Mostrando postagens com marcador perfil de usuário. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador perfil de usuário. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 14 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD NO WINDOWS — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO (PARTE 4)


AO VENCIDO, ÓDIO OU COMPAIXÃO; AO VENCEDOR, AS BATATAS.

Já vimos o que é e para que serve o perfil de usuário do Windows, como criar contas de usuários e porque é preferível usar uma conta-padrão (limitada) no dia a dia. Faltou ver — e esse era o mote desta fieira de posts — como solucionar a incomodativa lentidão que o Windows tende a apresentar, nos cinco ou dez minutos que sucedem à inicialização, devido ao “inchaço” desse perfil.

Um perfil de usuário é criado quando instalamos o sistema ou o configuramos pela primeira vez. Assim, sempre que fazemos o logon (*), o Windows carrega nossas preferências, arquivos, pastas, aplicativos etc., bem como define nossas prerrogativas de usuário ao tipo de conta (detalhes nas postagens anteriores). Com o passar do tempo e o uso normal da máquina, esse perfil tende a inflar feito baiacu, o que retarda a inicialização do computador, fazendo com que, durante algum tempo, abrir um simples arquivo seja uma verdadeira provação. Claro que é possível ligar o PC e ir tomar um café ou coisa que o valha, mas também é possível minimizar esse desconforto reparando o perfil opado.

Observação: Vale lembrar que o desempenho global do computador é afetado pelo acúmulo de arquivos inúteis, fragmentação dos dados no disco rígido, chaves inválidas no Registro e outras intercorrências que, se não forem sanadas por de manutenções preventivas regulares, acabarão exigindo inexoravelmente a reinstalação do Windows. Para saber mais, acesse a sequência de quatro postagens iniciada por esta aqui).   

(*) Logar-se no sistema significa determinar o perfil de usuário com o qual se deseja operar o computador (caso haja mais de um) e informar a respectiva senha. Se você ligar a máquina e for tomar um café, esperando que, ao voltar, o sistema esteja pronto para usar, pode se deparar com a tela de boas-vindas solicitando seu username e sua password. Se ninguém além de você tem acesso ao seu PC, você pode configurar o logon automático. Para isso, basta digitar “control userpasswords2” (sem aspas) na caixa do menu Executar, teclar Enter, desmarcar a opção “Os usuários devem digitar um nome de usuário e uma senha para usar este computador”, clicar em Aplicar e em OK e, na tela seguinte, confirmar a alteração.

Embora seja possível redefinir as senhas das contas limitadas quando se está logado com um conta administrativa, a recíproca não é verdadeira, ou seja, não se pode redefinir a senha de uma conta administrativa logado com uma conta de usuário-padrão. Como é sempre melhor prevenir do que remediar, convém criar um disco de recuperação de senha. Basta logar-se no sistema com a conta desejada (se você tiver criado mais do que uma), plugar um pendrive numa portinha USB e digite criar disco de redefinição de senha na caixa de pesquisas da Barra de Tarefas (ou na caixa de diálogo do Cortana, conforme a configuração do seu sistema). Na lista de resultados, clique em Criar um disco de redefinição de senha e, no Assistente de senha esquecida, clique em Avançar, selecione a unidade flash USB e clique novamente em Avançar. Feito isso, digite sua senha, clique em Avançar e, ao final, em Concluir — e remover o pendrive e guardá-lo em local seguro, naturalmente.

Se você for pego no contrapé e não tiver um disco de recuperação de senha, a Microsoft lhe dá uma mãozinha (claro que será preciso acessar a página e seguir as instruções a partir de um tablet, de um smartphone ou de outro computador). Outra maneira de sair dessa sinuca de bico você encontra nesta postagem. O procedimento é trabalhoso, mas, considerando que a alternativa é instalar o Windows, acho que não custa tentar.

Vejo agora que o tamanho deste texto superou minha previsão. Se eu não me desviar muito do assunto (o problema é que uma coisa puxa outra, e assim...), acho que dá para encerrar esta sequência com mais umas duas ou três postagens. A conferir.

quarta-feira, 13 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD NO WINDOWS — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO (PARTE 3)

QUANDO O JOGO ACABA, TANTO O REI QUANTO PEÃO VÃO PARA A MESMA CAIXA.

