Em sua participação no Jornal
da Gazeta da última segunda-feira, José
Nêumanne comentou que, no chororô internacional da demissão Joaquim Levy, quem mais exacerbou foi Rodrigo Maia, ao considerar o caso “uma
covardia sem precedentes”.
Se houve erro grave de Bolsonaro
e de Guedes em relação a Levy e a presidência do BNDES, pondera o jornalista, este não
foi sua demissão, mas, sim, a nomeação de alguém que, quando secretário da
Fazenda de Sérgio Cabral e ministro
nos governos de Lula e de Dilma, jamais viu — ou, pelo menos,
nunca denunciou — o latifúndio de irregularidades que aconteciam bem debaixo de
seu nariz. Portanto, nomeá-lo com a esperança de que ele abrisse a “caixa
preta” do BNDES é como acreditar na
fada do dente.
É muito estranho o chororô das “Viúvas de Levy” — Rodrigo
Maia, Marcelo Ramos, The Financial Times, Maílson da Nóbrega e mais um mundaréu
de personalidades do mercado, que, aliás, não tugiu nem mugiu na segunda-feira
depois, depois de Levy apresentar de
seu pedido de demissão. Por essas e outras, afirma o jornalista, defenestrar Levy não foi uma covardia nem uma
intervenção, mas apenas a correção de um erro brutal de origem.