quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O NAUSEABUNDO CENÁRIO POLÍTICO



Muita gente já nem se lembra em quem votou para deputado e senador nas últimas eleições — o que é compreensível: no mesmo sufrágio em que escolhemos o presidente da República, votamos também para governador, senador, deputado federal e estadual, um complicador que, combinado com grau de (des)informação do eleitorado, explica a péssima qualidade de nosso Parlamento e a “perpetuação” do mandato de seus membros

O Congresso Nacional é formado por 513 deputados federais e 81 senadores. Caso não se reelejam, todos os deputados e 52 senadores ficarão sem mandato no apagar das luzes de 2018 (dos 513 deputados, 407 tentarão novo mandato e 106 disputarão a eleição para outros cargos; somente 31 não serão candidatos a nada nas próximas eleições). 

Em tese, as próximas eleições seriam uma oportunidade de ouro para varrermos os fisiologistas e corruptos que se abancaram na Câmara e no Senado. Na prática, mesmo com o descrédito da classe política e a tendência dos eleitores de votar em quem não exerce mandato, estruturas partidárias engessadas, falta de novas opções e o uso do poder parlamentar em interesse próprio dificultarão a renovação.

Observação: Cada estado da federação conta com 3 senadores, que, como os deputados, são eleitos pelo sistema majoritário, mas seu mandato é de 8 anos, e a renovação de forma parcial a cada quatro anos (1/3 do quadro é renovado numa eleição e os outros 2/3 na próxima, e assim sucessivamente). Cada senador tem direito a dois suplentes, que irão substituí-lo na ordem em que foram registrados, mas isso já é outra conversa).

Ainda que o Legislativo abrigue mais de 200 investigados por crimes no STF, os 55 deputados federais e 17 dos 24 senadores eleitos em 2010 que são alvo da Lava-Jato devem se reeleger sem grandes dificuldades. Mas não é só. Nosso Congresso conta com pelo menos três “deputados presidiários” — Paulo Maluf, Celso Jacob e João Rodrigues, que até coordenam comissões durante o recesso —, um ex-presidente da Câmara preso (Eduardo Cunha) e um ex-candidato à presidência da República denunciado por corrupção e obstrução de Justiça (Aécio Neves, que estaria com medidas cautelares em vigor não fossem os colegas senadores a salvar seu mandato). Pausa para você bater no peito e gritar aos quatro ventos seu orgulho de ser brasileiro.

Observação: Falando no Aécio, o mineirinho safo tentará se eleger deputado por Minas Gerais, e eu não duvido que ele consiga. Ao que tudo indica, Dilma, a imprestável das imprestáveis, é franco-favorita para ocupar uma cadeira no Senado... Aliás, a candidatura dessa vigarista já foi alvo de pelo menos 3 impugnações. Mas isso já é outra conversa. Importa mesmo é dizer que com eleitores assim no segundo maior colégio eleitoral tupiniquim, não é de espantar que nossa democracia não funcione e que esta país esteja na merda.

Continua no próximo post.

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CURTIU E SE ARRPENDEU? VEJA COMO NÃO PAGAR MICO


SHIT HAPPENS!

Embora o Facebook tenha popularizado o botão “curtir”, essa funcionalidade foi criada por uma rede social chamada FriendFeed, em 2007, visando oferecer aos usuários uma maneira simples e rápida de demonstrar apreço pelas publicações de seus amigos.

Não havia, então, um botão com ícone, como existe hoje no Facebook, mas apenas um hiperlink. Ainda assim, o conceito principal era o mesmo.

Após comprar o FriendFeed, em 2009, o Face implementou o botão “Like” tal qual o conhecemos, e em 2016, ao perceber que só o botão não era o suficiente, lançou globalmente as reações.

O problema é que o usuário acaba se distraindo e curtindo algo que não devia. Para não pagar mico, veja como disfarçar esse gesto involuntário:

— No seu perfil do Face, clique na aba “Mais”, que fica no topo direito, e selecione “Curtidas”;

— Na próxima tela, também no canto direito, selecione o ícone do lápis e clique em “edite a privacidade de suas curtidas”;

— Escolha a opção “Somente eu” para esconder as “curtidas” de seus contatos. Depois, vá até o fim da tela e feche, para salvar as alterações.

