sexta-feira, 6 de junho de 2025

ANDROID — MAIS DICAS

NÃO HÁ NADA TÃO DESPREZÍVEL QUANTO O RESPEITO BASEADO NO MEDO.

Em um cenário onde mais de 3 bilhões de smartphones rodam o Android — só no Brasil, o robozinho verde está presente em 85% dos 220 milhões de aparelhos —, muitos usuários desconhecem algumas funcionalidades ocultas que podem otimizar sua interação com o sistema.


Um dos recursos muito úteis, mas pouco conhecidos, é o Modo Desenvolvedor, que dá acesso a uma série de opções avançadas. Para ativá-lo, toque em Configurações (ícone da engrenagem), role a tela até encontrar a opção Sobre o telefone (ou Sobre o dispositivo) e toque repetidamente em Número da versão até que uma mensagem informe que o Modo Desenvolvedor foi ativado. Feito isso, volte ao menu de Configurações e acesse Opções do desenvolvedor para explorar recursos como escala de animação, depuração USB e muito mais.


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Quem não aprende com os próprios erros está fadado a repeti-los. É o caso do ministro Haddad, que busca novas fontes de recursos para servir a um presidente populista e avesso a cortes de gastos. Não por acaso, a mesma sanha arrecadatória que motivou a tentativa de ampliação do monitoramento do Pix — cancelada devido à pressão popular — volta à tona com o aumento do IOF. 
Visando dissuadir os presidentes da Câmara e do Senado de derrubarem o decreto presidencial, Haddad argumentou que a rejeição da medida deixaria o governo numa posição delicada do ponto de vista do funcionamento da máquina pública. 
Neste famigerado Lula 3, que só não é pior do que seria um Bolsonaro 2, enquanto a marionete faz o Estado brasileiro refém, o titereiro segue prometendo benesses eleitoreiras e pressionando o Congresso a endossá-las. 
Nossos parlamentares estão longe de ser um exemplo de rigor fiscal, mas dificilmente se prestarão a servir de trampolim para Lula, que, no afã de recuperar sua popularidade, age como Dilma agiu em busca da reeleição. 
A solução estaria nas urnas se nosso patético eleitorado não insistisse em repetir a cada dois anos, por estupidez, o que Pandora fez uma única vez, por curiosidade.
Triste Brasil.


O Android também possui funções ocultas de segurança, como a Fixação de Apps, que restringe o acesso a um único aplicativo específico quando outra pessoa precisa usar temporariamente o aparelho. Para ativá-la, toque em Configurações > Segurança e privacidade > Mais segurança e privacidade, habilite a opção Fixação de apps e escolha o aplicativo que você quer fixar. Para desativar, pressione e segure os botões de Voltar e Visão Geral simultaneamente.


Outros recursos interessante são o Smart Lock, que mantém o aparelho desbloqueado em determinadas situações — como quando você está em casa ou conectado a um dispositivo Bluetooth confiável, por exemplo —; o Google Assistente — que pode ser ativado por comando de voz e permite realizar tarefas como enviar mensagens, definir lembretes e buscar informações rapidamente —; e o Modo de Economia de Dados — que reduz o consumo de dados móveis. 


Para ativar o Smart Lock, toque em Configurações, selecione a opção Tela de bloqueio (ou Segurança), escolha a opção Smart Lock, confirmar a senha de bloqueio de tela, selecione o tipo de bloqueio desejado e siga as instruções na tela. Para ativar a Economia de dados, toque em Configurações > Rede e Internet > Uso de dados > Economia de dados. Para usar o Google Assistente (ou o Gemini, melhor dizendo), basta falar OK GOOGLE e, em seguida, dizer ao assistente o que você quer que ele faça. 


Conhecer e usar essas funções ocultas pode incrementar a segurança, melhorar a produtividade ou simplesmente explorar novas possibilidades, adaptando o sistema a suas necessidades e preferências pessoais. Por outro lado, mesmo que tudo seja reversível no âmbito do software, há casos em que a reversão exige reverter o aparelho às configurações de fábrica, de modo que convém usar esses recursos com moderação.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

O PAÍS DA CORRUPÇÃO — O POST SCRIPTUM DA DESILUSÃO

EXISTEM MAIS GALINHAS COM DENTES DO QUE PESSOAS DE BEM NA POLÍTICA.

