POLÍTICA É A
ARTE DE PROCURAR PROBLEMAS, ENCONTRÁ-LOS, DIAGNOSTICÁ-LOS INCORRETAMENTE E DAR
OS REMÉDIOS ERRADOS.
De uma maneira geral, os programas espiões se aproveitam da inexperiência ou ingenuidade
das vítimas para invadir os sistemas-alvo sem ser detectados ou
barrados por softwares antivírus e
de firewall ― até porque essas
ferramentas não são “idiot proof”, ou seja, não são capazes de proteger o
usuário de si mesmo. Para piorar, as ferramentas de segurança (notadamente as
gratuitas) podem não oferecer a interface em português como opção, o que
dificulta a compreensão das mensagens e, consequentemente, pode levar um
usuário menos atento a autorizar uma ação que deveria bloquear, e vice-versa. Além
disso, eles também podem se disfarçar de aplicativos confiáveis ― ou ser
instalados “de carona” com aplicativos legítimos ―, ser executados a partir de
anexos de email camuflados ou links maliciosos, aproveitar-se de vulnerabilidades no sistema ou nos
programas para burlar a vigilância das ferramentas de proteção e por aí afora.
Em face do exposto, a identificação de ameaças tão sutis
requer muita atenção, pois só assim o usuário poderá notar “sinais específicos”
de infecção. O consumo anormal de memória e/ou de ciclos do processador quando o
computador está ocioso é um bom exemplo, como também o travamento recorrente ou
lentidão incomum na execução dos aplicativos, movimentos erráticos do ponteiro
do mouse na tela do monitor, acionamento da câmera (webcam) à revelia do
usuário, surgimento de ícones estranhos na área de notificação do sistema,
abertura inexplicável janelas, navegação lenta, e por aí vai. O problema é que
o diagnóstico nem sempre é conclusivo, visto que problemas de software e falhas
de hardware também podem ser responsáveis pelas anormalidades retro citadas.
Assim, se você suspeita de que alguém ou
algum programinha malicioso o está monitorando sub-repticiamente, desconecte o
computador da internet para evitar que a situação se prolongue e as
consequências se agravem. Feito isso, execute uma varredura completa com seu
antivírus. Caso ele não esteja atualizado ou você desconfiar que sua eficácia
foi comprometida, baixe o Microsoft Safety Scanner em outro computador, transfira o
arquivo executável para um pendrive, conecte o dispositivo ao PC supostamente
infectado e faça uma varredura completa no sistema. Aliás, diversos antivírus
são disponibilizados também em versões “portáteis”, que você pode baixar e
salvar numa partição diferente daquela em que o Windows está instalado, num HD externo, num pendrive, enfim...
Afinal, melhor ter e não precisar usar do que precisar usar e não ter.
Mantenha o software do seu PC sempre atualizado. No caso do Windows, você pode rodar o Update Windows regularmente (pelo menos
uma vez por semana), embora seja mais indicado habilitar as atualizações automáticas (veja mais
detalhes nesta postagem). Tenha em mente, porém, que não só o sistema, mas
todos os aplicativos do seu PC precisam ser atualizados, seja através das
correções disponibilizadas pelos respectivos fabricantes, seja através da
substituição da versão em uso pela mais recente. Isso pode ser feito
manualmente, através de um comando quase sempre presente nas configurações ou
no menu Ferramentas dos programas,
mas é mais fácil recorrer a aplicativos dedicados, que analisam o software do
seu PC e apontam os que precisam de correções/atualizações. Dentre as diversas
opções disponíveis, eu recomendo o Filehippo App Manager, o OutdateFighter e o R-Updater ― os três
são gratuitos o para uso pessoal.
Melhor ainda é você
instalar a excelente suíte de manutenção Advanced
System Care, que, dentre um vasto
leque de funções, não só baixa e instala patches (remendos) importantes
para o Windows, mas também identifica programas de terceiros que estejam
desatualizados e disponibiliza os links para as devidas correções. Note também
que novas versões dos
aplicativos costumam corrigir erros/falhas de segurança e acrescentar funções e
aprimoramentos, razão pela qual a atualização é recomendável não só do ponto de
vista da segurança, mas também da funcionalidade dos apps.
