segunda-feira, 15 de julho de 2019

A VAZA-JATO E AS ESTRIPULIAS DE VERDEVALDO



Em clima de Fla Flu, com torcidas opostas, vaias e fogos lançados do outro lado da margem por manifestantes contrários à sua presença na Feira Literária Pirata das Editoras Independentes, o jornalista americano Glenn Greenwald foi saudado como herói pela patuleia e opositores do governo Bolsonaro, ao som de uma versão hardcore de "Bella Ciao" — canção popular italiana que se tornou um símbolo da Resistência italiana contra o Fascismo durante a 2ª Guerra Mundial.

Mesmo diante da pressão, Greenwald avisou que não pretende sair do Brasil: "Sou casado com um brasileiro que eu amo mais do que tudo, nós temos dois filhos brasileiros que adotamos; somos uma família completa, cheia de amor e felicidade, como todos podem ser, inclusive os jovens LGBT neste país. Posso sair do país a qualquer momento, só que eu não estou fazendo isso, nem vou fazer. Porque 15 anos atrás eu me apaixonei pelo Brasil". E aproveitou a ocasião para revelar em que pé estão os trabalhos de apuração do The Intercept Brasil: "Estamos muito mais perto do começo do que do final. Temos muito mais para revelar. Quando perceberam a importância do material, todos os jornalistas do Brasil nos procuraram querendo trabalhar com a gente como parceiros. Todos, menos um: a Globo. Para os jornalistas da Globo, é um crime fazer jornalismo. Só com fascistas e racistas o Bolsonaro conseguiu ter 15% dos votos. O país pelo qual me apaixonei não é isso. Ele é feito de pessoas diferentes. Só a democracia pode unir esse país."

Algumas pessoas parecem ter nascido com o único propósito de atazanar a vida alheia. E Verdevaldo se destaca entre os membros dessa seleta confraria. A propósito da Vaza-Jato, escreveu Diogo Mainardi na revista eletrônica Crusoé:

A imprensa resistiu ao AI-5, mas não vai resistir a Glenn Greenwald. Como é que a Veja, depois de denunciar a gatunagem lulista por mais de dez anos, sendo retaliada por aquela gente, pode compartilhar mensagens obtidas por criminosos, com o único propósito de enterrar a Lava-Jato e tirar da cadeia Lula e seus comparsas? Como é que a Folha, que sempre se vangloriou de sua autonomia, pode sucumbir às imposturas militantes de um bando de piratas, que manipula e falseia o produto de um crime para inocentar os membros de uma quadrilha? Os leitores vão castigá-los duramente. E o descrédito vai se espalhar para todos os lados.

O complexo de vira-latas dos jornalistas brasileiros permite que o aventureiro americano passe o dia inteiro no Twitter, arrotando platitudes sobre a liberdade de imprensa, como um novo Thomas Jefferson. Mas ele não é nada disso. Depois de quatro semanas de intenso agitprop, o plano de Verdevaldo para desmoralizar a Lava-Jato e libertar o chefe da ORCRIM está se revelando um fiasco. E o motivo é um só: Sergio Moro e Deltan Dallagnol, ao contrário dos bandidos que eles prenderam, fizeram tudo certinho, sem atropelar a lei.

O AI-5 de Verdevaldo não tem DOI-CODI nem pau-de-arara: a imprensa entregou-se espontaneamente a seu algoz. Se os jornalistas quiserem, posso torturá-los ainda mais, contando o que vai ocorrer a partir de agora. Em primeiro lugar, a PF vai prender o responsável pelos ataques aos telefones celulares dos procuradores de Curitiba. Em seguida, sua rede de contatos também será revelada. Quando esses nomes vierem à tona, a trama lulista vai explodir espetacularmente. Eu sei disso porque é o que vem se repetindo há quatro anos e meio. Já vimos essa história: criminosos muito poderosos se mobilizam para destruir a Lava-Jato, advogados bombardeiam a imprensa com falsos vazamentos e pareceres de juristas coniventes, ministros do STF tentam intimidar Sergio Moro e, no fim, os bandidos terminam na cadeia. Desta vez, porém, há uma novidade: o golpe partiu da imprensa. E ela, tristemente, vai se espatifar.