Em 1889, um golpe de Estado (o primeiro de muitos) extinguiu a monarquia constitucional parlamentarista do Império e instituiu o presidencialismo republicano. A partir de então, o Brasil teve sete Constituições. 

As Cartas de 1946, 1967 e de 1988 admitiam a reeleição para o cargo de presidente, mas o retorno só era possível após o mandato de outro presidente. Durante o discurso de promulgação da Carta de 1988, o então presidente da Câmara salientou que ela não era perfeita, como ela própria o confessava ao admitir a possibilidade de reforma. De fato: nas três décadas seguintes, seis emendas constitucionais de revisão e 135 ordinárias transformaram a "Constituição Cidadã" numa verdadeira colcha de retalhos.

Embora a tradição constitucional brasileira buscasse evitar a perpetuação no poder, o então presidente Fernando Henrique, picado pela mosca azul, moveu mundo$ e fundo$ em prol da aprovação da PEC da Reeleição. A proposta reduziu o mandato presidencial de cinco para quatro anos e passou a permitir um segundo período consecutivo (um terceiro só pode ser disputado após um intervalo de quatro anos). Como quem parte, reparte e não fica com a melhor parte é burro ou não tem arte, o tucano de plumas vistosas se reelegeu em 1998, derrotando Lula já no primeiro turno.

De todos os presidentes eleitos pelo voto popular desde a redemocratização, FHC talvez tenha sido o “menos pior”, ainda que o escândalo da compra de votos das “marafonas da Câmara” tenha manchado seu currículo e escancarado o uso da máquina pública para fins de autopreservação política. Para o bem ou para o mal, ele inaugurou a lista dos presidentes reeleitos, da qual somente Bolsonaro ficou de fora (lembrando que Itamar e Temer foram vices promovidos a titulares). 

Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente desde 1960 — e também o primeiro a sofrer impeachment. Dilma foi a segunda penabundada, mas acabou recompensada por Lula com a presidência do Banco do BRICS (com salário anual de meio milhão de dólares) e anistiada politicamente pela Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Além do perdão, madame recebeu uma indenização de R$ 100 mil e um pedido de desculpas feito em nome do Estado brasileiro pela presidente da comissão. Só falta agora seu criador e mentor ser canonizado em vida.

No último dia 21, a CCJ do Senado aprovou o fim da reeleição para os cargos de prefeito, governador e presidente da República. Se for chancelada pelo plenário e chancelada pela Câmara, a proposta representará uma mudança significativa não apenas na percepção dos parlamentares, mas também da população, que não vê com bons olhos a perspectiva de Lula, à frente de um governo tão populista quanto impopular, disputar um quarto mandato.

Em 1997, a popularidade de FHC contribuiu para que as críticas à PEC da Reeleição se restringissem a parte da imprensa e meia dúzia de analistas políticos. Todavia, sem novos coelhos para tirar da velha cartola, não conseguiu emplacar seu sucessor. Lula derrotou Serra em 2002 e, a despeito do escândalo do mensalão, venceu Alckmin em 2006 e escalou Dilma para manter aquecida a poltrona que ele queria reconquistar em 2014. Mas a cria pegou gosto pelo poder e, cumprindo a promessa de fazer o diabo para se reeleger, derrotou Aécio em 2010 (por uma margem apertada de 3% dos votos válidos). 

Sem o escudo da Presidência, Lula acumulou duas dúzias de processos criminais, foi condenado em julho de 2017, preso em abril de 2018, solto em novembro de 2019, reabilitado politicamente por togas camaradas e brindado com um inédito terceiro mandato em 2022. No entanto, mesmo torrando bilhões em medidas populistas e nitidamente eleitoreiras, sua aprovação despencou — e deve cair ainda mais devido ao esquema de fraudes no INSS.

Entre outros motivos para rejeitar a reeleição estão o uso da máquina pública em período de campanha e a necessidade de renovação nos quadros políticos. Mas o maior culpado pelo processo que está tramitando no Congresso é o próprio Lula, que terá 81 anos em 2026 (se ainda estiver caminhando entre os vivos, naturalmente) e, mesmo assim, insiste em forçar mais uma candidatura.

