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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ATUALIZAÇÃO DO WINDOWS 10 AUMENTA EM ATÉ 40% O USO DA CPU


TODOS OS COGUMELOS SÃO COMESTÍVEIS; ALGUNS, PORÉM, APENAS UMA VEZ.

De acordo com o portal de tecnologia Canaltech, um bug no update KB4512941 — atualização liberada na semana passada, que leva o Windows 10 à Build 18362.329 — faz com que o processo de pesquisas do chamado SearchUI, relacionado à assistente virtual Cortana, aumente em até 40% o uso da CPU (processador principal do computador) e aloque até 200 MB de memória RAM.

A falha acarreta lentidão ao sistema como um todo, sobretudo quando o usuário roda aplicações exigentes, como games radicais, edição de vídeo e que tais. Para piorar, esse aumento no consumo de recursos não melhora o tempo de exibição dos resultados das pesquisas, que permanece o mesmo de antes da instalação da atualização.

Segundo a publicação do Canaltech, a Microsoft ainda não havia reconhecido o problema nem informado se estaria desenvolvendo a respectiva correção. Até que isso aconteça, o site sugere aos usuários afetados que desinstalem o update. Para tanto, basta acessar as configurações do Windows 10, clicar na opção “Atualização e Segurança>Exibir histórico de atualização>Desinstalar atualizações”, selecionar o update KB4512941 e concluir o processo.

Atualização: Segundo eu apurei junto ao site Windows Latest, a Microsoft reconheceu o problema — que, segundo ela, afeta "um número pequeno de usuários" — e informou que está trabalhando numa solução a ser incluída no Patch Tuesday deste mês (que deve ser liberado na próxima terça-feira).

terça-feira, 13 de agosto de 2019

COMO DESLIGAR O WINDOWS 10 POR COMANDO DE VOZ


POR QUE UMA CENOURA É MAIS LARANJA DO QUE UMA LARANJA?

Já vimos como evitar que o Windows empaque no desligamento devido a aplicativos que deixam de responder. Agora, veremos como desligar, reiniciar, suspender ou colocar o computador em hibernação através de um comando de voz, lembrando que o tutorial a seguir é baseado no Windows 10 build 1607 ou superior e requer um microfone instalado no computador.

Observação: Desde seu lançamento como serviço, em julho de 2015, que o Win 10 vem recebendo atualizações de recursos semestrais, atualizações de qualidade mensais e correções críticas e de segurança a qualquer tempo, em caráter extraordinário. Ainda que o Anniversary Update (build 1607) tenha sido liberado quando o sistema completou um ano, os subsequentes — Creators Update (build 1703, lançado em meados de 2017), Fall Creators Update (build 1709, lançado em novembro de 2017), April Update (build 1803, lançado em abril passado) October Update (build 1809) e May Update (build 1903) — respeitaram a semestralidade definida pela Microsoft. Para saber se o seu sistema está atualizado, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final; caso sua versão não seja a 1903 e o Windows Update informar que não há atualizações disponíveis, siga este link e clique em Atualizar agora

Sem mais delongas, vamos ao tutorial:

— Clique no ícone da Cortana (ao lado do botão Iniciar), clique no ícone da engrenagem e ative a opção “Ei Cortana” (se ela não aparecer, clique no link “Começar” da opção “Microfone”, abra novamente a janela de configuração e verifique se agora ela é exibida).

— Abra a caixa de pesquisa da assistente, clique em A Cortana pode fazer muito mais > Com certeza > Entrar” e faça o login usando a sua conta da Microsoft (Hotmail, Outlook, etc.).

Como não existe um comando nativo que faça a Cortana desligar o computador, você terá de acrescentar essa função por via indireta. Para isso:

— Digite Win+R e tecle Enter para abrir o menu Executar;

— No campo “Abrir”, digite %appdata%\Microsoft\Windows\Start Menu\Programs e clique em OK

— Pouse o mouse num ponto vazio da porção direita da tela do Windows Explorer, selecione Novo > Atalho no menu suspenso e, no campo “Digite o local do item”, insira o comando shutdown.exe -s -t 60 e clique em Avançar.

