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terça-feira, 1 de novembro de 2016

HARDWARE, SOFTWARE, APLICATIVOS E WEBSERVICES

Um computador é composto por dois segmentos distintos, mas interdependentes: o hardware e o software. No alvorecer da computação pessoal, os geeks explicavam essa diferença dizendo que hardware é aquilo que o usuário chuta, software, aquilo que ele xinga. 

Brincadeiras à parte, um PC sem programas ― e aí inclui-se o sistema operacional, que também é um programa, ainda que tido e havido como o “software-mãe” do computador ― nada mais é do que uma caixa cheia de componentes inúteis.

Agora, uma notícia boa e outra, ruim: A boa é que oferta de aplicativos vem crescendo exponencialmente, sobretudo na modalidade freeware ― cujo grande atrativo é o custo zero, ainda que a gente acabe pagando por eles de uma forma ou de outra. A ruim é que isso nos leva a instalar uma quantidade absurda de programinhas inúteis, que se limitam a ocupar espaço no HD e consumir memória e ciclos de processamento sem oferecer qualquer contrapartida de ordem prática.

Claro que sempre é possível fazer “faxinas”, de tempos em tempos, e eliminar games que não jogamos mais, versões Trial de apps cujo prazo experimental expirou e outros “inutilitários” que tais. No entanto, a desinstalação de programas costuma “sobras indesejáveis” ― como pastas vazias, chaves inválidas no Registro e outros resíduos ― que acabam fatalmente comprometendo a estabilidade do sistema e o desempenho global da máquina, especialmente se promovida pelo desinstalador do próprio aplicativo ou via Painel de Controle > Programas e Recursos.  

Observação: Utilitários como o IOBit Uninstaller, que integra as ferramentas da suíte de manutenção Advanced System Care ― mas que também pode ser instalado isoladamente (para fazer o download, siga este link) ― ou o Revo Uninstaller costumam proporcionar remoções mais completas, até porque, depois de executar o desinstalador nativo do app, eles varrem o sistema em busca dos tais “resíduos”, permitindo que o usuário se livre deles com alguns cliques do mouse.

Por último, mas não menos importante: antes de instalar um aplicativo qualquer, especialmente se você for usá-lo esporadicamente, veja primeiro se não é possível utilizar um serviço online que execute as mesmas funções. Com isso, você não só se livra da instalação (que pode vir acompanhada de spyware e/ou crapware) e de uma eventual remoção do programinha, mas também poupa recursos do computador ― como os web services rodam a partir do navegador, o trabalho pesado fica a cargo dos servidores onde eles se encontram hospedados.

LULINHA FATURA R$5,2 MILHÕES ENTRE 2004 E 2014

Laudo da PF anexado ao inquérito da Lava-Jato dá conta de que o primogênito da “alma viva mais honesta do Brasil” teve um rendimento bruto de R$ 5,2 milhões entre 2004 2014 ― mais de R$ 43 mil por mês, desconsiderada a inflação do período, o que destoa da média salarial dos brasileiros, que não chega a R$ 2 mil por mês (em valores atuais).

Cerca de 73% dos ganhos do “menino de ouro” (R$ 3,8 milhões) provieram da distribuição de lucros da empresa G4 Entretenimento Tecnologia Ltda., da qual Lulinha é sócio dos irmãos Fernando e Kalil Bittar, filhos de Jacó Bittar, ex-prefeito de Campinas e amigo de Lula desde a fundação da PT. Fernando Bittar, aliás, é um dos “donos” do Sítio Santa Bárbara, que, segundo os investigadores, pertence ao ex-presidente petralha.

Os documentos anexados ao inquérito que apura a compra e a reforma do sítio em questão mostram que a G4 é a acionista majoritária da BR4 Participações ― empresa que tem como sócio a Gol Mídia Participações ― do empresário Jonas Suassuna, outro “dono do sítio” ―, que detém 65% da participação da Gamecorp, associada à Telemar Internet Ltda.

Toda a movimentação financeira dos filhos de Lula e seus sócios (Fernando e Kalil Bittar e Jonas Suassuna) estão sob suspeita. A PF vê indícios de negócios ilegais, ocultos em repasses e transações comerciais formais entre os sócios. Outra empresa foco de apurações é a Coskin Assessoria e Consultoria, do filho de Jacó Bittar. A empresa movimentou de 2009 a 2016 um total de R$ 9,98 milhões. Dos R$ 4,99 milhões recebidos pela Coskin no período, a maior parte proveio da Editora Gol, de Suassuna (R$ 2,28 milhões), e da Gamecorp (R$ 825 mil). Já a G4 tem como principais fontes de recebimentos a Gamecorp (R$ 4,24 milhões) e a Gol Mobile (R$ 2,05 milhões).

O Instituto Lula repassou no período R$ 1,4 milhão para a G4. Há recebimentos ainda da Coskin da LILS Palestras e Eventos, empresa de palestras do ex-presidente, e do Instituto Lula.

