domingo, 7 de janeiro de 2018

RODRIGO MAIA PRESIDENCIÁVEL?


Faltam 9 meses para nossos esclarecidíssmos eleitores escolherem quem irá pilotar a Nau dos Insensatos de 2019 a 2022 ― supondo que o dito-cujo fique no jogo até o apito final; como se sabe, o impeachment já serviu para penabundar 2 dos 4 presidentes eleitos pelo voto popular desde a redemocratização desta Banânia ―, mas o que se sabe até agora é que nada se sabe.

Tudo que vem sendo cantado em prosa e verso a respeito das próximas eleições não passa de especulação, do mais puro exercício de futurologia. Mesmo assim, se dermos por verdade os resultados das pesquisas de opinião pública, Lula e Bolsonaro são os pré-candidatos mais cotados e também os mais rejeitados ― até porque ambos representam, cada qual à sua maneira, o que há de pior na política.

Para o deputado Rodrigo Maia ― vulgo Botafogo ou Bolinha ―, existem chances reais de o Democratas construir uma base de apoio forte na maioria dos estados e lançar seu próprio candidato. No ano passado, ele havia descartado a possibilidade concorrer, dizendo que “não tinha tamanho” para participar do pleito, mas a recente ofensiva do seu partido para filiar quadros do PSB e a estagnação dos pré-candidatos de centro nas pesquisas eleitorais mudaram seus planos.

Agora, Maia defende uma candidatura própria e articula a votação de um pacote de projetos que, se aprovado, demonstraria que ele, Maia, tem condições de comandar as mudanças de que o país precisa. Não por acaso, na entrevista que concedeu à revista Veja, ele acenou aos donos do dinheiro, prometendo empenho em favor da reforma da previdência, e flertou com entusiastas da pré-candidatura de Jair Bolsonaro, pregando mudanças no Estatuto de Desarmamento (a fim de garantir ao cidadão comum o porte de armas).

Embora ainda não assuma a candidatura, Maia parece ter entrado de vez no páreo. “Lula não ganha a eleição. Lula não tem mais condições de atrair alianças para ter tempo de TV. Vai ter que fazer uma campanha mais radicalizada e não vai conseguir caminhar para o centro como fez em 2002. Lula é um ator importante, forte. Para a política, seria melhor que ele participasse da eleição. Mas essa questão não está nas mãos da política, está com o Judiciário. O Lula não ganha a eleição, não tem mais condições de atrair alianças para ter tempo de TV, vai ter que fazer uma campanha mais radicalizada e não vai conseguir caminhar para o centro como fez em 2002”.

Maia diz ainda que Bolsonaro "conseguiu atrair o sentimento de insatisfação de parte importante da sociedade usando as redes sociais como nenhum outro político no Brasil, mas falta-lhe a capacidade de organizar o apoio político de partidos. Ele faz tudo muito sozinho e acaba atrapalhando. É a polarização que faz dele um ator relevante. Ele precisa radicalizar para ser visto e chamar a atenção, mas isso não convence a maioria do país".

Tomara que esteja certo.


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sábado, 6 de janeiro de 2018

ELEIÇÕES E CORRUPÇÃO NA POLÍTICA ― A CADA ENXADADA, UMA MINHOCA


Gostemos ou não, as eleições 2018 ainda vão dar muito pano pra manga, até porque são determinantes para o futuro do Brasil. Por enquanto, todavia, o que se tem é um amontoado de incertezas, a começar pela situação de Lula, que é o nome mais lembrado ― e, curiosamente, também o mais rejeitado ― nas pesquisas.

Se houver justiça nesta Banânia, a condenação imposta por Moro ao petralha será mantida. Em assim sendo, a lei da ficha-limpo botará um paradeiro em sua falácia de candidato. Claro que seu time de chicaneiro irá recorrer, mas aí voltamos ao campo das incertezas, pois cabeça de juiz, barriga de criança e pinto de padre... Enfim, só nos resta aguardar. E torcer. E acompanhar este vergonhoso governo lotear ministérios para garantir votos na reforma da Previdência.

Já o pato-manco que morreu e não sabe ― ao menos do ponto de vista moral ― continua movendo mundos e fundos para concluir seu mandato. Diz-se à boca pequena que ele aspira à reeleição, mas eu não acho que seja estúpido o bastante para acreditar que tem chances. Aliás, seu fiel pitbull ― o indigesto Carlos Marun ― já acenou com a possibilidade de o PMDB (ou MDB, como o partido pretende voltar a ser chamado) apoiar a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, o picolé de chuchu que nem em São Paulo consegue entusiasmar o eleitorado. Volto amanhã com mais detalhes sobre Michel Temer.

Doria, depois do mal-estar que sua pré-candidatura provocou no ninho dos tucanos, desistiu de concorrer para não bater de frente com seu padrinho político (o tal picolé de chuchu). Fala-se que ele deve disputar o governo do Estado, mas é provável que volte a pleitear a presidência se a candidatura de Alckmin realmente não decolar. Afinal, estamos no Brasil, onde nem o passado é previsível.

Luciano Huck também disse que não vai participar do pleito, mas pode mudar de ideia a qualquer instante. De acordo com a coluna Radar da revista Veja, ele admite em conversas particulares que a decisão vai depender do desempenho de Alckmin; se a candidatura do governador não decolar até abril, Huck pode lançar a própria.

O PSDB está mais sujo que pau de galinheiro. Seu capital político, representado pelos mais 50 milhões de votos que Aécio Neves obteve em 2014, evaporou quando o mineirinho safado despiu o manto de santarrão-do-pau-oco. 

Generalizações são perigosas, e por isso não devemos dizer que político nenhum presta ― só que não me ocorre nenhum que esteja acima de qualquer suspeita. Mas é impressionante como, nessa seara, cada enxadada produz uma minhoca. Parece caixinha de lenço de papel, de onde se puxa um e sai um monte. Aliás, ouvi ontem a notícia que o “lixão da Estrutural” ― que fica em Brasília e é considerado pela ONU o maior lixão a céu aberto da América Latina ― será desativado até outubro. Pronto, pensei eu, vão demolir o Congresso e terraplenar a Praça dos Três Poderes.

Falando em lixo, não deixe de assistir ao clipe abaixo (se o vídeo não abrir, use este link: https://youtu.be/oemBQQvlTkQ). Eu acrescentaria algumas considerações, mas estou tão enojado de ouvir falar nesse sujeito que vou me abster. 


Bom dia a todos e até a próxima.

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

ELEIÇÕES 2018 ― TUDO COMBINADO E NADA RESOLVIDO



Nas próximas eleições, além da presidência da República, estarão em jogo os governos estaduais, 2/3 do Senado, e a totalidade da Câmara. Em 1989, disputava-se apenas a presidência ― o que dava mais força ao candidato do que ao partido que o apoiava ―, e todas as grandes lideranças políticas estavam na disputa. O embate final se deu entre os populismos de direita e de esquerda, com Brizola sendo expelido no primeiro turno e Collor derrotando Lula no segundo.

No pleito desse ano, os principais protagonistas são os populismos de esquerda e de direita, encarnados, respectivamente, em Lula e Bolsonaro. Isso se deve em parte ao fato de decadência moral e a crise econômica servirem de adubo para populistas radicais, mas também por não ter surgido, pelo menos até agora, um mísero candidato “de centro” que empolgue o eleitorado.

O último candidato não populista a presidente a derrotar um rival populista foi FHC ― que venceu Lula em dois pleitos consecutivos, sempre no primeiro turno ―, menos pelo seu estilo de fazer política e mais pelo Plano Real, que teve efeitos benignos sobre o eleitorado (nada mais popular do que garantir ao povo uma melhoria imediata de vida e uma moeda valorizada).

