terça-feira, 6 de dezembro de 2022

SSD X HDD

ACTA DEOS NUMQUAM MORTALIA FALLUNT.

 
Drives de memória sólida (SSD) ocupam menos espaço, consomem menos energia e são mais rápidos que os discos rígidos eletromecânicos

Inicialmente, o custo da memória NAND Flash (semelhante à usada em pendrives e SD Cards, mas muito mais rápida) limitou a aplicação desses dispositivos a aparelhos de "top de linha". Mais adiante, drives híbridos vieram a calhar para quem queria mais velocidade sem gastar muito ou abrir mão do "latifúndio" de espaço disponibilizado pelos HDDs.  

 

Por não terem partes móveis, os SSDs são menos susceptíveis a impactos, trepidações e interrupções abruptas no fornecimento de energia — embora os HDDs modernos contem com sensores de choque que os protegem nessas situações. Sua vida útil depende diretamente do número de ciclos de gravação/apagamento/regravação que as células de memória suportam (a leitura não interfere nesse cálculo). A controladora utiliza um algoritmo (TRIM) para distribuir os dados de maneira uniforme; como o acesso é feito eletronicamente, o desempenho permanece estável. Além disso, os fabricantes reservam um percentual adicional células (além da capacidade nominal da unidade), o que prolonga a durabilidade do dispositivo.

 

Observação: Nos HDDs, tanto a escrita quanto a leitura são feitas por cabeças eletromagnéticas. Assim, quanto mais "espalhados" os dados estiverem, mais trabalhosa (e demorada) será a remontagem do "quebra-cabeças", daí a importância de desfragmentar essas unidades regularmente.

 

Da feita que o preço dos da memória sólida diminuiu drasticamente ao longo dos últimos anos, "fruir do melhor dos dois mundos" — mantendo o sistema e os apps num SDD de baixa capacidade e os demais arquivos num HDD latifundiário (ou fazer o mesmo utilizando um drive híbrido) — já não é tão interessante como era até algum tempo atrás. Aliás, a partir do ano que vem a Microsoft deve incluir o SSD na lista de requisitos mínimos para a instalação do Windows 11.

 

Um estudo divulgado em 2015 pela Seagate deu a entender que os SSDs perdiam os dados se ficassem sem energia por cerca de 12 meses — e em menos tempo se fossem expostos a altas temperaturas. Depois que a informação viralizou na Internet, os responsáveis pelo estudo explicaram que a perda dos dados somente acontece em situações extremas — quando o drive está fora do seu tempo de vida útil e é submetido a temperaturas extremas.

 

A Kingston publicou a seguinte nota sobre o caso: 


"Ao longo dos últimos dias temos visto algumas matérias enganosas sobre a capacidade de retenção de dados dos SSDs quando deixados sem energia e em condições não ideais de temperatura. Os problemas apontados nas matérias, da maneira como foram expostos, estão excessivamente simplificados e condicionados a circunstâncias de situações extremas. A Kingston gostaria de reafirmar aos seus consumidores que, assim como todos os outros produtos da empresa, os SSDs são submetidos a uma série de testes rigorosos — inclusive testes de resistência e durabilidade — que colocam os componentes em condições de exigência extrema tanto no período de pré-produção quanto de fabricação e pós-produção, antes de serem distribuídos. Esses padrões e diretrizes que a Kingston e outros fabricantes de SSD seguem são estabelecidos pela JEDEC, o órgão regulador da indústria de microeletrônicos. Mesmo confiando que os dados estejam seguros, sempre incentivamos, encorajamos e lembramos os nossos clientes a seguirem boas práticas, como fazer backup de dados regularmente tanto em SSDs, como em HDDs, pendrives ou cartões SD e CF."