O valor “60” define o tempo em segundos até o computador ser desligado. Você pode ajustar esse tempo alterando esse valor para 5, 10, 20 ou qualquer outro de sua preferência, como também criar atalhos para hibernar, suspender e reiniciar o computador usando os comandos abaixo:

Reiniciar: shutdown -r -t 0
Hibernar: shutdown -h
Bloquear: rundll32.exe user32.dll,LockWorkStation
Suspender: rundll32.exe powrprof.dll,SetSuspendState 0,1,0

Observação: O comando suspender só funciona se a hibernação estiver desligada. Para isso execute o prompt de comando como administrador e execute o comando powercfg -h off para desligar o recurso de hibernação.

Dê um nome ao atalho (Desligar, Reiniciar, etc.), localize-o na lista do menu Iniciar e dê duplo clique sobre ele para que a Cortana o reconheça como um programa, permitindo que você desligue, suspenda, hiberne ou reinicie o computador usando apenas a voz. 

Cumpridas essas etapas, basta dizer “Ei Cortana” seguido de “Abrir Desligar” (ou o nome do atalho que você criou, conforme a ação desejada) para a assistente executar o comando respectivo. Note que nem sempre a Cortana identifica corretamente o comando logo na primeira vez, já que ela precisa reconhecer a sua voz. Se for o caso, repetir o comando umas duas ou três vezes para que esse costuma resolver esse problema.

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

BACKUP, CAUTELA E CANJA DE GALINHA NUNCA FIZERAM MAL A NINGUÉM (FINAL)


O BRASIL VIROU UM CIRCO, E OS PALHAÇOS SOMOS NÓS.

Como vimos no post anterior, fazer backup nada mais é criar cópias de arquivos importantes e salvá-las em outro local. Assim, se o arquivo original se corromper ou se tornar inacessível por algum motivo, o usuário poderá se valer da cópia que salvou noutra partição que não a do sistema ou num HD externo, pendrive, mídia óptica, enfim...

Desde a edição XP que o Windows inclui um assistente nativo de backup, que foi aprimorado ao longo dos anos. Mesmo assim, ferramentas de terceiros, como o PC Transfer (clique aqui para mais opções), costumam ser mais amigáveis. Tanto no Windows 10 quanto no 8.1 e no Seven o procedimento é basicamente o mesmo: por padrão, o Assistente estabelece à data, o horário, a frequência, a opção de armazenamento e o conteúdo a ser protegido, mas você pode redefinir esses parâmetros. Só tenha em mente que, para o backup ser feito automaticamente, o PC precisa estar ligado na data e hora programadas, e o pendrive ou HD USB, conectado e configurado como unidade de destino.

Se você preferir criar manualmente o backup no Windows 7, clique em Iniciar > Painel de Controle > Sistema e Segurança > Backup e Restauração, conecte a unidade de mídia removível ao computador e, em Alterar configurações, defina-a como padrão (caso ela não apareça selecionada). Marque a opção Deixar o Windows escolher (recomendado), clique em Avançar e aguarde a mensagem de que o processo foi concluído com êxito.

Você pode escolher o conteúdo que se deseja proteger ou encarregar a ferramenta de backup de fazer essa seleção. Nesse caso, serão copiados os arquivos de dados salvos nas bibliotecas, área de trabalho e pastas padrão do Windows (dados de aplicativos, contatos, downloads, favoritos, links, jogos salvos e pesquisas) de todas as contas de usuário existentes no computador. Os arquivos do sistema e de programas não são levados em conta, até porque isso foge aos objetivos da ferramenta para reinstalar o Windows mais facilmente, você pode criar um disco de imagem.

Se precisar restaurar um backup, siga os passos descritos acima e clique em Selecionar outro backup de onde os arquivos serão restaurados. Na lista que lhe será exibida, escolha o backup desejado e clique em Avançar (caso a opção em questão não apareça, assegure-se de que o dispositivo de mídia removível esteja conectado ao computador e clique em Atualizar).