Melhorias de vida imediatas são geralmente produzidas por medidas populistas. O Plano Cruzado, por exemplo, garantiu a vitória dos acólitos de Sarney nas eleições majoritárias e proporcionais de 1986. Outro bom exemplo é o Bolsa Família, que alavancou o lulopetismo. Num país tão desigual quanto o Brasil, Getúlio sempre vencerá o Brigadeiro ―, lembra Merval Pereira, referindo-se às duas derrotas que Eduardo Gomes sofreu na década de 40; uma para Dutra, candidato de Getúlio, e outra para o próprio Getúlio.

Para Michel Temer e seu “legado”, o desafio será chegar às eleições sem se tornar a “Gení”, como aconteceu com Sarney em 1989. Ele aposta na melhora da economia e parece mesmo acreditar que seu apoio será decisivo em outubro, e em momentos de delírio explícito cogita até mesmo em se candidatar à reeleição.

Existe uma longa distância entre o que se deseja e o que se obtém, e nada indica que, nos próximos meses, a melhoria da economia será significativa a ponto o governo mais impopular da história num ativo eleitoral capaz de neutralizar a ânsia da população por um “salvador da pátria” ― papel que Lula e Bolsonaro representam, ainda que por razões distintas.

Em última análise, o momento é de incerteza. Tudo que se tem até agora não passa de mera especulação. O cenário só começará a se definir a partir do próximo dia 24 ― Deus permita que com Lula fora do páreo e, se possível, dentro de uma cela no presídio.

Geraldo Alckmin terá de “fazer o diabo” para crescer nas pesquisas e mostrar que foi acertada a decisão do partido [de escolhê-lo em detrimento de João Doria].  Não é à toa que Luciano Huck parece disposto a voltar ao páreo. Além disso, até abril o cenário pode mudar, com a entrada de nomes como Joaquim Barbosa, Henrique Meirelles, Marina Silva e outros quaisquer. 

Infelizmente, nenhum entusiasma, todos decepcionam. 

Pobre Brasil.

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ANO NOVO, VÍRUS NOVO? NÃO EXATAMENTE, MAS VALE A PENA LER...

O HOMEM SÓ ENVELHECE QUANDO OS LAMENTOS SUBSTITUEM SEUS SONHOS.

Boa parte das mais de 3 mil postagens publicadas aqui no Blog desde quando eu o criei, em setembro de 2006, foca na insegurança digital ― representada, sobretudo, pelos malwares e distinta companhia.

Para facilitar a compreensão do assunto por leigos e iniciantes, eu costumo dizer que vírus de computador e assemelhados não são prodígios de magia nem se espalham pelo ar, até porque contam com a participação ―  ainda que involuntária ― dos usuários (daí eu retomar o tema de tempos em tempos para alertar sobre o perigo de abrir anexos de emails suspeitos, navegar por sites idem, baixar aplicativos de fontes duvidosas, seguir links que chegam através de mensagens de phishing, e assim por diante). Dias atrás, no entanto, um artigo que li me fez repensar esses conceitos.

Observação: Não custa nada relembrar que malwares (nome genérico que designa indistintamente qualquer praga digital, dos vírus aos trojans, dos spywares aos ransomwares) são programas de computador como outros quaisquer; a diferença está em sua capacidade de executar instruções maliciosas e/ou potencialmente destrutivas. Em princípio, qualquer software atende os desígnios de seu criador, que tanto pode escrevê-lo para interagir com o usuário através de uma interface quanto para realizar automática e sub-repticiamente as mais diversas tarefas.

A questão é que já existem, sim, programas maliciosos que se espalham pelo ar. E não estou falando do Wi-Fi, do Bluetooth ou de outras tecnologias que possibilitam transferir dados entre dispositivos computacionais sem que eles estejam interligados por um cabo ou que façam parte de uma rede (local ou remota). Segundo o artigo em questão, pesquisadores do Instituto Fraunhofer (entidade alemã que criou o formato MP3) demonstraram ser possível espalhar um vírus de computador pelo ar e infectar qualquer laptop num raio de 20 metros.

A disseminação da praga não depende de conexão com a internet ― o vírus se espalha pelo ar, literalmente, através de sons de alta frequência (que os seres humanos não são capazes de ouvir, mas que podem ser facilmente captados pelos alto-falantes e microfones dos notebooks). Em tese, basta o usuário se aproximar de uma máquina contaminada ― que envia a praga via ondas sonoras ― para que seu computador seja infectado.

Isso aconteceu com o hacker canadense Dragos ― um dos maiores especialistas do mundo em segurança digital ― cujo MacBook, depois de rodar uma atualização misteriosa, começou a agir de modo bizarro, deletando documentos, transmitindo dados e mudando configurações à revelia do usuário. Tudo apontava para uma ação viral, mas aquele computador jamais tinha sido conectado à internet e rodava uma cópia novinha do sistema Mac OS, que o próprio Dragos acabara de instalar. De onde o vírus poderia ter vindo, então? Só se fosse do vento, por mais absurdo que a ideia pudesse parecer.

Os cientistas alemães fizeram um teste controlado e chegaram à mesma conclusão. Até a publicação dos resultados, o vírus real que atacou Dragos ainda não havia sido isolado e provavelmente estaria se espalhando por outras máquinas, já que não era detectado por nenhum tipo de antivírus.

Diante disso, resolvi rever algumas noções sobre malwares e ferramentas de segurança digital. Porém, considerando que este texto já ficou bastante extenso, vou deixar o resto para as próximas postagens. Até lá.

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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

ATÉ QUANDO, LULA, ABUSARÁS DA NOSSA PACIÊNCIA?


Lula disse que vai a Porto Alegre para pressionar os desembargadores do TRF-4. Segundo o Estadão, sua defesa solicitou à Corte que ele seja ouvido durante o julgamento, mas o pedido ainda não foi apreciado. E ainda que seja negado, o petralha deve viajar à capital gaúcha, onde participará das manifestações programadas pelo PT.

A petralhada está focando sua artilharia no desembargador Victor Laus, que vem sendo pressionado a pedir vista do processo ou absolver Lula em troca de uma promoção a ministro do STJ. Uma derrota por 2 a 1 no TRF-4 “daria fôlego” ao ex-presidente, que “poderia apresentar mais de um recurso para protelar a condenação definitiva”. É exatamente por isso que os ministros lulistas do STJ (com o ajuda das colunistas lulistas da Folha) tentam cabalar o voto do desembargador Victor Laus, o único que ainda não se pronunciou.

Não existe respeito à lei nesta terra de corruptos. O corporativismo tomou conta do Legislativo e do Executivo e já vem ameaçando o Judiciário (haja vista o comportamento de alguns ministros da nossa Suprema Corte). Falando em ministro, mas agora sob outro enfoque, Ricardo Barros, titular da pasta da Saúde, teve o desplante de criticar a prisão de Maluf e acusar o Judiciário de fazer “jogo político” contra o Congresso (leia mais na entrevista publicada no Blog da  jornalista Andréia Sadi). Para ele, que é do mesmo partido de Maluf, a decisão do STF deixou o turco lalau “pendurado” até o final do recesso, em fevereiro.

Observação: Como o leitor pode conferir clicando no link respectivo (a propósito, esses trechos grafados e sublinhadas na cor azul que aparecem nas minhas postagens não elementos decorativos, mas sim links clicáveis que remetem a informações complementares), na valiosa opinião do político progressista, as prisões de Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima ocorreram porque o Congresso ameaçou votar o projeto de lei de abuso de autoridade do Judiciário. Perguntado se o partido dele pensa em expulsar Maluf ― condenado a 7 anos e lá vai fumaça por lavagem de dinheiro e corrupção ―, Barros disse que o PP “não é muito dessas coisas”, elogiou o ministro Gilmar Mendes por proibir conduções coercitivas e disse acreditar que a Corte irá rever decisões envolvendo delações premiadas e prisões.