Um mês antes das eleições americanas de 2016, Greenwald publicou com um colega uma matéria no site The Intercept, criado por ele em 2013. Com o título “Exclusivo: novo vazamento de e-mails revela relação próxima da campanha de Clinton com a imprensa”, o texto expunha o conteúdo de mensagens trocadas entre a equipe da candidata democrata Hillary Clinton e jornalistas. Entre as táticas usadas para manipular a imprensa, citava-se o oferecimento de bebidas e comida para jornalistas em reuniões para transmitir informações e sugestões de entrevistados para os programas de televisão. A fonte dos dados, segundo o site, identificava-se como Guccifer 2.0 — um nome já conhecido.

Dois dias antes, o Departamento de Segurança Interna e o diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos soltaram um comunicado dizendo-se convictos de que o governo russo estava por trás dos roubos de e-mails de cidadãos e instituições americanas, incluindo de organizações políticas. “As revelações recentes de e-mails supostamente hackeados em sites como DCLeaks.com e Wikileaks, e pela identidade online Guccifer 2.0, são consistentes com os métodos e motivações russos”, dizia a nota. “Nós acreditamos que somente oficiais de alto nível da Rússia poderiam ter autorizado essas atividades.”

O alerta não deteve Greenwald, mesmo em plena campanha eleitoral. Na matéria do Intercept, ele se explicava: “Na sexta-feira, autoridades do governo de Barack Obama alegaram que os funcionários de alto nível da Rússia foram responsáveis por este e outros ataques, embora não tenham fornecido nenhuma evidência para essa afirmação”. Nem a origem criminosa dos documentos nem o interesse evidente de quem forneceu os dados — agente russos — evitaram a publicação da matéria.

O padrão parece ter se repetido no Brasil. Na divulgação das conversas entre Sergio Moro e os procuradores da Lava-Jato, Greenwald também não se importou com a forma como o material fora obtido (se é mesmo que ele não sabe) ou com o óbvio direcionamento dos alvos: somente juízes e investigadores envolvidos em decisões desfavoráveis aos acusados pela Lava-Jato tiveram seus dados vazados. Ao ser perguntado por Crusoé sobre essa seletividade, respondeu: “Qualquer sugestão de que eu me oponho à Lava-Jato é totalmente ridícula”.

Os métodos de Greenwald se encaixam naquilo que é conhecido como “jornalismo ativista”, “jornalismo de oposição” ou “jornalismo de choque”. A prática usa as premissas que regem a profissão — como a preservação da fonte e a busca do interesse público — para atingir apenas rivais. Seu sobrenome até deu origem a um verbo em inglês: “greenwalding”. Em 2016, o termo entrou no site Urban Dictionary, em que os leitores elencam acepções para as palavras e votam nas melhores. Uma das mais populares é: pinçar um conteúdo e tirá-lo do contexto com o objetivo de difamar alguém”.

Os alvos de Greenwald são todos aqueles que, em sua visão de mundo, abusam de sua condição de poder. Trata-se de um grupo eclético, que inclui o Partido Democrata, as elites, o jornal The Washington Post, a Globo, os ricos (embora seja financiado por um bilionário), o FBI, a CIA, Israel, o Reino Unido, o ex-procurador especial dos Estados Unidos Robert Mueller, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e a operação Lava-Jato quando o alvo é o PT. “Moro e os procuradores da Lava-Jato são figuras altamente controversas aqui e no mundo — tidos por muitos como heróis anticorrupção e acusados por tantos outros de ser ideólogos clandestinos de direita, disfarçados como homens da lei apolíticos. Seus críticos têm insistido que eles exploraram e abusaram de seus poderes na Justiça com o objetivo político de evitar que Lula retornasse à Presidência e destruir o PT”, diz o Intercept no texto elaborado para justificar a publicação das mensagens roubadas de Deltan Dallagnol.