O objetivo da Lava-Jato é buscar, nas movimentações financeiras das empresas, negócios que possam ter servido para ocultar propinas. Deu para entender ou quer que eu faça um desenhinho?

Bom feriado a todos e até mais ler.

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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

DICAS SOBRE EDIÇÃO DE IMAGEM

SOU REACIONÁRIO. MINHA REAÇÃO É CONTRA TUDO QUE NÃO PRESTA.

Se você não vê sentido em gastar uma nota preta para ter um app como o festejado Photoshop ― e passar semanas pelejando para dominar a vasta gama de recursos que ele oferece ― quando o Paint do Windows atende plenamente suas despretensiosas necessidades, eu o cumprimento, caro leitor. Até poque, conforme já discutimos em várias oportunidades, não é boa política entupir o sistema com inutilitários pelo simples fato de haver milhares de opções gratuitas disponíveis na Web. Demais disso, no caso de tarefas meramente eventuais, um webservice pode ser a melhor solução, já que consome menos recursos do computador e dispensa instalação e remoção ― evitando eventuais problemas decorrentes de sobras indesejáveis que permanecem após a remoção, como também já vimos em outras postagens.

Voltando às imagens, o MS Paint, que acompanha o Windows desde as mais priscas eras, é um excelente quebra-galho para quem não vai além de edições básicas e montagens despretensiosas. Criado em 1981 com o nome de Paintbrush e considerado o primeiro editor de imagens com ferramentas profissionais de alta precisão da história da informática, ele funciona como um bloco de desenho digital, onde é possível criar e editar imagens usando ferramentas como lápis, pincel, balde de tinta, borracha, etc., além de salvar os arquivos nos formatos mais comuns (.jpg, .gif, .bmp, .png, entre outros). Note, porém, que o programinha se sai melhor na criação de desenhos ou figuras, conquanto permita retrabalhar fotos e imagens “prontas”, que podem ser redimensionadas, giradas, invertidas, recortadas, mescladas, alongadas, etc. (para conhecer melhor seus recursos, clique aqui).

Se você realmente precisa de um editor de imagens residente e acha o Paint "fraquinho", procure conhecer o Gimp, o Paint.net ou o Photo Pos Pro. Para uso eventual, todavia, serviços na nuvem como o Pixlr, o FotoFlexer e o Photoshop Online são mais indicados, pois rodam diretamente do navegador, são fáceis de usar e proporcionam ótimos resultados.

Outra boa opção é o Phoenix, com sua interface baseada em Flash, conjunto de painéis atraentes e fáceis de usar e mais de 70 tutoriais organizados por nível de dificuldade, embora peque pela demora no upload das imagens. Mas não deixe de conhecer também o Canva ― ferramenta online e gratuita que se destaca por oferecer uma vasta gama de templates, boa parte dos quais focada em redes sociais.

O Canva oferece atalhos que agilizam a criação de imagens específicas para usar no Facebook, Twitter, Instagram, Google Plus, Pinterest, etc. Demais disso, basta clicar em qualquer elemento presente na área de trabalho para ter acesso a uma série de opções que, dentre outras coisas, permitem redimensionar, rotacionar e aplicar backgrounds de maneira fácil, rápida e intuitiva. Você tanto pode usar as imagens disponíveis na biblioteca do próprio serviço (mas note que nem todas são gratuitas) quanto retrabalhar fotos e figuras armazenadas no HD do seu computador, bastando para tanto fazer o upload para poder aplicar filtros, fazer recortes, ajustar brilho, saturação, contraste, e muito mais. Ao final, é só clicar em Download e salvar a figura no o diretório de sua preferência, ou então escolher a opção apropriada para compartilhar seu trabalho por email ou publicá-lo redes sociais.

Interessado? Então clique aqui e faça o cadastro (que consiste em informar um endereço de email e uma senha) ou faça o logon através do Face ou do G+. Para acessar um tutorial detalhado sobre os recursos oferecidos pelo Canva, siga este link (não há versão em português, somente em inglês e espanhol, mas dá para contornar o problema com a ajuda do Google Tradutor).

SOBRE O INDULTO DO EX-GUERRILHEIRO DE ARAQUE

JOSÉ DIRCEU DE OLIVEIRA E SILVA, o ex-guerrilheiro petralha que era considerado mentor intelectual do Mensalão até que a histórica coletiva de imprensa da Lava-Jato colocou os pingos nos ii e atribuiu a Lula Lalau essa grande honraria, havia sido julgado e condenado pelo STF, em 2012, a 7 anos e 11 meses de prisão em regime fechado. Em 2014, dois dias depois da reeleição da nefelibata da mandioca, ele passou a cumprir a pena em regime de prisão domiciliar ― por decisão do ministro Luís Roberto Barroso ―, mas voltou a ser preso em agosto de 2015 pela Lava-Jato, e sentenciado pelo juiz Sergio Moro a 23 anos e 3 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Dias atrás, com base no indulto natalino concedido a Dirceu em dezembro do ano passado pela nefelibata da mandioca, Barroso extinguiu a pena referente ao Mensalão. Cumpre salientar que o próprio juiz Moro ponderou que o petralha foi condenado por delitos praticados antes do início do cumprimento da pena do mensalão, e que Rodrigo Janot encaminhou em junho um novo parecer à Corte, desta vez favorável ao perdão a Dirceu. Assim, o ministro entendeu que o dito-cujo tem direito ao indulto relativo à pena do mensalão, conquanto tenha criticado o sistema de progressão de regime, apontando que após cumprimento “pouco relevante” da pena é possível conseguir o indulto.