Barros é investigado por fraude em licitação para publicidade realizada em 2011, no segundo mandato do irmão Silvio Barros II como prefeito de Maringá. Como deputado relator do Orçamento da União de 2016, envolveu-se em polêmica com relação aos cortes que promoveu nas dotações para a Justiça do Trabalho, o que acabou resultando em uma ação direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo. No relatório, justificou os cortes por desejar “estimular uma reflexão” sobre a flexibilização do Direito do Trabalho, cujas regras, nas suas palavras, “são extremamente condescendentes com o trabalhador”. Mais adiante, já como ministro da Saúde, disse que “os pacientes do SUS inventam [ou imaginam] doenças”. Criticado por entidades médias, afirmou que “as pessoas correm aos postos de saúde com efeitos psicossomáticos”, e que homens procuram menos os serviços de saúde “porque trabalham mais que as mulheres”.

Voltando agora ao julgamento de Lula, o grão-petista-criminoso-condenado José Dirceu ― que continua solto por obra e graça da 2ª Turma do STF ― publicou na Web um vídeo no qual chama de “golpistas” os desembargadores do TRF-4, que acusa de agir com o propósito deliberado de impedir a candidatura presidencial do líder máximo do PT. Disse ele, a certa altura: “Por isso o povo está de costas para eles, para os golpistas, para aqueles que querem refundar a República quando não receberam esse mandato da nação. São juízes, não foram eleitos, mas fazem algo mais grave. Querem usurpar o poder do Legislativo e do próprio Executivo, violando direitos fundamentais. Tudo em nome de impedir Lula de ser candidato. Mas nós derrotamos a ditadura militar, que governava por Atos Institucionais, e não vamos permitir a ditadura da toga.”

Septuagenário e com 3 condenações nas costas ― uma no mensalão e duas no petrolão ―, o ex-líder estudantil e guerrilheiro de araque é o epítome da perversão que marcou a passagem do PT pelo poder federal. Ao conquistar a chave do cofre, o pedaço do petismo simbolizado por Dirceu esqueceu toda a noção de ética que possa ter existido um dia. Na política, no comportamento, nas artimanhas, na maneira de viver e de encarar a vida, tudo foi virado do avesso e assaltaram-se as arcas da República. Resta saber o que ele planeja fazer para virar a mesa no caso de o TRF-4 deixar Lula mais perto da cadeia do que das urnas.

É preciso ter estômago de avestruz para acompanhar a política nacional. E o meu, por hoje, já está no limite. O resto fica para amanhã. Tenham todos um ótimo dia.

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CADÊ A BARRA DE SINAL QUE ESTAVA AQUI?

CAMPA CAVALLO, CHE L'ERBA CRESCE. 

Sabe aquelas barrinhas que indicam a “potência” do sinal da sua rede de telefonia móvel celular? Pois é, elas podem estar com os dias contados.

Segundo o portal XDA Developers, as operadoras deixarão de ser obrigadas a informar a potência do sinal na área de cobertura, e o Google, desenvolvedor do popular sistema Android (presente em mais de 70% dos smartphones em todo o mundo), estuda a possibilidade de suprimir o ícone já a partir da próxima versão (9).

Não se sabe ao certo por que a gigante da Internet resolveu ocultar as barrinhas de sinal, mas supõe-se que o motivo seja a pressão das operadoras. No entanto, como a potência do sinal pode ser vista através das tais barrinhas e via configurações do sistema, acessando o menu Sobre o telefone > Rede > Intensidade de sinal, a segunda maneira continuará valendo (embora seja mais trabalhosa, sem mencionar que a informação não é fornecida no modo gráfico, mas em dados de valor).

Note que esse “aprimoramento”, se realmente ocorrer, chegará somente no final do ano que vem. Até lá, poderemos continuar visualizando a intensidade do sinal através das simpáticas e úteis barrinhas, como vimos fazendo desde sempre.

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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O RIO E A MALANDRAGEM ― POR J.R. GUZZO


Há uma parte da população do Rio de Janeiro que sempre construiu para si própria, e para o restante do Brasil que presta atenção no que se fala ali, uma imagem de sua cidade como o centro nacional e mundial da malandragem. Seria uma grande virtude. Esse “espírito”, na sua maneira de ver as coisas, faz do Rio uma cidade superior às demais. Faz de seus cidadãos pessoas mais inteligentes, mais aptas a lidar com a vida e mais hábeis que os outros brasileiros em conseguir o melhor para si próprias. 

Imagina-se que essa gente esteja sobretudo nos morros, ou nas “comunidades”, como se deve dizer hoje. Muitos de fato estão, mas não são eles os que mais aparecem, pois sua voz não vai longe. Quem realmente leva adiante esta bandeira é uma porção das classes mais ou menos médias da Zona Sul, com a participação decisiva dos artistas, intelectuais que assinam manifestos, formadores de opinião, “influencers”, comunicadores e por aí afora. São eles, hoje, os guardiães da filosofia segundo a qual qualificar-se como “malandro” é um dos maiores dons que um ser humano pode dar a si próprio. Já sua pior desgraça, motivo de vergonha e prova cabal de estupidez, é ser o exato contrário disso ― o otário, condenado a passar a vida na humilhação, no logro e no “prejuízo”. Seja tudo no Rio; mas não seja, pelo amor de Deus, um “otário”.

A música de sucesso no Rio de Janeiro neste fim de ano é “Vai, Malandra”. Comentaristas de futebol, a começar dos mais populares, mais uma vez apostam que a “malandragem natural” do jogador brasileiro de futebol será uma vantagem estratégica importante na Copa do Mundo de 2018 na Rússia. Os políticos da cidade e do Estado são descritos, com orgulho, como “malandros”. Nas artes e naquilo que se chama de “meio cultural” a figura do malandro, e a filosofia que se fabrica em torno de seus méritos, estão entre os temas principais de interesse. A palavra “malandro”, em suma, é um elogio. A palavra “otário” é um insulto.

Não melhora as coisas em nada, obviamente, a ideia geral que associa o otário ao sujeito honesto, cumpridor da própria palavra e das leis, pagador de impostos, respeitador das regras do trânsito, bem-educado, etc. ― tudo isso, cada vez mais, passa a ser visto como uma fraqueza, além de burrice, falta de “jogo de cintura” e outros delitos graves. Um cidadão decente, neste clima, é um cidadão com defeito.

A atitude de culto à “malandragem” não parece estar dando bom resultado na vida prática do Rio de Janeiro. Até outro dia, três ex-governadores do Estado estavam na cadeia, ao mesmo tempo, por corrupção – um deles, que não teve a sorte de pegar um Gilmar Mendes no caminho, continua no xadrez. Nenhum outro Estado do Brasil, em nenhuma época da história, conseguiu nada semelhante.

O ano de 2017 se despediu com mais de 130 policiais assassinados no Rio, uma média de um morto a cada três dias. Os funcionários públicos já esqueceram o que é receber o salário mensal em dia. Foi preciso pedir dinheiro emprestado para pagar o décimo terceiro. Um dos maiores orgulhos da cidade e do Brasil, o estádio do Maracanã, continua fechado depois de consumir bilhões de reais em investimentos para brilhar nos Jogos Pan-Americanos, depois na Copa do Mundo de 2014 e finalmente na Olimpíada de 2016, uma coisa depois da outra. O Flamengo, o maior time do Rio, manda seus jogos num lugar chamado “Ninho do Urubu”. Nada disso tem cara de ser, realmente, uma grande malandragem.