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terça-feira, 21 de agosto de 2018

O BRASIL DO ZÉ CARIOCA



Ainda sobre a tal recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, da qual eu tratei, em rápidas pinceladas, na postagem anterior, segue o resumo de mais um coluna magistral do jornalista J.R. Guzzo, cuja íntegra você pode ler na edição impressa de Veja desta semana ou no Blog Fatos.

Não existe no universo nenhuma força capaz de fazer a humanidade saber com um mínimo de exatidão o que acontece no Brasil. Entenda-se, aí, os países bem-sucedidos; dos demais, é inútil falar, pois ne sabem onde fica o Brasil. E quando por acaso ficam sabendo de alguma coisa, nunca se interessam em saber mais. Isso não torna o Brasil pior do que é, nem melhor. Se milhões de brasileiros não conhecem os fatos mais rudimentares sobre o seu próprio país, porque raios iriam lamentar a ignorância dos suecos ou dos esquimós a respeito do que acontece aqui? Para o Brasil mais instruído, porém, é humilhante.

O mundo desenvolvido, hoje, não é ignorante sobre as mesmas coisas que ignorava no passado, como resultado direto do que sua grande imprensa escrevia sobre o Brasil. Mas por conta do que essas mesmas fontes lhe dizem atualmente, continua imaginando que existem por aqui os fenômenos mais extraordinários. Já não se fala que há cobras gigantes no meio da rua em Copacabana, que o brasileiro passa a vida dormindo nas calçadas com um sombrero mexicano na cabeça, que a capital do Brasil é a cidade de Bolívia ou que você pode ser comido por uma onça ao atravessar o Viaduto do Chá. O que excita o comunicador de primeiro mundo, agora, é a divulgação do disparate com conteúdo político e social.

A cobra de Copacabana na versão de 2018 é a lenda, promovida à categoria de verdade científica pela melhor imprensa internacional, segundo a qual o ex-presidente Lula é um “preso político”. Anda de mãos dadas, nas mesmas páginas, com a fábula de que houve um “golpe de Estado” no Brasil, que derrubou a presidente popular Dilma Rousseff e age, no momento, para impedir que Lula concorra à eleição presidencial de outubro próximo. 

Praticamente não se diz, em nenhuma notícia, que Lula está preso por que foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em processo legal iniciado com a sua denúncia em setembro de 2016 e concluído com sua condenação definitiva em janeiro de 2018. É quase impossível, da mesma forma, encontrar qualquer menção ao fato de que o ex-presidente usou durante esse período todos os meios de defesa possíveis na legislação universal; contestou todas as decisões do juízo, apresentou dezenas de recursos e não foi capaz de demonstrar, em nenhum momento, a mínima irregularidade legal no seu julgamento. Também não se diz em lugar nenhum que Dilma foi deposta pelo voto de quase três quartos do Congresso, após um processo de impeachment monitorado em todos os detalhes pelo STF e durante o qual não se encontrou até agora uma única ilegalidade de fundo ou de forma.

O que a imprensa mundial diz ao público é que Lula está preso porque lidera “todas as pesquisas”; se estivesse solto seria candidato à presidente e ganharia a eleição, e “não querem” que isso aconteça, porque ele voltaria a ajudar os pobres. Quem “não querem”? E o que alguém ganharia ficando contra “os pobres”? Não há essas informações. Não há nenhuma palavra, também, sobre o fato de que a presidência de Lula foi o período de maior corrupção já registrado na história mundial — realidade comprovada por delações, confissões e devolução de bilhões em dinheiro roubado.

Mas e daí? Ninguém está ligando para o Brasil como ele é. O Brasil do Zé Carioca é muito mais interessante.

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VEJA COMO OCULTAR FOTOS COMPROMETEDORAS NO iPHONE


EM RIO QUE TEM PIRANHA, JACARÉ NADA DE COSTAS.

A telefonia móvel celular começou a se popularizar no Brasil lá pelo final do século passado.

A princípio caros e volumosos, os aparelhos serviam mais como símbolo de status para quem podia (e se dispunha a) gastar uma pequena fortuna para andar com um “tijolo” pendurado no cinto e pagar os olhos da cara por um serviço instável e ineficiente. 

Mas não há nada como o tempo para passar, e em poucos anos os telefoninhos encolheram, ficaram “inteligentes” e ampliaram barbaramente sua gama de recursos e funções. E como a saudável concorrência entre as operadoras barateou o serviço, o número de linhas móveis já supera o de terminais fixos no Brasil, ainda que smartphones de grife continuarem custando os olhos da cara.

