terça-feira, 30 de setembro de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 49ª PARTE — AINDA SOBRE OVNIs E EXTRATERRESTRES

DAS TRÊS MANEIRAS DE ADQUIRIR SABEDORIA, REFLEXÃO É A MAIS NOBRE, IMITAÇÃO É A MAIS FÁCIL E EXPERIÊNCIA É A MAIS AMARGA.

 

O Universo conhecido se estende em todas as direções por 46,6 bilhões de anos-luz (cerca de 440 quatrilhões de quilômetros). Dada a inexistência de indícios de vida inteligente nos demais planetas do nosso sistema solar, os relatos de avistamentos de OVNIs (ou UFOs, ou ainda UAPs) devem envolver naves provenientes de exoplanetas habitados por seres muito mais avançados do que nós. 


Com a velocidade alcançada por nossa sonda espacial mais rápida (692 mil km/h ou 0,064% da velocidade da luz) é possível chegar à Lua em cerca de meia hora e ao Sol em nove dias, mas uma viagem até a estrela mais próxima da Terra — com exceção do Sol —, que fica a 40 trilhões de quilômetros, levaria mais de sete mil anos. 


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


Maquiavel ensinou que o bem deve ser feito aos poucos e mal, de uma só vez. Mas a récua de muares que atende por "eleitorado" certamente não leu “O Príncipe”, e repete a cada dois anos o que Pandora fez uma única vez. 

Churchill disse que a democracia é a pior forma de governo, exceto por todas as outras já tentadas, mas ressaltou que o melhor argumento contra ela é uma conversa de cinco minutos com um eleitor mediano — se conhecesse o eleitor brasileiro, ele certamente reduziria esse tempo para 30 segundos.

Em momentos distintos da ditadura, Pelé e o ex-presidente Figueiredo alertaram para o risco de misturar brasileiros e urnas em eleições presidenciais. Ambos foram muito criticados, mas como contestá-los se lutamos tanto pelo direito de votar para Presidente e elegemos Lula, Dilma e Bolsonaro?

O debate político da última semana não só expôs os dilemas jurídicos em torno da chamada dosimetria dos golpistas como escancarou o esgotamento de um campo político que se confunde cada vez mais com o próprio bolsonarismo. 

Senadores como Otto Alencar e Renan Calheiros ironizaram a condução da PEC da Blindagem na Câmara e sinalizam que o Senado pode barrar a manobra que busca anistiar Bolsonaro. Renan, em especial, classifica o projeto como inconstitucional e vê na intervenção parlamentar uma "intromissão indevida" no Judiciário.

Agindo no “modo desespero”, o ex-presidente aspirante a golpista vem repetindo os mesmos erros que o levaram à derrota em 2022. Se a cloroquina simbolizou o negacionismo sanitário, a anistia virou sua nova obsessão — igualmente fadada ao fracasso. Enfim, o “mito” cava a própria ruína brigando com aliados e familiares, enquanto Lula, oportunista a mais não poder, sente-se à vontade para atacar sem precisar se explicar. 

A autoinfecção do "mito" pode ser o desfecho de um ciclo de horrores. Tarcísio de Freitas oscila como um pêndulo entre a ambição presidencial e o recuo melancólico, enquanto Ciro Nogueira tenta insuflar uma "Direita" que, na prática, nunca se consolidou. O impasse é claro: qualquer herdeiro que avance sobre o espólio eleitoral do ex-mandatário ameaça tornar obsoleto o próprio bolsonarismo. A direita virou alimento de ameba, sem projeto próprio além de reagir ao PT.

 

A Terra gira em torno do próprio eixo a 1.670 km/h (na linha do equador) e orbita o Sol a 107.000 km/h. Não percebemos esses movimentos porque os acompanhamos — como também não temos sensação de velocidade a bordo de um avião a 900 km/h. 


Observação: A título de curiosidade, o recorde de velocidade para o corpo humano — atingido pela tripulação da Apollo 10 durante a reentrada na atmosfera terrestre em 1969 — é de 39.937,7 km/h.

 

Por falar em velocidade, um artigo publicado mês passado na revista Communications Physics evidencia um fenômeno curioso previsto por Einstein há mais de um século: pela primeira vez, pesquisadores conseguiram simular e registrar visualmente como um objeto pareceria se estivesse viajando a uma velocidade próxima à da luz.

 

Segundo a Teoria da Relatividade Especial (proposta em 1905), alguém dentro de um foguete a uma velocidade próxima à luz percebe o tempo passar mais devagar em relação a quem está parado. Já para o observador externo, um objeto em alta velocidade parece encolher na direção em que se move, não por diminuir realmente de tamanho, mas porque a percepção do espaço e do tempo de quem está em movimento é diferente da de quem está parado. 

 

Em 1959, os físicos Nelson J. Terrell e Roger Penrose demonstraram que a contração do comprimento prevista por Einstein também provoca um curioso efeito visual: um objeto em altíssima velocidade pareceria deformado para um observador externo. Conhecido como efeito Terrell-Penrose, esse fenômeno foi observado diretamente por pesquisadores austríacos, que usaram flashes de laser e câmeras de altíssima velocidade para simular o veríamos se olhássemos para um cubo e uma esfera movendo-se quase à velocidade da luz. Os resultados não só confirmaram os cálculos teóricos, mas também mostraram como nossa percepção espacial seria alterada nessas condições extremas.

