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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

A VERDADE ESTÁ LÁ FORA (DÉCIMA PRIMEIRA PARTE)

A VERDADE CONTINUA LÁ FORA.

 

Embora não seja mencionada na Bíblia, a expressão "livre arbítrio" costuma ser entendida como o "poder de escolha concedido por Deus". 

O Brasil é um país laico e a Constituição de 1988 não só garante plena liberdade religiosa como assegura que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Assim, mesmo quem não acredita em Deus pode fazer o que lhe der na telha — desde que não faça o que lei proíbe. 

Por essas e outras, sinta-se à vontade para crer na inocência de Lula, na competência de Bolsonaro, no criacionismo, no terraplanismo, nas vacinas com chips e outras bobagens que tais. Mas não duvide da existência dos OVNIs, pois nem todo objeto voador não identificado é necessariamente extraterrestre.  

Avistamentos de OVNIs relatados por pilotos civis e militares, controladores de voo e outros profissionais capazes de diferenciar esses eventos de fenômenos atmosféricos comuns são colecionados pela FAB desde meados do século passado. Na maioria dos casos, o que mais chama a atenção são a trajetória e a velocidade  incompatíveis com as de aviões de carreira ou mesmo jatos da Aeronáutica. 

Em 2004, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro produziu um documento que resume as conclusões de relatório assinado em 1986 pelo brigadeiro-do-ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, então comandante interino do órgão, sobre a noite de 19 de maio de 1986 ficou conhecida como "noite dos discos voadores", quando 21 objetos não identificados — alguns com até 100m de diâmetro — foram avistados por civis e militares em São Paulo, Rio, Minas e Goiás. 

Cinco jatos da Aeronáutica foram acionados pelo Centro de Operações da Defesa Aérea para interceptar os supostos invasores. De acordo com os pilotos, os pontos multicoloridos conseguiram, entre outras manobras, pairar estáticos no céu, voar em zigue-zague, fazer curvas em ângulo reto, mudar de cor, trajetória e altitude e atingir velocidades de até 15 vezes superiores à velocidade do som. 
 
Pelo menos três aeronaves comerciais relataram avistamentos naquela noite. Um Bandeirante da TAM informou ao Centro de Controle de Área de Brasília que havia um "artefato" se aproximando dele, em aparente rota de colisão. Um avião da Transbrasil relatou o avistamento de um OVNI sobre a região de Araxá (MG), e um bimotor que levava a bordo o coronel Ozires Silva (cofundador da Embraer) detectou três OVNIs sobre 
São José dos Campos (SP). 
 
Observação: "A Noite Oficial dos OVNIs é um dos mais importantes casos da ufologia mundial. É o caso com o maior número de testemunhas em todo o planeta", explica o ufólogo Jackson Luiz Camargo, autor de A Noite Oficial dos UFOs no Brasil. 
 
Notificado sobre o que estava acontecendo, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira Lima determinou providências. Três caças da FAB foram instruídos a interceptar os OVNIs. Mas, quando ele se aproximavam, os alvos desapareciam, inclusiva das telas dos radares, e reapareciam em outro lugar. 

Observação: "No Brasil, não se atira em UFO porque não representa ameaça, mas não sabemos como eles reagiriam se fossem atacados", afirma o ufólogo Marco Antônio Petit. "Ao contrário do que é divulgado oficialmente, os militares sabem muito bem com o que estão lidando".
 
A cerca de 800 quilômetros dali, em Goiás, o radar de outro caça acusou um objeto não identificado a 22 quilômetros de distância. O piloto do jato aumentou a velocidade para algo em torno de 1.600 km/h, mas o OVNI acelerou de maneira brusca a inacreditáveis Mach 15 (o equivalente a 18.375 km/h). "Se existe avião que possa desenvolver essa velocidade, eu desconheço", declarou o militar ao Globo Repórter em 1993. 
 
Ao longo da noite, outros dois caças Mirage foram acionados. O primeiro decolou às 23h17, e o segundo, às 23h46, ambos da Base Aérea de Anápolis (GO). Mas nenhum deles teve qualquer contato, visual ou através do radar de bordo, com nenhum objeto voador. Quatro dias depois, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Moreira Lima, convocou uma coletiva para comunicar à imprensa que cinco caças da FAB perseguiram 21 UFOs. 

"Não se trata de acreditar ou não [em seres extraterrestres ou em discos voadores]. Só podemos dar informações técnicas. As suposições são várias. Tecnicamente, diria aos senhores que não temos explicação", declarou o ministro. Ele prometeu divulgar um dossiê completo dali a 30 dias, mas isso só aconteceu décadas depois. "(...) Este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados", diz o documento.
 
Ninguém sabe ao certo o que aconteceu na noite de 19 de maio de 1986. Na dúvida, ninguém descarta a hipótese de vida inteligente em outros planetas. "Nós, seres humanos, somos muito presunçosos. Achamos que somos os donos do universo", declarou o próprio Ozires Silva em 2014. Por meio de nota, a Aeronáutica informou que todo o material disponível sobre OVNIs já foi encaminhado ao Arquivo Nacional, e que não dispõe de profissionais especializados para realizar investigações científicas ou emitir parecer a respeito deste tipo de fenômeno aéreo.
 
