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segunda-feira, 15 de maio de 2017

ATAQUE CIBERNÉTICO EM ESCALA MUNDIAL

CERTAS PESSOAS SÃO COMO NUVENS: BASTA QUE ELAS SUMAM PARA O DIA FICAR LINDO.

Devido à importância do tema em assunto, resolvi interromper a sequência sobre o desempenho do computado para publicar o texto a seguir. Amanhã volto com mais uma capítulo daquela novela.

Na última sexta-feira, 12, um “ataque hacker” de proporções preocupantes atingiu diversas companhias de infraestrutura da Europa, com destaque para a Espanha, mas também afetou empresas em uma centena países, ainda que em menor grau. No Brasil, um bom exemplo é Telefónica-Vivo, que depende da infraestrutura holding espanhola ― a qual teve 85% de seus computadores afetados no país sede. Também foram afetados os Bancos Santander e BBVA.

Em essência, trata-se de um mega ataque ransomware ― modalidade de ataque digital na qual os cibercriminosos pedem resgate (neste caso específico, o valor é de 300 bitcoins por máquina) para liberar os sistemas bloqueados, sob pena de apagar definitivamente os dados criptografados (o pagamento deve ser feito até o próximo dia 19).

O software usado no ataque ― uma versão do ransomware WannaCrypt ― se aproveita de vulnerabilidades no Windows e é executado remotamente. A Microsoft liberou uma correção de emergência no Microsoft Security Advisory e recomenda aos usuários a pronta atualização de seus sistemas.

O ataque assumiu proporções tamanhas que a Intel publicou uma página onde se pode acompanhar em tempo real a disseminação da praga. Ainda não se sabe que são os autores do ataque, mas a imprensa internacional já divulgou que eles teriam relacionamentos com a China.

Fonte: Canaltech 


SOBRE LULA E A SUPOSTA FALTA DE PROVAS 

O que a mídia e as redes sociais chamaram de “embate do século” ― algo como um Fla-Flu em decisão de campeonato ― foi apenas uma audiência, um rito processual normal. Por outro lado, não se nega a indiscutível projeção que o evento adquiriu, até porque envolve uma figura emblemática (ou duas, se considerarmos como tal o juiz Sergio Moro).

Lula, em sua megalomania patológica, se acha um semideus, alguém acima do bem e do mal, idolatrado pela patuleia ignara e visto como o salvador da pátria por uma parcela expressiva da população. Mas alguns o veem como ele realmente é: um corrupto cínico, mentiroso e parlapatão, cuja única esperança de escapar da Justiça Penal consiste em tornar a se eleger presidente da Banânia. Nem mesmo sua admirável consegue atenuar o fato de que ele é réu em cinco ações penais (três delas no âmbito da Lava-jato) e acusado de crimes como corrupção (17 vezes), lavagem de dinheiro (211 vezes), tráfico de influência (4 vezes), organização criminosa (3 vezes) e obstrução da Justiça (1 vez) ― se condenado por todos esses crimes, Lula precisaria reencarnar diversas vezes cumprir integralmente as penas.

Enquanto os apoiadores atávicos reverenciam os discursos populistas do petista como fossem uma epifania, o juiz Moro ― que na analogia criada pela mídia e pelas redes sociais ocupa o campo adversário ou o corner oposto do ringue, conforme o caso ― segue o princípio socrático segundo o qual um juiz deve ouvir cortesmente, responder sabiamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente. Logo no início da audiência, o magistrado procurou tranquilizar o réu ― que mal conseguia disfarçar seu nervosismo ― prova disso foi ele abrir e fechar sistematicamente as hastes dos óculos ao longo das quase 5 horas de depoimento, mesmo depois de Moro deixar claro que nada tinha de pessoal contra ele, que iria julgá-lo com a devida isenção e à luz dos elementos probatórios ― além de descartar a hipótese de pedir sua prisão ao final da audiência (possibilidade que ganhou vulto nas redes sociais e foi largamente especulada por jornalistas e blogueiros mal informados).

Curiosamente, Lula se comportava como se sofresse de transtorno dissociativo de identidade (não confundir com esquizofrenia), alternando entre diversas personalidades ao responder perguntas do magistrado e dos membros do ministério público. E ainda que tenha aberto mão do direito de permanecer calado, o petista usou e abusou de evasivas e mentiras (vale frisar que, na condição de réu, o depoente não pode ser acusado de perjúrio se faltar com a verdade, até porque ninguém está obrigado a produzir prova contra si mesmo). A frase “eu não sei” foi repetida 82 vezes, e respostas como “me parece”, “quem sabe”, “talvez”, “não me lembro” se sucederam com irritante regularidade. Aliás, ele disse não se lembrar de uma porção de fatos, mas sua memória de elefante aflorava sempre que a pergunta remetia a situações que não o comprometiam diretamente. Outro expediente de que se valeu largamente foi atribuir a terceiros as acusações que lhe são imputadas ― ao culpar a finada esposa pela compra e reformas do tríplex, Lula demonstrou absoluta falta de sensibilidade e um oportunismo que só não chegou a espantar porque, meses atrás, ele já havia transformado o caixão da mulher em palanque e seu funeral em comício.