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ESQUECEU A SENHA QUE DESBLOQUEIA A TELA DO SEU ANDROID?

ASSIM COMO O RABO NÃO ABANA O CACHORRO, A TOGA NÃO FAZ O JUIZ.

Configurou uma senha para impedir que curiosos acessem seu smartphone e não se recorda mais dela? Então, meu caro, más notícias: o Android não oferece a possibilidade de redefinição da senha que desbloqueia a tela do aparelho sem revertê-lo às configurações de fábrica (o que resulta na perda de todas as informações armazenadas na memória interna do smartphone).

Como não adianta chorar sobre o leite derramado, mãos à obra: desligue o telefoninho, torne a ligá-lo mantendo pressionada tecla volume-. Em seguida, use as teclas de volume (+ e -) para navegar até a opção Recovery e selecioná-la, depois para encontrar e selecionar a opção “wipe data/factory reset”, para confirmar em “Yes — delete all user data” e selecionar “Wipe cache Partition”. Feito isso, pressione a tecla Power e selecione “Reboot System Now”.

Seu celular estará com as configurações originais de fábrica restauradas, pronto para ser usado normalmente. Caso resolva criar uma senha de desbloqueio de tela, faça si mesmo o favor de memorizá-la ou não deixe de anotá-la e guardar em local seguro. 

Se o aparelho suporta cartões de memória, instale um e configure-o como local padrão para salvar seus contatos e demais arquivos pessoais de difícil recuperação. Além de reduzir o consumo de espaço na memória interna do, essa providência mantém sus dados seguros, permite acessá-los a partir de qualquer dispositivo que suporte esse tipo de mídia e, de quebra, economizará tempo e mão de obra quando você trocar seu telefone por um modelo novo.

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terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O REI ESTÁ MORTO. VIVA O REI! ― OU: FOI-SE 2017; QUE 2018 SEJA MELHOR, E COM LULA LÁ (EM CANA)!


O ano que se encerrou anteontem não correspondeu às expectativas de quem achava que teríamos calmaria depois das tormentas de dois mil e dezechega. Já nas primeiras horas de 2017 o sistema prisional tupiniquim exibiu seu descontrole, com centenas de detentos mortos em diferentes rebeliões e outros tantos foragidos de casas prisionais em diversos Estados. Viriam em seguida o trágico acidente que matou Teori Zavascki (às vésperas de o ministro homologar a delação dos 77 da Odebrecht) e a greve dos policiais do Espírito Santo, que resultou na morte de centenas de inocentes. E, como agora sabemos, isso seria apenas o começo. Para Michel Miguel Elias Temer Lulia, no entanto, o inferno astral começaria em abril, com a divulgação de trechos de sua conversa nada republicana com o açougueiro bilionário e criminoso Joesley Batista, justamente quando a economia dava os primeiros sinais de recuperação.

Abatido em seu voo de galinha, o peemedebista viu o sonho de entrar para a história como o “o cara que recolocou o país nos trilhos do crescimento” transformar-se no pesadelo de ser o primeiro presidente do Brasil denunciado ― no exercício do cargo ― por crimes de corrupção, formação de quadrilha e obstrução da Justiça.

Pego com as calças, mas demovido da ideia de renunciar pelos puxa-sacos de plantão ― que perderiam o cargo e a prerrogativa de foro se o chefe deixasse o Planalto ―, Temer, num pronunciamento inflamado à nação, afirmou que a investigação no STF seria o território onde aflorariam as provas de sua inocência”. Mas a máscara de bom moço caiu quando Janot desfechou sua primeira flechada, expondo a verdadeira face do político da velha escola, que presidiu o PMDB por 15 anos e foi vice decorativo (mas conivente com os desmandos) da Rainha Bruxa do Castelo do Inferno de 2011 a maio de 2016. E a coisa ficou ainda pior com a segunda denuncia, que, além do presidente, atingiu os ex-deputados Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha Loures e Henrique Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, todos do PMDB.

Observação: Curiosamente, não houve panelaço, buzinaço ou manifestações populares nas ruas. Como vaquinhas de presépio, os brasileiros aceitaram tudo pacificamente, talvez intuindo que a emenda seria pior que o soneto ― tanto no caso de um novo presidente tampão ser escolhido através de eleições diretas realizadas a toque de caixa quanto de nosso Congresso apodrecido pinçar de suas fileiras o felizardo da vez. Aliás, falando em eleições diretas, dos 4 presidentes eleitos pelo voto popular desde o final da ditadura militar, o único que escapou ileso (até agora) foi FHC. Collor e Dilma foram depostos, e Lula, embora tenha concluído seus dois mandatos, coleciona 7 processos, é investigado em outros tantos inquéritos e já foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão (Lula lá!).

Temer passou a maior parte de 2017 articulando manobras espúrias para se manter no cargo. Com o auxílio dos comparsas Romero JucáEliseu PadilhaMoreira Franco. Isso sem mencionar os inestimáveis serviços prestados pelo pitbull Carlos Marun, principal responsável por garantir o apoio necessário, na Câmara, ao sepultamento de ambas as denúncias de Janot. Aliás, Marun, que já havia se notabilizado por defender caninamente o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, chegou mesmo a ensaiar ridículos passinhos de dança quando, pela segunda vez, as marafonas do Congresso livraram o rabo sujo de seu amado chefe. Sua fidelidade e absoluta falta de escrúpulos lhe renderam a Secretaria de Governo da Presidência da República e, ao que parece, a missão de oficializar o toma-lá-dá-cá no vergonhoso “parlamentarismo informal”, onde ministros negociam diretamente com o Congresso a favor do presidente e reassumem seus mandatos na Câmara para votar projetos de interesse do Executivo.

O derradeiro ano de Temer na presidência da Banânia começa com índices de rejeição ao peemedebista que rivalizam com os de Collor e Dilma durante os respectivos processos de impeachment. Mesmo procurando aparentar tranquilidade e afirmando que o governo não parou um instante sequer, o presidente é desmentido por uma sucessão de gafes, sobretudo em viagens e encontros internacionais.

Ao receber o presidente do Paraguai, por exemplo, Temer brindou a Portugal; na passagem pela Rússia e pela Noruega, colecionou uma lista de momentos esquecíveis: da partida, ao colocar em sua agenda que iria para a União Soviética, extinta há mais de vinte anos, até a volta, de mãos abanando, passando por uma menção a Harald V como o rei da Suécia, quando o monarca é norueguês. Para sua sorte, os depoimentos dos delatores da JBS/J&F caírem em descrédito depois que informações omitidas por eles no acordo de colaboração vieram à tona, mas isso não lhe permite avançar em seu projeto de legado reformista sem emplacar a reforma da Previdência, que se tornou seu “samba de uma nota só”.

Fato é que, em meio a tudo isso, Temer mudou de vez seu comportamento diante das investigações e dos órgãos de Justiça. Embora Nicolao Dino tenha sido mais votado que Raquel Dodge na eleição interna do MPF, seu nome foi preterido na sucessão do padrinho Rodrigo Janot. Em novembro, foi a vez da Polícia FederalLeandro Daiello, que ficou sete anos no cargo e viu a Lava-Jato nascer, foi substituído por Fernando Segovia, que começou mal ao tentar minimizar, em seu discurso de posse, a importância dos fatos que respaldaram a primeira denúncia contra o presidente ― dizendo, dentre outras coisas, que “uma mala de dinheiro não prova nada”.