Hoje, esse acervo é o segundo mais acessado do Arquivo Nacional — só perde para os relatórios da ditadura militar. O material abrange um período de 64 anos e vai de 1952, quando dois repórteres da extinta revista O Cruzeiro avistaram um OVNI sobrevoando a Barra da Tijuca, no  Rio de Janeiro (RJ), até 2016, quando um piloto da FAB relatou um suposto avistamento. 
 
Como se vê, a verdade continua lá fora.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

DE VOLTA AOS OVNIs

HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE SUPÕE NOSSA VÃ FILOSOFIA.

Semanas atrás, um piloto da Gol avistou um objeto voador não identificado em velocidade supersônica e precisou fazer uma manobra evasiva para evitar a colisão. O incidente ocorreu no voo 9109, entre Brasília e Fortaleza, em 24 de janeiro, às 12h10, quando a aeronave estava a 10,6 mil metros de altitude. Outro piloto, da Avianca, e um terceiro, que voava entre Alagoas e Piauí, também relataram avistamentos semelhantes, descrevendo o OVNI como grande, branco e capaz de realizar movimentos em zigue-zague a altíssima velocidade.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Um dos motivos entre os vários que puseram o PSDB na rota do infortúnio foi a ausência de posicionamento nítido desde que deixou o Planalto. Em outras palavras, os tucanos são tão indecisos que mijam no corredor quando a casa tem mais de um banheiro, e vinham se equilibrando na corda bamba bem antes da eleição de 2002, quando Serra perdeu a Presidência para Lula

A partir de então, o tucanato fez "corpo mole", acreditando que seria beneficiário em 2018 do recall da quase vitória de Aécio Neves em 2014, mas de novo perdeu e jamais se recuperou. O erro dialoga com a falta se senso de oportunidade, mas há equilibristas que se equivocam por excesso de oportunismo — como é o caso de Bolsonaro: fosse mais atento à dinâmica da política como ela é, o ex-presidente levaria em conta os ditames da história para perceber que a deposição dos pés em duas canoas dificilmente dá camisa a alguém. 

Quem faz política precisa ter nitidez de posição. O muro é um lugar confortável, mas eleitoralmente ineficaz. Saber como e quando pular do barco é uma arte na qual o centrão é catedrático. 

Na disputa à Prefeitura de São Paulo, o apoio errático do capetão ao prefeito Ricardo Nunes com sinais de apreço dirigidos a Pablo Marçal para disfarçar a evidência de que o voto dessa direita não tem dono denota insegurança nas escolhas. Sobe naquela corda cujos movimentos tortuosos podem levar a derrubadas estrepitosas. 

Os "nítidos" nem sempre ganham, mas acumulam forças na derrota. Lula, PT e todas as suas idas e vindas são o exemplo mais notável. Conseguiram ganhar cinco eleições presidenciais em oposição a avanços sociais e econômicos como o Plano Real, a privatização das telecomunicações e outros tantos. Como? Tendo a chamada firmeza ideológica.

Goste-se ou não do resultado, sendo o conteúdo muitas vezes para lá de questionável, fato é que o eleitorado não é dado a meios-termos. Notadamente em tempos de torcidas radicalizadas, o líder que vacila candidata-se a perder seu lugar na fila.

O Brasil possui uma longa história de avistamentos de OVNIs. Casos icônicos incluem o de Varginha, a Operação Prato, o Caso Trindade e a Noite Oficial dos Discos Voadores, quando caças da FAB perseguiram objetos misteriosos que surgiram nos radares. Esses relatos, vindos de pilotos civis e militares, controladores de voo e outros profissionais, chamam atenção devido à trajetória e velocidade dos objetos, incompatíveis com aeronaves convencionais.

Em 2004, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro divulgou um documento sobre a Noite dos Discos Voadores de 1986, quando 21 objetos foram avistados em São Paulo, Rio, Minas e Goiás. Na ocasião, um bimotor com o coronel Ozires Silva, cofundador da Embraer, detectou três OVNIs sobre São José dos Campos (SP). Um caça da FAB chegou a registrar um objeto a 22 quilômetros de distância, mas o OVNI acelerou para incríveis Mach 15 (18.375 km/h), velocidade inimaginável para aeronaves conhecidas.

Um piloto que voava sobre o litoral catarinense na madrugada de 7 de fevereiro de 2023 disse ter visto no céu de Navegantes "uma bola pequena a grande a uma velocidade dez vezes maior que a de um avião comercial", e relatou que já havia reportado outras ocorrências semelhantes no mesmo lugar. Outro piloto reportou o avistamento de um objeto estático, que aumentava e diminuía nas cores branca e alaranjada, quando se preparava para pousar no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e que avistara o objeto em três oportunidades naquela mesma semana. 


Outros cinco objetos com luzes brancas intermitentes foram avistados sobre o município de Ilha Comprida, em São Paulo. Segundo os relatos, os OVNIs faziam movimentos circulares a uma velocidade oito vezes superior à do som (o que descarta a possibilidade de ser um balão meteorológico, satélite, lixo espacial ou qualquer outro fenômeno conhecido).


A ex-comissária da VASP Ana Prudente relatou um incidente em que seu avião foi seguido por um OVNI durante um voo de São Paulo para Belém. A cabine foi inundada por uma luz branca intensa e o rádio da aeronave ficou inoperante até o fim do avistamento. No dia seguinte, ela e os outros tripulantes apresentaram queimaduras misteriosas, mas os exames não detectaram radioatividade.