 

Em 1903, as primeiras geringonças voadoras atingiram a velocidade "vertiginosa" de 50 km/h. Em 1947, um piloto de caça norte-americano rompeu a barreira do som (1.235 km/h). O avião de passageiros mais veloz é o Airbus A380 (1.078 km/h), mas isso deve mudar em breve: a empresa aeroespacial chinesa anunciou recentemente que seu hipersônico Cuantianhou será capaz de alcançar 5.000 km/h (mais de quatro vezes a velocidade do som). Mas os OVNIs parecem ser capazes de ir muito além. 


O Brasil possui uma longa história de avistamentos de objetos voadores não identificados. Os registros são os mais variados possíveis, e incluem inúmeros relatos de pilotos que avistaram objetos das mais diferentes formas, cores e velocidade em diversas partes do mundo. Casos icônicos incluem o ET de Varginha, a Operação Prato, o Caso Trindade e a Noite Oficial dos Discos Voadores — quando caças da FAB perseguiram objetos misteriosos que surgiram nos radares. Esses relatos chamam atenção porque a trajetória e velocidade dos tais objetos são incompatíveis com as de aeronaves convencionais. 


Um bimotor que levava a bordo o coronel Ozires Silva, cofundador da Embraer, detectou três OVNIs sobre São José dos Campos (SP). Um caça da FAB tentou perseguir um deles, mas o objeto acelerou para incríveis Mach 15 (18.375 km/h). Outros cinco objetos com luzes brancas intermitentes foram avistados sobre o município de Ilha Comprida, em São Paulo, realizando movimentos circulares a uma velocidade oito vezes superior à do som (o que descarta a possibilidade de ser um balão meteorológico, satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido).

 

Uma ex-comissária da (hoje extinta) VASP relatou que a cabine de seu avião foi inundada por uma luz branca intensa durante um voo de São Paulo para Belém, e o rádio ficou inoperante até o fim do avistamento. No dia seguinte, ela e os outros tripulantes apresentaram queimaduras misteriosas, mas os exames não detectaram radioatividade. 


Em 2007, um piloto da TAM (atual Latam) reportou ao Cindacta que precisou fazer uma "manobra evasiva" após a aeronave se aproximar de um objeto voador não identificado que ele acreditava ser uma "estação espacial". O mesmo objeto foi avistado pela tripulação de um avião da (hoje extinta) Varig, que fazia um voo entre Miami e Manaus.

 

O Arquivo Nacional divulgou em 2024 alguns dos mais de mil relatos de avistamentos de OVNIs feitos por pilotos no Brasil ao COMAE. Somente no ano anterior, cerca de 30 registros foram feitos por pilotos de voos comerciais, a maioria no Sul do país. Em junho do mesmo ano, um objeto "branco-amarelado voando em alta velocidade" na região de Vitória da Conquista (BA) foi relatado por pelo menos quatro aeronaves. No mês seguinte, dois pilotos que faziam rota São Paulo-Cuiabá relataram um objeto que se "deslocava lateralmente e acendia sua luz rapidamente e apagava, por diversas vezes, durante 10 a 15 minutos". Em Pernambuco, outro piloto reportou "tráfego deslocando-se da esquerda para a direita em relação à sua posição, emitindo luzes brancas com vermelhas", mas o objeto não foi detectado pelo radar.

 

Em 2017, a questão dos OVNIs veio à tona quando o jornal The New York Times noticiou a existência de um programa secreto, apoiado pelo ex-líder da maioria no Senado, Harry Reid — eleito pelo estado de Nevada, onde fica a Área 51 — para investigar esses fenômenos. Depois que o Times e uma organização chamada To The Stars Academy Of Arts & Science divulgaram três vídeos mostrando encontros inexplicáveis com naves supostamente alienígenas, o Pentágono passou a reconhecer esses encontros, mas se recusou a especular sobre suas origens. 

 

O ex-piloto da Marinha Ryan Graves fundou a organização Americans for Safe Aerospace para encorajar pilotos a relatarem incidentes com OVNIs. Em depoimento ao Congresso, ele e o major aposentado David Fravor revelaram vários avistamentos durante suas carreiras militares. O ex-oficial de inteligência da Força Aérea David Grusch acusou o governo de encobrir suas investigações e afirmou que a tecnologia envolvida vai muito além de qualquer criação humana.

 

Vale destacar que os avistamentos não ocorrem apenas em locais remotos e predominantemente rurais. Experiências ufológicas, incluindo as que envolvem abduções — quando as pessoas são levadas para experimentos no interior das naves alienígenas —, foram relatadas por famosos nacionais e internacionais (segundo a Ufologia, elas são consideradas "contatos de segundo grau"). 


Embora o formato de disco seja o mais comum, alguns OVNIs têm forma de charuto, triangular ou piramidal. Os que são capazes de se mover em lagos e oceanos — como foi relatado por militares da Marinha de diversos países — são chamados de OSNIs (acrônimo de "Objetos Submarinos Não Identificados").

 

Continua...