Aos 77 anos idade, Temer tornou-se frequentador assíduo do Hospital Sírio-Libanês ― onde já foi submetendo a procedimentos cirúrgicos para solucionar problemas urológicos e desobstruir artérias do coração. Some-se ao peso dos anos a tensão provocada pela turbulência política, que impõe pesados tributos a um presidente já enfraquecido e carente de respaldo popular. Mesmo que os indicadores econômicos continuem emitindo sinais positivos, sua incapacidade de reunir os 308 votos necessários à aprovação das tão necessárias reformas escancaram a fragilidade do seu governo.

Conforme combinado com Rodrigo Maia, a votação da PEC da Previdência só seria pautada quando houvesse certeza de aprovação, mas mesmo depois de dois meses de articulações intensas, mudanças no ministério e o perdão de dívidas dos deputados da base que se posicionaram contra o governo na segunda denúncia, esse número não foi alcançado e nada indica que virá a sê-lo em fevereiro, já que as dificuldades aumentam conforme as eleições se aproximam ― em anos eleitorais, os políticos fazem o possível e o impossível para não desagradar seus eleitores.

Mesmo assim, sua insolência se diz pronta para o que vier em seu derradeiro ano no cargo. É bom seja assim: a batalha pelas mudanças na Previdência promete, e dela dependem o futuro do governo e o objetivo do governante de entrar para a história como um presidente reformista.

Mais uma vez, desejo a todos um feliz 2018.

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ALGORITMO, LOGARITMO E QUE TAIS...

FELIZ 2018 A TODOS!

Toda disciplina tem seu respectivo jargão. Num compêndio de Matemática, por exemplo, podemos nos embananar com números primos, complexos e fatoriais; num livro de Português, confundir análise sintática com morfológica e hipérbole com hipérbato... Já com a Informática...

Bem, a Informática não é exatamente uma ciência exata. Embora seja baseada na Matemática, ela está mais para algo esotérico, esdrúxulo, misterioso. Talvez por isso alguns engraçadinhos definam hardware como aquilo que a gente chuta, e software, como o que a gente xinga.

A despeito de qualquer criança recém-saída dos cueiros ser capaz de operar um PC, não faltam usuários calejados que ainda confundem CPU (que é o processador) com o gabinete do sistema, e memória RAM (memória física do computador) com espaço no HD (dispositivo de armazenamento persistente, que em última análise, também é considerado “memória”). Aliás, por conta dessa avalanche de termos estranhos e siglas formadas a partir de palavras em inglês que meu ex-parceiro Robério e eu incluímos um DICIONÁRIO DE INFORMATIQUÊS na nossa saudosa Coleção Guia Fácil Informática. Mas isso já é outra conversa.

Se você confunde bits com bytesdrive com driver ou a capacidade do HD com o espaço na RAM, saiba que não está sozinho. A informática nos trouxe uma vasta gama de neologismos, acrônimos e siglas que dão margem a equívocos como messes. Dias atrás, alguém com que eu conversava confundia sistematicamente “algoritmo” com “logaritmo”. 

Observação: ALGORITMO é uma sequência finita de instruções lógicas que o computador executa ao realizar uma tarefa ou resolver um problema, ao passo que LOGARITMO é um recurso destinado a facilitar a realização de cálculos matemáticos complexos mediante a transformação de multiplicações e divisões em operações mais simples (soma e subtração).

Convém não confundir confundir algoritmo com programaAlguns autores definem "programa" como um conjunto de algoritmos combinados, o que, guardadas as devidas proporções, seria o mesmo que definir uma casa como um monte de tijolos assentados.

Existem diversas formas de escrever algoritmos, sendo o pseudocódigo e o fluxograma as mais comuns. Mas isso já é outra conversa e fica para uma próxima vez.

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segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

FELIZ ANO NOVO A TODOS - COM LULA LÁ!





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domingo, 31 de dezembro de 2017

O TEMPO, O BÊBADO E O EQUILIBRISTA

Toda passagem de ano é a mesma coisa: relembramos o que de ruim aconteceu nos 365 dias anteriores e desejamos ― principalmente a nós mesmos ― “um feliz ano novo”, sempre imbuídos de uma ilusória sensação de alívio em relação ao ano que se foi e de sentimentos de esperança para seguir adiante.

Mas o Tempo é uma entidade fluida, impalpável e indivisível; o fato de lhe atribuirmos um número novo toda vez que nosso planeta completa uma volta em tordo do Sol é apenas uma maneira de tentarmos conferir alguma ordem ao Caos. Demais disso, não é o Tempo que passa; nós é que que passamos por ele como a areia que escorre entre as âmbulas da ampulheta. Atribuir um número de série a cada ano é o mesmo que tentar aprisionar o Tempo num calendário de parede... E sempre haverá um Gilmar Mendes disposto a soltá-lo.

Desde a era paleolítica que nossos antepassados observavam a posição dos astros e atentavam para sua periodicidade, até porque as fases da Lua e as mudanças das estações influenciavam o comportamento e a migração dos animais e refletiam na subsistência de seres que basicamente viviam da caça e da pesca. Até a invenção da escrita, não havia know-how que permitisse construir artefatos para medir intervalos de tempo, daí os antigos se basearem em fenômenos naturais sazonais, como a movimentação dos corpos celestes.

Muita água rolou até os Sumérios dividirem o ano em 12 meses de 30 dias e os Egípcios criarem um calendário lunar baseado no “movimento” da estrela Sirius, que “passava” perto do Sol a cada 365 dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo se iniciava. Mas foi somente no final do século XVI que o Papa Gregório XIII instituiu o calendário “gregoriano” ― baseado no nascimento de Jesus Cristo ―, que se popularizou porque a Europa era a maior exportadora de cultura na Idade Média, e usar o sistema de marcação de tempo instituído pelo Vaticano facilitava o relacionamento entre as nações.

O ano que hoje se despede foi sui generis, com malas de dinheiro passeando pelas ruas e dezenas de milhões de reais ― em dinheiro vivo ― brotando de caixas e malas num “bunker” soteropolitano. Mas o ápice se deu mesmo quando o açougueiro-mor do país gravou uma conversa nada republicana com seu presidente e revelou ter distribuído “picanhas” a milhares de políticos de diversos partidos.

2017 entrará para a história como o ano em que o empresário bilionário preferido de Lula e Dilma passou da lista da Forbes para a da Interpol; o ano em que Maluf foi finalmente condenado e preso; o ano em que um ex-presidente corrupto e hepta-réu foi a um só tempo candidato ao Palácio do Planalto e ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, em Curitiba. Mais do que tudo, porém, ele será lembrado como o ano em que o governo de Michel Temer foi morto e sepultado sucessivas vezes ― e ressurgiu das cinzas a cada uma delas, como a mitológica Phoenix. Mas que ninguém se iluda: Para se manter no cargo, o Vampiro do Planalto e comandante do “quadrilhão do PMDB" despiu a fantasia de bom moço e inaugurou a lista de presidentes denunciados por crime comum no exercício do cargo.

Escusado dizer que Temer só escapou do cadafalso porque o Congresso está apinhado de políticos venais, verdadeiras marafonas do Parlamento que vendem seus “favores” como as putas vendem favores sexuas nas zonas do baixo meretrício. Temer não caminhou sobre as águas, mas provou que não afunda ―, o que, pensando bem, pode ou não ser uma virtude. Afinal, muita coisa flutua nos esgotos a céu aberto que cortam nossas metrópoles.

Essas lucubrações me levam à canção “O BÊBADO E A EQUILIBRISTA” ― obra de João Bosco e Aldir Blanc imortalizada pela saudosa Elis Regina. Não pela letra em si ― que muitos consideram como um “hino” do Brasil nos tempos da ditadura e da anistia ―, mas pelo título. Do equilibrista, falamos brevemente no parágrafo anterior; do bêbado, falamos logo antes. Mas faltou dizer que o pudim de cachaça consultou uma cartomante para saber voltaria a ser presidente. A maga lhe passou o baralho, pediu-lhe que o dividisse em cinco montes e virou uma carta de cada um deles.