Os modelos com câmera digital surgiram no mercado no início dos anos 2000. O primeiro deles foi o Sharp J-SH04, comercializado pela J-Phone. Alguns meses antes, a Samsung havia lançado o SCH-V200, que era um “combo 2 em 1”, mas o aparelho da Sharp é considerado oficialmente o primeiro celular com câmera do mundo porque, no da concorrente, os dois dispositivos não eram integrados, mas sim acoplados. A versão da Samsung tinha resolução de 0,3 megapixel e capacidade para armazenar até 20 fotos, mas era necessário conectar o aparelho ao computador para visualizar as imagens. A da Sharp contava com sensor de 0,1 megapixel, mas não só exibia as imagens como era capaz de enviá-las eletronicamente para outras pessoas a partir do próprio aparelho.

Ter um smartphone sem câmera hoje em dia é inconcebível. Com as facilidades da fotografia digital e SD Cards de centenas de gigabytes custando menos que uma pizza, ninguém mais carrega na carteira uma foto amarelada da cara-metade, do filho, da mãe, do cachorro... Sem mencionara que dá para atazanar a qualquer momento a paciência dos amigos com as centenas de fotos do final de semana na praia ou das férias no exterior (para desgosto dos fabricantes e revendedores de projetores de slide e assemelhados).

Por outro lado, essa facilidade requer cuidados para evitar constrangimentos. Imagine que você está mostrando para sua avó as fotos do batizado do seu caçula, quando, entre as imagens, surge uma foto comprometedora, que não deveria ser vista por outros olhos que não os seus. A boa notícia é que o iPhone permite esconder fotos dentro dos álbuns, evitando que imagens baixadas do WhatsApp, por exemplo, apareçam na galeria principal.

Basta abrir a galeria principal, selecionar a foto que você deseja esconder, tocar no canto inferior esquerdo para ter acesso a mais opções da foto, tocar em Ocultar e confirmar o comando. Isso fará com que a foto seja transferida para um álbum chamado “Ocultos”, evitando que você a exiba por engano para alguém que não deveria vê-la. Para recolocar a foto na galeira principal, se necessário, é só você repetir os mesmos passos e desfazer o comando Ocultar.

Era isso pessoal. Espero ter ajudado.
  
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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

DEBATE DOS CANDIDATOS NA REDE TV! E A RECOMENDAÇÃO DA ONU



Depois da Band, foi a vez da Rede TV promover um debate entre presidenciáveis. O programa foi ao ar na noite da última sexta-feira e contou com a participação de Álvaro Dias (Pode), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). Devido ao avançado da hora, quem venceu foi o sono (pelo menos no meu caso), mas o milagre da tecnologia me permitiu assistir ao vídeo na manhã do sábado — e constatar que não perdi grande coisa. Mesmo assim, seguem algumas considerações.  

Havia um púlpito reservado ao candidato do PT, cujo pedido de participação foi negado pelo TSE (por motivos óbvios). Todos os participantes concordaram com a retirada do troço, com exceção do esmegma (Google, crianças) do PSOL.

A piada evangélica que atende por Cabo Daciolo iniciou seu misto de fala de abertura e oração dando “glória a Deus” e dizendo que nos levará os brasileiros a clamar ao Senhor. Para (mais) essa excrecência da política tupiniquim — vale lembrar que misturar política com religião nem sempre é uma boa ideia, como descobriram os cariocas sob a gestão do “bispo Crivella” —, a solução para a nação chama-se Jesus Cristo. Sem comentários.

Bolsonaro exortou os telespectadores a votar num candidato honesto, patriota, que crê em Deus e afaste de vez o fantasma do comunismo, que não negociará ministérios, estatais e bancos públicos — porque “aí estão o foco da corrupção, que têm levado o Estado, inclusive, à ineficiência; por isso não temos saúde, educação e segurança, exatamente por causa das indicações políticas, que têm que deixar de existir em nosso Brasil...”. Só faltou dizer como tenciona governar sem esses conchavos que tanto repudia num presidencialismo de coalizão (ou de cooptação, como bem disse FHC), mas isso já seria querer demais.

