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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

AINDA SOBRE A TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA


MAIS IMPORTANTE QUE ACRESCENTAR DIAS A SUA VIDA É ACRESCENTAR VIDA A SEUS DIAS.

Em princípio, veículos com transmissão automática priorizam o conforto, embora modelos esportivos sofisticados (e caros) acelerem quase como seus correspondentes equipados com câmbio manual. No entanto, se você é adepto de arrancadas riscando o asfalto e produzindo nuvens de fumaça (burn out), escolha um modelo automático com motor de respeito, como o Ford Mustang V8 — que foi e continua sendo meu sonho de consumo desde 1973, quando meu pai me deu uma miniatura da Matchbox, branca, conversível e com estofamento vermelho, mas isso já é outra conversa.

O grande senão dos câmbios automáticos, notadamente os CVT, é a arrancada “chocha” (para saber mais sobre as diferenças entre as transmissões continuamente variáveis e as automáticas convencionais, clique aqui; para ver um Mustang automático em ação, afivele o cinto de segurança e clique aqui). 

Não vou descer a detalhes sobre a tecnologia CVT, até porque ela merece uma postagem dedicada. Mas adianto que a Toyota desenvolveu uma alternativa que combina a economia e o conforto das polias continuamente variáveis com a prontidão das engrenagens dos câmbios manuais — que deve ser implementada no Corolla já em 2020. Explicando em rápidas pinceladas, a variação contínua das polias só entra em ação depois que o carro “embala”, ou seja, nas arrancadas, quem trabalha é a engrenagem.

Nos carros com transmissão manual, basta você engrenar a primeira marcha, elevar o giro do motor e soltar o pedal da embreagem para o veículo arrancar prontamente. Já os automáticos precisam de torque abundante em baixas rotações para compensar o “delay” característico do conversor ou das limitações do acionamento robotizado da embreagem (para entender melhor as diferenças entre torque e potência, clique aqui).

Jamais tente “cantar pneus” acelerando o motor com a alavanca em N e mudando-a para D quando o giro estiver elevado, pois, além de um tranco memorável, isso poderá danificar o conversor de torque ou kit de embreagens, dependendo da transmissão. Somente em veículos equipados com launch control (controle de largada que otimiza a arrancada e a aceleração) é que se deve parar totalmente o carro, colocar no ajuste esportivo ou no modo dedicado (LC), manter o pedal do freio pressionado com o pé direito, acelerar com o esquerdo e, ao sinal do sistema, liberar o freio.

Observação: O Mustang conta com o Line Lock, que permite travar as rodas dianteiras, imobilizando o veículo enquanto se acelera fundo, fazendo as rodas motrizes (traseiras) girarem em falso, torrando os pneus.

Tanto em veículos com câmbio automático convencional quanto CVTs e automatizado, a troca de marchas nem sempre ocorre no momento que desejamos. Daí os puristas — e os “pilotos de final de semana” — preferirem modelos com paddle shift (ou “câmbio borboleta), que permitem a troca sequencial das marchas através de duas abas posicionadas atrás do volante, uma para “subir” e outra para “reduzir”, como nos carros de Fórmula 1. Na ausência desse recurso, a troca sequencial costuma ser feita através da alavanca ou por botões acoplados a ela, o que não é prático quando se deseja uma condução “mais esportiva”, pois exige tirar uma das mãos do volante.

A não ser em situações excepcionais, mantemos a alavanca na posição D durante a maior parte do tempo, pois ela permite operar em todas as marchas, de acordo com a velocidade, topografia e pressão no acelerador. Mas mesmo nos modelos sem troca sequencial é possível "induzir" as mudanças simplesmente dosando a aceleração. No caso de retomadas e ultrapassagens, basta recorrer ao kick down, que consiste em pressionar o acelerador até o final do curso para acionar um botão que provoca a redução de marcha, melhorando as respostas do motor (quando a pressão no pedal é aliviada, uma marcha superior é novamente selecionada).