Saiu uma sequência de reis: KKKKK! (Se não deu para entender, a figurinha que ilustra esta postagem pode ajudar.)

Desejo a todos uma ótima passagem de ano e um  2018 prenhe de realizações ― “a todos” é força de expressão, porque faço algumas exceções, mas não vou citá-las nominalmente neste momento.

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sábado, 30 de dezembro de 2017

2017 FINALMENTE SE VAI... O QUE ESPERAR DE 2018?


Há exatos doze meses, dizíamos adeus para o ano de dois mil e dezechega e comemorávamos esperançosos a chegada de 2017. E deu no que deu!

No final de 2015, tínhamos uma presidente encurralada no Palácio do Planalto, sem autoridade, sem nexo e sem respeito; um presidente da Câmara descrito como homem de poderes sobrenaturais e um vice-presidente decorativo, mas que, por suas celebradas habilidades no manuseio de parlamentares e políticos em geral, era visto como uma ponte que poderia conduzir à salvação a Rainha Bruxa do Castelo do Inferno. Demais disso, tínhamos um ex-presidente da República que posava de gênio da política, sempre prestes a “virar o jogo” mediante conchavos milagrosos ― e que meses depois tentaria nomear a si próprio ministro da Casa Civil e, a partir daí, resolver a situação toda em seu benefício ―, e um cangaceiro presidindo o Senado e atuando como marechal de campo na guerra para manter no comando a presidanta, seu abjeto antecessor e seu espúrio partido.

Por pior que tenha sido, o ano de 2016 nos brindou com deposição de Dilma. Lula se tornou réu pela primeira vez (numa das 7 ações criminais que vem colecionando desde então) e foi condenado a 9 anos 6 meses de prisão. A economia deu sinais de recuperação, a inflação e a taxa básica de juros começaram a recuar, os índices de desemprego pararam de crescer e reformas importantes para o país começaram a avançar.

2017, ano em que depositávamos esperanças de melhoras mais consistentes, começou com rebeliões em presídios e uma greve absurda da PM  que resultou na morte de centenas de pessoas. Ainda em janeiro, um trágico acidente aéreo ceifou a vida do ministro Teori Zavascki e deixou o STF sem relator dos processos da Lava-Jato às vésperas da homologação da Delação do Fim do Mundo. Mesmo assim e a despeito do "fogo amigo", houve avanços na luta contra a corrupção. Foram para a cadeia políticos notórios, como o deputado Rodrigo Rocha Loures ― ex-assessor e homem da mais estreita confiança de Michel Temer ―, o deputado Geddel Vieira Lima ― homem dos R$51 milhões e também amigão do peito de Michel Temer ―, os ex-governadores Sérgio Cabra, Anthony Garotinho, quase todos os membros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro e outros tantos do alto escalão da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (a começar pelo presidente).

Mas a coisa azedou a partir de maio, quando uma conversa de alcova entre Michel Temer e o moedor de carne bilionário Joesley Batista, gravada à sorrelfa por este último nos “porões do Jaburu”, foi publicada por Lauro Jardim em O Globo. O presidente foi demovido da ideia de renunciar pelos puxa-sacos de plantão (que seriam fatalmente desalojados de seus cargos e perderiam a boquinha do foro privilegiado) e, em pronunciamento à nação, jurou de pés juntos que “a investigação no STF seria "o território onde aflorariam as provas de sua inocência". Ato contínuo, passou a mover mundos e fundos (sobretudo fundos) para se escudar das flechas do então procurador-geral Rodrigo Janot e barrar a abertura de inquérito no Supremo. E o resto é história recente.

Debalde as previsões cataclísmicas de que este governo estaria com os dias contados ― cantadas em prosa e verso por nove entre dez analistas políticos e formadores de opinião de plantão ―, Michel Temer, tal qual os “bagres-sem-cabeça” que boiam nos esgotos a céu aberto que cortam a cidade de São Paulo, recusa-se teimosamente a afundar. Como na fábula russa de Pedro e o Lobo, sua iminente queda acabou cansando, e a maioria da população deixou de dar ouvidos à falácia (não que isso tenha feito algum bem à popularidade do presidente, cujos índices são tão ruins ― ou piores ― que os de Collor e Dilma durante seus respectivos processos de impeachment).

Já não se fala mais que Temer vai cair no dia seguinte, nem se especula como seria o governo de Rodrigo Maia ou, imaginem só, da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF. Embora poucos digam isso em público, tem-se como “cenário provável” sua permanência no Planalto até 31 de dezembro de 2018. Como salientou J.R. Guzzo em sua coluna na revista Exame do último dia 20, o governo está morto moralmente, e já há um bom tempo ― desde que se comprovou que o presidente da República mantinha reuniões nada republicanas, na calada da noite e em seu próprio palácio, com um escroque confesso e bilionário que hoje está na cadeia. Só que não estamos no Japão, onde um ministro faz haraquiri em público quando é pilhado roubando um clipe de papel. No Brasil, ninguém morre só de moral, sobretudo se tem à disposição o Diário Oficial, os cargos comissionados e a chave do Erário.

E a questão não se resume à permanência do presidente no jogo até o apito final: de uns tempos a esta parte, incentivado pelas reformas que ninguém antes dele conseguiu aprovar (insuficientes, é verdade, e limitadas por concessões às marafonas do Congresso), pela queda dos juros e da inflação, e pelo crescimento da produção industrial (o melhor resultado em 4 anos), Michel Miguel Elias Temer Luria, em carne e osso, começou a aparecer na imprensa como possível candidato à reeleição.

(Pausa para as gargalhadas.)

Os desafios do Brasil para o próximo ano são imensos. O país precisa voltar a crescer para elevar o padrão de vida material do seu povo e explorar nossa energia criadora em sua plenitude. Precisa aprovar reformas estruturais para modernizar-se e competir com qualidade no mundo globalizado. Precisa civilizar a vida política, estabelecendo um padrão ético aceitável, e superar as feridas de uma profunda divisão de ideologia e métodos. Precisa, enfim, reencontrar o caminho da estabilidade institucional, mas, mais importante que tudo, o povo (ah, o povo) precisa se conscientizar do poder que o direito (ou obrigação) de voto lhe assegura. Em outubro, além de eleger o sucessor de Michel Temer (e dos governadores dos Estados e deputados estaduais) teremos a valiosíssima chance de substituir todos os 513 deputados federais e 2/3 dos 81 senadores da República. Pensem nisso.

Feliz ano novo a todos.

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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

LULA AFRONTA ABERTAMENTE O ESTADO DEMOCRÁTICO



Deu n’O ANTAGONISTA:
Nem a Folha de S. Paulo aprova a estratégia do condenado para escapar da cadeia. Segue a transcrição do editorial publicado na edição de ontem, 28:

Todo réu num processo judicial possui, naturalmente, o direito de se dizer inocente. Há muita diferença, todavia, entre a atitude de quem se defende com firmeza de uma acusação e a tentativa de afrontar abertamente as instituições de um Estado democrático.

Confiando nos seus ainda elevados índices de popularidade, o ex-presidente Lula parece apostar na segunda alternativa. Conforme se aproxima a data de seu julgamento em segunda instância, o líder petista vai multiplicando declarações no sentido de deslegitimar, desde já, a eventual sentença que venha a receber.

"A minha condenação será a negação da Justiça", disse, em recente entrevista coletiva. "A Justiça vai ter que fazer um esforço monumental para transformar uma mentira em verdade e julgar uma pessoa que não cometeu crime."