Sem argumentos para contestar as acusações (afinal, os fatos não mentem, e é praticamente impossível defender o indefensável), sua insolência adotou como estratégia de defesa negar sempre e nunca se explicaratacar o ministério público, encenar o papel de vítima, reclamar de uma suposta perseguição por parte da mídia e tentar desacreditar todos que não seguem sua cartilha. Mesmo assim, caiu em contradições primárias, chegando a dizer que as reformas da cozinha pagas pela OAS não se referiam ao tríplex, mas ao sítio de Atibaia (cuja propriedade ele sempre negou). À turba de admiradores, o petralha se dizia pronto a comparecer sempre que a Justiça o chamasse a depor, já que nada tinha a esconder. Entretanto, nos bastidores, seus advogados trabalhavam febrilmente para tentar adiar a audiência e retardar o andamento do processo com recorrentes pedidos de habeas corpus protelatórios ― que foram todos devidamente barrados pelo TRF-4 e pelo STJ.

Mesmo após a divulgação dos depoimentos de Renato Duque e, mais recentemente, do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, o molusco eneadáctilo insiste em não reconhecer a existência de provas contra si. Afirma que seus acusadores são mentirosos e que tudo não passa de um complô para impedi-lo de concorrer novamente à presidência. E a patuleia vassala se curva reverencialmente a essa inominável aleivosia, como se estivesse diante de uma epifania ― o que também não chega a espantar, já que militantes incorrigíveis, seguidores e compinchas de rolo do petralha não veriam provas contra seu amado líder nem que elas desfilassem diante de seus olhos como um bloco carnavalesco.

Mas provam não faltam, e o conjunto probatório deverá ser robustecido pela delação de Palocci, que, em depoimento ao juiz Moro, disse ter conhecimento de fatos e dispor de recibos, extratos bancários, emails e outros documentos que dariam à Lava-Jato mais um ano de trabalho. Ele até havia contratado um escritório de advocacia especializado em negociar acordos de colaboração com a Justiça, mas recuou quando o trio assombro do STF soltou José Dirceu, a pretexto de uma pretensa cruzada contra as prisões preventivas excessivamente longas da Lava-Jato ― que vêm se mostrando fundamentais para estimular as delações e sem as quais o ministério público ainda estaria engatinhando no esclarecimento do maior escândalo de corrupção da nossa história. Aliás, antes de Dirceu, o mesmo trio calafrio havia despachado para casa o pecuarista José Carlos Bumlai, ex-consiglieri do Clã Lula da Silva, e o empresário Eike Batista, tido por Lula e Dilma como “a cara do Brasil”, mas que deverá pagar fiança de R$ 52 milhões se quiser continuar respondendo aos processos em liberdade.

ObservaçãoConforme eu já disse em outras oportunidades, colocar o guerrilheiro de araque em liberdade provisória foi uma afronta à sociedade. Primeiro, porque a presunção de inocência fica fragilizada pela sentença condenatória (Dirceu já foi condenado em primeira instância a penas que, somadas, passam de 30 anos de prisão); segundo, porque representa um grave risco, tanto pela gravidade quanto pela reiteração dos crimes praticados, sem mencionar a influência que o “cumpanhêro” tem no sistema político-partidário.

Fato é que Palocci parece ter repensado o assunto depois que o ministro Fachin negou liminarmente seu pedido de habeas corpus e encaminhou o assunto ao plenário do STF (em vez de submetê-lo à segunda turma). Consta que o escritório de Adriano Brettas, em Curitiba, está encarregado de negociar o acordo de colaboração, que para o PT é uma “pá de cal”, pois pode confirmar informações da Odebrecht e, principalmente, do casal João Santana e Mônica Moura. A própria agremiação acredita que Palocci irá colaborar, já que ele é tido como um “homem de negócios”, diferentemente de Mantega e Vaccari, que são considerados “homens do partido”.

Volto a dizer que provas contra Lula existem aos montes, como veremos em detalhes numa próxima postagem. Se você acha que não, uma extensa matéria publicada na semana passada pela revista Época pode fazê-lo rever seus conceitos ― a não ser que você faça parte daquela seleta confraria que bebe as palavras de sua insolência; aí não há o que fazer, é caso perdido e ponto final.

Confira minhas atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/

Atualização (10h15)

O juiz Sérgio Moro negou o pedido de oitiva de novas testemunhas no processo em que Lula foi ouvido na última quarta-feira. Assim, depois que as partes interessadas ― MPF, Petrobras e advogados de defesa ― apresentarem suas alegações finais, os autos ficarão conclusos para sentença (ou seja, a decisão pode sair antes ainda do que se previa. Diferentemente do que esbravejou para a plateia de apoiadores ao final da audiência em Curitiba, o molusco asqueroso confidenciou a aliados estar convicto de que será condenado. Quando lhe convém, sua insolência sabe das coisas.