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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

ATAQUES HACKER A DISPOSITIVOS IoT


NÃO BASTA VOCÊ BURLAR AS REGRAS, É PRECISO CRIAR AS SUAS PRÓPRIAS REGRAS E TER PODER PARA PUNIR QUEM AS DESOBEDECER.

As postagens publicadas do último dia 24 até ontem focaram os efeitos da evolução tecnológica no universo dos automóveis, a exemplo de dezenas de outras que eu venho publicando há algum tempo. Mas chegou a hora de fazer mais um intervalo e retomar os posts sobre TI, que são o carro chefe deste Blog desde quando eu o criei em 2006. Ainda há o que dizer sobre comandos variáreis, e essa lacuna será preenchida antes de passarmos à sobrealimentação, que, conforme já adiantei, é o pulo do gato quando se trata de melhorar o desempenho de um motor de combustão interna sem alterar seu deslocamento volumétrico. Feito esse rápido preâmbulo, vamos ao assunto do dia.

A empresa russa Kaspersky, referência mundial em cibersegurança, registrou no primeiro semestre deste ano cerca de 105 milhões de ataques contra dispositivos IoT (sigla em inglês para Internet das Coisas) provenientes de 276 mil endereços exclusivos IP. O número é quase dez vezes maior que o do primeiro semestre de 2018, quando foram identificados cerca de 12 milhões de ataques oriundos de 69.000 endereços IP.

O levantamento, feito com ajuda de honeypotspote de mel, em tradução literal, mas que no jargão da cibersegurança designa "armadilhas" que simulam brechas num um sistema para colher informações sobre os invasores —, dá conta de que o Brasil figura entre os países mais atacados, mas o problema é mundial, já que ciberataques a dispositivos conectados se tornam cada vez mais frequentes à medida que a IoT se populariza, ao passo que usuários de dispositivos "inteligentes" — como roteadores, câmeras de segurança com gravação de vídeo et al — parecem não se convencer de que é preciso protegê-los.

De acordo com os dados coletados pela equipe da Kaspersky, os ataques contra dispositivos IoT não são sofisticados, mas tendem a passar despercebidos aos olhos dos usuários. A família de malwares Mirai, responsável por 39% das ofensivas, utiliza exploits para, através de vulnerabilidades não corrigidas nos sistemas, assumir o controle do dispositivo. Ataques de força bruta (modalidade que tenta descobrir senhas/logins através de processos manuais ou automatizados) é o método escolhido pelo Nyadrop, segundo colocado na lista das famílias de malwares mais atuantes (ele foi identificado em 38,57% dos ataques e não raro propicia o download do Mirai), seguido pelo Gafgyt, com 2,12%, que também se vale de ataques brut force.

A pesquisa também apurou que as regiões atingidas com mais frequência no primeiro semestre de 2019 são China, com 30% de todos os ataques ocorridos no país; Brasil, com 19%, e Egito, com 12%. No mesmo período do ano anterior, o Brasil liderava a lista com 28% dos ataques, a China estava em segundo lugar com 14% e o Japão vinha em seguida com 11%.

Para manter seus dispositivos seguros, a Kaspersky recomenda:

— Instalar atualizações de firmware sempre que possível. Quando uma vulnerabilidade é detectada, ela pode ser corrigida por meio de pacotes de correções contidos nessas atualizações.

— Usar senhas fortes, que combinem letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais (&, %, #, @, *, §, entre outros).

— Reiniciar o dispositivo sempre que achar que ele apresenta um comportamento estranho.

— Assegurar-se de que o software de todos os dispositivos esteja sempre atualizado.

Para mais dicas de segurança, digite no campo de buscas do Blog palavras chave como segurança, vírus, malware, spyware e antivírus, entre outras. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

AINDA SOBRE A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA — CONTINUAÇÃO


NÃO PRECISO LER JORNAIS, SEI MENTIR SOZINHO.