Tinha ido além, meses atrás, ao afirmar sobre seus julgadores que, se não o prendessem, "quem sabe um dia eu mando prendê-los pelas mentiras que eles contam".

A sentença do juiz Sergio Moro, que o condenou em primeira instância por receber favorecimentos do dono da OAS, "é quase uma piada", acrescenta agora o ex-presidente ― que apesar das evidências em contrário insiste na tese de que o famoso tríplex em Guarujá não se destinava ao desfrute dele próprio e de sua família.

Há, por certo, casos de corrupção envolvendo valores muito mais vultosos que o daquele apartamento de veraneio ― sendo plausível, até, a argumentação de Lula quanto ao seu desinteresse pessoal pelo imóvel, a seu ver modesto. Não faltam provas, entretanto, quanto às reformas feitas sob medida no apartamento. Deram-se visitas ao local, não com a presença de um corretor qualquer da região, mas sim do próprio dono de uma das maiores empreiteiras do país.

Ainda que nesse caso possam debater-se interpretações diversas entre promotoria e defesa, cabendo exatamente por isso uma nova análise em instância superior, não se trata de "piada" a condenação, longa e minuciosamente fundamentada (o grifo é meu) que foi imposta a Lula em Curitiba.

Exacerbando o tom de seu discurso, o ex-presidente procura sobretudo insuflar a militância a não aceitar a eventual confirmação, pelo Tribunal Regional Federal, da sentença de culpa.

Constrói-se, ademais, a hipótese preventiva de que Lula seria necessariamente eleito em 2018: processos judiciais se transformariam, nessa versão, em conspirações contra a grande revanche petista. O cacique petista se põe acima da lei; no desespero, aposta no descrédito da Justiça e da própria legitimidade do processo eleitoral.

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AINDA SOBRE OS APPS NATIVOS DO WINDOWS

CHI VA, NON PUÓ; CHI PUÓ, NON VA; CHI SA, NON FA; CHI FA, NON SA, E COSI, MALE IL MONDO VA.

Da mesma forma como diversas razões nos levam a desinstalar alguns componentes nativos do Windows (assunto discutido nas duas postagens anteriores), outras tantas podem nos levar a querê-los de volta. Em alguns casos, inclusive, a reinstalação é o mote da desinstalação (você entenderá melhor o que eu estou dizendo se ler as postagens anteriores).

Seja qual for o motivo que o leve a reinstalar os apps, há, basicamente, dois caminhos a seguir. O primeiro, que eu recomendo, é fazer o download a partir da loja do Windows (Microsoft Store).

Basta abrir o aplicativo Loja a partir do menu Iniciar (se você não o desinstalou, naturalmente) e digitar, no campo de buscas, o nome do programa desejado. Na listagem de aplicativos, clique em Mostrar Tudo, localize o app que você quer adicionar e clique em Gratuito ou Instalar. Pode ser necessário logar-se com sua conta Microsoft (ou criar uma, se não ainda não o tiver feito). Ao final, reinicie o computador, mesmo que isso não lhe seja solicitado.

O segundo caminho é mais complicado e nem sempre produz resultados satisfatórios, de maneira que você só deve segui-lo se não houver alternativa. Antes, porém, execute o Windows Update, instale todas as atualizações disponíveis e, se necessário, baixe as versões mais recentes do .Net Framework e do Visual C++

Feito isso, abra o Windows PowerShell (conheça melhor o prompt de comando e o WPS na sequência de postagens iniciada por esta aqui) com privilégios de administrador e digite o comando:

Get-AppxPackage -AllUsers| Foreach {Add-AppxPackage -DisableDevelopmentMode -Register “$($_.InstallLocation)\AppXManifest.xml”} 

Pressione a tecla Enter e vá tomar um café ou coisa parecida, porque o processo pode demorar, e não há como conferir o andamento. 

Ao final, mesmo que lhe pareça que aconteceu, reinicie o computador, clique em Inicia e, na lista de aplicativos, verifique se os itens que você queria resgatar foram de fato recuperados. Caso afirmativo, remova os demais apps nativos ― é, esse método traz todos eles de volta ― seguindo os sugeridos nos capítulos anteriores.

Boa sorte.

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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

O COMPLEXO DE VIRA-LATA E A LEI... ORA, A LEI!


A expressão “complexo de vira-lata” foi cunhada por Nelson Rodrigues durante a Copa de 1950, quando a seleção uruguaia derrotou a brasileira no Maracanã. A conquista da taça na Suécia, oito anos depois, e as vitórias em 1962, 1970, 1994 e 2002 elevaram o moral tupiniquim (até o fiasco de 7 a 1 na partida contra a Alemanha, em 2014), mas, fora do campo futebolístico, o “país do futuro” continua “deitado eternamente em berço esplêndido”.

Não haverá perspectiva de mudança enquanto os “vira-latas” não se conscientizarem de que é preciso eleger políticos sérios, que coloquem os interesses da nação à frente de suas próprias conveniências. Até lá, o país continuará “patinando”, sobretudo por conta da ignorância da população em geral, mas também devido ao inchaço da máquina pública e à vastíssima gama de regalias do funcionalismo ― como o execrável foro privilegiado, que torna quase 60 mil cidadãos “mais iguais que os outros”.

Infelizmente, não é só: Juízes, promotores, desembargadores e até ministros das nossas Cortes superiores agem como se leis só valessem quando vão ao encontro de suas crenças ou laboram em favor de seus apaniguados. Existe toda uma discussão sobre o Judiciário dever ou não ser um instrumento cego de aplicação da lei, mas nada se decide, e as decisões monocráticas dos ministros da nossa mais alta Corte, que deveriam contribuir para segurança jurídica, produzem resultados diametralmente opostos.

Vivemos numa democracia capenga, mas, mesmo assim, regida por leis. As leis podem ser boas ou ruins, necessárias ou inúteis, razoáveis ou estúpidas. Se causam mais mal do que bem, elas podem ― e devem ― ser revogadas e substituídas por outras que as corrijam. Mas é fundamental que sejam cumpridas por todos e aplicadas a todos da mesma forma e com os mesmos critérios ― pouco importando se o cidadão é ex-presidente da República ou punguista de feira, megaempresário ou ladrão de galinhas, médico-estuprador ou corretor zoológico ― e que as decisões tomadas hoje para este ou aquele tipo de caso ou circunstância sejam iguais às que serão tomadas amanhã em casos e/ou situações análogas.

Qualquer pessoa com o Q.I. de um pé de alface é capaz de entender a lógica de um sistema assim, mas nossos homens públicos preferem a morte a se sujeitarem à previsibilidade da lei. E ninguém trabalha tanto para manter a insegurança jurídica no Brasil do que o próprio Poder Judiciário. Como esperar, então, coerência, lógica ou respeito às leis se procuradores, promotores, juízes, desembargadores e ministros são os primeiros a rasgar essas leis quando se trata de aplicá-las a si mesmos ou a seus “bandidos preferidos”?

No Rio, Piccianis são presos, soltos e presos de novo; Garotinhos entram e saem da cadeia como de um hotel; Sérgio Cabral dá ordem aos carcereiros, e por aí vai. No meio de todo esse caos, a presidente do Supremo balbucia decisões incompreensíveis, enquanto a personificação de Zeus que habita não o Olimpo, mas o STF, e nas horas vagas preside o TSE concede um Natal mais feliz a (mais) oito políticos e empresários acusados ou suspeitos de corrupção. Apenas para citar um exemplo, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral e condenada a 18 anos de prisão por lavagem de dinheiro e por ter desfrutado de joias, viagens e diversos luxos do esquema de corrupção comandado pelo marido, trocou a cadeia de Benfica pelo conforto do cinematográfico apartamento do casal no Leblon. Segundo José Simão, durante o traslado a dondoca chegou a pedir ao agente da PF que desse uma paradinha no Shopping Leblon, pois ela queria passar na H. Stern (é gozação, naturalmente, mas só rindo para não chorar).