Observação: Por motivos óbvios, a ferramenta nativa do sistema não armazena as cópias de segurança na mesma unidade em que o Windows está instalado. Então, se você não particionou seu HD (veja como fazer isso com o freeware SwissKnife , que permite criar, modificar, formatar e apagar partições de maneira mais simples e rápida do que a ferramenta nativa do Windows), use um pendrive, um HD USB — ou mesmo CDs/DVDs, caso seu computador conte com um gravador de mídia óptica. Por segurança, salve uma cópia também na nuvem (sugiro usar o ONEDRIVE, da Microsoft, mas você encontrará outras opções interessantes nesta postagem). Afinal, quem tem dois tem um, e quem tem um não tem nenhum.

No Windows 10 o caminho é o seguinte:

1 Clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança, selecione uma opção de disco de backup, habilite a chave Fazer backup automaticamente dos meus arquivos e clique em Mais opções (de novo: se você não particionado o HD e não disponha de um drive externo, use um pendrive; modelos entre 16 e 64 gigabytes não custam caro e oferecem espaço mais do que suficiente para armazenar suas cópias de segurança).

2 Selecione as pastas que você deseja proteger, retorne ao topo da janela, clique em Fazer backup agora e aguarde a conclusão do processo.

ObservaçãoQuando e se você precisar restaurar seus arquivos, repita os mesmos passos, role até o final da janela, clique em Restaurar arquivos de um backup atual e siga as instruções na tela.

Até não muito tempo atrás, eu recomendava fazer backups também de drivers  programinhas de baixo nível que servem como ponte entre o hardware e o sistema operacional (clique aqui para mais informações) , até porque, no caso de ser necessário reinstalar o sistema, atualizar os driver um a um usando o Gerenciador de Dispositivos não é nada divertido. No entanto, com a ajuda do Driver Booster  que integra a suíte de manutenção Advanced System Care, da IObit, mas também pode ser instalado separadamente ou do DriverMax, o processo é fácil e rápido.

Ambos os programinhas estão disponíveis em versões pagas e gratuitas (mais limitadas, mas nem por isso deixam de ser satisfatórias para a maioria dos usuários domésticos comuns).

terça-feira, 30 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — FINAL

OS MÉDICOS PRESCREVEM DROGAS SOBRE AS QUAIS POUCO SABEM PARA CURAR PESSOAS DE QUEM NADA SABEM DE DOENÇAS CUJAS CAUSAS DESCONHECEM.

Vimos que a política de atualizações implementada pela Microsoft no Windows 10 manteve o Patch Tuesday (pacote mensal de atualizações de qualidade) e trouxe as inovadoras atualizações semestrais de conteúdo. Por outro lado, no Win 10 Home, empresa limitou o gerenciamento das atualizações automáticas à redefinição do horário ativo do computador, que, por padrão vai das 8h às 17h, mas podia ser alterado de modo a evitar que os patches fossem instalados — e o computador, reiniciado — durante um período de até 18 horas. Na versão Professional, clicando em Iniciar > Atualização e Segurança > Windows Update > Avançado, podia-se pausar as atualizações e escolher quando elas deveriam ser instaladas, mas a questão é que o Win 10 Home é a versão mais popular entre os usuários domésticos.

Atualizações de software são bem-vindas — tanto as que corrigem erros e fecham brechas de segurança quanto as que adicionam novos recursos e funções. O problema, conforme eu adiantei ao longo desta sequência, é que todos os updates abrangentes que a Microsoft disponibilizou para o Win 10 até agora continham bugs, o que infernizou a vida dos usuários (notadamente os que não sabiam como impedir a atualização automática do sistema). O caso mais emblemático foi o Update de Outubro (de 2018), cuja distribuição a Microsoft suspendeu por quase dois meses, tanto no site quanto via Windows Update. A boa notícia é que o Update de Abril, lançado há pouco mais de dois meses, devolveu aos usuários da edição Home o poder de gerenciar a instalação dos patches, que pode ser suspensa por até 35 dias — tempo suficiente para que eventuais bugs e outros problemas sejam devidamente sanados.