Em aclives, deve-se acionar o freio de serviço ou o de estacionamento para manter o carro imobilizado — ou seja, jamais usar o acelerador para esse fim. Conforme a inclinação, o efeito creeping (que leva o carro a se mover lentamente quando se solta o freio, mesmo sem qualquer pressão sobre o pedal do acelerador) pode ser suficiente para a parada, mas convém optar por um modelo que disponha de “assistente de partida em rampa”. Assim, quando você para numa subida (para esperar o farol abrir, por exemplo) e pressiona o pedal do freio, o carro permanece imobilizado; quando você solta freio, ele continua imóvel por alguns segundos, dando tempo mais que suficiente para você acelerar e seguir adiante sem correr o risco de recuar e bater no veículo de trás.

Era isso, pessoal. Espero que tenham gostado. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

TRANSMISSÃO MANUAL, AUTOMÁTICA OU AUTOMATIZADA (conclusão).

QUANTO MAIS CORRUPTA A REPÚBLICA, MAIOR O NÚMERO DE LEIS.

Conforme foi dito no início desta sequência, não ter de acionar a embreagem nem mudar as marchas no trânsito caótico das grandes metrópoles torna o ato de dirigir menos maçante, razão pela qual muita gente vem se rendendo às benesses das transmissões automáticas e automatizadas – que são semelhantes, mas não idênticas, como veremos a seguir.

A transmissão automática surgiu na década de 30 e foi vista com desconfiança pelos motoristas tupiniquins até recentemente, devido ao custo elevado de manutenção, escassez de mão de obra especializada e expressivo aumento no consumo de combustível. Nessa tecnologia, um conversor de torque faz o papel da embreagem e um conjunto de planetárias, auxiliado por um sofisticado mecanismo de apoio, produz as relações de transmissão que são repassadas às rodas motrizes. As caixas automatizadas, por sua vez, despontaram e desapareceram no final dos anos 90 (com o malogrado Citymatic do Pálio), para ressurgir em 2007 com o Easytronic, da GM, logo seguida pela VW, FIAT e FORD, não necessariamente nessa ordem. Como esses modelos são mais baratos e fáceis de manter por utilizarem os mesmos componentes da transmissão manual (a diferença fica por conta dos robôs, que acionam a embreagem trocam as marchas), as montadoras os vêm direcionando a veículos "intermediários" – ou mesmo populares, como é o caso da FIAT, que vem desenvolvendo uma solução voltada especificamente ao UNO.

Observação: Problemas recorrentes com a transmissão robotizada Easytronic da Meriva levaram muitos proprietários (taxistas, em sua maioria) a substituí-la pelo câmbio mecânico – prejuízo que, até onde eu sei, não foi ressarcido pela GM. A propósito, eu tive uma Meriva 2008 que deixou de acionar a embreagem com pouco mais de 6.000 km rodados, mas a concessionária reprogramou o sistema e não houve mais problemas até eu vender o carro, cerca de um ano depois. Entretanto, parece que esse desacerto foi sanado na segunda versão do Easytronic, que ganhou o sobrenome GenII e passou a ser fornecido pela Magneti Marelli.

Essas tecnologias facilitam sobremaneira a condução dos veículos, já que o motorista só precisa ligar o motor (na maioria dos câmbios automáticos, a alavanca deve estar em P e o pedal do freio, pressionado), selecionar a opção D e acelerar. O sistema se encarregará de engrenar as marchas mais adequadas a cada momento – até oito nos modelos mais sofisticados, que também permitem a troca sequencial, coisa que até algum tempo atrás era prerrogativa dos câmbios automatizados. (Para mudar manualmente as marchas, basta puxar a alavanca para a esquerda e pressioná-la levemente para adiante ou para trás, de maneira a selecionar a próxima marcha ou reduzir para a imediatamente inferior, conforme o caso).
 