A Aeronáutica informou que todo o material disponível sobre OVNIs (que cobre 64 anos, de 1952 a 2016, com relatos de pilotos e controladores de voo que avistaram objetos voadores não identificados) foi encaminhado ao Arquivo Nacional, e que esses documentos são o segundo acervo mais acessado, atrás apenas dos da ditadura militar.

O governo dos EUA reconhece a existência dos OVNIs como uma questão de segurança nacional. Apesar disso, muitos relatos continuam sem explicação, enquanto outros foram atribuídos a balões, drones ou fenômenos climáticos. Um relatório de 2021 reacendeu o debate após a divulgação de vídeos mostrando OVNIs desaparecendo no mar. Pilotos militares que antes evitavam relatar incidentes devido ao estigma, agora o fazem com mais liberdade.

O ex-piloto da Marinha Ryan Graves fundou a organização Americans for Safe Aerospace para encorajar pilotos a relatar incidentes com OVNIs. Em depoimento ao Congresso, ele e o major aposentado David Fravor relataram avistamentos durante suas carreiras militares. O ex-oficial de inteligência da Força Aérea David Grusch acusou o governo de encobrir suas investigações sobre OVNIs e afirmou que a tecnologia envolvida ultrapassa qualquer criação humana.

Cada um pode acreditar ou deixar de acreditar no que bem entender, mas nunca é demais lembrar o que o Nobel de Literatura José Saramago em seu Ensaio sobre a cegueira: "a cegueira é um assunto particular entre as pessoas e os olhos com que nasceram; não há nada que se possa fazer a respeito." Trata-se de uma alusão a um tipo de cegueira mental, na qual o autor joga com a diferença entre as palavras ver e olhar. O olhar aparece como o ato de enxergar e o ver, como a capacidade de observar, de analisar uma situação. 

Ao fim e ao cabo, a incapacidade de enxergar além do superficial pode ser encarada como uma alienação do homem em relação a si mesmo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

DRONES OU NAVES ALIENÍGENAS?

METADE DA VERDADE É QUASE SEMPRE UMA GRANDE MENTIRA.

 
Recentes avistamentos de objetos voadores não identificados sobre duas bases da Força Aérea Americana em Suffolk e uma em Norfolk, na Inglaterra, e nos estados de Nova Jersey, Nova York, Connecticut, Pensilvânia, Massachusetts e Virgínia, nos EUA, vêm dando o que falar.
 
Os supostos "drones" começaram a ser vistos em 18 de novembro perto do Condado de Morris, Nova Jersey, e as preocupações aumentaram depois que eles foram avistados voando em grupo perto do Arsenal Picatinny — uma instalação de pesquisa militar dos EUA — e sobre o campo de golfe de Donald Trump, em Bedminster.
 
A Casa Branca afirmou que os objetos não ameaçam a segurança nacional nem violam a lei e o FBI, que não se trata de equipamentos espiões iranianos ou de outros países. Trump criticou Joe Biden por não informar adequadamente a população e sugeriu que os OVNIs sejam derrubados, mas especialistas alertaram para os riscos legais e a possibilidade de ferimentos causados por destroços no solo.

CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA

Após prender o general Braga Netto, no último dia 14, a PF segue o rastro do dinheiro que, segundo Mauro Cid, teria provindo do "pessoal do agronegócio" e sido entregue pelo ex-ministro de Bolsonaro ao major Rafael de Oliveira para custear a operação Punhal Verde-Amarelo. Os agentes conseguiram identificar que, no dia 15 de dezembro, data em que Moraes seria sequestrado pelos golpistas, o major comprou um celular em uma loja de Goiânia e pagou R$ 2,5 mil em espécie. 
A prisão do general não surpreendeu a alta cúpula militar, dadas as evidências de sua participação no planejamento do golpe e tentativas de descobrir o conteúdo da delação de Cid. Após a prisão do também general Mário Fernandes, a avaliação do fardados é de que a corporação deve sangrar por um bom tempo, e que os próximos generais na lista são Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos. 
Moraes anotou em sua decisão que as provas coletadas pela PF demonstram a existência de "crimes gravíssimos" e a "extrema periculosidade" de Braga Netto e demais integrantes da organização criminosa formada para monitorar alvos e planejar os sequestros e homicídios de Lula, de Alckmin e do próprio magistrado. 
Com base numa pesquisa feita com 2 mil pessoas (a maioria incapaz de encontrar o próprio rabo usando as duas mãos e uma lanterna), o Ipec estima que 65% dos brasileiros estão "pouco ou nada informados" sobre as investigações acerca do golpe, 43% acham que Bolsonaro estava envolvido e 42% acreditam na lorota de perseguição política. A boa notícia é que 80% acham que não deve haver anistia para os golpistas.

Vídeos exibindo luzes em movimento no céu noturno do Recreio dos Bandeirantes — região oeste do Rio de Janeiro — viralizaram nas redes sociais na semana passada. As especulações vão de aeronaves tripuladas e fenômenos naturais confundidos com artefatos tecnológicos a atividade extraterrestres. mas a FAB não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
 
Manchas no céu, eventos meteorológicos, aeronaves estranhas e outros tipos de fenômenos despertam a curiosidade da humanidade e não raro levantam suspeitas de que são sinais de uma suposta presença alienígena na Terra. O Arquivo Nacional divulgou recentemente uma série de avistamentos inexplicáveis — a maioria no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina — relatados por pilotos ao Comando de Operações Espaciais da Aeronáutica. 
 
