terça-feira, 11 de setembro de 2018

HADDAD UNGIDO CANDIDATO?




VOCÊ PERCEBE QUE UM PAÍS ESTÁ MORALMENTE FALIDO QUANDO A CANDIDATURA DE UM MILITAR À PRESIDÊNCIA ASSUSTA, MAS A DE UM PRESIDIÁRIO NÃO.

Demorou, mas Lula finalmente se resignou a desocupar a moita — aliás, o constrangimento de Haddad em se apresentar como vice e porta-voz do sevandija vermelho vinha se adensando a cada dia. O anúncio oficial deve ser feito na tarde de hoje, defronte à sede da PF em Curitiba.

Com o PT é assim mesmo; se servir para manter em evidência o Belzebu de Garanhuns, que, preso, não pode sair em caravana pelo país para cantar seus réquiens aos desassistidos, desvalidos e desmiolados, tudo fica para o último minuto do segundo tempo.

A despeito de a constelação de causídicos lulistas ter protocolado toda sorte de recursos, visando manter a rocambolesca candidatura do petralha, o TSE, ao lhe cassar o registro, determinou que sua substituição fosse feita no prazo de 10 dias — ou seja, até esta terça 11 —, sob pena de o partido ficar sem candidato no pleito presidencial. Mesmo assim, a defesa continua tentando esticar a corda até o dia 17, na esperança de que até lá o STF julgue o recurso extraordinário e dê a palavra final sobre a inelegibilidade do sevandija.

Nos últimos dias, o ministro Edson Fachin negou a suspensão da inelegibilidade resultante da condenação de Lula em segunda instância, entendendo que o efeito vinculante da recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU no âmbito eleitoral não se estende à esfera criminal. 

O ministro Celso de Mello, por seu turno, rejeitou outro pedido da defesa para derrubar a decisão do TSE, alegando que seria “prematuro” decidir sobre o pedido antes de a corte eleitoral deliberar sobre a admissibilidade do recurso extraordinário (que até então não havia chegado ao STF). 

A defesa recorreu da decisão de  Fachin, e o apelo deverá ser julgado pelo próprio ministro. Paralelamente, os advogados eleitorais de Lula protocolaram uma petição na qual pedem a suspensão do prazo para a alteração da chapa presidencial, cuja análise ficará por conta do decano da Corte, a exemplo do recurso extraordinário que chegou ao STF nesta segunda-feira. O PT pede urgência, mas não há prazo para os ministros decidirem — em tese, ambos podem tomar suas decisões monocraticamente, submetê-las à 2ª Turma, ou mesmo ao próprio plenário do Supremo.

Na tarde desta terça-feira haverá sessão da 2ª Turma, e amanhã os 11 ministros se reunirão em sessão plenária. Até o momento, segundo o Estadão, os processos que podem selar o destino da candidatura de Lula ainda não foram pautados para nenhuma dessas sessões.

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