Jair Messias Bolsonaro
vê o exercício da Presidência como missão divina. Em vista à Argentina, na
condição de preposto do Altíssimo, ele abençoou por antecipação os portenhos
que “votarem com muita razão e menos emoção” — o que significa reeleger Maurício Macri para evitar que a volta
do kirchnerismo transforme aquele país numa segunda Venezuela. Legítimo representante de Deus ou não, o Messias deveria arrumar a própria casa antes de ministrar lições no exterior...
Lula
não admite usar tornozeleira — segundo ele, isso é coisa pra pombo correio e
pra bandido (?!). Menos de 24 horas depois, o criminoso reincidente tornou-se réu pela 10ª vez, numa ação penal aberta
na última quinta-feira na Justiça Federal de Brasília.
Incorporado pelo eleitor de Roraima à tribo dos sem-foro, Romero Jucá foi denunciado na última terça-feira pela força-tarefa da Lava-Jato, acusado de beliscar propina de R$ 1 milhão na Transpetro, uma subsidiária da Petrobras então presidida pelo amigo Sergio Machado.
A novidade é a mais eloquente evidência de que falharam todas as tentativas — de Jucá e seus assemelhados — de melar a força-tarefa de Curitiba. Vale a pena rever a transcrição da conversa vadia que Romero Jucá manteve com Sérgio Machado em 2016, antes do impeachment da nefelibata da mandioca:
— É um acordo, botar o Michel,
num grande acordo nacional — disse Sérgio
Machado.
— Com o Supremo,
com tudo — respondeu Jucá, dando
asas ao sonho peemedebista de passar uma régua nas apurações da Lava-Jato.
— Com tudo, aí parava tudo — animou-se Machado, cujas traficâncias já se encontravam sob o crivo do então
juiz Sergio Moro.
— É. Delimitava onde está, pronto! — concordou Jucá, em cujos calcanhares de vidro a
Procuradoria começava a agarrar.
Hoje, Temer é um
colecionador de inquéritos e ações penais. Já passou um par de vezes pela
cadeia, em prisões temporárias. Machado
é um delator bem-sucedido. Não colocou os pés num xilindró. Desfruta
gostosamente do exílio luxuoso de sua mansão em Fortaleza. E Jucá, que prepara para experimentar os
rigores da primeira instância curitibana, definiu o que está por vir numa
declaração de abril de 2017.
Num instante em que o Supremo
estava prestes a limitar a abrangência do foro privilegiado, os caciques do
Senado realizaram um movimento cenográfico. Colocaram para andar um projeto de
lei que acabava com a prerrogativa de foro para todas as autoridades, exceto os
chefes dos Três Poderes. Jucá disse
na época: "Se acabar o foro, é para
todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba
selecionada."
Pois bem. Ex-líder de todos os governos que se instalaram no
país desde a chegada das caravelas, Jucá
será apresentado aos rigores de uma "suruba" que já encarcerou outros
companheiros de (P)MDB. Noves fora Temer, que não chegou a esquentar lugar na prisão, encontram-se em
cana Sergio Cabral, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima.
Incorporado pelo
eleitor de Roraima à tribo dos sem-foro, Romero Jucá foi denunciado
nesta terça-feira pela força-tarefa de Curitiba. É acusado de beliscar
propina de R$ 1 milhão na Transpetro, uma subsidiária da Petrobras então
presidida pelo amigo Sergio Machado. A novidade é a mais eloquente
evidência de que falharam todas as tentativas de Jucá e seus
assemelhados de melar a Lava Jato.
Vale a pena rever a transcrição da conversa vadia que Romero Jucá
manteve com Sérgio Machado em 2016, antes do impeachment de Dilma
Rousseff:
— É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional, disse Sérgio
Machado.
— Com o Supremo, com tudo, respondeu Jucá, dando asas ao sonho pee... -
Veja mais em
https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/06/04/sem-foro-juca-vive-o-que-chamava-de-suruba/?cmpid=copiaecola
Incorporado pelo
eleitor de Roraima à tribo dos sem-foro, Romero Jucá foi denunciado
nesta terça-feira pela força-tarefa de Curitiba. É acusado de beliscar
propina de R$ 1 milhão na Transpetro, uma subsidiária da Petrobras então
presidida pelo amigo Sergio Machado. A novidade é a mais eloquente
evidência de que falharam todas as tentativas de Jucá e seus
assemelhados de melar a Lava Jato.
Vale a pena rever a transcrição da conversa vadia que Romero Jucá
manteve com Sérgio Machado em 2016, antes do impeachment de Dilma
Rousseff:
— É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional, disse Sérgio
Machado.
— Com o Supremo, com tudo, respondeu Jucá, dando asas ao sonho pee... -
Veja mais em
https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2019/06/04/sem-foro-juca-vive-o-que-chamava-de-suruba/?cmpid=copiaecola