Caixas automáticas mais antigas podem trazer posições identificadas como 1 e 2, além das tradicionais P (Park), R (ré), N (neutro ou ponto-morto) e D (drive). Esta última permite utilizar todas as marchas disponíveis, ao passo que 1 mantém o câmbio na primeira marcha e 2 alterna entre a primeira e a segunda – o que pode ser útil em aclives acentuados, ao puxar reboques ou mesmo para usar o freio motor em longos declives.

Câmbios automatizados não têm a posição P – mas, por segurança, só permitem ligar o motor com a alavanca em N e, conforme o modelo, com o pedal do freio pressionado. Com a alavanca em D, o comportamento é idêntico ao dos automáticos, e se você acionar a tecla S (Sport), a troca de marchas será feita em rotações mais elevadas, propiciando um comportamento "esportivo" (que a gente nem sempre percebe, sobretudo no uso urbano).

Evite engrenar a com o carro em movimento – nos automáticos, isso vale também para a posição P, que trava as rodas motrizes. Parado no trânsito, habitue-se a acionar o freio de mão, especialmente em aclives. Note ainda que, embora os automáticos podem ser retidos dosando a aceleração, essa prática e desaconselhável nos automatizados, pois reduz sensivelmente a vida útil da embreagem.

Outra diferença digna de menção é a dirigibilidade: nos automáticos, basta colocar a alavanca em D ou R para manobrar o veículo – a função creeping faz o carro se movimentar automaticamente –, mas nos automatizados é preciso recorrer ao acelerador. Demais disso, a troca de marchas costuma produzir "trancos" nos veículos automatizados, devido ao corte na rotação durante o desacoplamento/acoplamento da embreagem. Entretanto, basta você se familiarizar com o sistema para "antecipar" as mudanças e minimizar esse inconveniente dosando a pressão no acelerador.

Em tese, veículos com transmissão automática ou automatizada de última geração são mais econômicos do que seus equivalentes com câmbio manual, mas, na prática, a teoria é outra, pois os resultados podem variar conforme o combustível utilizado, as condições do trânsito e a maneira de dirigir de cada motorista. Eu, particularmente, jamais obtive mais do que 6 km por litro de álcool com qualquer dos três modelos automáticos de verdade que tive depois da Meriva.        

Observação: Tanto numa tecnologia quanto na outra, as trocas de marchas nem sempre ocorrem no momento desejado, embora seja possível forçar reduções através do "kick down" – prática que consiste em pressionar o acelerador até o final de seu curso. Também não espere arrancadas cinematográficas, riscando o asfalto em meio a nuvens de fumaça (burn out). Embora qualquer veículo popular seja capaz de "cantar pneus" se você engrenar a primeira marcha e elevar o giro do motor até o regime de torque máximo antes de liberar o pedal da embreagem, somente motores com abundância de torque e potência são capazes de compensar o "delay" característico do conversor de torque e das limitações do acionamento robotizado da embreagem.

Para encerrar (ufa!), não custa lembrar que já existem sistemas ainda mais sofisticados, como é o caso do transmissão continuamente variável - no qual duas polias de diâmetro variável, unidas por uma correia metálica, substituem as engrenagens convencionais e proporcionam aceleração contínua, sem trancos, dando a impressão de que o veículo nunca troca de marcha. Outra solução interessante é a transmissão de dupla embreagem, desenvolvida com vistas a veículos de competição, que necessitam de trocas de marchas mais rápidas. Nessa tecnologia, uma embreagem controla as marchas pares e a outra, as ímpares, de modo que, quando a primeira está engatada, a segunda já está "em espera", e assim sucessivamente. Como a troca de marchas é instantânea, não é preciso cortar a força do motor nem aliviar o pé do acelerador para evitar trancos

Observação: As ultimas versões do EcoSport  e do New Fiesta integram a transmissão PowerShift, de dupla embreagem, que, segundo a FORD, tanto melhora o desempenho quanto reduz o consumo de combustível (clique aqui para mais detalhes).

