terça-feira, 8 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8

SE ELES ARTICULARAM, FOI GOLPE, SE NÓS, FOI MEDIDA SANEADORA.

O Win 98 foi considerado o “melhor Windows de todos os tempos” (no seu tempo, naturalmente). O XP foi o mais longevo, e o Seven, o que mais deixou saudades. As edições ME, Vista e 8/8.1, retumbantes fiascos de crítica e de público, dispensam comentários.

O Win10 — a primeira encarnação do sistema a ser comercializada como serviço — é “o que temos para hoje”, como se costuma dizer. E “hoje” é que é o dia do presente, a ser vivido plenamente e vivenciado intensamente. O ontem não volta mais, e o amanhã, quando e se chegar, já será “hoje”.

A versão lançada 1995, considerada o “pulo do gato” da Microsoft, foi um divisor de águas na história do Windows, que a partir de então deixou de ser uma simples interface gráfica que rodava no MS-DOS e passou à condição de sistema operacional autônomo. Ou quase, porque o DOS continuou atuando nos bastidores nas versões seguintes, até que o XP — desenvolvido a partir do kernel (núcleo) do WinNT e lançado em outubro de 2001 — cortou o cordão umbilical, embora a Microsoft continue incluindo um interpretador de linha de comando no leque de componentes nativos do sistema (dois, melhor dizendo, porque o PowerShell foi introduzido no Win8 e mantido no Win10, a despeito de o Prompt de comando continuar presente).

Observação: A exemplo da Eva, que nasceu de uma costela do Adão (Gênesis 2:21,22 ), o MS-DOS nasceu o QDOS, que a Microsoft comprou de Tim Paterson, da Seattle Computer Products, adaptou ao hardware do IBM-PC e licenciou para a Gigante do Computadores. O termo DOS é o acrônimo de Disk Operating Disk e integra o nome de diversos sistemas (Free DOSPTS-DOSDR-DOS etc.), dos quais o mais emblemático é o MS-DOS (o “MS” vem de Microsoft). O principal problema do DOS — para além da dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos — era o limitado sistema de arquivos de 16-bit e o fato de ser monotarefa; ainda que o Windows de valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo impresso. Mesmo assim, ele teve seis versões e outras tantas atualizações até deixar de ser oferecido na modalidade stand-alone.

O Win95 veio recheado de inovações, como o Menu Iniciar, a Barra de Tarefas e o suporte a tecnologias como UDMA, Plug'n'Play, USB, ao sistema de arquivos FAT-32 e ao multitarefa, além do navegador Internet Explorer e do Modo de Segurança (alguns aprimoramentos foram introduzidos na versão OSR 2 e mediante o pacote de complementos Windows 95 Plus!).

Feita essa breve contextualização, passo a tratar do Modo de Segurança no ambiente Windows, que é o mote desta postagem — faço a ressalva porque esse recurso está presente na maioria dos sistemas operacionais (caso do Android e do iOS, por exemplo) e até em alguns aplicativos (como o navegador de Internet Firefox, também por exemplo).

No Modo de Segurança, somente arquivos, drivers e serviços essenciais ao funcionamento do computador são carregados, e a resolução gráfica em VGA possibilita a exibição das imagens em qualquer monitor (portanto, não estranhe a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Isso é particularmente útil quando precisamos pesquisar a origem de um problema de software (como um aplicativo ou driver mal comportado) ou desfazer uma atualização/atualização que esteja impedindo o computador de reiniciar, embora sirva também para realizar configurações avançadas e outras tarefas que precisam ter acesso a arquivos que o sistema bloqueia quando é carregado normalmente.

Se o dispositivo funcionar no modo seguro, o problema não está nas configurações-padrão do sistema. Todavia, identificar o culpado pelo método da tentativa e erro pode ser demorado e trabalhoso, além de exigir alguma expertise. Para encontrar o vilão da história, será necessário desinstalar um aplicativo — ou reverter uma atualização —, reiniciar o computador normalmente e observar como ele se comporta. Caso o problema se repita, será preciso repetir o procedimento com o próximo suspeito, e assim por diante.

É bem mais fácil e rápido executar a restauração do sistema, que pode ser acessada no modo seguro. Com alguma sorte, o Windows “voltará no tempo” até um ponto criado quando tudo funcionava direitinho, e o problema estará resolvido.

Continua...