Negar o óbvio, vestir os fatos com a roupagem brilhante das versões e dar piruetas para defender o indefensável se tornaram práticas comuns na política tupiniquim. Cito como exemplo o contorcionismo de Bolsonaro (por desespero), de seus advogados (por dinheiro), de seus correligionários (por conveniência) e de seus apoiadores (por terem menos miolo que um pão francês).

Outro exemplo é a tentativa do governo de empurrar com a barriga a instalação de uma CPI para investigar as fraudes no INSS. A ideia é que o avanço das investigações e uma fórmula mágica para devolver o dinheiro às vítimas tornem a CPI desnecessária. Mas a demora resultará apenas na mudança do nome da encrenca, que passará a se chamar CPI da Sucessão

Para completar, em menos de 24 horas. numa bola dividida desnecessária, Haddad desmentiu seu número dois ao negar que tivesse discutido a elevação do IOF com o presidente do Banco Central. Apenas seis horas depois do anúncio, a meia-volta foi enfiada às pressas numa postagem no Xwitter. Na manhã seguinte, o ministro voltou ao centro do picadeiro para explicar que o recuo se deveu a uma “necessidade técnica”.

Por sorte dessa choldra, os eleitores repetem a cada dois anos, por cegueira mental, o que Pandora fez uma única vez, por curiosidade. Não fosse assim, estariam todos na fila do auxílio-desemprego.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

MAIS PROTEÇÃO NO WHATSAPP

SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Com quase 3 bilhões de usuários, o WhatsApp é o app de mensagens mais usado em mais de 100 países — da América Latina à Europa, passando por boa parte da África e da Ásia. 

Ativada por padrão, a criptografia de ponta a ponta garante que só o remetente e o destinatário tenham acesso às mensagens. Para reforçar ainda mais a segurança, a Meta lançou a “Privacidade Avançada da Conversa”, que bloqueia o repasse de conteúdo para fora do chat — como exportação de mensagens, downloads e até o acionamento da Meta IA

O recurso funciona em grupos e conversas individuais, mas precisa ser ativado manualmente (bastas tocar no nome da conversa e acessar a opção correspondente).

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Pior do que o bolsonarismo primário é o bolsonarismo inocente de Tarcísio de Freitas, que aceita bovinamente todas as alegações de Bolsonaro a seu próprio respeito e concorda com a tese de que tudo o que está na cara não passa de conspiração do sistema contra um democrata injustiçado. 
À luz da desfaçatez criminosa de Bolsonaro e de seu sucesso entre aqueles que rezaram para pneus e pediram intervenção militar defronte aos quartéis, o fato de os "bolsomínions raiz" tratarem seu ídolo como perseguido político não causa estranheza. Estranho mesmo é Tarcísio e seus apoiadores do Centrão, intimados pelas circunstâncias a escolher entre o capetão e a democracia, optarem pelo cinismo — mesmo sabendo que, para a direita nacional, o "mico" vale mais na tranca do que solto. A questão é saber se a hipotética eletricidade do preso vale o curto-circuito do indulto que o hoje governador paulista teria de assinar se chegasse à Presidência. 
Juridicamente, testemunhos como o de Tarcísio têm serventia nula para Bolsonaro, pois desconversa não apaga fatos. Politicamente, o conservadorismo hipoteticamente sensato do vassalo beija a morte sem a garantia de que seu nome estará no inventário político do suserano. Caso nao esteja, ele terá sujado sua biografia com o golpismo a troco de nada. Enfim, cada um escolhe a corda com que quer se enforcar.


As chaves de acesso são outro avanço importante, pois oferecem proteção mais robusta contra golpes como o SIM swapping — em que criminosos assumem o número da vítima para interceptar o código de verificação por SMS. Com uma chave de acesso, a autenticação é feita direto no aparelho — por impressão digital, reconhecimento facial ou PIN — o que dificulta o acesso de terceiros. 


Para usar essa função, é preciso ter um celular com Android 9 ou superior e uma conta Google conectada e o bloqueio de tela ativo. Satisfeitos esses requisitos, é só abrir o WhatsApp e seguir o caminho: Configurações > Conta > Chaves de acesso > Criar chave de acesso.

terça-feira, 3 de junho de 2025

O PAÍS DA CORRUPÇÃO — O EPÍLOGO DA FARSA

VIRAR CERTAS PÁGINAS DA HISTÓRIA NÃO BASTA. É PRECISO ARRANCÁ-LAS.