O gosto pelo enfrentamento, que Greenwald destila quase diariamente em sua conta do Twitter com mais de 1 milhão de seguidores, aflorou ainda em 2005, quando ele criou um blog e começou a criticar a presença militar americana no Iraque. No ano seguinte, ainda na condição de advogado constitucionalista e blogueiro, publicou o livro Como um patriota deveria atuar. O título fazia referência ao Patriot Act, criado pelo presidente George W. Bush como resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. A obra tornou-se um best-seller.

Nos anos seguintes, Greenwald escreveu mais quatro livros. O sucesso editorial abriu as portas para a autoria de colunas no site americano Salon e, mais tarde, no jornal inglês The Guardian. No final de 2012, ele foi procurado por Edward Snowden, um hacker que havia trabalhado na NSA. Snowden entregou a ele documentos que mostravam como as agências americanas vigiavam cidadãos nos Estados Unidos e no resto do planeta, inclusive no Brasil. O material foi publicado por diversos veículos do mundo. Um jornalista do The Washington Post também recebeu material para produzir uma matéria. A experiência, contudo, incomodou Snowden.

No livro Sem lugar para se esconder, Greenwald conta como Snowden reagiu ao ver o Washington Post executando seu ofício. “Em vez de reportar a história rapidamente e de forma agressiva, o Washington Post montou um grande time de advogados, que estava fazendo todo tipo de pedido e dando todo tipo de advertências terríveis. Para a fonte (Snowden), isso mostrou que o Post, em relação ao que ele acreditava ser uma oportunidade jornalística sem precedentes, estava sendo dominado pelo medo em vez de convicção e determinação”, escreve Greenwald. Snowden então fez um pedido: “Agora eu realmente quero que você seja a pessoa que vai reportar isso. Eu o tenho lido há muito tempo e sei que você será agressivo e não terá medo em fazer isso”. Greenwald respondeu: “Eu estou pronto e ansioso. Vamos decidir agora o que preciso fazer”.

Pela divulgação do material de Snowden, Greenwald ganhou o Prêmio Pulitzer de jornalismo em 2014, ao lado do Guardian e do Post. Mas a má experiência em negociar a publicação com veículos da imprensa o levou, ainda em 2013, a pensar em fundar o site The Intercept, em que ele teria mais liberdade para divulgar seu material (os contratos assinados para as colunas no Salon e no Guardian estabeleciam que Greenwald publicaria sem ter de se submeter a um editor).

A empreitada digital começou muito bem. Em 2013, o Intercept recebeu 500 mil dólares do bilionário iraniano Pierre Omidyar, fundador do site de leilões eBay e do PayPal. Nos primeiros anos de vida, os salários da equipe do Intercept foram custeados por Omidyar e pelo rendimento das ações de suas empresas. Entre 2014 e 2017, Greenwald recebeu 1,6 milhão de dólares da First Look Media, de Omidyar. Seu salário em 2015, segundo matéria do jornalista Charles Davis, publicada na Columbia Journalism Review, chegou a 518 mil dólares ao ano, ou 43 mil dólares por mês.

Três anos depois da divulgação dos materiais de Snowden, o Intercept ganhou os holofotes com a divulgação dos e-mails da campanha de Hillary Clinton, juntamente com o Wikileaks, do australiano Julian Assange — que recentemente foi obrigado a sair da embaixada do Equador, em Londres, onde estava refugiado desde 2012, para evitar ser extraditado ou para a Suécia, onde é acusado de estupro, ou para os Estados Unidos, onde é acusado de espionagem. A Justiça do Reino Unido deve enviá-lo para os Estados Unidos. Com Snowden e Assange, Greenwald forma um trio decidido e sempre disposto a defender Vladimir Putin. Snowden hoje vive refugiado na Rússia e mantém contato frequente com Greenwald. “Eu acho que a razão para que Putin tenha aceitado Snowden na Rússia é porque ele simplesmente gostou da ideia de aparecer como um protetor dos direitos humanos contra os Estados Unidos”, disse Greenwald a Ian Parker, jornalista da revista The New Yorker.