Boulos começou seu ramerrão dizendo-se indignado —como todos os brasileiros —, e que, para ele, política não é carreira, é desafio. Prometeu acabar com a “esculhambação que virou esse sistema político e o toma-lá-dá-cá”, tirar o Brasil da crise e apresentar “propostas de quem tem coragem para mudar o país” (aí eu devo ter dormido de novo, pois não vi nada de concreto nesse sentido). Ao final, o líder dos sem-terra requentou os “50 tons de Temer” que inaugurou no debate anterior, agradeceu à emissora, à companheira de chapa — “primeira indígena numa chapa presidencial na história desse país”, como fez questão de ressaltar — e ao telespectador, a quem “querem fazer acreditar que o único jeito de ser presidente do país é ter apoio de banqueiro, de grande empresário, é fazer campanha com marqueteiro”. Então tá.

O cearense de Pindamonhangaba (SP) tornou a acenar para os “que estão precisando, a tirar o nome do SPC”, prometeu tirar da cartola 2 milhões de empregos, retomar obras paradas, investir em creches e ensino médio profissionalizante em tempo integral — “como já temos no Ceará” — e revogar “esta vergonha (parafraseando Boris Casoy, âncora da emissora que mediou o debate) que é o teto de gastos, que guarda o dinheiro para os banqueiros e proíbe de se investir na agenda do povo”. Sem novidades, portanto.

Na sequência, Álvaro Dias, Henrique Meirelles, Geraldo Alckmin e Marina Silva brindaram os telespectadores com o já esperado “mais do mesmo”, de modo que é escusado aborrecer o leitor com mais detalhes. Luz no fim do túnel, que é bom, só mesmo o farol do trem vindo na contramão (7 de outubro está aí).

O próximo presidente, seja ele quem for, terá ma missão espinhosa. Mesmo que se consiga fazer a reforma da Previdência, há que se cumprir a regra do teto de gastos — e o atual governo, que não foi capaz de mudar as aposentadorias, ora se vê às voltas com um Orçamento cada vez mais comprimido por despesas obrigatórias (não apenas com benefícios previdenciários, mas com a folha de pagamentos) e áreas que já estão próximas de uma paralisação por falta de recursos.

Pela regra do teto, as despesas primárias deveriam passar de 19,5% do PIB em 2016 (primeiro ano de vigência da norma) para 15% do PIB em 2026. Repito: ainda que se faça a reforma da Previdência e se adotem medidas duras de ajuste fiscal, obter-se-á apenas uma parte da economia necessária para atingir essa meta. E o resíduo poderá ser ainda maior, considerando que o investimento público líquido não é suficiente sequer para cobrir a depreciação de obras, como tapar buracos nas estradas e consertar telhados de prédios públicos.

Caberá ao próximo presidente negociar com o funcionalismo mais uma rodada de reajustes salariais — o STF já deu o exemplo, ao propor o reajuste de 16,38% para seus ministros —, e mexer na regra do salário mínimo (a atual, que vale até 2019, prevê reajuste pela inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes) também não será tarefa fácil.

Nenhum presidente é capaz de governar sem o apoio do Congresso. A despeito de as próximas eleições serem tidas e havidas como uma “oportunidade de ouro” para se fazer uma faxina em regra no Legislativo — o mandato dos 513 deputados federais e de 2/3 dos 81 senadores termina em 31 de dezembro próximo —, não há perspectivas de uma renovação expressiva, pois as regras eleitorais foram criadas pelos próprios parlamentares, o que equivale a dar a Herodes a chave do berçário.

Segundo o ministro Luiz Roberto Barroso — com quem eu nem sempre concordo, mas a quem eu muito admiro —, não há salvação com o modelo político que vigora no Brasil, já que o sistema proporcional de lista aberta é um desastre completo. “Num cenário de grande fragmentação partidária, o presidente depende de alianças com uma vasta gama de agremiações para dar sustentação a seu governo, oferecendo em troca cargos em ministérios e estatais. Administrar os interesses múltiplos e frequentemente contraditórios da base, destituída de princípios comuns, corrompe a governança”, analisa o ministro.

Observação: Sobre o presidencialismo de coalizão, vale a pena ler este artigo do sociólogo Sérgio Abranches.

Mudando de pato pra ganso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU, em recente recomendação feita ao governo brasileiro, afirmou que houve violação ao artigo 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU, que garante a todo cidadão o direito de “votar e de ser eleito em eleições periódicas, autênticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário e por voto secreto, que garantam a manifestação da vontade dos eleitores”. No entendimento desse comitê — que não é integrado por países, mas por peritos que exercem a função em sua capacidade pessoal —, o criminoso de Garanhuns não pode ser impedido de disputar o pleito até que todos os recursos judiciais sejam analisados — o que, em se tratando de Brasil, equivale ao Dia de São Nunca. Em outras palavras, a Lei da Ficha-Limpa tem a mesma serventia que uma folha de papel higiênico.

