer suporte para discos rígidos de maior capacidade e aprimorar a segurança mediante o uso de permissões e criptografia.

Embora esse tema seja apaixonante, resolvi não descer a detalhes nesta oportunidade, até porque, para ser assimilada por leitores menos familiarizados com os meandros do hardware, uma abordagem circunstanciada exigiria extensas considerações introdutórias, sem mencionar que meu público alvo parece não ter grande interesse pelo assunto. Assim sendo, importa mesmo reiterar que a desfragmentação do HD é primordial para manter o desempenho do PC em patamares aceitáveis, e pode ser feita com o TuneUp Utilities™ 2014 – periodicamente, como parte da Manutenção Automática, ou a qualquer tempo, bastando para tanto clicar em Iniciar > Todos os Programas > TuneUp Utilities 2014 > Todas as funções > TuneUp Manutenção em um Clique.

Para concluir, cumpre lembrar que SSDs não devem ser desfragmentados. Como vimos em outras postagens, essa tecnologia apresenta diversas vantagens em ralação aos jurássicos discos magnéticos – como maior resistência a impactos e menores tempos de acesso, nível de ruído e consumo de energia. Embora compartilhem com a RAM a capacidade de realizar operações de leitura e escrita de forma randômica – quase que instantaneamente, sejam os endereços adjacentes ou não – os SSDs são capazes de armazenar os dados de maneira “persistente”, mesmo quando deixam de ser alimentados eletricamente. Devido a essas características, a fragmentação dos dados é inexpressiva e seu impacto no desempenho, praticamente imperceptível, tornando a desfragmentação inócua do ponto de vista da performance e nociva no que tange à vida útil do dispositivo. Isso porque, ainda que o processo de leitura possa ser repetido indefinidamente, cada gravação de dados levada a efeito numa célula de memória flash rouba um pouco de sua vida útil. E como a desfragmentação consiste em sucessivas leituras, gravações e regravações, a conclusão é óbvia (o mesmo vale para cartões de memória e pendrives).


ACREDITE QUEM QUISER:

Fernando Malddad, alcaide de Sampa à custa da popularidade que Lula tem junto aos eleitores paulistanos menos esclarecidos, tirou mais uma pérola de sua caixinha de surpresas.
Depois dos corredores de ônibus, que vêm infernizando a vida de quem depende do carro para se deslocar, e das ciclovias (ao custo – pasmem! – de R$ 650.000 por quilômetro), que ficam ociosas a maior parte do tempo, sua Excelência resolveu agora canalizar nossos suados impostos para o projeto “Bolsa-Travesti”.

Segundo a revista Veja de 04 de fevereiro, gays, transexuais e travestis vão receber R$ 840 por mês para frequentar a escola. Os 100 escritos até agora no programa, que custará R$ 2 milhões aos erário, são, em sua maioria, semialfabetizados, moram nas ruas e não têm emprego fixo.

A ideia nasceu sob a inspiração do Bolsa-Crack, no qual os beneficiários recebem R$ 450 reais mensais, moradia gratuita em hotéis da região central e três refeições diárias, cujo resultado mais visível foi o aumento do preço do crack, que em dias de pagamento da bolsa sobe de R$ 10 para R$ 20 a pedra. E ainda que a busca por tratamento não seja obrigatória e a contrapartida consista em trabalhar na varrição de ruas durante quatro horas por dia, 40% dos inscritos na primeira fase abandonaram o programa depois de dois meses e 21 participantes saíram depois de um ano para trabalhar com carteira assinada. Por outro lado, somente com o treinamento da equipe que atua no programa, a prefeitura gastou R$ 15 milhões.

Em última análise, essas iniciativas estapafúrdias têm como objetivo cativar eleitores identificados com bandeiras ditas progressistas e favoráveis a incentivos governamentais a setores marginalizados.

E viva o povo paulistano.  

Não deixem de curtir mais esta pérola do Blog Canal do Otário:




Abraços a todos e até amanhã.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

MEMÓRIA VIRTUAL - COMO ELIMINAR ESSE RECURSO EM SISTEMAS X-64


A MENTIRA É O ÚNICO PRIVILÉGIO DO HOMEM SOBRE TODOS OS OUTROS ANIMAIS.

