Reza a sabedoria popular que, para náufrago, jacaré é tronco. Essa pérola cai como uma luva para
explicar a insistência de Haddad e
do PT em criar factoides em busca do
“grande
escândalo” que, segundo Lula,
seria a única maneira de evitar a derrota de seu fantoche.
A Folha deu uma mãozinha
ao denunciar a compra de supostos “disparos” de fake news contra Haddad
por empresas (ou empresários) que apoiam Bolsonaro,
mas denunciar é uma coisa, provar é outra. Mesmo que essa história tenha repercutido,
e o PT e o PSD se aproveitado dela para pedir a impugnação da candidatura do adversário,
a investigação determinada pelo TSE
não altera, no curto prazo, o cenário eleitoral que se vem delineando desde o
primeiro turno e que tende a se consolidar no próximo domingo 28.
Até o momento não existem provas de que empresas (ou empresários,
o que mudaria completamente a história, já que, dentro de certos limites, colaborações
de pessoas físicas às campanhas eleitorais continuam sendo permitidas) patrocinaram
os tais disparos em massa no WhatsApp,
mas a petralhada mantém o tom elevado, como se o partido da estrela (cadente)
fosse a quintessência da virtude, e não uma organização criminosa comandada por
um apenado e integrada por Gleisi Hoffmann,
Lindbergh Farias, Humberto Costa, Paulo Teixeira e
outros que tais.
Um vídeo publicado em junho (não dias
ou semanas atrás, portanto), no qual Eduardo
Bolsonaro dá uma resposta infeliz a uma pergunta igualmente infeliz, ganhou
vulto agora, a poucos dias do segundo turno, também
impulsionado pela Folha. Diante dessa “grave ameaça às instituições”, o
ministro Dias Toffoli, atual presidente
do STF, afirmou em nota que um ato contra o Judiciário seria “atacar a
democracia”. Na minha desvaliosa opinião, está-se fazendo tempestade em copo d’água. Mas não
vou insultar a inteligência dos leitores exaltando o óbvio, e sim convidá-los a
clicar aqui
para ler a nota de Toffoli, aqui
para ver como se pronunciaram outros ministros da Corte, e então tirar suas
próprias conclusões.
Observação: Ainda sobre o tal vídeo, talvez Jair Bolsonaro pudesse ter escolhido melhor as palavras que usou para condenar
o ato de seu rebento — referir-se
a Eduardo como “garoto” e dizer
que o repreendeu, tanto como filho quanto como parlamentar, não me pareceu lá
muito apropriado. Já a ex-corregedora
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana
Calmon, também se referiu a Eduardo
como “menino inconsequente e imaturo”, mas ponderou que o
presidenciável não pode ser responsabilizado pela bravata do filho, e que,
quando se vê qual foi o contexto à época em que foi feito, fica clara a
intenção do PT de criar mais um factoide
e usá-lo contra o adversário.
É oportuno lembrar que o deputado petista Wadih Damous — um daqueles que tramou a
soltura de Lula durante o recesso do
Judiciário — disse com todas as
letras, num vídeo postado meses atrás em sua página no Facebook depois que o ministro Barroso não acolheu os recursos da
defesa do ex-presidente petralha, que “tem
de fechar o Supremo Tribunal Federal”.
José Dirceu — outro
criminoso condenado, mas em liberdade condicional graças à ala garantista do STF — também disse recentemente que “é preciso tirar todos os poderes do Supremo”,
rebatizá-lo como “Corte Constitucional”,
e que “Judiciário não é poder da
República, é um órgão, mas se transformou em um quarto poder; se o Judiciário assume poderes do Executivo e do Legislativo, caminhamos para o autoritarismo”.
Gleisi Hoffmann,
a uma semana do julgamento de Lula no
TRF-4, berrou aos quatro ventos que
para Lula ser preso “vai ter que prender muita gente, vai ter
que matar gente”. O próprio Lula
chegou a dizer que “botaria o exército
de Stedile nas ruas”, e que a mídia deveria “trabalhar” para que ele não
voltasse ao poder, porque, quando voltasse, haveria regulação da imprensa (e
outras bravatas que a síndrome do macaco
me impede de enumerar).
Para encerrar: Segundo a revista digital Crusoé, os petistas depositam suas últimas esperanças em uma possível “onda silenciosa” de eleitores que só se manifestarão nas urnas. Essa onda seria formada por pessoas que vão votar no poste de Lula, mas teriam receio ou até vergonha de expor o voto publicamente, e por isso não aparecem nas pesquisas.
Sem mais comentários. Que o leitor tire suas próprias conclusões.
Para encerrar: Segundo a revista digital Crusoé, os petistas depositam suas últimas esperanças em uma possível “onda silenciosa” de eleitores que só se manifestarão nas urnas. Essa onda seria formada por pessoas que vão votar no poste de Lula, mas teriam receio ou até vergonha de expor o voto publicamente, e por isso não aparecem nas pesquisas.
Sem mais comentários. Que o leitor tire suas próprias conclusões.
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