O excesso de leniência privou o direito penal no Brasil de um dos principais papeis que lhe cabe, que é o de prevenção geral. O baixíssimo risco de punição, sobretudo da criminalidade de colarinho branco, funcionou como um incentivo à prática generalizada de determinados delitos”, escreveu Barroso, em sua decisão, além de ressalvar que “o sentenciado continuará na prisão em que se encontra [em Curitiba], tendo em vista que permanece em vigor decreto de prisão preventiva expedido pelo Juízo da 13ª Vara Federal da Seção Judiciária do Paraná”.

Na quinta-feira passada, o ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos da Lava-Jato no STF, indeferiu um pedido da defesa de Dirceu para ele fosse solto. Vale lembrar que o petralha completou 70 anos em março passado. Mesmo com a extinção da pena anterior, ele dificilmente viverá o bastante para cumprir integralmente a pena imposta pelo juiz Sergio Moro.

Era isso, pessoal. Abraços e até a próxima.

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terça-feira, 18 de outubro de 2016

SISTEMAS OPERACIONAIS ― Final (aleluia!!!)

O MUNDO NÃO ESTÁ AMEAÇADO PELAS PESSOAS MÁS, E SIM POR AQUELAS QUE PERMITEM A MALDADE.

Para finalizar esta novela, vale recapitular o que vimos sobre o processador com o auxílio de duas analogias que eu usei largamente nos meus primeiros escritos sobre TI, há quase 20 anos (muita água rolou por baixo desde então, é verdade, mas elas ainda cumprem sua função didática com maestria). 

A primeira compara o PC a uma orquestra, na qual o processador faz o papel de maestro, e salienta que uma boa apresentação não depende só de um regente competente, mas também de músicos qualificados, afinados e integrados entre si. Bons músicos podem até suprir ― ou disfarçar ― as limitações de um maestro chinfrim, mas não o inverso ― por mais que o maestro se descabele, a incompetência da equipe comprometerá inexoravelmente o concerto. Guardadas as devidas proporções, o mesmo se dá em relação ao PC, que depende de uma configuração equilibrada, com componentes adequados e bem dimensionados. Por exemplo, uma CPU de primeiríssima é subutilizada quando o subsistema de memórias é lento ― ou subdimensionado, situação em que a CPU passa a depender da memória virtual, que é baseada no HD (é como o disco rígido é milhares e milhares de vezes mais lento do que a RAM, a conclusão é óbvia).

Moral da história: mais vale um sistema equilibrado com uma CPU mediana do que um maestro de altíssimo gabarito regendo uma orquestra composta por elementos desafinados e mal-ajambrados.

A segunda analogia visa facilitar o entendimento da dinâmica entre o processador, as memórias e o disco rígido. Vamos a ela: Imagine o PC como um escritório, e a CPU como um funcionário extremamente diligente, mas sem iniciativa própria. Durante o expediente, esse hipotético funcionário atende a telefonemas, recebe e transmite informações e instruções, elabora cartas e relatórios, responde e-mails, e por aí afora ― tudo quase ao mesmo tempo. No entanto, se algum elemento indispensável ao trabalho não está sobre a mesa, nosso pobre e assoberbado colaborador perde um bocado de tempo escarafunchando gavetas abarrotadas e estantes desarrumadas (quem mandou você não desfragmentar seu disco rígido?). E a situação fica ainda pior quando ele tem de abrir espaço na mesa (já atulhada) para acomodar outros livros e pastas, sem mencionar que, depois, precisa arrumar tudo de novo antes de retornar à tarefa interrompida (aos desatentos, vale frisar que a escrivaninha corresponde à memória cache; as gavetas à RAM; as estantes ao HD e a "abertura de espaço" à memória virtual).

Antes de encerrar, cabem mais algumas considerações:

No caso dos computadores pessoais, que é o que mais nos interessa, o SO fica gravado na memória de massa do sistema computacional (HD ou SSD) e dali é carregado para a RAM quando o PC é ligado, depois que o BIOS realiza o boot e outras tarefas de inicialização. Claro que ele não é carregado inteiro — ou não haveria espaço que chegasse —, mas dividido em páginas (pedaços do mesmo tamanho) ou segmentos (pedaços de tamanhos diferentes), que são transferidos para a memória e devolvidos para o disco, conforme as necessidades.