Vimos que quase ninguém mais compartilha o PC depois que os smartphones se tornaram capazes de fazer quase tudo que, até algum tempo atrás, exigia um computador convencional (de mesa ou portátil). E considerando que há mais celulares do que habitantes, mesmo num país terceiro-mundista como o nosso, o que se compartilha, hoje em dia, é o sinal da rede Wi-Fi. Mesmo assim, muitos de nós ainda usa um PC Windows, e quem usa um PC Windows deve criar uma conta de usuário padrão (limitada) para usar no dia a dia e deixar a administrativa para situações em que ela seja realmente necessária. Como as razões para tanto foram discutidas no post anterior, vermos a seguir como criar essas contas no Windows 10. Antes, porém, é bom lembrar que as contas limitadas não são tão restritivas quanto a maioria de nós costuma imaginar (detalhes no post anterior), e que, dentre outras vantagens, elas reduzem os riscos de desconfigurações acidentais e da ação de pragas digitais (vírus e assemelhados). E se o pior acontecer, basta excluir o perfil contaminado, o que leva menos tempo e dá menos trabalho do que a reinstalação completa do sistema.

Observação: Usuários do Windows 10 podem se logar com a conta administrativa e alternar para uma conta local a qualquer momento, mesmo que não a tenham criado. Basta abrir o menu Iniciar, selecionar Configurações > Contas > Suas informações . > Entrar com uma conta local e seguir as instruções do assistente. Melhor que isso, só mamão com açúcar.

Caso você queira criar uma conta limitada — para si ou para dar acesso a mais alguém ao seu computador —, faça o seguinte:

1) Abra o menu Iniciar, clique em Configurações > Contas > Família e outros usuários (em algumas edições do Windows, você verá Outros usuários).

2) Selecione Adicionar outra pessoa a este PC, clique em Não tenho as informações de entrada dessa pessoa e, na página seguinte, em Adicionar um usuário sem uma conta Microsoft.

3) Defina um nome de usuário, uma senha, uma dica de senha, escolha as perguntas de segurança e selecione Avançar. (Embora seja possível redefinir uma senha de conta local no Windows 10 usando as respostas às perguntas de segurança, não deixe de anotar a senha e guardá-la em local seguro).

4) Caso queira atribuir plenos poderes a essa conta, selecione-a e clique em Alterar o tipo de conta; em Tipo de conta, selecione Administrador e clique em OK.

A esta altura você pode estar se perguntando o que tudo isso tem a ver com a lentidão do computador que o acesso exagerado ao disco rígido que um perfil de usuário inflado tende a acarretar. A resposta é: nada. O que era para ser um simples preâmbulo acabou ocupando três postagens, mas, dada a importância do que vimos ao longo delas, acho que a leitura se justifica plenamente.

No próximo capítulo, veremos como desidratar ou deletar um perfil opado em benefício do desempenho do sistema como um todo. Até lá.

terça-feira, 12 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO RESOLVER REPARANDO SEU PERFIL DE USUÁRIO DO WINDOWS (CONTINUAÇÃO)

A VERDADE ESTÁ COM QUEM CONTA A HISTÓRIA.

Prosseguindo do ponto onde paramos no capítulo anterior, ao lançar o Windows XP — que, ao contrário ao contrário do seu predecessor, foi um sucesso de público e de crítica e substituiu com maestria o festejado Win98SE, tido e havido por muita gente como o melhor Windows de todos os tempos — a Microsoft corrigiu a falha de segurança do Windows Millennium Edition. 

O nome XP deriva de "eXPerience", e a edição, que era baseada no kernel do Windows NT, ganhou diversos aprimoramentos de segurança e privacidade, dentre os quais a possibilidade de criar contas de contas de usuário-padrão — até então, só era possível criar as todo-poderosas contas de Administrador do sistema. Mas a maioria dos usuários ignorou solenemente as vantagens da conta limitada, em parte porque muitos aplicativos de então, desenvolvidos para a plataforma 9x/ME, não funcionavam direito sem poderes administrativos.

Quando lançou o Windows Vista — outro fiasco de público e de crítica —, a Microsoft desenvolveu o Controle de Conta de Usuário (UAC), que limita os poderes do administrador e, por tabela, impede que aplicativos e processos gravem arquivos em pastas do sistema (em partições NTFS) e alterem as chaves HKEY_LOCAL_MACHINE e HKEY_CLASSES_ROOT do Registro (que afetam todos os usuários). Assim, sempre que um programa precisa de amplos poderes administrativos (ou pede elevação, como se costuma dizer), uma caixa de diálogo solicitando a autorização é exibida.

Muita gente ainda reluta em usar uma conta limitada por achar que não poderá rodar programas ou executar uma série de tarefas, mas isso só se verifica no caso de o usuário não ter uma conta de administrador. Se tiver, ele poderá fazer praticamente tudo que faz com a conta administrativa, bastando informar a respectiva senha quando lhe for solicitado. Sem mencionar que, para executar um aplicativo com prerrogativas administrativas, é só dar um clique direito sobre o ícone do programa e escolher a opção “executar como administrador”.