O Brasil possui uma longa história de avistamentos de OVNIs. Casos icônicos incluem o de Varginha, a Operação Prato, o Caso Trindade e a Noite Oficial dos Discos Voadores, quando caças da Aeronáutica perseguiram objetos misteriosos que surgiram nos radares. Pilotos civis e militares, controladores de voo e outros profissionais chamam a atenção para a trajetória e a velocidade incompatíveis com as de aeronaves convencionais. 
 
Em 2004, o Comando de Defesa Aeroespacial divulgou um documento sobre a Noite dos Discos Voadores de 1986, quando 21 objetos foram avistados em São Paulo, Rio, Minas e Goiás. Na ocasião, um bimotor com o coronel Ozires Silva, cofundador da Embraer, detectou três OVNIs voando sobre São José dos Campos (SP). e um caça da FAB chegou a se aproximar de um objeto antes que ele acelerasse a incríveis Mach 15 (18.375 km/h) — velocidade inimaginável para aeronaves conhecidas — e simplesmente desaparecesse.
 
O governo dos EUA reconhece a existência dos OVNIs (ou UAPs, como eles passaram a ser chamados) como uma questão de segurança nacional, e muitos relatos continuam sem explicação. O ex-piloto da US Navy Ryan Graves fundou a organização Americans for Safe Aerospace para encorajar pilotos a relatar incidentes dessa natureza. Em depoimento ao Congresso, ele e o major aposentado David Fravor relataram diversos avistamentos durante suas carreiras militares. David Grusch, ex-oficial de inteligência da USAFacusou o governo de encobrir suas investigações sobre UAPs e afirmou que a tecnologia envolvida vai muito além de qualquer criação humana.
 
Uma ex-comissária da extinta VASP contou que, durante um voo de São Paulo para Belém, a cabine da aeronave foi inundada por uma luz branca intensa e o rádio ficou inoperante. No dia seguinte, ela e dois outros tripulantes apresentavam queimaduras misteriosas, mas os exames não detectaram radioatividade.
 
A Aeronáutica informou que todo o material disponível sobre OVNIs (que cobre 64 anos, de 1952 a 2016, com relatos de pilotos e controladores de voo) foi encaminhado ao Arquivo Nacional. Esses documentos são o segundo acervo mais acessado, atrás apenas dos da ditadura militar.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

ACREDITE QUEM QUISER

ÀS VEZES OS SERES HUMANOS CRIAM MONSTROS DESUMANOS. 

Segundo relatório divulgado em julho deste ano, o governo dos EUA examina 510 informes de avistamentos de OVNIs (mais que o triplo do número registrado no ano anterior). O documento acrescenta que voltaram a ser examinados 119 casos arquivados nos últimos 17 anos, e que a maioria dos novos relatos provém de pilotos da Marinha e da Força Aérea norte-americana. 

 

Cerca de 200 relatos envolvem balões, drones ou a chamada "desordem aérea" (que inclui pássaros, fenômenos meteorológicos e sacolas plásticas no ar), mas outros não têm explicação, e é neles que o Pentágono, as agências de Inteligência e a NASA concentram suas análises — não por temor de que se trate de naves extraterrestres, mas de tecnologia espiã desconhecida.

 

O relatório foi elaborado depois de anos de pressões do Congresso para que as cúpulas militar e de Inteligência levassem a sério os OVNIs (sigla para "objetos voadores não identificados"). Em 2020, o Departamento de Defesa dos EUA publicou um vídeo (gravado por pilotos da Marinha) que exibe objetos movendo-se a velocidades incríveis, girando e desaparecendo misteriosamente.

 

Os avistamentos não ocorrem apenas em locais remotos e predominantemente rurais. Experiências ufológicas, incluindo as que envolvem abduções (quando as pessoas são levadas para experimentos no interior dos discos voadores), já foram relatadas por famosos nacionais e internacionais. A cantora, compositora e atriz norte-americana Miley Cyrus, por exemplo, disse em entrevista à Interview Magazine que foi perseguida por "um grande limpa-neve voador" enquanto dirigia por uma estrada da Califórnia, e que fez contato visual com "algo que ela não conseguia entender".


Observação: Segundo a Ufologia, experiências como essa são consideradas "contatos de segundo grau" (mais detalhes nesta postagem).

 

A atriz e apresentadora Demi Lovato relatou que foi abduzida por extraterrestres. Na série Unidentified com Demi Lovato, ela é apresentada a experiências de pessoas supostamente abduzidas que, mediante sessões de regressão hipnótica, descrevem programas de hibridização de fetos entre humanos e alienígenas, por exemplo. Mesmo com os relatos citados na série, Demi afirma que os "médicos da luz" são pacíficos e têm a missão de salvar o planeta Terra.

 

O comediante e boxeador Whinderson Nunes relatou no Twitter o avistamento de um objeto que "não parecia um drone, nem helicóptero, nem avião, tinha uma trajetória estranha ". A modelo brasileira Isabeli Fontana, que se considera sensitiva e fez vigílias ufológicas no passado, em Limeira, relatou uma experiência inusitada durante a gravidez de seu primogênito. Fábio Jr., em entrevista para a IstoÉ, contou que avistou duas naves pairando sobre seu carro. 