 

Apesar dos bons serviços prestados no combate à corrupção (ou justamente por causa deles), a Lava-Jato foi desmantelada por um consórcio heterogêneo que reuniu de hackers capiaus e togas supremas a um presidente com quatro dos cinco filhos investigados pela PF.

 

Durante algum tempo, os resultados obtidos pela maior operação anticorrupção da história deste país nos deram a ilusão de que lei valia por igual para todos, sobretudo quando Lula e seus comparsas da Odebrecht e da OAS foram parar na cadeia. Mas os ventos mudaram, e com eles o entendimento do STF sobre a prisão em segunda instância. Ato contínuo, o então presidiário mais famoso do Brasil foi solto e o juiz que o condenou, laureado com a pecha da parcialidade. 

 

A despeito de o "material tóxico" vazado pela Vaza-Jato ter sido obtido criminosamente e, portanto, ser imprestável como prova em juízo, togados sabidamente adeptos dos "embargos auriculares" se valeram do suposto conluio entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol para anular as condenações de petistas do alto escalão (a começar por Lula) e de megaempreiteiros (como Léo Pinheiro e Marcelo Odebrecht).

 

Os primeiros alvos da primeira fase ostensiva da Lava-Jato foram o doleiro Alberto Youssef e o então diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa — a quem Youssef presenteou com um Range Rover Evoque. O doleiro foi condenado a mais de 100 anos de prisão, mas, em agosto do ano passado, quando já vinha cumprindo a pena em regime domiciliar, foi autorizado pelo STJ a tirar a tornozeleira eletrônica.


Lula colecionou duas dúzias de processos criminais, foi condenado a mais de 20 anos de reclusão (somadas as penas dos processos do tríplex e do sítio), preso em abril de 2018, solto em novembro do ano seguinte. Em maço de 2021, uma "epifania" revelou ao ministro Fachin que a 13ª Vara Federal de Curitiba carecia de competência para processar e julgar o petista — tese que o próprio Fachin já havia refutado pelo menos uma dúzia de vezes. Assim Lula foi "descondenado", reabilitado politicamente e, graças à vocação de Bolsonaro para o golpismo, despachado para o Planalto pela terceira vez. Sua missão parece ser mostrar o mundo a Janja e, nas horas vagas, dar sequência à demolição da economia nacional — tarefa que o impeachment impediu Dilma de concluir.

 

Dilma foi penabundada da Presidência, mas não perdeu seus direitos políticos. Em 2018, disputou uma cadeira no Senado e terminou em quarto lugar. Com a volta de Lula, foi recompensada com a presidência do. Banco do BRICS (salário anual de meio milhão de dólares). Eduardo Cunha — o imperador da Câmara que autorizou a abertura do processo de impeachment contra ela — foi cassado, condenado a 15 anos de prisão. Beneficiado pela 2ª Turma do STF com a anulação da sentença, tentou voltar à Câmara em 2022, mas teve apenas 5 mil votos.

 

Promovido de vice a titular com a deposição da "chefa", Michel Temer escapou das "flechadas de Janot" e terminou seu mandato-tampão como "pato manco". Em 2019, já sem o escudo da Presidência, foi preso preventivamente — e solto cinco dias depois por um desembargador que ficou afastado da magistratura por 7 anos, acusado de venda de sentenças e formação de quadrilha, mas foi reintegrado depois que o STF trancou a ação criminal. 

 

Gabriela Hardt — que substituiu Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba e conquistou seus 15 minutos de fama ao condenar Lula no caso do sítio de Atibaia — foi transferida para a 3ª Turma Recursal da Justiça Federal do Paraná e responde a processo no Conselho Nacional de Justiça por suposta omissão diante de irregularidades cometidas por integrantes da Lava-Jato.

 

Depois de ter sua conduta profissional questionada em diversas ações disciplinares e ser condenado a indenizar Lula por danos morais relacionados ao célebre PowerPoint de 2016, Deltan Dallagnol deixou o MPF, ingressou na política e se elegeu deputado federal. Quando teve o mandato mandato cassado, qualificou a decisão do TSE como "vingança contra aqueles que combateram a corrupção". Apesar da cassação, o ex-coordenador da Lava-Jato paranaense entende que não está inelegível, e tenciona concorrer ao Senado em 2026.