Dos três ativistas, Greenwald é o que tem a língua mais afiada. Para cada abuso ou crime cometido a mando de Putin, o americano cria uma história para relativizar o fato. Ou, então, afirma que as evidências não são suficientes para culpar Moscou. Um ex-espião russo e sua filha foram envenenados com Novichok, na Inglaterra, no ano passado? Para Greenwald, os cientistas britânicos mentiram quando disseram que a substância havia sido produzida na Rússia. E atacar rivais políticos é o que fazia também o ex-presidente americano Barack Obama com o uso de drones militares no Oriente Médio. Russos derrubaram um avião de passageiros da Malaysia Airlines que sobrevoava a Ucrânia, em 2014? Greenwald tuitou que a Marinha americana também abateu um avião iraniano em 1988.

No afã de livrar os russos, Greenwald, que é de esquerda, chegou até mesmo a se aproximar de veículos de imprensa favoráveis ao presidente americano Donald Trump. Tudo para argumentar que não houve conluio entre os russos e a campanha do republicano, em 2016. Greenwald chamou as matérias sobre um possível conluio de “histeria russofóbica”. Ao mesmo tempo, passou a atacar impiedosamente o ex-procurador-geral Robert Mueller, que foi responsável pela investigação do caso. “Mesmo que ele (Trump) tenha feito acordos estranhos com a Rússia, eu ainda acho que é do interesse geral não ensinar uma geração inteira, que está se interessando por política pela primeira vez, que os russos são demônios”, disse ele à New Yorker.

Além de preservar Putin, Greenwald é simpático a grupos terroristas muçulmanos, como o Estado Islâmico, a Al Qaeda, o Hamas e o Hezbollah. Em uma conferência de socialistas em Chicago, em 2012, ele disse: “Nós temos organizações na lista de terrorismo que não são nem remotamente uma ameaça para os Estados Unidos, como o Hezbollah e o Hamas. Eles não estão de forma alguma tentando ferir americanos. São devotados a proteger seus cidadãos contra o estado de Israel. Apesar disso, é um crime nos Estados Unidos fazer qualquer coisa que seja entendida como apoio material ao Hezbollah e ao Hamas”. Em 1983, só para lembrar, membros do Hezbollah explodiram dois caminhões-bomba no Líbano e mataram 307 militares que estavam no país como força de paz. Desses, 241 eram americanos.

Para Greenwald, terroristas são as democracias do Ocidente. “Os Estados Unidos, o Reino Unido e seus aliados mataram repetidamente civis muçulmanos na última década (e antes disso), mas os defensores desses governos insistem que isso não pode ser ‘terrorismo’ porque são os combatentes, não civis, que são os alvos. Será que está certo pensar que, quando nações ocidentais matam continuamente civis muçulmanos, isso não é terrorismo, mas quando os muçulmanos matam soldados ocidentais, isso é terrorismo?”, escreveu ele no Guardian, em maio de 2013.

O Brasil entrou na vida de Greenwald principalmente por questões pessoais. Em 2005, o americano conheceu o jovem David Miranda, então com 20 anos, na região da rua Farme de Amoedo, na praia de Ipanema. Casaram-se pouco tempo depois. Miranda, que deixou a escola aos 13 anos, fez supletivo e depois se formou em comunicação, tornou-se mundialmente conhecido por ter sido interrogado por nove horas no aeroporto de Heathrow, em Londres. Ele foi pego transportando documentos de Snowden para Greenwald. Ao chegar ao Brasil, começou uma campanha pedindo para a então presidente Dilma Rousseff conceder asilo a Snowden, sem sucesso.

Em 2016, Miranda elegeu-se vereador no Rio de Janeiro pelo PSOL. No ano passado, tentou a Câmara dos Deputados. Com 17 mil votos, tornou-se primeiro suplente da bancada do PSOL. Quando o deputado federal Jean Wyllys, também do PSOL, decidiu deixar o Brasil alegando ameaças de morte, Miranda ocupou seu lugar.