 

Embora o formato de disco seja o mais comum, existem OVNIs no formato de charuto, triangulares e até piramidais. Os objetos capazes de se mover em lagos e oceanos, como os relatados por militares da Marinha de diversos países, são chamados de OSNIs — sigla para "Objetos Submarinos Não Identificados").

 

O Brasil coleciona dezenas de avistamentos massivos de OVNIs. Entre os casos mais famosos estão os de Varginha, da Ilha de Colares  palco da Operação Prato —, o Caso Trindade e a chamada Noite Oficial dos Ovnis, quando caças brasileiros foram acionados para perseguir objetos voadores que apareciam e desapareciam misteriosamente dos radares.


Continua...

quarta-feira, 30 de junho de 2021

A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO



A CPI do Genocídio ouviu ontem o deputado estadual do Amazonas Fausto Vieira dos Santos Júnior, convocado a pedido do senador Marcos Rogério. Na última segunda-feira, a ministra Rosa Weber enviou à PGR a notícia-crime contra Jair Bolsonaro por prevaricação no caso da compra da vacina indiana Covaxin, que foi protocolada no STF pelo vice-presidente da Comissão, Randolfe Rodrigues, e pelos senadores Fabiano Contarato e Jorge Cajuru. Em "modo desespero", o Planalto se mobiliza para encerrar a CPI ou, no mínimo, forçar a observância do recesso parlamentar, que suspenderia os trabalhos da Comissão por duas semanas a partir do próximo dia 17. Esta semana começou mal para os bolsonaristas e pode ficar pior após o depoimento de Carlos Wizard, que está marcado para hoje.

Depois de driblar por 20 dias uma força-tarefa de 270 policiais — que mobilizou 4 helicópteros, dezenas de viaturas, cães farejadores, drones com visão térmica, rádios especiais com alcance de 30 km e antenas amplificadores de sinal e custou cerca de R$ 3 milhões aos cofres públicos — o psicopata homicida Lázaro Barbosa foi despachado sem escalas para o quinto dos infernos na manhã da última segunda-feira. A esta altura, esse animal deve estar confraternizando com o Capetão em pessoa (falo do legítimo Senhor das Trevas, não da versão tupiniquim à qual alguns leitores possivelmente associaram o epíteto).

O nome “Lázaro” é a forma abreviada de Eleazar, que em hebraico significa “aquele a quem Deus ajudou”. A Bíblia menciona dois Lázaros. Um deles, segundo o Evangelho de João (11:43-44), foi trazido de volta do mundo dos mortos pelo Filho do Pai; o outro, reza o Evangelho de Lucas (16:20), era um mendigo que tinha o corpo coberto de chagas, daí “lazarento” ser sinônimo de “leproso” e São Lázaro, o padroeiro dos hansenianos (e dos capricornianos, segundo esotéricos e assemelhados).

A Ressurreição de Lázaro é um dos mais notórios milagres atribuídos a Jesus. Outro é a travessia do Mar Vermelho. De acordo com o Êxodo 14:16-22, o vento soprou de leste durante uma noite inteira no Golfo de Aqaba (cuja largura máxima é de 24 km), abrindo as águas e permitindo a passagem de Moisés e sua trupe — pela manhã, o mar se fechou novamente e, para a sorte dos hebreus, bem em cima dos egípcios que os perseguiam.

Acreditar nas histórias da Bíblia é uma questão de fé. Do ponto de vista estritamente racional, a única afirmação possível é a de que milagres não existem. Como não existem discos voadores. Só que os EUA não sabem explicar pelo menos 143 aparições de OVNIs. Eu, particularmente, não acredito em bruxas, pero que las hay, las hay!

Lázaro (o ressuscitado, não o mendigo) era amigo de Jesus e morreu durante uma viagem do mestre. Quatro dias depois do sepultamento, o Messias (falo do Filho do Pai, não da versão tabajara que não miracula) mandou abrir a caverna e ordenou ao egum mal despachado que saísse. E ele saiu. A propósito, a médica Elza Dias Tosta, presidente da Academia Brasileira de Neurologia, pondera que alguns diagnósticos possíveis seriam a narcolepsia ou a catalepsia, que, dada a falta de recursos médicos da época, seriam facilmente confundidas com morte.

Voltando ao psicopata assassino — dono de uma capivara de dar inveja a muito político que se preza — Lázaro vinha cometendo crimes desde 2007 e conquistou seus 15 minutos de fama graças a sua extraordinária expertise na arte do escapismo, que deve ter deixado Fabrício Queiroz roxo de inveja. De acordo com os policiais, o criminoso vestia um casaco com um distintivo antigo PM do DF quando foi encontrado, e atirou diversas vezes.      

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado elogiou a polícia pelo trabalho: “Goiás não é Disneylândia de bandido”, postou ele no Twitter. Alguém deveria lembrá-lo de que o Distrito Federal está localizado justamente no Estado que ele governa. O presidente Bolsonaro também cumprimentou os policiais: “Parabéns aos heróis da PM-GO por darem fim ao terror praticado pelo marginal Lázaro, que humilhou e assassinou homens e mulheres a sangue frio. O Brasil agradece! Menos um para amedrontar as famílias de bem. Suas vítimas, sim, não tiveram uma segunda chance. Bom dia a todos! Lázaro: CPF cancelado”, postou sua alteza no Twitter. Quando mais não seja, essas postagens são a prova provada de que mesmo um relógio quebrado dá a hora duas vezes por dia.