 

Cristiano Zanin foi a estrela mais brilhante da constelação de criminalistas que defenderam Lula, mas colecionou mais derrotas do que vitórias na Lava-Jato (só no caso do tríplex do Guarujá, foram mais de 400 recursos rejeitados). Mas os ventos mudaram e levaram o nobre causídico para o Supremo — na poltrona que vagou quando o ministro Ricardo Lewandowski trocou a suprema toga pelo supremo pijama. 

 

Walter Delgatti Netto — o líder dos tais hackers capiaus — confessou ter sido contratado pela deputada Carla Zambelli para forjar um falso mandado de prisão contra Alexandre de Moraes. Ambos foram condenados à prisão (ele a 8 anos e ela, a 10 anos e perda do mandato) e a pagar solidariamente R$ 2 milhões de indenização por danos materiais e morais coletivos. Enquanto espera pegar carona numa improvável anistia, Zambelli, claramente inspirada no exemplo do "mito", pede doações por PIX os bolsonaristas e baixa ao hospital alegando um suposto "mal súbito".

 

Depois de 15 anos no Exército, Bolsonaro foi convidado a se retirar devido ao plano de explodir bombas em quartéis caso o reajuste do soldo ficasse abaixo de 60%. Em 27 anos como deputado do baixo clero, percorreu 8 partidos, defendeu a volta da ditadura e o fechamento do Congresso, relatou 73 projetos, aprovou dois e colecionou uma dúzia de processos por injúria, apologia ao estupro e racismo. Sem a menor vocação para presidir o que quer que fosse — nem carrinho de pipoca, como bem observou José Nêumanne Pinto —, surfou no antipetismo e derrotou o bonifrate de Lula em 2018.

 

Na Presidência, o ex-capitão fez do Planalto sua Disneylândia particular, acabou com a Lava-Jato, colecionou 145 pedidos de impeachment (que Rodrigo Maia e Arthur Lira se encarregaram de engavetar) e dezenas de investigações por crimes comuns (que o antiprocurador-geral Augusto Aras matou no peito). Apesar da pose de patriota, sua simpatia pela ditadura militar só não era maior do que sua aversão ao Estado Democrático de Direito.

 

Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de canalha e Luiz Roberto Barroso de filho da puta. Avisou que não cumpriria decisões judiciais nem reconheceria o resultado das urnas se fosse derrotado. Tentou virar a mesa antes da derrota, mas não conseguiu. No atentado planejado para a véspera do Natal de 2022, a explosão do caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília só não aconteceu porque o artefato não funcionou. Na sequência, vieram o 8 de janeiro, novos capítulos da novela das joias sauditas, a inelegibilidade, a delação de Mauro Cid, a operação Tempus Veritatis e a descoberta da Abin paralela. 

 

Réu por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro ora ruge, ora mia. Seus advogados tentam atrasar o processo e vasculham o lixão do inquérito em busca de material capaz de reciclar o enredo que o conduz à cadeia. Mas as sobras de Mauro Cid não atenuam o drama do ex-chefe — ao contrário, reforçam o enredo exposto na denúncia da PGR —, e  Moraes, insensível ao mimimi, quer ouvir 82 testemunhas até junho.

 

A tese de perseguição política é tão fantástica quanto a autoproclamada absolvição de Lula. O capitão que falava em "minhas Forças Armadas" vê generais e brigadeiros fornecendo chaves de cadeia. Em entrevista ao UOL, repetiu a cantilena de que "estava na Disney" no dia do quebra-quebra e chamou de "democráticos" os acampamentos golpistas. Mas suas conversas vadias com chefes militares sobre estado de sítio e de defesa e as invasões do Congresso, do Supremo e do Planalto são parte de um mesmo e indissociável plano golpista, e o fato de estar homiziado na cueca do Pateta quando o quebra-quebra aconteceu não lhe serve de álibi.

 

Se nada mudar, a sentença condenatória sairá entre setembro e outubro, quando então o país poderá assistir à última cena dessa ópera bufa — não o encerramento da corrupção, mas o epílogo da hipocrisia travestida de justiça.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

ANDROID — DICAS ÚTEIS

É MELHOR SABER E NÃO PRECISAR DO QUE PRECISAR E NÃO SABER.