Miranda e Greenwald compartilham uma casa perto da favela da Rocinha e a mesma visão de mundo. “Eu e meu marido estivemos juntos no caso do Snowden e nós lutamos contra os governos mais poderosos do mundo e a CIA, a NSA, o Reino Unido… Estávamos sendo ameaçados o tempo todo”, disse Greenwald, em entrevista para o site Agência Pública, dois dias depois da divulgação das mensagens roubadas do celular de Deltan Dallagnol e que teriam sido entregues ao Intercept por “fonte anônima”. Na mesma entrevista, Greenwald aproveitou para atacar veículos de imprensa brasileiros. Ele afirmou que a “grande mídia” estava trabalhando para a Lava-Jato. Não é um argumento muito diferente do que ele usou contra a imprensa americana, mas com sinal trocado. Ele diz que os veículos do seu país estavam a serviço dos democratas, em 2016. “Quando a grande mídia transforma Moro e a força-tarefa em deuses ou super-heróis, torna-se inevitável o que aconteceu. Os jornalistas pararam de investigar e questionar a Lava-Jato e simplesmente ficaram aplaudindo, apoiando e ajudando”, disse ele. “A Globo foi para a força-tarefa uma aliada, amiga, parceira, sócia. Assim como a força-tarefa da Lava-Jato foi o mesmo para a Globo.”

No dia seguinte, a Globo emitiu um comunicado revelando que, apesar dos ataques, Greenwald procurara a empresa no dia 29 de maio para propor uma nova parceria: divulgar as mensagens de Dallagnol a Sergio Moro. O advogado e a TV já tinham trabalhado juntos em 2013 na publicação dos documentos de Snowden. Mas, numa conversa na redação do Fantástico, Greenwald se recusou a dar informações sobre o conteúdo do material que dizia possuir e da sua origem — “uma grande bomba a explodir”. Sim, ele queria fechar a parceria sem que a Globo soubesse antes o que ele tinha em mãos. Por isso, a conversa não foi adiante.

Uma vez publicadas as matérias no Intercept, prossegue o comunicado, um representante do site ainda procurou a emissora para oferecer uma entrevista. Também não deu certo. Na sequência, vieram os ataques de Greenwald à Globo. “O comportamento de Greenwald nos episódios aqui narrados permite ao público julgar o caráter dele”, diz a nota.

A Folha de São Verdevaldo, agora, espalha mensagens de Deltan Dallagnol para sua mulher. O novo traque, que levanta suspeitas sobre um projeto que nem foi realizado, invade a esfera privada do procurador da Lava-Jato, à procura de algo para emporcalhá-lo. O resultado só emporcalha os autores do golpe: em sua reportagem sobre as palestras de Dallagnol, a Folha logicamente tentou encontrar algum fragmento de conversa capaz de constranger Sérgio Moro, mas acabou obtendo o efeito contrário. 

Há uma única mensagem enviada pelo coordenador da força-tarefa ao ex-juiz da Lava-Jato, em que o procurador diz: “Caro, o Edilson Mougenot [fundador da Escola de Altos Estudos em Ciências Criminais] vai te convidar nesta semana pra um curso interessante em agosto. Eles pagam para o palestrante 3 mil. Pedi 5 mil reais para dar aulas lá ou palestra, porque assim compenso um pouco o tempo que a família perde (esses valores menores recebo pra mim… é diferente das palestras pra grandes eventos que pagam cachê alto, caso em que estava doando e agora estou reservando contratualmente para custos decorrentes da Lava-Jato ou destinação a entidades anticorrupção)…”. 

Além de não ter nada contra Moro (o estoque de traques de Verdevaldo parece ter chegado ao fim), a mensagem isenta também Dallagnol, explicando claramente o destino dos recursos de suas palestras.

Alguma dúvida de quem é o vilão nessa história?