Lázaro foi condenado por homicídio (na Bahia) e era procurado no DF e em Goiás por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo. Chegou a ser preso em 2009, mas não retornou da “saidinha de Páscoa” em 2016. Foi recapturado dois anos depois, tornou a fugir dali a poucos meses e acabou matando a tiros e facadas três pessoas na zona rural de Ceilândia (no último dia 9) e sequestrando a mulher de uma das vítimas (cujo corpo foi encontrado à beira de um córrego três dias depois).

Ao longo as últimas três semanas, esse assassino sanguinário matou o caseiro de uma fazenda, invadiu pelo menos ouras onze propriedades, baleou dois policiais militares e um oficial da FAB, roubou e incendiou um carro, manteve refém um casal e uma adolescente de 16 anos, trocou de tiros com a polícia, e por aí segue a procissão. 

A ex-mulher e a sogra desse “anjinho” estão sendo investigadas por suspeitas de tê-lo acobertado. Um caseiro, suspeito de tê-lo ajudado a fugir, revelou que ele dormiu na fazenda em que a polícia foi impedida de entrar pelo proprietário. Patrão e empregado — que não tiveram as identidades reveladas — foram autuados em flagrante por porte ilegal de arma (uma garrucha calibre 22 com 50 munições foram encontradas em poder de um deles) e facilitação de fuga de foragido.

Na mochila encontrada com Lázaro, havia armas, comida e mais de R$ 4 mil em espécie. Especula-se, inclusive, que fazendeiros da região o estariam acobertando e financiando outros jagunços para “tocar o terror” e derrubar o preço das propriedades (para então comprá-las a “preço de banana”). Aliás, suspeita idêntica recaiu sobre Nero por ocasião do incêndio de Roma, mas isso já é outra conversa. 

Importa dizer que já tem gente reclamando do “desfecho” da novela, alegando — pasmem! — que a polícia deveria ter capturado o criminoso vivo. Só faltou dizer que os agentes podiam ter lhe dado bombons enquanto se desviavam das balas de sua .380. 

A deputada Vivi Reis, do PSOL, causou polêmica nas redes sociais ao publicar uma postagem acusando os policiais de matar o maníaco sem “ouvir” o que ele tinha para dizerLázaro foi preso e morto. A perseguição do criminoso deixou um lastro de ódio, intolerância religiosa e abusos. A celebração de sua morte é retrato da espetacularização dessa caçada de 20 dias e R$ 19 milhões. Quando o capturam, ao invés de ouvi-lo, o executam. Vexame”, escreveu a parlamentar (não me perguntem onde ela apurou o valor que mencionou em sua postagem).

Importa dizer também que o Brasil que tirou Lázaro da cadeia foi o mesmo que libertou certo ex-presidente, ex-presidiário e agora “ex-corrupto”. Não se pretende comparar os crimes de um com os do outro, mas ambos denunciam as anomalias de um sistema judiciário doente. 

A parcialidade apontada pelo STF no processo do tríplex — que o ministro Gilmar Mendes estendeu às demais ações que tramitaram contra o petralha em Curitiba, pouco se importando com o fato de o caso do sítio ter sido julgado pela juíza Gabriela Hardt e o do Instituto Lula ainda estar em fase de instrução — lavou a ficha do criminoso, que responde atualmente a apenas 3 dos 17 processos ou inquéritos dos quais já foi alvo na Justiça.

Na última segunda-feira, o ministro Lewandowski  usou as mensagens roubadas pela Vaza-Jato para anular as provas que a Odebrecht forneceu contra Lula, usando como pretexto a ilegalidade do acordo de leniência celebrado entre a empreiteira e autoridades estrangeiras. Não há nada que demonstre essa ilegalidade, exceto as imposturas dos advogados do picareta dos picaretas, mas para o magistrado cujos ombros foram recobertos pela suprema toga graças ao réu, com quem comia frango à passarinho em São Bernardo do Campo, o "motivo" foi mais que suficiente.

Observação: Ricardo Lewandowski foi indicado por Lula para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria da ministro Carlos Velloso, em 2006, graças ao apadrinhamento de Walter Demarchi. Durante o julgamento do mensalão, o ministro que vestiu a toga sobre a fatiota de militante petista retribuiu a gentileza atuando mais como defensor dos mensaleiros do que como julgador. E repetiu a dose no impeachment de Dilma, quando era presidente do Supremo. Claramente mancomunado com o senador Renan Calheiros (que na época presidia o Senado), Lewandowski fatiou o objeto da votação em dois quesitos, evitando a cassação dos direitos políticos da mulher sapiens.

O acordo de leniência da Odebrecht foi anulado por uma decisão sob medida para servir aos interesses do ex-corrupto, mas fará com que as confissões dos empreiteiros que pagaram propina a Lula e as provas que forneceram aos procuradores acabem na lata do lixo.

Como o Lázaro do Evangelho de João, Lula morreu, mas ressuscitou.

O STF merece todo o nosso respeito como instituição, mas o mesmo se dá com seus membros, cujas decisões teratológicas envergonham os cidadãos de bem deste país. O entendimento gestado e parido com a finalidade única de beneficiar o sumo pontífice da seita do inferno (que não foi declarado inocente, mas teria de nascer de novo para tornar a ser julgado, dada a morosidade de Justiça e a famigerada prescrição) e os argumentos dos ministros que consideraram Sérgio Moro suspeito são igualmente vergonhosos. Lula foi julgado culpado por mais de dez magistrados em três instâncias do Judiciário. A anulação dessas decisões, baseada numa questão competência jurisdicional, dá aos criminosos a certeza de que o Brasil é o país da impunidade.