Na pré-história da computação pessoal, as máquinas não tinham sistema operacional, devendo ser programadas pelo usuário para executar as tarefas ― coisa que exigia conhecimentos avançados e, consequentemente, desestimulava o uso de computadores por quem não fosse “do ramo”. Mas o DOS facilitou enormemente esse trabalho, embora ainda fosse um sistema primário e difícil de operar (se comparado com as versões mais recentes do Windows e outros sistemas concorrentes, como o Linux e o Mac OS). Ainda assim, sua interface baseada em linha de comando exigia a memorização de um vasto leque de combinações de letras, símbolos, números e acrônimos que obedeciam a uma sintaxe pré-definida, e bastava um erro de digitação para a instrução não ser acatada e o sistema exibir uma mensagem de erro ou de comando inválido. Um tormento!

Atualmente, os sistemas operacionais (e muitos aplicativos, por que não dizer) são obras de engenharia computacional compostas por milhões de linhas de código ― o Seven, têm 40 milhões de linhas; o Office 2013, cerca de 50 milhões; e o Mac OS X “Tiger”, quase 90 milhões ―, o que aumentou barbaramente o consumo de recursos de hardware (sobretudo no que concerne a poder de processamento e espaço nas memórias física e de massa), mas a evolução tecnológica fez a sua parte: enquanto os PCs do final dos anos 90 contavam com 4 ou 8 MB de memória e algumas dezenas de MB de espaço no HD (isso mesmo, MEGABYTES), qualquer máquina atual, mesmo de entrada de linha, já conta com 2, 3 ou mais GIGABYTES de RAM e 500GB a 1TB de espaço em disco.

Observação: A título de curiosidade, o Windows, em suas primeiras edições, era disponibilizado em disquetes de 1.44 MB (13 disquinhos no Win95, se não me falha a memória). Com a popularização das leitoras de mídia óptica, todavia, tanto ele quanto os aplicativos comerciais passaram a ser fornecidos em CDs e, mais adiante, em DVDs. Afinal, seriam necessários cerca de 2.100 disquetes para abrigar os arquivos de instalação do Windows 7 ― imagine a trabalheira e o tempo necessário à instalação do sistema a partir deles disquinhos ―, e bastaria um disquinho embolorar ou desmagnetizar para comprometer todo o conjunto.

Para encerrar, resta dizer que os sistemas operacionais modernos devem muito a dois pioneiros: Unix ― “pai” das distribuições Linux e primeiro sistema multitarefa, multiusuário e direcionado à computação em rede ―, que foi criado por Ken Thompson para uso pessoal e aprimorado posteriormente nos laboratórios da BELL e da AT&T, nos anos 1970; e o XEROX PARK, responsável por diversas evoluções tecnológicas de grande impacto na indústria da computação, dentre as quais a interface gráfica e o uso do mouse (mesmo assim, os computadores da Xerox fossem um retumbante fracasso comercial, sobretudo pelo preço elevado e por não usarem processadores padrão).

LULA E SUA CAPIVARA

A “capivara” (jargão policial para folha corrida) de Lula não para de crescer. Além de réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e tentativa de obstrução da Justiça, o petralha foi denunciado também por participação em organização criminosa. Uma ficha e tanto.
Na denúncia apresentada na semana passada, o dito-cujo carcará é acusado pelo MPF de ter cometido crime de lavagem de dinheiro nada menos que 44 vezes, conforme relatou O Globo.

As falcatruas remetem a operações de empréstimos do BNDES para financiar obras da Odebrecht no exterior, notadamente em Angola, com contratos fraudulentos que, segundo O Estado, podem chegar a R$ 30 milhões, dos quais R$ 4 milhões podem ter ido parar no bolso da “alma viva mais honesta do Brasil”.

As denúncias foram divididas em dois blocos: uma parte apura ilícitos cometidos quando o lalau já havia deixado a Presidência da República ― época em que teria praticado crime de tráfico de influência ―, e a outra quando ele ainda ocupava o cargo ― crime de corrupção passiva. A nova denúncia carrega os mesmos traços das investigações anteriores, além de envolver parentes de Lula no recebimento de benefícios ilícitos e uso de estruturas do Estado, em especial as polpudas linhas de financiamento do BNDES, para encher os bolsos do petralha e de sua família.

Desta vez, o artífice das maracutaias é o “sobrinho torto” Taiguara Rodrigues dos Santos, e até plano de saúde de um irmão de Lula pode ter entrado na conta da propina. As novas irregularidades ora investigadas pelo MP vão tão longe que o BNDES decidiu alterar seus procedimentos referentes a financiamentos no exterior, suspendendo repasses de US$ 4,7 bilhões relacionados a contratos de empreiteiras em nove países, como Cuba, Venezuela e Angola. Na lista do Banco, estão 25 operações que podem ter funcionado como sorvedouro de dinheiro público nos governos do PT. O valor envolvido representa quase metade da carteira de exportação de serviços da instituição ― segundo o TCU, das operações feitas nos últimos dez anos, 82% foram direcionadas à Odebrecht.

Foi nesta montanha de dinheiro que Lula nadou de braçada e agora corre o risco de se afogar, sufocado por sua prodigiosa “capivara”.

