VOCÊ PERCEBE QUE UM PAÍS ESTÁ MORALMENTE FALIDO QUANDO A CANDIDATURA DE
UM MILITAR À PRESIDÊNCIA ASSUSTA, MAS A DE UM PRESIDIÁRIO NÃO.
Demorou, mas Lula
finalmente se resignou a desocupar a moita — aliás, o constrangimento de Haddad em se apresentar como vice e
porta-voz do sevandija vermelho vinha se adensando a cada dia. O anúncio
oficial deve ser feito na tarde de hoje, defronte à sede da PF em Curitiba.
Com o PT é assim mesmo; se
servir para manter em evidência o Belzebu de Garanhuns, que, preso, não pode
sair em caravana pelo país para cantar seus réquiens aos desassistidos,
desvalidos e desmiolados, tudo fica para o último minuto do segundo tempo.
A despeito de a constelação de causídicos lulistas ter
protocolado toda sorte de recursos, visando manter a rocambolesca candidatura do
petralha, o TSE, ao lhe cassar o registro,
determinou que sua substituição fosse feita no prazo de 10 dias — ou seja, até
esta terça 11 —, sob pena de o partido ficar sem candidato no pleito
presidencial. Mesmo assim, a defesa continua tentando esticar a corda até o dia
17, na esperança de que até lá o STF
julgue o recurso extraordinário e dê a palavra final sobre a inelegibilidade do
sevandija.
Nos últimos dias, o ministro Edson Fachin negou a
suspensão da inelegibilidade resultante da condenação de Lula
em segunda instância, entendendo que o efeito vinculante da recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU no
âmbito eleitoral não se estende à esfera criminal.
O ministro Celso de Mello, por seu turno, rejeitou
outro pedido da defesa para derrubar a decisão do TSE, alegando que seria “prematuro” decidir sobre o pedido antes de
a corte eleitoral deliberar sobre a admissibilidade do recurso extraordinário (que
até então não havia chegado ao STF).
A defesa recorreu da decisão de Fachin, e o
apelo deverá ser julgado pelo próprio ministro. Paralelamente, os advogados
eleitorais de Lula protocolaram uma
petição na qual pedem a suspensão do prazo para a alteração da chapa
presidencial, cuja análise ficará por conta do decano da Corte, a exemplo do
recurso extraordinário que chegou ao STF
nesta segunda-feira. O PT pede
urgência, mas não há prazo para os ministros decidirem — em tese, ambos podem
tomar suas decisões monocraticamente, submetê-las à 2ª Turma, ou mesmo ao
próprio plenário do Supremo.
Na tarde desta terça-feira haverá sessão da 2ª Turma, e
amanhã os 11 ministros se reunirão em sessão plenária. Até o momento, segundo o
Estadão, os processos que podem
selar o destino da candidatura de Lula
ainda não foram pautados para nenhuma dessas sessões.
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