Android é pródigo em recursos pouco conhecidos por muitos dos seus mais de 3 bilhões de usuários. Veja alguns deles:


— Para compartilhar o acesso à sua rede Wi-Fi sem revelar a senha, acesse as Configurações do celular, entre no menu Wi-Fi e selecione a rede desejada. Em seguida, toque na opção Código QR. Pronto: quem escanear o código com o próprio celular terá acesso à sua rede.

 

— A tela dividida facilita o uso de dois aplicativos ao mesmo tempo. Para ativá-la, abra a lista de aplicativos recentes, toque no ícone do app desejado, selecione Abrir a exibição em tela dividida e escolha o segundo aplicativo que deverá ser exibido simultaneamente.


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Um adesivo com os dizeres “Trump is toxic. Elect a clown, expect a circus” me fez pensar: impedir Bolsonaro de se perpetuar no poder era fundamental, mas escalar um ex-presidiário para derrotá-lo era opcional. Ainda assim, o que esperar de um povo que repete, a cada dois anos e por ignorância, o que Pandora fez uma única vez, por curiosidade?

Ao longo do terceiro mandato de Lula, a vergonhosa fila do INSS saltou de 930 mil para 2 milhões de brasileiros. A Operação Sem Desconto revelou os aposentados e pensionistas começaram a ser roubados sob Bolsonaro, que a investigação começou em 2023, e que CGU já havia alertado o ora ex-ministro Carlos Lupi de que havia uma fogueira ardendo em sua pasta. 

Em 2009, Lupi foi denunciado por viajar em um jatinho alugado por uma organização que obteve contratos ligados ao governo. Em 2011, deixou o Ministério do Trabalho após denúncias de que assessores cobravam propina para resolver pendências de ONGs. No início do mês passado, ao deixar o comando do INSS, declarou que "todo mundo é inocente até que se prove o contrário". Lula fez vista grossa enquanto pode, e agora faz das tripas coração para recuperar a popularidade perdida e voltar a ser competitivo na disputa presidencial do ano que vem.

No Brasil do Imposto de Renda ágil e planejado, os cidadãos pagam os tributos que serão desviados no Brasil do INSS lento e improvisado; no país do Fisco, os ricos brincam de esconde-esconde; no país da aposentadoria, os pobres não têm onde se esconder.


— Mantenha o dedo sobre o ícone do Instagram, por exemplo, e um submenu de atalhos rápidos lhe oferecerá opções como acessar as mensagens diretas ou criar uma nova publicação, permitindo que você utilize funções específicas sem precisar abrir o aplicativo por completo.

— O recurso Legendas ao Vivo transcreve automaticamente qualquer música ou vídeo reproduzido no smartphone. Para ativá-lo, basta pressionar qualquer botão de volume e tocar no ícone correspondente.

— O Modo de Foco ajuda a evitar distrações, silenciando notificações e limitando o uso de aplicativos. Para ativá-lo, acesse Configurações, toque em Modos e Rotinas e ajuste conforme seus horários — ou escolha uma das opções sugeridas pelo sistema.

— Se precisar emprestar seu smartphone, fixar um aplicativo na tela impede que a pessoa acesse outras áreas do aparelho sem sua autorização. Para ativar esse recurso, vá em Configurações > Segurança e Privacidade, role até Mais configurações de segurança e ative a opção Fixar aplicativo.

— Desbloquear as Opções do Desenvolvedor dá acesso a recursos avançados — como limitar processos em segundo plano ou desbloquear o bootloader, entre outros. No entanto, tenha cuidado: alterações indevidas podem comprometer o funcionamento do aparelho.

— Se precisar acessar a internet quando não houver uma rede Wi-Fi disponível, evite que aplicativos consumam dados em segundo plano. Para isso, toque em Configurações > Conexões > Uso de dados e ative a função Protetor de dados.

— Utilize os atalhos de configurações rápidas para ativar funções como dados móveis, localização e outras. Ao manter o dedo brevemente sobre um atalho, você acessa um submenu com opções adicionais.

domingo, 1 de junho de 2025

"MÁGICAS" COM O FORNO DE MICRO-ONDAS

QUEM SABE FAZ; QUEM NÃO SABE ENSINA.

O forno de micro-ondas foi inventado por acidente em 1945, quando o engenheiro Percy Spencer, que trabalhava com radares, percebeu que uma barra de chocolate em seu bolso havia derretido. O primeiro modelo comercial surgiu dois anos depois, e desde então esse eletrodoméstico revolucionou nossas cozinhas. Ainda assim, muita gente o utiliza apenas para descongelar alimentos, aquecer refeições e, claro, fazer pipoca.