Era isso, pessoal. Agradeço a paciência e espero que tenham gostado.

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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

AINDA SOBRE O SISTEMA OPERACIONAL (parte 5)

MEGLIO VIVERE UN GIORNO DA LEONE CHE CENT'ANNI DA PECORA.

Como eu disse anteriormente, uma das grandes limitações do MS-DOS era a monotarefa, e como o Windows era inicialmente uma interface gráfica baseada nesse jurássico sistema, era comum a gente mandar um arquivo para a impressora, p.ex., e ir tomar um cafezinho, pois uma nova tarefa só poderia ser iniciada depois que a anterior fosse concluída.

Isso viria a mudar no festejado Win 95 ― considerado por muitos como o “pulo do gato” da Microsoft. A partir dessa edição, o Windows não só se tornou um sistema operacional autônomo, como também passou a suportar a multitarefa real. No entanto, as memórias custavam caríssimo naqueles tempos, e maioria dos PCs vinha de fábrica com poucos megabytes de RAM. Assim, mesmo que Windows já fosse capaz de manipular múltiplas tarefas ao mesmo tempo, quem não podia investir num upgrade de RAM era bombardeado com recorrentes mensagens de memória insuficiente ― nesse caso, ou a gente encerrava todos os aplicativos que não eram indispensáveis naquele momento, ou o sistema capengava a passos de lesma (isso quando não travava e precisava ser reiniciado).

Observação: O Windows foi se “desligando” progressivamente do DOS ao longo das edições 9x/ME, mas o cordão umbilical só foi mesmo cortado a partir da edição XP ― que foi lançada em outubro de 2001 e deixou de ser suportada pela Microsoft em abril de 2014, mas ainda está presente em quase 6% dos computadores do mundo inteiro, inclusive nos caixas eletrônicos dos Bancos.

Enfim, o século XX terminou, o novo milênio começou e a evolução tecnológica fez a sua parte, aprimorando a multitarefa a tal ponto que hoje podemos navegar na Web enquanto baixamos emails no Outlook, redigimos documentos no Word, imprimimos tabelas do Excel, desfragmentamos o HD e varremos o sistema com o antivírus, p. ex. Mas convém não abusar, já que quanto maior for o número de tarefas executadas simultaneamente, tanto pior será o desempenho do sistema como um todo.

A multitarefa se divide em cooperativa e preemptiva, sendo a segunda mais vantajosa, porque as tarefas recebem atenção do processador em slices (fatias de tempo). Quando esse tempo se esgota, o processador salva o status da tarefa (para poder retomá-las mais adiante), alterna para outra, e assim sucessivamente. Note que, ao contrário do que ocorre na modalidade cooperativa, nenhuma aplicação consome todos os recursos, e o eventual travamento de um processo não “contamina” o sistema como um todo; via de regra, basta encerrar o aplicativo malcomportado para continuar usando o computador normalmente.  Note também que multitarefa e multiprocessamento são conceitos distintos, como veremos isso em detalhes no próximo capítulo (com o qual, se tudo correr bem, encerraremos esta interminável novela). 

E como hoje é sexta-feira:



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quinta-feira, 6 de outubro de 2016

SOBRE SISTEMAS OPERACIONAIS

AS PESSOAS QUE SÃO LOUCAS O SUFICIENTE PARA ACHAR QUE PODEM MUDAR O MUNDO SÃO AQUELAS QUE O MUDAM.

A despeito de ser o “software-mãe” do PC (ou do tablet, ou do smartphone, que, como já vimos, nada mais são do que computadores “ultra portáteis”), o sistema operacional é um programa de computador como outro qualquer. Ou quase isso, como veremos no decorrer desta matéria.

Um computador é composto por dois segmentos distintos, mas interdependentes e complementares: o hardware e o software. O primeiro corresponde aos componentes "físicos" ― gabinete e seus componentes internos, teclado, mouse, monitor de vídeo, etc. ― e o segundo, ao sistema operacional e demais aplicativos e utilitários (*). Numa definição “engraçadinha”, hardware é aquilo que a gente chuta, e software, o que a gente xinga.  

No âmbito da informática, o termo “programa” designa conjuntos de instruções em linguagem de máquina que nos permitem operar o computador. O sistema operacional se encaixa nessa definição, mas por ser responsável pelo gerenciamento do hardware, pelo suporte aos aplicativos e pela execução de uma vasta gama de tarefas essenciais ao funcionamento da máquina como um todo, sua importância é diferenciada. Em última análise, podemos dizer que, sem um SO, um computador não passa de “um corpo sem alma”, um conjunto de peças sem qualquer utilidade prática.

Observação: Os aplicativos são softwares que se destacam pela interface amigável, por serem capazes de gerar arquivos que podem ser salvos e por auxiliarem o usuário a executar tarefas específicas no computador. Por exemplo, para escrever um texto, usamos um processador de textos (como o famoso MS Word), para trabalhar com fotos e figuras, recorremos a um editor de imagens (como o festejado Photoshop), para navegar na Web, utilizamos um browser (como o popular Google Chrome), e assim por diante. Já os utilitários são ferramentas, digamos assim, que usarmos para realizar outras tarefas, como a compactação de arquivos e rotinas de manutenção. No mais das vezes, eles fazem parte de outros programas ou são componentes nativos do próprio sistema (caso das ferramentas administrativas do Windows, por exemplo).  