Observação: O termo “bug” significa inseto, mas é usado no âmbito da informática como sinônimo de “defeito”, tanto de hardware quanto de software. Nem todo bug tem a ver com segurança; alguns são inócuos, outros causam instabilidades e outros problemas de somenos, mas muitos servem como porta de entrada para malwares e invasões.

Ao baixar e instalar as atualizações mensais de qualidade, o Windows Update roda o MSRT (sigla de ferramenta de remoção de software mal intencionado em inglês), que você pode executar por demanda sempre que quiser (para mais informações e download, siga este link), mas tenha em mente que ele não oferece proteção em tempo real e, portanto, não substitui um suíte de segurança residente (ou instalável, como queira). Note também que, dependendo da gravidade do problema, a Microsoft pode não esperar até o Patch Tuesday do mês seguinte para liberar a correção, razão pela qual você deve rodar o Windows Update semanalmente (clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Verificar se há atualizações).

Somente o Windows e seus componentes são contemplados pelo Windows Update. Isso significa que programas de terceiros precisam ser atualizados separadamente — alguns avisam quando há novas versões disponíveis, mas muitos dependem de checagem manual. Na maioria dos casos, um link para verificar atualizações é exibido na janela do aplicativo, ou então um submenu sob Ferramentas ou Ajuda cumpre esse papel. Como a checagem individual é trabalhosa, convém você instalar uma ferramenta dedicada — dentre opções disponíveis, sugiro o IObit Software Updater, o Patch My PC , o Software Updater Monitor, o UCheck, e o Glary Software Updater.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado. 

segunda-feira, 29 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE VII

ATRÁS DE MUROS ALTOS, SEMPRE HAVERÁ NAPOLEÕES DE HOSPÍCIO GANHANDO GUERRAS ENTRE UM BANHO DE SOL E OUTRO.
Antes de transformar o Windows em “serviço”, a Microsoft lançava novas edições a cada três anos, e os usuários se apressavam em adotá-las, não raro recorrendo a mídias piratas vendidas no mercado informal.
O Windows foi lançado em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS. A ideia era facilitar a vida dos usuários, já que operar o PC a partir de janelas, ícones e menus clicáveis era bem mais simples e intuitivo do que fazê-lo digitando intrincados comandos alfanuméricos. Até a edição Win 3.1, o DOS era o sistema operacional propriamente dito. Com o lançamento do Win 95 — considerado o pulo do gato da Microsoft — o Windows passou de coadjuvante a protagonista, embora o DOS continuasse atuando nos bastidores.
Entre as edições subsequentes, 98 SE, XP, 7 e 10 foram retumbantes sucessos de crítica e de público, e ME (de Millennium Edition, que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da "virada" do milênio), Vista e Eight, fiascos monumentais. Ao lançar o sucessor do Windows 8.1 — atualização do Eight que trouxe de volta o menu Iniciar e outros elementos cuja supressão havia desagradado milhões de usuários —, a Microsoft surpreendeu o mercado ao pular um número e oferecer o update gratuitamente (pelo período de um ano) aos usuários de PCs com hardware compatível e que rodassem cópias oficiais do Seven SP1 ou do 8.1.
A estratégia de marketing rendeu frutos, ainda que a ambiciosa meta de 1 bilhão de usuários não tenha sido atingida até hoje — estimativas da própria Microsoft dão conta de que o Win 10 só superou o Seven em fevereiro do ano passado, e encerrou 2018 com cerca de 800 milhões de usuários. A título de curiosidade, todas as edições do Windows que continuam em uso (inclusive XP e Vista, que não são mais suportadas pela Microsoft), somadas, detêm 79,45% do mercado de sistemas operacionais para PCs. Segundo dados da Net Market Share, o Win 10 tem presença garantida em 39,22% dos computadores com Windows em todo o mundo, seguido pelo Seven, com 36,90% (o Win 8.1 é o lanterninha, com 4,45%). Para efeito de comparação, a participação do OS X, da Apple, é de 14,05%.
A primeira grande atualização do Ten (Anniversary Update) foi lançada quando o sistema soprou sua primeira velinha. Na sequência vieram o Creators Update, em meados de 2017, o Fall Creators Update, em novembro daquele ano, o April Update, em abril do ano passado, o October Update, seis meses depois, e finalmente o May Update, há cerca de dois meses. Para saber se seu sistema está atualizado, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final. Se a versão for 1809, rode o Windows Update; caso ele não encontre atualizações disponíveis, siga este link, clique em Atualizar agora e instale manualmente a versão 1903.
Até o lançamento do Windows 10 eu recomendava adotar uma nova edição do sistema somente depois que se primeiro Service Pack (pacote de atualizações que reunia todas as correções implementadas desde o lançamento comercial da edição em questão, além de eventuais novos recursos e funções) fosse lançado, mas com a promoção do Windows a serviço os SPs deixaram de existir; o que se tem agora são as atualizações semestrais de conteúdo e as tradicionais atualizações mensais de qualidade (conhecidas como “Patch Tuesday” por serem liberadas na segunda terça-feira de cada mês).