Se fossem usadas esses mesmos pesos e medidas, os togados nomeados durante os governos petistas seriam suspeitos para votar processos em que o Lula figurava como réu. Alguns deles tinham, inclusive, relacionamentos pessoais com o ex-presidente. O problema é que esses autodeclarados semideuses são “supremos” e não há quem possa jugar sua imparcialidade. Infelizmente. 

Veja, por exemplo, o caso do ex-governador fluminense Sérgio Cabral, condenado a mais de 300 anos de prisão. Em sua delação, Cabral acusou o ministro Dias Toffoli de comercializar decisões através do escritório de advocacia de sua esposa e receber R$ 4 milhões. Mas o ministro não se deu por impedido de participar do julgamento. Ou seja: Toffoli julgou a si mesmo. 

Haveria dezenas de outros exemplos a citar, mas é melhor parar por aqui.

sábado, 23 de agosto de 2025

DE VOLTA ÀS VIAGENS NO TEMPO — 43ª PARTE

O PIOR CEGO É AQUELE QUE SE RECUSA A ENXERGAR

Vimos que viajar no tempo se tornou o fruto mais cobiçado da árvore da relatividade depois que semente de uma tecnologia capaz de nos levar a outras épocas foi plantada por H.G. Wells em 1895, com o romance A Máquina do Tempo. 


Essa possibilidade é tratada com ceticismo por boa parte da comunidade científica, mas a história está repleta de exemplos de pioneiros que foram ridicularizados por suas ideias até que o tempo provasse que eles estavam certos. 


Foi assim com Nicolau Copérnico, que desafiou o geocentrismo, com Joseph Lister, que revolucionou a medicina com a desinfecção, e com Alfred Wegener, que propôs a teoria da deriva continental, entre tantos outros.


CONTINUA DEPOIS DA POLÍTICA


“João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém”, diziam os famosos versos de Carlos Drummond de Andrade no poema intitulado “Quadrilha”, publicado em 1930 em “Alguma poesia” —, que sintetiza os desencontros da vida amorosa e as dificuldades humanas em estabelecer laços, com cada indivíduo seguindo em uma direção.

Já a “quadrilha” do bolsonarismo, revelada na noite de quarta-feira, 20 de agosto, em relatório da Polícia Federal, é menos singela: Eduardo mandava um “vá tomar no cu” para o pai “ingrato do caralho” quando era chamado de imaturo e recebia dele a orientação de esquecer “qualquer crítica” ao ministro Gilmar Mendes; dizia ao genitor que Tarcísio de Freitas “sempre esteve de braço cruzado vendo voce se fuder [sic] e se aquecendo para 2026” e era chamado de “babaca” que fala “merda” por Silas Malafaia.

Drummond contava que “João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história”. Bobi Filho, com R$ 2 milhões transferidos por Bibo Pai, ficou nos EUA com seu porta-voz Paulo Figueiredo; o “mito” tinha no celular um pedido de asilo “que viabilizaria sua evasão do Brasil em direção à República Argentina”, mas acabou em prisão domiciliar em Brasília; Malafaia, em vez de ir para o convento, virou alvo de busca e apreensão; e todos eles foram indiciados pela PF por coação no curso do processo da trama golpista, na qual o Messias que não miracula figura como réu, ao lado de outras pessoas que ele próprio colocou na história — como também R$ 2 milhões na conta de sua esposa, “Micheque”, enquanto Zero Três R$ 200 mil reais na conta da mulher, Heloisa; ambos com a finalidade de contornar possíveis bloqueios em suas próprias contas.

Enviadas 95 anos depois, as mensagens de WhatsApp trazidas reveladas pela PF ilustram os barracos da vida bolsonarista e confirmam que sacrificar os outros para salvar Jair Bolsonaro sempre foi a escolha da família. Se “a anistia light passar”, os EUA “não irão mais ajudar”, disse Eduardo ao pai. “Neste cenário vc: não teria mais amparo dos EUA, o que conseguimos a duras penas aqui, bem como estaria igualmente condenado [no] final de agosto. Eu acho que não vale a pena”, escreveu o deputado. E mais: “A narrativa de Tarcísio te sucedendo, que já há acordo para isto, está muito forte [...] Se o sistema enxergar no Tarcísio uma possibilidade de solução, eles não vão fazer o que estão pressionados a fazer.” Essa pressão foi insuflada por Malafaia em vídeo publicado nas redes sociais. 

Em privado, o líder religioso (!?) cobrava do ex-presidente golpista um “discurso maior” e o orientava a direcionar a narrativa para os interesses do grupo. Bolsonaro, em áudio enviado ao aliado, manifestava receios de escancarar a chantagem, mas dizia atuar naquele sentido, de que “se não começar votando a ANISTIA, não tem negociação sobre tarifa”. “Resolveu a anistia? Resolveu tudo. Não resolveu? Já era.”

No poema de Drummond, todos têm paixões não correspondidas, exceto Lili, que não ama ninguém, mas acaba casando com alguém de fora, de nome comercial: J. Pinto Fernandes. Na poesia bolsonarista exposta pela PF existem 50 tons de xingamentos, ameaças e chantagens, todos eles usados para lidar com a velha e incontornável paixão dos Bolsonaro pela impunidade, agora não mais correspondida.