O Windows foi criado pela Microsoft no início da década de 80 e vem sendo aprimorado ao longo de suas várias edições. Ele não foi o primeiro e tampouco é o único sistema para computadores pessoais, mas é, sem dúvida alguma, o mais bem-sucedido (as versões XP e posteriores, somadas, dominam quase 80% do mercado, quando o festejado Mac OS, da Apple, mal chega a 10%). Até o lançamento da edição 95, o Windows era apenas uma interface que rodava no MS-DOS ― esse, sim, o primeiro SO criado pela Microsoft. Ou quase, porque quando a IBM resolveu lançar sua versão de computador pessoal e encomendou o sistema à Microsoft ― que até então jamais tinha desenvolvido um software dessa magnitude ―, Bill Gates comprou o QDOS de Tim Paterson por US$50 mil, adaptou-o ao hardware da IBM e mudou o nome para MS-DOS.

O acrônimo DOS (de Disk Operating Disk) integra o nome de diversos sistemas operacionais ― como o Free DOS, o PTS-DOS, o DR-DOS, etc. ―, mas o mais emblemático foi mesmo o MS-DOS. Esse sucesso foi fundamental para o desenvolvimento da Microsoft e crescimento da fortuna pessoal de Gates, que hoje, segundo a Forbes, é de quase US$ 90 bilhões. Mas isso já é outra história.

Amanhã a gente complementa.

CHEGA DE PRAZOS!

Uma postagem publicada anteontem no site O Antagonista, sob o título CHEGA DE PRAZOS, relembra que, em agosto, Edson Fachin concedeu mais prazo para a defesa de Renan Calheiros se manifestar sobre denúncia apresentada pela PGR (na oportunidade, disse também o ministro que já nem sabe quem é o advogado do senador, que, ao longo do inquérito, trocou de representante nada menos que 17 vezes). Sobre esse assunto, em documento enviado ao STF, Rodrigo Janot escreveu o seguinte: “A conclusão lógica, portanto, é de que a presente causa está pronta para deliberação, pelo Pleno dessa Corte, acerca da admissibilidade da acusação formulada pelo Ministério Público. Por tais razões, vale destacar que não é necessária a reabertura de novo prazo para defesa se manifestar, uma vez que esta já teve oportunidade de apresentar todos os seus argumentos de que dispunha”.

Observação: Eu já havia concluído a composição deste texto quando soube pelo JN que Fachin liberou para o julgamento em plenário a denúncia contra Renan Calheiros. Ainda não há data marcada para o julgamento e é pouco provável que ele ocorra em outubro, porque a ministra Cármen Lúcia já definiu a pauta do mês. Todavia, se o plenário acolher a denúncia, o que é a hipótese mais provável, o presidente do Senado será promovido a réu ― vale lembrar que ele responde a outros dez inquéritos no STF, sendo sete na Lava-Jato ― e poderá ser excluído da linha sucessória da Presidência da República (na ausência do presidente da República, assume o vice e, na sequência, os presidentes da Câmara, do Senado e o do STF, nessa ordem). A Rede questionou a validade da linha sucessória para autoridades que respondem a ação penal, mas a questão ainda não foi julgada pelo tribunal.

Na mesma linha eminentemente protelatória, a defesa do ex-presidente petralha e digníssima senhora pediram ao juiz Sergio Moro a dilação do prazo para sua defesa prévia (prazo esse que termina na próxima sexta-feira, 7), argumentando que os procuradores do MPF tiveram 55 dias para analisar as mais de 16 mil páginas de documentos anexados à denúncia, e que, portanto, postulando isonomia de tratamento.

Observação: Vale relembrar que o Ministério Público Federal denunciou Lula, Marisa e outras seis pessoas, e que, de acordo com o procurador Deltan Dallagnol, as provas apresentadas não deixam dúvidas de que o ex-presidente era “o comandante máximo do esquema de corrupção identificado na Lava Jato”.

O pedido dos advogados do molusco abjeto não rebate em nenhum momento as acusações do MPF ― aliás, seus defensores insistem em dizer que não reconhecem a imparcialidade do juiz Sérgio Moro e dos procuradores que ofereceram a denúncia. Resta agora aguardar a decisão do magistrado.

Nesse entretempo, a despeito da pressão dos aliados para que assuma o comando do PT e seja alçado à presidência nacional do partido, Lula defende “uma cara nova” para o lugar de Rui Falcão e sugere o nome de Jaques Wagner ― até porque, de acordo com a Folha, o petralha está mais preocupado com sua defesa na Lava-Jato e em elaborar “um novo projeto para a esquerda do país”. Tempo não lhe faltará quando estiver “gozando longas férias” no Complexo Penal de Pinhais, em Curitiba. E viva o juiz Sérgio Moro!