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Os sábios aprendem com os erros alheios, os tolos, com os próprios. Lula não aprendeu nada nos dois reinados anteriores nem nos 580 dias de férias compulsórias que gozou em Curitiba. Dirige o país com os olhos no retrovisor, mas não vê a própria imagem refletida no espelho. Nunca  sabe de nada que não lhe convenha  saber. Na visão dele, a culpa é sempre dos outros — e seu entorno segue a mesma cartilha. 

Exemplo recente: após a crise do Pix, a do IOF — segunda estocada do governo na classe média em menos de uma semana — seguiu o mesmo roteiro: ministros batendo cabeça, desprezo pelos setores afetados, anúncio mal planejado e pessimamente executado, seguido de recuo vexaminoso. A cereja do bolo foi Haddad tentando apagar a fogueira com pingos d’água. O mercado, perplexo, classificou o episódio como “lambança”: um imposto regulatório usado para alavancar arrecadação. 

O que conta é a guerra de narrativas, e nela, um governo que sempre negou aumento de impostos, mas acobertou o roubo dos aposentados e agora se volta contra a classe média já entra derrotado. Como se não bastasse, José Dirceu — o ex-guerrilheiro de festim e ex-presidiário do mensalão —, como que para provar que é tão analógico quanto Lula, defende uma revolução social e uma guerra ao mercado, ao setor produtivo e ao Banco Central. 

Enquanto isso, Haddad tenta cortar gastos, mas Lula e o PT vetam. Resta saber até quando o ministro resistirá. Façam suas apostas.

Molhos e outros alimentos líquidos podem espirrar por toda parte ao serem aquecidos no micro-ondas, criando uma verdadeira bagunça. Para facilitar a limpeza, basta colocar uma tigela de vidro com água e algumas gotas de vinagre no aparelho, aquecê-la por cinco minutos e, em seguida, passar um pano limpo no interior do micro-ondas.

Devido à umidade, sanduíches reaquecidos no micro-ondas podem perder a textura. Para evitar isso, envolva o lanche em papel-toalha, que absorverá a umidade e o deixará mais crocante e saboroso.

Se precisar de uma compressa quente e não tiver uma bolsa térmica, umedeça uma toalha de rosto, leve-a ao micro-ondas e aqueça em potência máxima por um minuto antes de usá-la.

Secar ervas frescas no micro-ondas é mais prático e rápido do que no forno convencional. Espalhe o equivalente a uma xícara (chá) da erva sobre papel-toalha e aqueça por 2 a 4 minutos. Depois, descarte o papel e deixe a erva secar ao ar livre.

Mel de boa qualidade (especialmente o orgânico) tende a cristalizar com o tempo. Para liquefazê-lo novamente, leve-o ao micro-ondas por até dois minutos em potência média.

Guardar limões fora da geladeira acelera seu apodrecimento, mas, quando refrigerados, eles rendem menos caldo ao serem espremidos. Para extrair o máximo de suco, basta cortá-los ao meio e levá-los ao micro-ondas por 10 a 20 segundos.

Há vários truques para cortar cebolas sem chorar, como fatiá-las sob um fio de água corrente ou segurar um palito de fósforo recém-apagado entre os dentes. No entanto, um método simples e eficaz é cortar as extremidades e aquecer as cebolas em potência alta por 30 segundos, o que reduz a liberação do gás sulfuroso e das enzimas que irritam os olhos.

Batatas, tomates e vegetais de casca grossa, como a abóbora, podem explodir ao serem cozidos no micro-ondas devido ao vapor retido dentro deles. Para evitar isso, basta perfurar a casca com um garfo ou faca antes do cozimento.

Para descascar dentes de alho com mais facilidade, aqueça-os por 15 segundos. Para tomates e pêssegos, aqueça por 30 segundos em potência alta.

Se acha difícil fazer ovo pochê na panela, use o micro-ondas: despeje água fervente em uma tigela própria, adicione uma colher de chá de vinagre branco, quebre o ovo com cuidado para não estourar a gema, perfure-a levemente com um palito, cubra com plástico-filme e cozinhe em potência máxima por 30 segundos. Depois, retire com cuidado e cozinhe por mais 20 segundos em potência alta.