Para finalizar (agora de verdade), qual a melhor opção? O velho e confiável câmbio manual, a cara transmissão automática ou a não tão cara (mas ainda um tanto nebulosa) caixa automatizada?
Fica a gosto do freguês. De uns tempos a esta parte, sentar ao volante de um carro com câmbio manual me provoca urticária, ao passo que minha irmã há anos reluta em conceder férias à perna esquerda, por mais que eu a venha estimulando a fazer um test-drive.
  • Quanto à transmissão automatizada, não custa lembrar que a gente geralmente recebe aquilo pelo que pagou, e que essa modalidade não é nem manual, nem automática, pois utiliza tanto a caixa de mudanças como o sistema de embreagem dos veículos manuais, embora conte com robôs para embrear,debrear e trocar as marchas.
  • Caso você tencione adquirir um automático de segunda mão, procure sinais de vazamento (o fluido da transmissão automática parece xarope de groselha, tanto na cor quanto na consistência) e fuja daqueles cuja troca de marchas entre P, D e R levem mais do que dois segundos (especialmente se forem acompanhadas de trancos e ruídos esquisitos).
  • Verifique no livreto de manutenção se as revisões foram feitas dentro dos prazos estabelecidos pelo fabricante (especialmente se o veículo ainda estiver dentro do prazo de garantia, que hoje pode chegar a 5 anos). Rode por ruas sossegadas para "sentir" melhor as trocas de marchas – que devem ocorrer de maneira suave, sem ruídos, trancos ou aumento de rotação do motor que não reflita nas rodas motrizes (patinagem) – e depois procure desenvolver velocidades mais elevadas, avançando e reduzindo as marchas (alguns problemas só se manifestam depois que a transmissão atinge temperaturas mais elevadas).


Na dúvida, consulte seu mecânico de confiança e... boa sorte!

Passemos agora à piadinha da vez;

Quantas pessoas são necessárias para trocar uma lâmpada?
A melhor resposta, como sempre, é depende:
Se forem gays, bastam seis: um para trocar e cinco para ficar gritando: Linda! Poderosa! Maravilhosa! Divina! Tuuudo!
Se forem peruas, só duas: uma para chamar o eletricista e a outra para preparar os drinques.
Psicólogos, um só, desde que a lâmpada queira ser trocada.
Loiras? Cinco: uma para segurar a lâmpada e as demais para girar a cadeira.
Consultores? Dois, porque um sempre abandona o trabalho no meio do projeto.
Bêbados? Basta um só (para segurar a lâmpada enquanto o teto vai rodando).
Sertanojos? Dois: Um troca a lâmpada enquanto o outro compõe uma canção sobre os bons tempos da lâmpada antiga...
Machões? Nenhum (macho não tem medo do escuro).
Patricinhas? Duas: Uma pra segurar a Coca light e outra pra chamar o papai.
Argentinos? Um só basta, já que ele segura a lâmpada e o mundo gira ao seu redor.
Funcionários Públicos? Uns 250, mas quem vai trocar mesmo é o terceirizado!
Mulher com TPM: SÓ ELA! SOZINHA! Porque NINGUÉM dentro desta casa sabe trocar uma lâmpada! São todos uns imprestáveis que nem percebem que a lâmpada queimou!
Todos uns INÚTEIS, que podem ficar no escuro por três dias antes de notar que a MERDA DA LÂMPADA QUEIMOU – e passarão mais uma semana esperando que EU troque essa PORRA, porque acham que sou ESCRAVA deles! E quando se derem conta de que eu não vou trocar MERDA NENHUMA, eles vão continuar no escuro, pois não sabem que as lâmpadas novas ficam na PORRA DA DESPENSA! E se por milagre algum deles encontrar as lâmpadas novas, vão subir na poltrona e sujar o pano, porque são INCAPAZES de saber onde a escada fica guardada!
Como é inútil esperar que eles troquem a lâmpada, então vou EU MESMA trocá-la! E SUMA DA MINHA FRENTE, QUE HOJE EU NÃO TÔ BOA E NÃO RESPONDO PELOS MEUS ATOS!

Bom f.d.s. a todos.