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terça-feira, 4 de outubro de 2016

DICAS PARA USAR SEU IPHONE7

A MORTE É A MAIS FIEL DAS COMPANHEIRAS, POIS PERMANECE AO NOSSO LADO A VIDA TODA E NOS LEVA QUANDO TEM DE LEVAR.

Ainda sobre o iPhone7 ― que, vale lembrar, não chegou oficialmente ao Brasil e tampouco teve seu preço definido pela Apple ―, é grande o número de fãs da marca da Maçã que já compraram a novidade no exterior ou via e-commerce em sites de vendas internacionais, ou que aproveitaram a redução do preço da modelo anterior para realizar seu tão acalentado sonho de consumo. Em sendo o seu caso, tenha em mente que, antes de começar a se divertir com o “brinquedinho novo”, é recomendável adotar algumas medidas importantes.

Antes de prosseguir, cumpre mencionar que o iPhone7 mantém o mesmo design de seu predecessor, mas é oferecido também numa nova cor ― Jet Black, que só contempla as opções mais caras ― e traz sua face traseira mais “clean”, agora que as “antennas brand” foram reposicionadas na parte superior da carcaça. O botão “home” não foi modificado esteticamente, mas passou a dar acesso a uma série de funcionalidades “force touch”. Além disso, o aparelho se tornou mais resistente a umidade e poeira, podendo ser usado debaixo de chuva e até mesmo saindo ileso de um banho acidental ― quando cai na bacia do sanitário, por exemplo. Embora não seja recomendável entrar com ele no mar ou na piscina, houve quem o mergulhasse ― sem maiores problemas ― em Coca-Cola gelada e em água fervente (para conferir esses testes, clique aqui e aqui). Os sensores ópticos da câmera mantiveram a resolução máxima de 12 MP, mas o processador 60% mais veloz e 30% mais eficiente permite capturar imagens em 25 milissegundos. A estabilização óptica passou a contemplar também os modelos de entrada, embora sejam as mais caras que reúnem as grandes novidades ― como sistema de lentes duplas, zoom óptico e suporte à criação de efeitos de profundidade de campo. A exibição de cores também foi aprimorada, e o brilho oferece 25% mais de luminosidade. Os conectores para fones de ouvido foram suprimidos, mas quem não quiser comprar os caros fones wireless pode se valer do conector “lightning”, que permite utilizar fones convencionais mediante um adaptador incluso no kit do aparelho. Novos processadores com quatro núcleos ― sendo dois de alto desempenho e dois designados às funções de alta eficiência — proporcionam mais eficiência com menor consumo de energia ― segundo a Apple, os chips têm poder de processamento central e gráfico maior (40% e 50%, respectivamente, em comparação com os da geração anterior) e aumentam em 20% a autonomia da bateria. Por último, mas não menos importante, as versões de 16 GB foram descontinuadas; agora, as opções são de 32/64/128 GB, e 256 GB na versão de topo de linha.

Dito isso, vejamos algumas configurações sugeridas pelo pessoal da Aissesoft

Para ligar e desligar o iPhone7, basta deslizar o dedo na tela em direção à direita e seguir as instruções, mas é recomendável configurar o Touch ID ― mediante o qual o aparelho reconhece a impressão digital do dono e permite criar um código para proteger tanto os dados pessoais como o serviço Apple Pay.

Se você dispõe de um ID da Apple, basta introduzi-lo junto com sua senha (se você esqueceu a senha ou está migrando para o iPhone a partir de um celular baseado no sistema Android, recorra ao link que é exibido na tela, logo abaixo dos campos de acesso).

Para transferir seus arquivos do iPhone antigo para o novo, basta usar o backup do iCloud ― para isso, você deve fazer o login com o ID da Apple nas configurações iniciais, selecionar o backup do qual deseja recuperar os arquivos e manter a conexão Wi-Fi ativa até que o processo seja concluído. Não obstante, devido ao limite de 5 GB para as contas gratuitas do iCloud, a Aissesoft sugere usar o FoneTrans, que transfere contatos, fotos e outros tipos de arquivos. Note que, para evitar a perda de dados no novo iPhone e poder contar sempre com o backup do iCloud, é importante configurá-lo desde o primeiro momento ― para isso, no menu Ajustes, selecione a opção iCloud e, em seguida, Backup.

Observação: No caso de o aparelho antigo ser baseado no sistema Android, o melhor é recorrer ao FoneCopy, que permite transferir os arquivos (fotos, vídeos, notas de voz, playlists, etc.) de forma simples, rápida e prática (mesmo que o aparelho antigo esteja danificado). Embora a Apple ofereça um app para esse fim, seu funcionamento é precário ― tanto é que a maioria dos usuários o avalia com apenas uma estrela no Google Play.

Sem prejuízo do que já foi falado aqui no Blog sobre a importância de apagar definitivamente arquivos confidenciais/pessoais antes de vender ou doar um Smartphone usado, fica aqui a sugestão de recorrer ao FoneEraser, que destrói os dados de forma simples e rápida, torando-os irrecuperáveis até mesmo pelos bisbilhoteiros mais obstinados.

