A VERDADE PODE SER NUA E CRUA, MAS A MENTIRA PRECISA SER VESTIDA E BEM PASSADA.
Como dito no post anterior, os principais navegadores de Internet atuais se equivalem em desempenho e recursos, de modo que a escolha depende mais de preferências pessoais do que de qualquer outra coisa. Aos poucos, o Edge Chromium vem conquistando seu público-alvo, mas ainda não ameaça a supremacia do Google Chrome.
Considerando que quem tem dois tem um e quem tem um não tem nenhum, e que nada nos impede de manter dois ou mais navegadores instalados no PC e no smartphone, sugiro conhecer o Firefox, o Vivaldi, o Brave, o Waterfox, o Avast Secure Browser e o Tor (sobre este último, leia a análise que publiquei nesta postagem), lembrando que o Safari, da Apple, não tem versão atualizada compatível com o Windows.
A atualização mais recente do Chrome trouxe diversas novidades. Para conferir se seu browser está atualizado, clique nos três pontinhos (no canto superior direito da janela), pouse o cursor sobre a opção Ajuda e clique em Sobre o Google Chrome (a versão atual para sistemas x86/64 bit é a 103.0.5060.114); para ativar várias funcionalidades ocultas, digite chrome://flags/ na barra de endereços do Chrome e tecle Enter.
Entre as novidades, o mecanismo de pré-renderização de páginas “pré-carrega” a página antes que ela seja realmente acessada, agilizando sobremaneira o processo: na aferição realizada no velocímetro oficial da Apple, o Chrome atingiu a marca de 360 pontos no benchmark — contra 300 pontos obtidos no início do ano (no Android e no Windows, o incremento nos tempos de carregamento foi de 15%).
A liberação do formato de imagem AVIF permite compartilhar arquivos formatados nessa extensão com outros sites — através de mídias sociais, emails, bate-papos, entre outros —, e a nova API (interface de programação de aplicações) oferece aos aplicativos da web acesso a dados de tabela armazenados em fontes locais, permitindo que as fontes sejam renderizadas nos apps sem que seja preciso fazer upload dos arquivos (de fonte) para o servidor.
Observação: Para mais detalhes sobre as alterações, acesse o Roadmap oficial do navegador, que também antecipa o que deve vir na versão 104, que já está no forno.
Sem embargo das alternativas sugeridas parágrafos acima, quem, por algum motivo, não está satisfeito com o Chrome e não se dá bem com o Edge Chromium, por exemplo, deve experimentar o Firefox. Além de ser mais leve e mais ágil que a maioria dos concorrentes, a raposinha de fogo dispensa extensões (add-ons) para bloquear vídeos incomodativos e oferece proteção nativa contra inúmeros tipos de rastreadores e criptomineradores — para ter ainda mais controle, acesse as configurações de Privacidade e Bloqueio de conteúdo.
Observação: Ainda assim, é bom saber que a extensão AdBlocker Ultimate bloqueia a exibição da maioria dos anúncios, enquanto o Popup Blocker dá cabo das incomodativas janelinhas pop-up (que dificultam a leitura do texto, sobretudo no celular). Para bloquear anúncios no Facebook, YouTube e Hulu, o AdBlock é tiro e queda.
Diferentemente do Chrome, o layout do Firefox permite personalizar a interface e mudar completamente a aparência do navegador a partir de uma vasta biblioteca de extensões. Há um sem-número de elementos ajustáveis, de adblockers a integrações de mídias sociais, além de ferramentas que emitem alertas para malware, phishing e adwares maliciosos. Para robustecer ainda mais a segurança, você pode instalar uma extensão VPN.
Os modos de leitura e audição que o navegador da Mozilla oferece permitem personalizar a aparência da página (removendo a barra lateral e ajustando o tipo e tamanho da fonte, por exemplo), de maneira a melhorar a experiência de navegação. O Firefox Relay cria endereços de email falsos para cadastros em webservices, por exemplo, o que evita a exposição do endereço verdadeiro (as mensagens são redirecionadas para a caixa de entrada do usuário, mas o remetente não fica sabendo disso).