Com “O ANTAGONISTA”


Em 1500, Cabral levou 40 dias para vir de Portugal a Pindorama; no final dos anos 1990, o Concorde cruzava o Atlântico em cerca de 3 horas. Em 1915, Einstein forneceu as equações matemáticas que mais tarde descreveriam os buracos negros, mas morreu sem ter certeza da existência desses corpos celestes — cuja imagem direta só foi capturada em 2019, quando o Event Horizon Telescope fotografou o M87.

 

Como também, ainda que a dilatação temporal prevista na Relatividade Geral seja incontestável, avançar décadas (ou séculos) no futuro, como nos filmes de ficção científica, esbarra em limitações relativísticas e exige energias muito além da capacidade das tecnologias atuais. Ainda assim, se as prosaicas caravelas evoluíram para transatlânticos, e as geringonças dos bicicleteiros Wilbur e Orville Wright para aeronaves capazes de superar a velocidade do som, a construção de espaçonaves que alcancem velocidades próximas à da luz (cerca de 1,08 bilhão de quilômetros por hora) pode ser apenas uma questão de tempo. 


Só não se pode dizer quanto tempo: a sonda mais rápida lançada até agora alcançou 692 mil quilômetros por hora (0,064% da velocidade da luz) em dezembro do ano passado. A essa velocidade, seria possível cruzar os Estados Unidos de ponta a ponta em apenas 23 segundos, chegar à Lua em meia hora, ao Sol em 9 dias (lembrando que a distância média entre a Terra e o Sol é de 150 milhões de quilômetros, percorrida pela luz em 8 minutos e 13 segundos) e ao buraco negro mais próximo do nosso sistema solar em 2,4 milhões de anos — viagem que, à velocidade da luz, levaria cerca de 1,5 mil anos. Mesmo sendo a nave mais rápida já construída pela humanidade, a PSB ainda é cerca de 1.560 vezes mais lenta do que a luz.

 

Cabe aqui abrir um parêntese para traçar um paralelo entre as viagens no tempo e a existência de seres alienígenas. Como sugeriu Carl Sagan, se não existe vida fora da terra, o Universo é um enorme desperdício de espaço. Não me refiro a bioassinaturas de gases que, na Terra, são produzidos apenas por processos biológicos (como as identificadas recentemente pelo Telescópio Espacial James Webb), nem aos "homenzinhos verdes" descritos pelos ficcionistas dos anos 1950/60, mas a seres inteligentes, capazes de realizar viagens interestelares.

 

Também nesse campo a história oferece terreno fértil para teorias da conspiração. Um exemplo clássico é a crença de que o avanço tecnológico se tornou mais expressivo a partir dos anos 1950 devido à engenharia reversa de naves alienígenas, especialmente alimentada por suposições envolvendo a Área 51. Outra suposta evidência de presença alienígena remonta à construção das pirâmides de Gizé. A maior delas, com 174 metros de altura por 230 metros de largura, é composta por mais de dois milhões de blocos de pedra de até 80 toneladas cada. 

 

Na versão oficial, dezenas de milhares de trabalhadores egípcios teriam usado cinzéis para cortar os enormes blocos de pedra, toras de madeira para rolá-los por centenas de quilômetros pelo deserto, rampas em espiral para empilhá-los, e simples ábacos para calcular o alinhamento dos monumentos com os pontos cardeais e a constelação de Orion. Curiosamente, a maior das três pirâmides (Quéops) foi erguida por volta de 2600 a.C., mas sua latitude (299.792°N) corresponde numericamente à velocidade da luz (299.792.458 m/s) — um número que só seria conhecido 4.500 anos depois. Ademais, se os antigos egípcios tivessem medido a velocidade da luz, eles a teriam registrado como 571.033.253 côvados por segundo, uma vez que o sistema métrico só foi criado em 1791 d.C.

 

Como explicar que os Contos das Mil e Uma Noites descrevessem tapetes voadores e cavernas que se abrem ao comando "Abre-te Sésamo" milhares de anos antes da invenção de aviões e portas automáticas?  De duas, uma: ou a imaginação dos "escritores das arábias" era muito mais prodigiosa que a dos ficcionistas de hoje, ou suas "fantasias" retratavam coisas que, de algum modo, eles já conheciam.


Teorias da conspiração bem construídas são cativantes, sobretudo quando as explicações que propõem parecem mais aceitáveis do que as oficiais. Até recentemente, o Pentágono negava toda e qualquer evidência de OVNIs (ou UAPs, como passaram a ser chamados), mas isso mudou nos últimos anos diante da miríade de avistamentos inexplicáveis relatados por pilotos da Força Aérea e da Marinha dos EUA, controladores civis e aeronautas dos mais diversos países. 

 

Muitos desses avistamentos envolvem objetos com capacidades que superam a tecnologia conhecida — acelerações e manobras extremas, ausência de fontes de propulsão visíveis, etc. — e são corroborados por dados de radar, infravermelho e sistemas eletro-ópticos. O governo americano continua enfatizando que "natureza não identificada" não significa necessariamente "origem alienígena" — essa hipótese só é admitida, e com relutância, quando não existe nenhuma outra explicação se sustenta.

 

Continua...