AINDA SOBRE AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS


Conforme eu adiantei no post anterior, Sampa se livrou da “ameaça vermelha” e do incomodativo horário eleitoral obrigatório ― que, no segundo turno, reserva ainda mais tempo para os candidatos torrarem a paciência dos eleitores com suas promessas vazias e trocas de acusações que... enfim, ninguém merece.

A vitória do tucano à prefeitura de São Paulo ainda no primeiro turno pegou todo mundo de surpresa. Primeiro, porque o franco favorito, até poucos dias atrás, era o dublê de deputado e apresentador de TV Celso Russomanno. Segundo, porque este município nunca elegeu um prefeito no primeiro turno ― vale lembrar que as eleições majoritárias em dois turnos foram implementadas em 1992. Terceiro, porque, o “cavalo paraguaio” (bom de largada, mas sem pique para manter a liderança no decorrer da prova) acabou ficando atrás até mesmo do campeão em rejeição ―, que conseguiu 16,7% dos votos válidos, contra 13,6% de Russomanno (as ex-petistas convertidas Marta e Erundina receberam pouco mais de 10% e 3% dos votos válidos, respectivamente). Quarto, porque, com exceção de Doria, nenhum de seus adversários conseguiu superar o índice de abstenções, votos brancos e nulos, que somaram 34,7% o maior desde 2000.

Como eu comentei anteriormente, a eleição do tucano foi uma bofetada nos petistas, já que capitalizou politicamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que agora é visto como candidato virtual à presidência em 2018. Demais disso, o partido de Lula perdeu mais da metade das prefeituras que tinha em 2012, caindo da 3ª posição (com 630) para a 10ª no ranking (com 256). Nas capitais, a fação criminosa só conseguiu eleger um assecla em Rio Branco (AC) e levar outro ao segundo turno no Recife (PE) ― estado natal de certo ex-presidente petralha ―, ao passo que o PSDB se elegeu 2 prefeitos (São Paulo e Teresina) e levou 8 para o segundo turno.

Observação: Nos 645 municípios paulistas, o PT conseguiu eleger candidatos a prefeito em apenas 8 ― contra 72 na eleição passada. Nas 14 cidades que terão segundo turno, apenas duas, Santo André e Mauá, terão candidatos da legenda na disputa.

Essa derrocada vermelha se deve em grande parte ao desgaste que o partido da estrela vermelha sofreu por conta das investigações da Lava-Jato e do impeachment de Dilma. Aliás, falando na mulher sapiens, vale relembrar que, tão logo foi notificada pelo Senado da sua deposição, ela mexeu os pauzinhos para apressar sua aposentadoria e assim embolsar mais R$ 5.189,82 mensais do INSS ― embora vá nos custar mais de R$ 1 milhão por ano em salários de ex-presidente e verba para bancar os 8 assessores a que tem direito, além de dois carros oficiais com combustível e manutenção pagos pelos contribuintes. Doria, por seu turno (sem trocadilho), promete doar o salário de prefeito (que é de consideráveis R$ 24 mil mensais) para instituições de caridade. Como se vê, há pessoas e pessoas, políticos e políticos, e por aí vai.

Resumo da ópera: Fomos poupados de um segundo turno tão virulento quanto o das eleições presidenciais de 2014. Quando Vila Olímpia e Vila Madalena se preparavam para um confronto apocalíptico, a periferia decidiu a questão, rejeitando o alcaide petralha e optando pelo empresário tucano. Para alguns, o segundo turno seria desejável (?!), pois permitiria aprofundar a discussão dos problemas da cidade pelos candidatos remanescentes. Eu, particularmente, fiquei feliz com o resultado. A uma, porque o egum vermelho foi exorcizado de vez; a duas, porque já não aguentava mais a propagando política, com as indefectíveis trocas de acusações e as absurdas propostas de soluções mágicas nas quais, convenhamos, só mesmo sendo trouxa para acreditar.

A população paulistana quer um governo que funcione, que entregue os serviços que cobra antecipadamente através dos escorchantes impostos e que jogue uma pá de cal sobre o ranço petista que demoniza a iniciativa privada e o mercado. Haddad talvez tivesse se dado melhor se se desligasse do PT, mas não quis, embora tenha tido oportunidade de fazê-lo. Na câmara municipal, surgiu uma luz no fim do túnel: o PN, sem fazer coligações e usar o fundo partidário na campanha, elegeu Janaína Lima, uma das líderes do VEM PRA RUA. Parece pouco, quase nada, mas já é o primeiro passo.

Resta agora esperar os tradicionais primeiros 100 dias da gestão do novo prefeito, que se diz não político, mas administrador ― ou gestor, para usar o termo que parece mais agradar ao tucano ― para conferir o resultado. O recado foi dado, como também o voto de confiança; a resposta, em caso de fracasso, será impiedosa.

Por hoje é só, pessoal. Abraços e até mais ler. 

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