Como dito no post anterior, a memória virtual vem sendo utilizada até hoje, menos devido ao preço da e mais pelo apetite voraz dos aplicativos atuais e limitações dos sistemas de 32-bits, que são capazes de endereçar “somente” algo entre 2,8 e 3 GB de RAM.
memória física

Observação: Por memória virtual, entenda-se a quantidade de memória física do sistema somada ao espaço criado no HD para lhe servir de extensão, que é administrado dinamicamente pelo sistema operacional, tornando possível rodar vários aplicativos simultaneamente sem encerrar uma ou mais tarefas para continuar as demais.

Já quem dispõe de uma versão de 64-bits do Windows e 8 GB de RAM, por exemplo (o Seven Pro é capaz de manipular até 192 GB), pode abrir mão desse recurso – desde que não trabalhe com computação gráfica, edição de vídeo ou outras aplicações igualmente exigentes.
Ainda que a Microsoft não recomende esse ajuste, os ganhos de performance são significativos: mesmo havendo fartura de memória física, segmentos de programas pouco utilizados continuam sendo repassados da memória para o HD e vice-versa, e como o processo de leitura/gravação no disco é muito mais lento do que na RAM, a degradação do desempenho é sensível (isso sem mencionar que utiliza drives SSD, que, conforme comentamos em outras oportunidades, são bastante limitados em termos de ciclos de escrita).
Enfim, o tal arquivo criado no HD para servir como extensão da RAM é o nosso velho conhecido pagefile.sys, que normalmente fica na unidade C. Você tanto pode redimensiona-lo quanto transferi-lo para outra unidade lógica (ou outro disco rígido), mas eliminá-lo de vez é a opção objeto deste post.
Para tanto, no Seven, crie um Ponto de restauração do sistema e faça o seguinte: 

  1. Clique em Iniciar, dê um clique direito em Computador, selecione Propriedades e clique em Configurações avançadas do sistema.
  2. No campo Desempenho, clique em Configurações e selecione a aba Avançado.
  3. No campo Memória Virtual, clique em Alterar e desmarque a caixa Gerenciar automaticamente o arquivo de paginação de todas as unidades.
  4. Marque Sem arquivo de paginação, clique em Definir e em SIM na caixa de mensagem de proteção do sistema que será exibida a seguir.
  5. Reinicie o Windows e confira o resultado.
EM TEMPO:
Hoje é aniversário desde blogueiro.
O champanhe já está no gelo.
Prometo erguer um brinde a todos vocês, ainda que virtualmente, mas presentes serão bem-vindos, especialmente se reais (risos).

E deixa correr que daqui a pouco é hora de:


Ouçam a música, se quiserem, e até mais ler.
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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MEMÓRIAS RAM, CACHE, VIRTUAL e outras considerações


Na pré-história da informática, era comum a gente mandar um documento para a impressora e ir tomar um cafezinho, pois o PC só era capaz de realizar uma tarefa por vez. Com o advento do conceito da multitarefa a coisa melhorou um bocado, mas como a RAM era caríssima – e, portanto, escassa nas configurações daqueles tempos –, eramos não raro obrigados a encerrar um ou mais aplicativos para continuar trabalhando com os demais (para saber mais sobre memórias, clique aqui). Para contornar esse problema, a Intel implementou a memória virtual – que inicialmente era configurada de orelhada, deixando o usuário entre a cruz e a caldeirinha: uma porção grande demais do HD comprometeria a instalação de novos programas e o armazenamento de novos arquivos, ao passo que um espaço limitado demais inviabilizaria a execução simultânea de aplicativos e a manipulação de arquivos volumosos.

Observação: Os PCs utilizam diversos tipos de memória, mas é na RAM que o sistema e os programas são carregados e as informações, processadas (para saber mais, clique). Antigamente, esse tipo de memória custava “os olhos da cara”; hoje, qualquer máquina de entrada de linha oferece dois (ou mais) gigabytes, mas sistemas de 32 bits só são capazes de gerenciar algo entre 2.8 e 3.5 GB.