Por essas e por outras, o abaixo assinado que pede a cabeça de Gilmar Mendes, o cada vez mais impopular comandante da tropa de toga ― que transformou em espetáculo circense o “julgamento do século” no TSE, absolveu a chapa Dilma-Temer e nos ensinou que “a contundência das provas varia conforme o grau de amizade entre o presidente da Corte e o acusado” ― já contabiliza 1,6 milhão de assinaturas. Pelo visto, a popularidade de sua insolência é quase tão rasteira quando a de Michel Temer, e depois que a revista Veja dedicou mais de 10 páginas à relação obscura do magistrado com certo moedor de carne bilionário ― antes frequentador eventual dos porões do Palácio do Jaburu, hoje hóspede do fabuloso sistema penitenciário tupiniquim ―, a virulência das decisões estapafúrdias do ministro aumentou consideravelmente.

Na semana passada, esse laxante togado soltou réus e investigados da Lava-Jato a torto e a direito ― como Anthony Garotinho, Antonio Carlos Rodrigues, Miguel Schin e Gustavo Estellita ―, empenhou-se em retirar da alçada do juiz Moro processos contra réus do Quadrilhão do PMDB ― como Geddel, Cunha, Loures e companhia ―, investiu contra a condução coercitiva de testemunhas, enfim, pintou e bordou (mais detalhes nesta postagem). 

A julgar pelo que se tem visto, diversos membros do Supremo, que deveriam agir como guardiões da Constituição, atuam como advogados de defesa de criminosos. Parecem não ter noção de que não foram eleitos para coisa alguma, apenas passaram num concurso público e/ou foram nomeados para os cargos que ocupam (a propósito, Lewandowski e Toffoli eram meros advogados quando foram indicados para o STF por Lula).

Observação: A atual composição do Supremo é a pior da nossa história recente. À exceção do decano Celso de Mello, nomeado por Sarney, de Gilmar Mendes, herança maldita de FHC, de Marco Aurélio Mello, indicado pelo primo Fernando Collor, e de Alexandre de Moraes, escolhido por Michel Temer, todos os demais foram guindados ao cargo por indicação de Lula ou de Dilma.

Igualmente preocupante é a polarização do Supremo. De uns tempos a esta parte, intermináveis debates em linguagem rebuscada, quase pernóstica, denota uma batalha de egos que não interessa à nação, como tampouco decisões tomadas por 6 votos a 5. Na 2ª Turma, responsável pelos processos da Lava-Jato, a situação é ainda pior: o trio-calafrio (Mendes, Toffoli e Lewandowski) parece empenhado em derrotar o relator Edson Fachin, que fica isolado ou, quando muito, é acompanhado pelo voto do ministro Celso de Mello.

Visões diametralmente opostas são um problema sério para o país. O debate é saudável e a troca de opiniões pavimenta o caminho para uma democracia consolidada, mas, ultimamente, a impressão que se tem é de que, mais do que lei ou a jurisprudência, vale mesmo é a posição pessoal de cada ministro, não raro expressa na base do grito ou em bate-bocas que nos dão a impressão de estarmos assistindo a uma guerra de egos. Tudo isso produz insegurança e depõe contra a sobriedade que se espera de um colegiado como o STF, ainda mais quando as sessões são televisionadas e transmitidas ao vivo para todo o Brasil.

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COMO REMOVER APPS NATIVOS DO WINDOWS 10 ― PARTE 3

DEVIAM PARAR COM A DEMAGOGIA SOBRE AS MASSAS. AS MASSAS SÃO RUDES, SEM PREPARO, IGNORANTES, PERNICIOSAS EM SUAS REIVINDICAÇÕES E INFLUÊNCIAS. NÃO PRECISAM DE LISONJAS, MAS DE INSTRUÇÃO.

Relembrando: (1) os apps nativos do Windows 10 podem ser removidos, embora nem sempre de modo simples e intuitivo; (2) a maioria deles não ocupa muito espaço nem consome muitos recursos do sistema, e ocultá-los pode ser um paliativo mais interessante;  (3) os itens mais intrusivos e que se recusam a ser excluídos do modo convencional podem ser desinstalados pelo CCleaner (mesmo com a versão gratuita da ferramenta).

Pode acontecer de um app que a gente usa regularmente se tornar instável ou deixar de funcionar, e o problema não se resolver depois que encerrarmos e reabrimos o programa (ou reiniciamos o computador). Nesse caso, a melhor alternativa é a reinstalação, mas o "X" da questão é que, quando tentamos reinstalar esses programinhas a partir da Microsoft Store, recebemos a mensagem de que eles são componentes nativos e, portanto, não precisam ser instalados. Então, o jeito será removê-los, antes de reinstalá-los.

O roteiro a seguir permite remover a maioria dos apps nativos do Windows ― eles permanecerão latentes no HDD (ou SSD, conforme o caso), mas só voltarão a nos assombrar se criarmos uma nova conta de usuário, por exemplo, ou quando reinstalarmos o sistema operacional. No entanto, antes de partir para o tratamento de choque, localize [no menu Iniciar] o programinha que você deseja “neutralizar”, clique com o botão direito sobre ele e selecione a opção Desafixar de Iniciar (se ela estiver presente). Caso seja mesmo necessário desinstalar o dito-cujo, e o CCleaner não der conta do recado, crie um ponto de restauração do sistema e faça o seguinte:

― No Windows 10, clique em Iniciar, localize o Windows PowerShell na lista de aplicativos, clique com o botão direito sobre ele, escolha a opção Executar como administrador e clique em “Sim” quando lhe for perguntado se deseja permitir que o aplicativo faça alterações no seu computador.

― Copie e cole na tela do PowerShell o comando correspondente ao app que você quer desinstalar e pressione Enter. Confira a lista a seguir:

Para desinstalar o app 3D Builder: Get-AppxPackage *3dbuilder* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Adquira o Office (ou Get Office): Get-AppxPackage *officehub* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Alarmes e Relógio: Get-AppxPackage *windowsalarms* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Calculadora: Get-AppxPackage *windowscalculator* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Calendário e o Email: Get-AppxPackage *windowscommunicationsapps* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Câmera: Get-AppxPackage *windowscamera* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Clima: Get-AppxPackage *bingweather* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Complemento para o Telefone: Get-AppxPackage *windowsphone* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Dinheiro: Get-AppxPackage *bingfinance* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Esportes: Get-AppxPackage *bingsports* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Filmes e TV: Get-AppxPackage *zunevideo* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Fotos: Get-AppxPackage *photos* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Get Skype: Get-AppxPackage *skypeapp* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Gravador de Voz: Get-AppxPackage *soundrecorder* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Groove Música: Get-AppxPackage *zunemusic* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Introdução: Get-AppxPackage *getstarted* | Remove-AppxPackage
Para desinstalar Leitor: Get-AppxPackage *reader* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Loja: Get-AppxPackage *windowsstore* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Mapas: Get-AppxPackage *windowsmaps* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Microsoft Solitaire Collection: Get-AppxPackage *solitairecollection* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Notícias: Get-AppxPackage *bingnews* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar OneNote: Get-AppxPackage *onenote* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Pessoas: Get-AppxPackage *people* | Remove-AppxPackage;
Para desinstalar Xbox: Get-AppxPackage *xboxapp* | Remove-AppxPackage;

― Uma barra na cor verde confirmará a desinstalação, que pode levar alguns minutos para ser concluída. Ao final, reinicie o computador e confira o resultado.

Com informações do Blog Rafael.LV

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