Dizem que a maior invenção do homem foi a roda, mas há também quem diga que ela não é a prova maior da inteligência humana, e sim da sua limitação: quem a inventou certamente não sabia o que fazer com ela até que alguém fez um furo no centro, enfiou uma vareta e saiu rodando a dita-cuja estrada afora — se é que àquela altura já havia estradas.

O mundo evoluiu mais nos últimos 150 anos do que da idade da pedra lascada ao final do século XIX. Veja que Cabral — falo do Pedro Álvares, não do ex-governador condenado do Rio de Janeiro — zarpou de Portugal no dia 9 de março de 1.500 e aportou no litoral sul do que hoje é o Estado da Bahia em 22 de abril, coisa que os transatlânticos modernos fazem em duas semanas e um jato comercial, em menos de 10 horas.

Observação: Cabral só descobriu o Brasil nos livros de história, pois seu patrício Duarte Pacheco Pereira desembarcou no litoral norte tupiniquim em dezembro de 1948, e o italiano Américo Vespúcio, em junho de 1499. Mas isso é outra conversa.

IoT (sigla de "internet das coisas" em inglês) está transformando não só a nossa relação com a tecnologia, mas o modo como interagimos com o mundo e como o mundo interage conosco. De um simples smartwatch a eletrodomésticos inteligentes, passando pela sofisticadíssima robótica usada nas linhas de produção dos mais diversos produtos, tudo está conectado, e o que não está, logo estará. Olhando a coisa por esse ângulo, a evolução do computador se torna um mero detalhe.

A IoT é uma tecnologia que, de tão avançada, seria confundida com magia por quem entrasse numa máquina do tempo em 1969, quando a Apollo 11 pousou na Lua, e desembarcasse em 2019, quando há mais objetos conectados à Internet que habitantes no planeta e já se fala em estabelecer uma colônia em Marte. Mesmo assim, 7% dos brasileiros acreditam que a Terra é plana e um número ainda maior de apedeutas acha que o PT não é uma organização criminosa e que Lula é a alma viva mais honesta deste lado da Via Láctea.
Mudando o foco do PC para o segmento automotivo, foi graças ao fim da reserva de mercado e a reabertura das importações (durante o governo Collor) que a injeção eletrônica de combustível, largamente utilizada nos EUA e na Europa desde os tempos de antanho, aposentou também por aqui os pré-históricos carburadores e propiciou, ainda que de forma indireta, o advento dos motores flexíveis.

Motores flexíveis são os que funcionam tanto com gasolina quanto com etanol ou uma mistura de ambos em qualquer proporção. Os que também funcionam com dois combustíveis, mas não ao mesmo tempo (como no caso de álcool/gasolina e GNV) são chamados de "bicombustível". Como o uso consagra a regra, esses termos passaram a ser usado indistintamente como sinônimos, inclusive por publicações especializadas. Mas fica aqui a ressalva.

A possibilidade de usar o álcool da cana-de-açúcar como combustível automotivo remonta ao início do século passado, mas só passou a ser considerada mais seriamente no Brasil no anos 70, quando a “crise do petróleo” reacendeu o interesse mundial por fontes alternativas de energia. O álcool, que sempre fora considerado subproduto do açúcar, passou a desempenhar papel estratégico na economia brasileira e, diante do sucesso do Programa Nacional do Álcool, deixou de ser encarado apenas como resposta a uma crise temporária.

O primeiro veículo nacional movido a álcool foi lançado pela FIAT no início dos anos 1980, sendo logo seguido por modelos da FORD, GM e VOLKSWAGEN. Dez anos depois, mais da metade da frota nacional era movida a etanol, mas uma nova queda na cotação do barril de petróleo no mercado internacional reduziu a diferença de preço entre os combustíveis na bomba, ressuscitando o interesse do consumidor pelos modelos a gasolina, que eram mais econômicos e davam menos problemas (componentes como tanque de combustível, carburador e outros apresentavam sérios problemas de corrosão devido ao contato direto com o álcool).

Amanhã eu conto o resto.