Mais adiante, com a adoção do arquivo de troca dinâmico, os dados acessados com maior frequência passaram a ser mantidos na RAM – ou na memória cache, conforme o caso – e os menos utilizados, despachados para o HD. Entretanto, como o disco rígido é milhares de vezes mais lento que a memória RAM, esse expediente torna o sistema lerdo, e mais ainda se o conteúdo do arquivo de troca não for regularmente expurgado (para saber como fazer esse ajuste no Windows, clique aqui).
Vale lembrar que um  upgrade de RAM  costuma ser a melhor maneira de dar um gás num PC meia-boca – desde que você atente para as limitações impostas pela versão do seu Windows (se de 32 ou de 64 bits).
Outra medida aparentemente “simplória” – mas que, na prática, ajuda um bocado – é substituir aplicativos “pesados” por alternativas “enxutas” (via de regra, quanto maior o programa, mais memória ele consome e maior o seu impacto no desempenho geral da máquina). Comece pelo Adobe Reader X, que pode ser perfeitamente substituído pelo Foxit ou pelo Sumatra PDF. Já o MS Office (que pesa também no bolso) pode ser substituído pelo BrOffice (hoje LibreOffice) ou pelo Google Docs, e seu software de mensagens instantâneas (Windows Live Messenger, Yahoo!Messenger ou outro similar) por uma opção online que dispensa instalação e roda a partir do navegador, como é o caso do serviço multiplataforma Imo Instant Messenger.
Amanhã revisitaresmos a pesquisa via GOOGLE e na semana que vem, dentre outras coisas, veremos como fazer um upgrade instantâneo de RAM no Windows 7 e como checar as memórias do PC com o MEMTEST86 e com a ferramenta nativa do Seven. Não percam.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ainda a memória virtual

Devido ao interesse que alguns leitores demonstraram pela memória virtual, resolvi acrescentar mais algumas informações conceituais sobre o assunto, já que o mote da postagem do último dia 14 era apenas mostrar como configurar o Registro para “limpar” automaticamente esse importante arquivo do sistema.
Sem descer a detalhes técnicos que mais complicariam do que explicariam a coisa toda, vale lembrar que esse recurso foi implementado pela Intel em seus processadores 386, juntamente com a capacidade de operação tanto no modo real quando no protegido, sendo que este último trouxe o benefício da “multitarefa” – isto é, a execução simultânea de vários aplicativos. No entanto, embora fosse um aprimoramento louvável, logo se notou que a multitarefa levava a RAM a se esgotar rapidamente e obrigava o usuário a encerrar alguns programas para poder continuar trabalhando com os demais.
Em vista disso, considerando que o MB de memória custava os olhos da cara naquela época, a solução foi criar um arquivo temporário no disco rígido (Swap File, ou arquivo de troca) para funcionar como uma extensão da RAM. Assim, sempre que vários programas fossem executados simultaneamente e memória física do sistema se tornasse insuficiente para comportá-los, o que não era indispensável naquele instante seria despachado para essa “memória virtual” (e trazido de volta quando necessário).
Nas primeiras versões do Windows, esse arquivo de paginação era configurado manualmente, deixando o usuário entre a cruz e a caldeirinha: se reservasse uma porção grande do disco para esse fim, ele ficaria com pouco espaço para a instalação de programas e armazenamento de arquivos; se o limitasse a uns poucos MB, não poderia vários programas ao mesmo tempo e trabalhar com arquivos volumosos.
Mais adiante, com a adoção do swap file dinâmico e o gerenciamento mais racional dos recursos do sistema, os arquivos mais acessados passaram a ser mantidos na RAM – ou na memória cache, conforme o caso – e os menos acessados, despachados para o arquivo de troca.

Observação: Para minimizar os constantes travamentos que testavam a paciência dos usuários do Windows 3x – causados geralmente por programas mal-comportados que invadiam áreas de memória necessárias ao funcionamento do sistema e de outros aplicativos – as versões 9x/ME passaram a utilizar a multitarefa semi-preemptiva, que isola as áreas de memória ocupadas pelos aplicativos e garante maior estabilidade ao sistema. No XP, que é baseado no kernel do Windows NT, a multitarefa preemptiva completa garante prioridade às tarefas executadas pelo sistema em relação a qualquer outro aplicativo; se algum programa trava ou tenta invadir uma área de memória que não lhe tenha sido designada, ele simplesmente é fechado e, pelo menos em tese, os demaia continuam rodando sem problemas.