Se precisar cozinhar feijão ou outro grão duro que exige horas de molho, o micro-ondas pode acelerar o processo. Coloque os grãos em uma tigela com uma pitada de bicarbonato de sódio, cubra com água, aqueça por 10 minutos em potência alta, deixe descansar por meia hora e prossiga com o cozimento na panela de pressão. Isso reduz significativamente o tempo de preparo.

Pão amanhecido pode ser revitalizado se envolvido em um pano de prato umedecido e aquecido no micro-ondas por 10 segundos (ou até atingir a textura desejada).

Batatas fritas perdem a crocância se não forem comidas ainda quentes, mas o micro-ondas pode recuperá-las. Envolva-as em papel-toalha e aqueça em intervalos curtos de 20 a 30 segundos, verificando a textura. Se necessário, repita o processo por mais 10 a 20 segundos até que fiquem crocantes novamente.

sábado, 31 de maio de 2025

HORA DA FAXINA

SABENDO USAR NÃO VAI FALTAR.

Muito é mais do que pouco, mas está longe de ser infinito. Hoje em dia, celulares de gama média contam com até 512 GB de armazenamento (memória de massa), o que é espaço de sobra para a maioria das pessoas, mas uma mixaria para quem sofre de "transtorno da acumulação".

 

É possível liberar espaço sem apagar fotos, vídeos e outros arquivos volumosos transferindo esse conteúdo para o PC ou para um dispositivo de armazenamento externo (HDD, SSD, pendrive etc.), mas vale lembrar que:


— Usuários de iPhone contam com 5 GB gratuitos no iCloud e podem contratar planos pagos que vão de 50 GB até 12 TB. 


— Usuários de dispositivos Android dispõem de 15 GB de armazenamento gratuito — compartilhado entre o Google Drive, o Gmail e o Google Fotos — e pode contratar planos pagos que variam de 100 GB até 2 TB no Google One.


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Personagens muito cheios de si são sempre meio vazios. Dudu Bananinha soltou fogos quando o secretário de Estado norte-americano admitiu que era "grande" a chance de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes. Mas acabou que a montanha da Casa Branca pariu um rato: nada de sanção financeira nem sinal de citação específica de países ou pessoas. Quer dizer: além de genérica, a sanção contra supostos censores é ridícula. 

O Tribunal de Comércio Internacional julgou ações movidas por 13 estados americanos e cinco pequenas empresas — de importadora de bebidas a fabricante de instrumentos musicais — e concluiu que Trump violou a lei ao taxar as importações sem autorização do Congresso. 

Os americanos assistem a um ataque do anormal que elegeram contra a própria República. O problema da calopsita alaranjada é a tirania, e o custo do despotismo tarifário não se compara ao prejuízo decorrente da demolição da democracia americana.


Para verificar quanto espaço ainda resta no seu iPhone, toque em Ajustes > Geral > Armazenamento do iPhone para obter essa informação e também algumas dicas de otimização. No Android, o caminho pode variar conforme a marca e o modelo do aparelho, mas geralmente passa por Configurações > Armazenamento. Tanto num caso como no outro, é recomendável manter a taxa de ocupação abaixo de 80% — a partir desse ponto, o dispositivo pode apresentar lentidão ou travamentos pontuais.

 

Aplicativos baixados e quase nunca utilizados ocupam espaço e, se ficarem rodando desnecessariamente em segundo plano, consomem recursos preciosos (como memória e ciclos do processador). Exclua tudo que você não usa e desative o que não puder ser excluído (na dúvida, faça uma busca no Google para saber se eles não farão falta).

 

Evite o acúmulo desnecessário de mensagens, fotos, vídeos e áudios no WhatsApp e limpe regularmente o cache e o histórico do navegador. No Android, abra o app do Google Chrome, toque nos três pontinhos, selecione Histórico e clique em Excluir dados de navegação. No iPhone, toque em Ajustes > Safari e depois em Limpar Histórico e Dados dos Sites.

 

Assim como os navegadores, os aplicativos também acumulam dados em cache. No Android, vá em Configurações > Aplicativos, selecione o app cujo cache quer apagar, toque em Armazenamento e depois em Limpar cache. O iPhone não oferece uma função nativa para essa finalidade, mas alguns apps incluem essa opção nas suas próprias configurações.

 

Boa faxina.