O governo brasileiro considerou a recomendação “sem efeito juridicamente vinculante”, quando mais não seja porque a delegação permanente do Brasil em Genebra não foi previamente avisada de sua manifestação sobre o caso e tampouco recebeu pedidos de informação sobre o processo. A deliberação foi encaminhada pelo Itamaraty ao Judiciário, que deverá elaborar uma resposta, esclarecendo que todo o processo legal do caso do triplex foi seguido, que o réu teve amplo direito à defesa e que sua condenação se deu em duas instâncias da Justiça e foi respalda pelas cortes superiores.

Talvez a distância que separa Genebra do Brasil impeça os peritos de ver o cenário com clareza, de entender que Lula foi condenado, está preso e, portanto, tem os direitos políticos prejudicados. Situação similar ocorreu após a aprovação da reforma trabalhista pelo Congresso, quando a Organização Internacional do Trabalho argumentou que as mudanças feririam os direitos dos brasileiros, mas, após as explicações de Brasília, concluiu que não houve ilegalidade. Ainda que eu não concorde com Bolsonaro, para quem a ONU não passa de um antro de comunistas, nada justifica que o comitê se imiscua em assuntos internos de um país soberano e democrata, mesmo que esse país soberano e democrata seja esta Banânia. Como dizia meu finado avô, “quanto mais você se abaixa, mais aparece a bunda”.

A recomendação da organização — resultante de mais uma chicana dos rábulas lulistas — é uma medida precária, de caráter liminar e que em nada muda a decisão da lei brasileira, segundo a qual Lula foi condenado em duas instancias e está inelegível. Ponto final. De gente “governando” de dentro dos presídios, já nos basta Marcola e outros líderes das fações criminosas ligadas ao tráfico de drogas; só faltava, agora, a ORCRIM de Lula os imitar também nisso.

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QUEBROU O BOTÃO HOME DO SEU iPHONE?


PARA CONHECER OS AMIGOS, É NECESSÁRIO PASSAR PELO SUCESSO E PELA DESGRAÇA. NO SUCESSO, VERIFICA-SE A QUANTIDADE E NA DESGRAÇA, A QUALIDADE.

Celulares custam caríssimo no Brasil, sobretudo porque o imposto corresponde a quase metade do preço do aparelho. 

O iPhone X de configuração top, por exemplo, que sai por US$ 1 mil na terra do Tio Sam, é vendido por cerca de R$ 8 mil nas lojas oficiais da Apple em solo tupiniquim.

Observação: Falando no X, sites especializados dão conta de que a empresa da maçã tem um grande um grande número desse modelo em estoque — quase três vezes maior do que o número de aparelhos enviados para as lojas parceiras, mas aposta no lançamento da próxima geração, que deve ser anunciada já no mês que vem — serão três novos modelos, um com tela LCD de 6,1 polegadas, que será mais acessível ao público, e dois com display OLED — um possível sucessor do iPhone X, com 5,8 polegadas, e um suposto iPhone X Plus, com 6,5 polegadas.

Passando ao que interessa, quem tem um iPhone usa a tecla Home do aparelho inúmeras vezes por dia, já que, nas versões mais recentes, ela executa diversas funções além de simplesmente “voltar à tela inicial”. A questão é que o uso recorrente desse botão pode acarretar problemas, notadamente nas versões 4, 4S e 5. E ainda que esse problema seja menos frequente no iPhone 5S e posteriores, ele ainda pode ocorrer, e o conserto chega a custar cerca de 10% do valor do aparelho.

O lado bom da história, por assim dizer, é que é possível “evitar gastar” o botão Home — ou, no caso de ele deixar de funcionar, adiar o conserto ou a substituição do smartphone. O truque é habilitar o AssistiveTouch, que foi introduzido na versão 4S como solução de acessibilidade para usuários com limitações motoras.

Uma vez ativado, o AssistiveTouch funciona como uma espécie de botão virtual — a exemplo do que já existe nos celulares Android — e suas funções são totalmente programáveis: quando clicado, ele abre outras opções de comandos, como emular o 3D Touch, bloquear a tela ou acessar as notificações. Interessado? Então veja como proceder:

— Selecione a opção Ajustes.

— Toque na opção Geral e, em seguida, em Acessibilidade.