Essa política de atualizações seria excelente se não fosse pelo fato de os bugs (erros de programação) infernizarem a vida dos apressadinhos. Para piorar, no Win 10 Home — que é a versão mais usada no âmbito doméstico — as opções de gerenciamento das atualizações automáticas foram limitadas à reconfiguração do horário ativo do computador.
A conclusão fica para o próximo capítulo. Até lá.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO


HÁ SITUAÇÕES EM QUE OS IDIOTAS PERDEM A MODÉSTIA.
 
Todo programa de computador — seja ele um script, um aplicativo ou um monstruoso sistema operacional como o Windows — está sujeito a bugs. “Bug” significa inseto em inglês, mas no âmbito da informática é sinônimo de “defeito”, tanto de hardware quanto de software. Nem todo bug tem a ver com segurança; alguns são inócuos ou causam instabilidades e outros probleminhas de somenos, mas muitos são portas de entrada para malware e invasões.

Anos atrás, quando fiz uma pesquisa para embasar um artigo sobre o assunto, apurei que a indústria do software considerava “normal” a ocorrência de um bug a cada 10 mil linhas de código, e que o Windows 7 tinha 40 milhões de linhas, o Office 2013, cerca de 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, quase 100 milhões. Faça as contas.

Observação: O código-fonte do Windows 10 ocupa meio terabyte e se estende por mais de 4 milhões de arquivos (para mais detalhes, siga este link).

Desenvolvedores responsáveis testam exaustivamente seus produtos antes de lançá-los no mercado. A Microsoft conta ainda com a ajuda dos participantes do programa Windows Insider, mas vire e mexe um ou outro problema é descoberto a posteriori. Quando isso acontece, a correção é feita mediante a instalação de um patch (remendo) — ou de uma atualização de versão, no caso da maioria dos aplicativos. Daí a importância de manter o software do computador up-to-date.

A Microsoft vem batendo nessa tecla desde sempre, até porque os usuários, quando pegos no contrapé, acusam o sistema de ser inseguro. É fato que a enorme popularidade sempre fez do Windows um alvo atraente para os cibercriminosos, mas também é fato que a maior parte dos incidentes de segurança não decorre de vulnerabilidades no sistema, e sim de falhas em aplicativos. Além disso, brechas há muito corrigidas pela empresa de Redmond continuam sendo exploradas com êxito pela bandidagem, de onde se pode inferir que os usuários não atualizam seus computadores.

Continua no próximo capítulo.

terça-feira, 2 de julho de 2019

WINDOWS 10 versão 1903 — DE VOLTA AO UPDATE DE MAIO (CONTINUAÇÃO)


OS FILÓSOFOS VOAM COMO AS ÁGUIAS E NÃO COMO PÁSSAROS PRETOS. AS ÁGUIAS, POR SEREM RARAS, OFERECEM POUCA CHANCE DE SER VISTAS E MUITO MENOS DE SER OUVIDAS; OS PÁSSAROS PRETOS, QUE VOAM EM BANDO, PARAM EM TODOS OS CANTOS, ENCHENDO O CÉU DE GRITOS E RUMORES E TIRANDO O SOSSEGO DO MUNDO.

