O Win 98 foi
considerado o “melhor Windows de todos
os tempos” (no seu tempo, naturalmente). O XP foi o mais longevo, e o Seven,
o que mais deixou saudades. As edições ME,
Vista e 8/8.1, retumbantes fiascos de crítica e de público, dispensam comentários.
O Win10 — a primeira encarnação do sistema a ser comercializada como serviço — é “o que temos para
hoje”, como se costuma dizer. E “hoje” é que é o dia do presente, a ser vivido plenamente
e vivenciado intensamente. O ontem não volta mais, e o amanhã, quando e se
chegar, já será “hoje”.
A versão lançada 1995, considerada o “pulo do gato” da Microsoft, foi um divisor
de águas na história do Windows, que a partir de então deixou de ser uma simples interface gráfica que rodava no MS-DOS e passou à condição de sistema operacional autônomo. Ou quase, porque o DOS continuou atuando nos bastidores nas versões seguintes, até que o XP — desenvolvido a partir do kernel (núcleo) do WinNT e lançado em outubro de 2001 — cortou o cordão umbilical, embora a Microsoft continue incluindo
um interpretador de linha de comando no leque de componentes nativos do sistema (dois, melhor dizendo, porque o PowerShell foi introduzido no Win8 e mantido no Win10, a despeito de o Prompt de comando continuar presente).
Observação:
A exemplo da Eva, que nasceu de
uma costela do Adão (Gênesis 2:21,22 ),
o MS-DOS nasceu o QDOS, que a Microsoft comprou de Tim Paterson, da Seattle Computer Products, adaptou ao
hardware do IBM-PC e licenciou para
a Gigante do Computadores. O termo DOS é o acrônimo de Disk Operating Disk e integra o
nome de diversos sistemas (Free DOS, PTS-DOS, DR-DOS
etc.), dos quais o mais emblemático é o MS-DOS (o “MS” vem de Microsoft). O principal problema
do DOS — para além da
dificuldade inerente à memorização de seus intrincados comandos — era o
limitado sistema de arquivos de 16-bit e o fato de ser monotarefa; ainda que o Windows
de valesse de alguns artifícios para burlar essa limitação, era impossível, por
exemplo, usar a calculadora enquanto um documento de texto estivesse sendo
impresso. Mesmo assim, ele teve seis versões e outras tantas atualizações até deixar
de ser oferecido na modalidade stand-alone.
O Win95 veio recheado de inovações, como o Menu Iniciar, a Barra de
Tarefas e o suporte a tecnologias como UDMA,
Plug'n'Play, USB, ao sistema de
arquivos FAT-32
e ao multitarefa,
além do navegador
Internet Explorer e do Modo de
Segurança (alguns aprimoramentos foram introduzidos na versão
OSR 2 e mediante o pacote de complementos Windows 95 Plus!).
Feita essa breve contextualização, passo a tratar do Modo de Segurança no ambiente Windows, que é o mote desta postagem — faço a ressalva
porque esse recurso está presente na maioria dos sistemas operacionais (caso do
Android e do iOS, por exemplo) e até
em alguns aplicativos (como o navegador
de Internet Firefox, também por exemplo).
No Modo de Segurança,
somente arquivos, drivers e serviços essenciais ao funcionamento do computador são
carregados, e a resolução gráfica em VGA
possibilita a exibição das imagens em qualquer monitor (portanto, não estranhe a
aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Isso é
particularmente útil quando precisamos pesquisar a origem de um problema de
software (como um aplicativo ou driver mal comportado) ou desfazer uma
atualização/atualização que esteja impedindo o computador de reiniciar, embora
sirva também para realizar configurações avançadas e outras tarefas que precisam ter
acesso a arquivos que o sistema bloqueia quando é carregado normalmente.
Se o dispositivo funcionar no modo seguro, o problema não está nas configurações-padrão do sistema. Todavia, identificar
o culpado pelo método da tentativa e erro pode ser demorado e trabalhoso, além de
exigir alguma expertise. Para encontrar o vilão da história, será necessário desinstalar um aplicativo — ou
reverter uma atualização —, reiniciar o computador normalmente e observar como ele se comporta. Caso o problema se repita, será preciso repetir
o procedimento com o próximo suspeito, e assim por diante.
É bem mais fácil e rápido executar a restauração do sistema, que pode
ser acessada no modo seguro. Com alguma sorte, o Windows “voltará no tempo” até um ponto criado quando tudo
funcionava direitinho, e o problema estará resolvido.
Continua...