Por melhor que seja
o seu arsenal de segurança, não deixe de fazer checagens regulares com antimalwares online, que rodam direto
do navegador ― dispensando instalação e posterior remoção ― e fornecem uma “segunda
opinião” sobre a saúde do seu PC. Os meus preferidos são o ESET Online Scanner, o House Call Free Online Virus Scan
e o Norton Security Scan. Todos
são eficientes e gratuitos, mas não oferecem
proteção em tempo real, de modo que complementam, mas não substituem o antivírus residente.
Era isso, pessoal.
Espero ter ajudado.
Assistir ao noticiário requer estômago forte. Além das onipresentes notícias sobre naufrágios, ataques terroristas, quedas de aeronaves e violência de todo tipo ―, eventos relacionados com a política não raro transbordam para as páginas policiais, seja devido à péssima qualidade de nossos representantes no Legislativo e governantes no Executivo, seja por conta da falta de esclarecimento (para não dizer estupidez) do povo que os elegeu.
Como se não bastasse, ainda temos de aturar pronunciamentos estapafúrdios do Pato Donald [Trump], testemunhar atrocidades cometidas por integrantes da nossa mais alta Corte de Justiça e assistir a um criminoso condenado sair, travestido de candidato, em campanha antecipada pelo Brasil afora, afrontando a parcela pensante da população ― que só não volta às ruas para protestar contra esse descalabro porque está mais preocupada em sobreviver. Aliás, talvez pelo mesmo motivo que Michel Temer, com míseros 5% de apoio popular ― recorde negativo de um presidente desde a ditadura ―, não enfrente protestos nacionais (manifestações realizadas por grupelhos de vândalos, recrutados pelo PT nas fileiras da CUT, do MST, do MTST e outras agremiações de imprestáveis não contam).
O que acontecerá quando as outras duas denúncias contra Temer vierem ― o que não deve tardar, pois falta menos de um mês para a troca do comando da PGR ― é outra história. Não há mais de onde tirar dinheiro para pagar o michê das meretrizes do Parlamento, embora nem o presidente nem os deputados pareçam ter se dado conta ― haja vista a tentativa de inserir no já estropiado texto da reforma política os R$ 3,6 bi (0,5% do orçamento da União) destinados a bancar campanhas eleitorais de suas insolências. Vão trabalhar, vagabundos!
O Antagonista questionou um ministro do TSE sobre a caravana desavergonhada de Lula pelo Nordeste. A resposta foi a seguinte:
“A legislação eleitoral brasileira acabou ficando um pouco mais flexível, permitindo manifestações políticas antes do prazo, desde que não haja expresso pedido de voto. Todavia, o que temos é uma caravana, com ônibus caracterizado, militantes com bandeiras, faixas de ‘presidente’, ou seja, uma campanha explícita fora de hora. Ainda que não haja pedido expresso de voto, está mais do que claro que se trata de uma atividade que conduz a essa percepção. Se não for interpretado assim, vira hipocrisia. O candidato vai dizer que está cumprindo a lei, já que está fazendo tudo, mas… não está pedindo voto expressamente. Lula não pode insultar nossa inteligência. Está, repito, mais do que explícito o cunho eleitoral dessa caravana. E ele está utilizando a lei (que impede o pedido expresso de voto) para fraudar seu objetivo. Em última instância, ele está fraudando a lei”.
O magistrado salientou ser preciso verificar a origem dos recursos utilizados para a realização dessa caravana, mas que a Justiça Eleitoral só pode se posicionar sobre o assunto se for provocada para tal.
Para encerrar: Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente impichado na era pós-ditadura militar, integra agora a seleta confraria dos senadores réus na Lava Jato, ao lado de Gleisi Hoffmann e do peemedebosta Valdir Raupp. Na última terça-feira, a 2ª Turma do STF acolheu parcialmente a denúncia apresentada contra ele pela PGR (em 2015), por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Mas se você sonha em viver para ver o pseudo caçador de marajás no xilindró, redobre os cuidados com a saúde: Paulo Maluf, que há três meses foi condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, continua solto, em pleno exercício do mandato e com trânsito livre no Congresso Nacional, a despeito de os ministros da 2ª Turma do STF terem determinado sua interdição para o exercício de cargo e função pública de qualquer natureza pelo dobro da pena privativa de liberdade. É por isso que se diz que bandido burro vai para a cadeia e bandido esperto entra para a política!
Confira minhas
atualizações diárias sobre política em www.cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/