Embora seja um recurso valioso, a memória virtual é na verdade um paliativo, até porque o disco rígido é milhares de vezes mais lento do que a já relativamente lenta memória RAM; quanto mais o sistema recorre ao swap, mais lento ele se torna, especialmente se houver pouco espaço disponível no HD e se os dados estiverem muito fragmentados.

Observação: Há quem recomende configurar manualmente a memória virtual e estabelecer valores idênticos para os campos “mínimo” e “máximo” (cerca de uma vez e meia a quantidade de RAM instalada) ou usar programinhas de terceiros como o FREE RAM XP PRO, que permite liberar espaço sempre que necessário, tanto automaticamente quanto por iniciativa do usuário. No entanto, o gerenciamento de memória no XP é mais eficiente do que nas versões 9x/ME do Windows, e se você dispuser de uma quantidade razoável de memória física (entre 1 e 2 GB), não deverá enfrentar grandes problemas.

Com o barateamento do hardware, abastecer o PC com fartura de RAM ainda é a melhor solução, conquanto o gerenciamento da memória seja um compromisso conjunto do processador e do sistema operacional. Processadores de 32 Bits são limitados pelo VAS (Virtual Address Space) a endereçar algo entre 3 e 3,5 GB de RAM, de modo que não compensa pagar mais caro por um PC com mais de 4 GB de memória física, a não ser que ele integre uma CPU de 64 Bits e você instale uma versão do Windows com suporte a essa tecnologia, evidentemente.
Vale mencionar também que a quantidade de RAM que um sistema de 32 bits é capaz de endereçar é repartida entre todos os programas abertos, mas, no caso do Windows, cada programa sozinho não pode usar mais do que 2 GB, já que tanto o sistema quanto os aplicativos gerenciam a memória utilizando endereços de 32 bits. Isso representa uma limitação importante em alguns games e aplicativos pesados – que podem exceder este limite nos momentos de maior atividade e simplesmente travar, exibindo alguma mensagem de erro genérica –, e afeta tanto quem utiliza versões de 32 bits do Windows (com mais de 2 GB de RAM) quanto quem roda programas de 32 bits sobre versões de 64 bits do Windows. Mas isso já é outra história e fica para outra vez.

E já que falamos em armazenamento de dados, vale a pena dedicar um minutinho ao vídeo a seguir (só não tente fazer isso em casa, ok?).



Pra concluir, como estamos a uma semana do Natal, lembro a todos que me mandaram correntes prometendo fortuna e dinheiro em 2010: NÃO FUNCIONOU! Por isso, em 2011, mandem o dinheiro diretamente! Ficarei muiiiito mais feliz.

Bom final de semana a todos e até segunda, se Deus quiser.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Limpando a memória virtual do sistema

Já vimos que memória virtual (ou arquivo de paginação) corresponde a um espaço do HD destinado a “ampliar” a memória física do sistema. Assim, quando rodamos vários programas simultaneamente e a RAM se torna insuficiente, o swap despacha para essa área do disco alguns processos e serviços que não são essenciais naquele momento (e os traz de volta quando necessário). No entanto, quando desligamos o PC, esse arquivo é preservado e, com o passar do tempo, pode comprometer o desempenho do sistema. Mas basta uma rápida incursão pelo Registro para modificar esse comportamento do Windows.

Observação: Conforme eu já disse uma porção de vezes, alterações no Registro tanto podem trazer melhorias quanto problemas, no caso de serem mal-sucedidas ou procedidas de maneira inadequada. Antes de se aventurar em modificar esse importante banco de dados, crie um ponto de restauração do sistema e faça um backup da chave que você irá modificar. Afinal, seguro morreu de velho.

Voltando à dica em questão:

1. Abra o editor do registo e navegue até à chave HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\Curre ntControlSet\Control\Session Manager\Memory Managment.

2. Crie ou modifique o valor DWORD de ClearPageFileAtShutdown, que determina se a memória é apagada ou não.

3. Ative-o e configure o valor como 1.

Um ótimo dia a todos.