quarta-feira, 4 de novembro de 2020

NOVO RECURSO DO WIN10, EULALYZER, UNCHECKY E NINITE

QUANDO OUÇO BARULHO DE CASCOS, PENSO EM CAVALOS, JEGUES, BOLSOMÍNIONS, MILITANTES PETISTAS, MAS JAMAIS EM UNICÓRNIOS.

Num futuro não muito remoto, pressionar a tecla power fará o computador dar o boot e carregar o sistema instantaneamente, como acontece hoje quando acionamos o interruptor para acender uma lâmpada. E isso se até lá a evolução tecnológica não tiver substituído a tecla power e a inicialização convencional por algo mais avançado. 

Por enquanto, PCs equipados com UEFI e drive de memória sólida (SSD) inicializam mais rapidamente e apresentam desempenho superior ao de máquinas que usam o velho BIOS e o jurássico disco rígido eletromecânico (HDD), embora não tão rapidamente quanto a maioria de nós gostaria. 

A culpa pela demora na inicialização do sistema operacional nem sempre é do hardware ou do Windows. Em muitos casos — notadamente quando tarefas simples, como abrir um arquivo ou executar um aplicativo, se tornam um verdadeiro teste de paciência nos primeiros 5 ou 10 minutos da sessão — o vilão da história é o inchaço de nosso perfil de usuário (mais detalhes nesta postagem e seguintes e nesta outra). Mas também pode ser causado pelo o excesso de aplicativos que pegam carona com o sistema. 

Com exceção das ferramentas de segurança (como antivírus, firewall, antispyware e que tais), os demais programas não têm motivo para estar na lista da inicialização automática. Pelo visto, ninguém explicou isso aos desenvolvedores. Programa enxeridos (como o Skype, o Teams e OneDrive, entre outros) não só retardam a inicialização do sistema como degradam o desempenho global do computador. Mesmo rodando nos bastidores, eles consomem ciclos de processamento da CPU e espaço na memória RAM, e esses recursos podem fazer falta — sobretudo em máquinas de configuração modesta — quando rodamos aplicações mais exigentes. 

Alguns softwares permitem rever essa configuração durante a processo de instalação (no mais das vezes, basta desmarcar uma caixinha de verificação), mas o usuário nem sempre se dá conta dessa possibilidade. O Windows permite desativar a inicialização automática de aplicativos instalados (basta clicar em Iniciar > Configurações > Aplicativos > Inicialização), mas não impede que novos aplicativos se abolem no banco do carona. 

Visando minimizar o problema, um recurso introduzido pela atualização de conteúdo que a Microsoft começou a distribuir no dia 20 do mês passado (detalhes na postagem anterior) informa ao usuário, no momento em que o computador é ligado ou reiniciado, que um programa foi incluído na lista de inicialização automática durante a sessão anterior. A iniciativa é louvável, ainda que esse recurso esteja presente em diversas suítes de manutenção. Usuários do Advanced System Care, por exemplo, são notificados em tempo real, ou seja, durante a instalação de um novo aplicativo, de sua inclusão na lista de inicialização do Windows. Assim, basta dar um clique na caixa de diálogo para acessar o gerenciador de inicialização do ASC e desfazer essa configuração.

Falando em instalação de programas, é de suma importância ler o EULA (contrato de licença) antes de concordar com seus termos e seguir adiante com o processo. Além de resguardar os direitos de propriedade intelectual do desenvolvedor do software, esse contrato contém informações importantes, inclusive sobre conteúdo invasivo ou que ponha em risco a privacidade do usuário.

O problema com o EULA é que ele contém uma infinidade de cláusulas e geralmente não é traduzido para o português. Consequentemente, as pessoas simplesmente clicam em Yes, Submit, I agree, Concordo etc. e prosseguem com a instalação. Em sendo o seu caso, o EULAlyzer é uma mão na roda, pois oferece um relatório rápido e conciso do conteúdo potencialmente perigoso do aplicativo, mediante o qual fica fácil decidir se aceita os temos do contrato ou a instalação do software.

Vale considerar também o UNCHECKY, que previne “instalações casadas” — como as que alteram a homepage ou o mecanismo de busca do navegador, ou mesmo barras de ferramentas à revelia do usuário — desmarcando caixas de verificação que nos passam despercebidas. Além disso, ele exibe um alerta no caso de um instalador embutir códigos potencialmente indesejáveis

Já o NINITE é baseado na Web e, portanto, dispensa instalação. Usá-lo é muito fácil: antes de instalar um programa qualquer, você o site e vê se o app em questão consta da lista. Caso afirmativo, basta fazer as configurações desejadas e clicar em Get Installer para baixar o instalador livre dos penduricalhos.