Se você se logar com uma conta limitada e desconfigurar o sistema, ou for infectado por um vírus, por exemplo, terá apenas de sair e se logar como administrador, criar uma nova conta limitada e excluir o perfil comprometido em vez de reinstalar o Windows — procedimento trabalhoso, sobretudo para personalizar o sistema, reinstalar os aplicativos, recuperar os backups de arquivos pessoais, e assim por diante. Portanto, mesmo que ninguém mais tenha acesso ao seu PC, não deixe de criar um conta local e usá-la no dia a dia, deixando a conta administrativa para situações em que ela for realmente necessária (veremos mais adiante como fazer isso).

O fato é que, com o relativo barateamento do hardware, o surgimento do iPhone (em 2007), a posterior popularização dos smartphones e, mais adiante, dos tablets, o famigerado “computador da família” entrou em decadência senil. Hoje em dia, com um plano de banda larga fixa e um roteador wireless estrategicamente posicionado, todos os membros da família (ou qualquer pessoa que esteja no raio de alcance do dispositivo e conheça a senha da rede) podem acessar a internet em praticamente qualquer lugar da casa. O que se compartilha, portanto, é apenas o sinal da rede Wi-Fi. Além disso, os planos de dados das operadoras de telefonia móvel celular permitem navegar na Web em trânsito ou em praticamente qualquer lugar — desde que haja sinal e que o interessado não tenha esgotado sua cota mensal, naturalmente.

Continuamos na próxima postagem.  

sexta-feira, 8 de março de 2019

USO EXCESSIVO DO HDD — COMO REPARAR SEU PERFIL DE USUÁRIO NO WINDOWS

SUTOR, NE ULTRA CREPIDAM.

Seu perfil de usuário pode ser o responsável pela lentidão do Windows — sobretudo nos primeiros 5 ou 10 minutos da sessão —, que transforma tarefas, simples, como abrir um arquivo ou executar um aplicativo, num verdadeiro teste de paciência.

Se você não se conforma em ligar computador e ir tomar um café ou fazer qualquer outra coisa enquanto o sistema termina de inicializar é apenas um paliativo, reveja o que eu escrevi nesta postagem e nas seguintes; se nada do que foi sugerido ali resolver o seu problema, talvez o vilão da história seja mesmo o seu perfil.

Para entender isso melhor, vale relembrar que do final dos anos 1980 até meados da década seguinte — época em que os PCs começaram a se popularizar entre usuários domésticos — o MS-DOS era o sistema operacional e o Windows, uma simples interface gráfica. O principal problema do DOS, além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos, era ser monotarefa, e ainda que o Windows se valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Depois de seis versões e outras tantas atualizações, o DOS deixou de ser oferecido na modalidade stand alone, mas continuou integrando o Windows 9.x/ME, embora seus comandos fossem cada vez menos utilizados até porque era bem mais fácil operar o computador através dos ícones, botões, menus e caixas de diálogo da interface gráfica.

Numa época em que não havia banda larga, roteadores wireless, smartphones, tablets e afins, e, para piorar, um PC custava tanto quanto um automóvel de segunda-mão, o “computador da família” se notabilizou como solução primária nas residências. Mas além do desconforto que o compartilhamento da máquina impunha aos usuários — sobretudo quando o acesso à internet via modem analógico e conexão discada (rede dial-up) começou a se popularizar, gerando disputas entre os membros da família, que queriam acessar a rede nos horários que lhes fosse mais conveniente —, havia também a questão da segurança e da privacidade: além de cada usuário ter acesso aos arquivos dos demais (e poder bisbilhotá-los à vontade), não raro o marido deletava as receitas que a esposa havia salvo, ou os filhos pequenos promoviam desconfigurações no sistema que afetavam todo mundo.

Sensível a esse problema, a Microsoft transformou o Windows num sistema multiusuário e implementou uma política de contas de usuário e senhas de acesso. Assim, cada usuário cadastrado no computador compartilhava com os demais somente o hardware, pois, ao se logar com seu nome de usuário e senha, cada qual passava a ter um Windows só para ele.

Observação: Em linhas gerais, o “perfil do usuário” reúne informações a partir das quais o Windows carrega as preferências pessoais do usuário — como plano de fundo da área de trabalho, proteção de tela etc. — e determina quais arquivos e pastas ele pode acessar, quais alterações pode fazer, quais aplicativos pode executar, e assim por diante.

Isso não tornou o uso do famigerado “computador da família” mais confortável, sobretudo se pais, filhos, cachorro, papagaio e agregados quisessem usá-lo no mesmo horário, mas ao menos evitava que cada um acessasse (e modificasse ou apagasse) os arquivos e pastas dos outros, o que já não era pouco. Todavia, usuários do Windows ME — edição lançada pela Microsoft a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da “virada do milênio” — logo descobriram que bastava selecionar um usuário na tela de boas-vindas e pressionar a tecla Esc para se logar na conta dele sem ter de digitar a respectiva senha de acesso.

Continua na próxima postagem.