Como vimos no post anterior, o build 1903 devolveu aos usuários do Windows 10 Home Edition a possibilidade de gerenciar updates. Agora, é possível adiar a instalação dos patches por até 5 semanas — tempo mais que suficiente para a Microsoft sanar eventuais bugs descobertos depois da liberação das atualizações. 

Relembro que em 2015, ao promover o Windows em “serviço”, a Microsoft passou a nos empurrar goela abaixo as atualizações, com a justificativa de que os usuários não se preocupam em manter seus sistemas up-to-date, embora qualquer software esteja sujeito a erros de programação, e, devido ao agigantamento dos sistemas e programas atuais, bugs e brechas de segurança sejam tão inevitáveis quanto a morte e os impostos.

Desenvolvedores responsáveis testem exaustivamente seus produtos, mas é inevitável que alguns problemas sejam descobertos a posteriori, a exemplo do que aconteceu no October Update. Daí as atualizações e correções serem necessárias durante toda a vida útil dos programas. Mas, no caso do famigerado patch de outubro de 2018 (cujas falhas só foram sanadas em dezembro), o número de usuários afetados certamente seria menor se houvesse uma maneira amigável e intuitiva de sobrestar as atualizações. 

Ainda que não devamos fugir das atualizações devido a problemas pontuais, é difícil não perder a paciência quando as aporrinhações deixam de ser exceção e se tornam a regra geral. E todos os updates de conteúdo que a Microsoft criou para o Windows 10 (detalhes na postagem anterior) apresentaram uma ou outra falha, ainda que nenhum tenha causado tenta celeuma quando o malfadado update de outubro. Daí a empresa ter se resignado a devolver aos usuários do Win 10 Home Edition a possibilidade de gerenciar as atualizações. Mas esse não foi o único aprimoramento trazido pelo build 1903, conforme eu já adiantei em outras postagens. Vamos a mais alguns exemplos:       

No menu Configurações, o subitem Solução de Problemas permite que o Windows tente corrigir automaticamente eventuais problemas que comprometam a estabilidade e/ou o funcionamento do computador. Não é exatamente um remédio para todos os males, mas é melhor do que nada. 

O atalho de teclado Win+. (Win” é a tecla com o logo do Windows, “.” é ponto e o “+”, que você não deve pressionar, indica que as teclas <Win> e <.> devem ser pressionadas simultaneamente) abre uma janelinha recheada de emojis (😊, 👍, , 🌹 etc.), que você pode usar para os mais diversos fins.

Na Área de Notificação do sistema — que antigamente era chamada de “bandeja do sistema” —, dê um clique direito sobre o ícone da pequena nuvem (que remete ao OneDrive), clique em Mais e em Configurações para ter acesso a algumas opções interessantes, dentre as quais o backup automático das pastas Documentos, Imagens e Área de Trabalho. Na guia Salvamento Automático, selecione Atualizar pastas e especifique quais pastas devem ser sincronizadas automaticamente. E não deixe de explorar o conteúdo exibido por cada uma das abas, nem de obter mais informações sobre o OneDrive no site da Microsoft.

Um inconvenientes da Área de Transferência do Windows era a incapacidade de reter os itens recortados ou copiados quando outro elemento qualquer era recortado ou copiado em seguida. Essa deficiência foi resolvida em parte pela atualização de conteúdo anterior (edição 1809), que implementou um recurso acessível via atalho Win+V (ou seja, pressionando-se simultaneamente as teclas com o logo do Windows e com a letra “v”). A questão é que o conteúdo armazenado não é preservado quando o computador é reiniciado, a menos que tomemos o cuidado de pinar os itens que desejamos manter. 

Por essas e outras, eu uso e recomendo o CopyQ (detalhes nesta postagem), mas não deixe de clicar em Iniciar > Configurações > Sistema > Área de transferência e ativar a opção Histórico da área de transferência. E se quiser ou precisar acessar arquivos a partir de outro computador, ative também a opção Sincronizar nos dispositivos.

Continua na próxima postagem.