quarta-feira, 19 de junho de 2019

A USINA DE CRISES E A DEMISSÃO DE LEVY



Em sua participação no Jornal da Gazeta da última segunda-feira, José Nêumanne comentou que, no chororô internacional da demissão Joaquim Levy, quem mais exacerbou foi Rodrigo Maia, ao considerar o caso “uma covardia sem precedentes”.

Se houve erro grave de Bolsonaro e de Guedes em relação a Levy e a presidência do BNDES, pondera o jornalista, este não foi sua demissão, mas, sim, a nomeação de alguém que, quando secretário da Fazenda de Sérgio Cabral e ministro nos governos de Lula e de Dilma, jamais viu — ou, pelo menos, nunca denunciou — o latifúndio de irregularidades que aconteciam bem debaixo de seu nariz. Portanto, nomeá-lo com a esperança de que ele abrisse a “caixa preta” do BNDES é como acreditar na fada do dente.

É muito estranho o chororô das “Viúvas de Levy” — Rodrigo Maia, Marcelo RamosThe Financial Times, Maílson da Nóbrega e mais um mundaréu de personalidades do mercado, que, aliás, não tugiu nem mugiu na segunda-feira depois, depois de Levy apresentar de seu pedido de demissão. Por essas e outras, afirma o jornalista, defenestrar Levy não foi uma covardia nem uma intervenção, mas apenas a correção de um erro brutal de origem.