— Ative o AssistiveTouch para que o botão virtual seja exibido na tela inicial do seu aparelho.

— Nessa mesma tela, ajuste a opacidade do botão, clique em Personalizar menu principal e determine quantas e quais funções o botão irá executar (são oito, no máximo, e vão desde bloquear a tela até abrir a lista de apps em atividade).

Pronto: agora o botão estará na tela principal, e você poderá movê-lo para onde quiser.

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domingo, 19 de agosto de 2018

ELEIÇÕES 2018 — NA DÚVIDA, PESQUISE



Muita gente nem se lembra em quem votou para deputado e senador nas últimas eleições. É compreensível: no mesmo pleito em que escolhe o próximo presidente da República, o eleitor precisa votar nos candidatos a governador, senador, deputado federal e estadual. 

O horário eleitoral obrigatório — que neste ano começa mais tarde e dura menos tempo — até ajuda quem não têm acesso à internet e às redes sociais, mas, como política e honestidade são coisas mutuamente excludentes, não se pode confiar cegamente nas promessas de campanha. Além disso, alguns candidatos têm mais tempo para mentir do que os outros, pois a exposição no rádio e na TV não é dividida irmãmente entre eles — daí o finado Enéas Carneiro, do PRONA, despejar meia dúzia de frases numa velocidade que dava inveja a locutores esportivos e concluir suas falas com o indefectível bordão “Meu nome é Enéas”. E como vivemos numa terra em que criminosos condenados — pasme! — continuam exercendo normalmente suas atividades parlamentares e — absurdo dos absurdos — um corrupto sentenciado a 12 anos e 1 mês de prisão, que cumpre pena em regime fechado, faz o diabo para posar de candidato à presidência da República, é imprescindível escarafunchar minuciosamente cuidadosamente a vida pregressa e a carreira política dos candidatos. 

A lei eleitoral determina que postulantes a cargos públicos apresentem certidões de “nada consta criminal”, de maneira a comprovar que não devem nada à Justiça. Todavia, brechas na legislação — que é criada pelo Poder Legislativo, ou seja, por deputados e senadores — permitem a apresentação de declarações do tribunal local e da Justiça Federal do estado onde o candidato é residente e domiciliado.

Observação: O santarrão Cabo Daciolo responde a inquérito por suposto desvio de verba pública, mas entregou ao TSE uma certidão de “nada consta”, porque o órgão emissor só lista condenações. Outro exemplo é o tucano Geraldo Alckmin, que é investigado por suposto recebimento de doações de campanha via caixa 2 — ele não é réu nem muito menos foi condenado, mas, na atual conjuntura, uma simples investigação é prato cheio para os adversários.

Foi por isso que o PT registrou a candidatura de Lula mediante a apresentação de uma certidão de antecedentes criminais de São Bernardo do Campo, onde o demiurgo de Garanhuns realmente não tem condenação nem em primeira nem em segunda instâncias, embora esteja cumprindo pena em Curitiba após ter sido julgado e condenado pela 13ª Vara Federal do Paraná e pelo TRF-4, em Porto Alegre. Trata-se de mais uma chicana, naturalmente, até porque uma eleição presidencial tem caráter nacional e a própria defesa de Lula já apresentou dezenas de recursos ao TRF-4, ao STJ e ao STF, o que torna a condenação “pública e notória” — ou seja, que independe de prova (conforme dispõe o artigo 347 do CPC). Argumentar que Lula não é “ficha-suja” equivale a defender a tese absurda de que o Homem jamais pisou na Lua, mas, em se tratando da patuleia vermelha, tudo é possível.

Enfim, quem tem acesso à Web tem à disposição diversas soluções digitais que ajudam a separar o joio do trigo. Dentre elas:

Vigie Aqui é uma extensão para o Google Chrome que destaca na cor roxa os políticos ficha-suja mencionados nos websites. Outra iniciativa digna de menção é a plataforma #MeRepresenta, através da qual é possível pesquisar a opinião dos políticos acerca de temas relacionados com direitos humanos.

O site MeuCongressoNacional oferece informações sobre o mandato de deputados federais e senadores — tais como as comissões de que eles participam, os projetos de lei ou de emenda constitucional que cada um já apresentou e, principalmente, a maneira como utilizam o dinheiro das cotas parlamentares.

O aplicativo Pardal — Faça sua denúncia aqui permite enviar denúncias de práticas indevidas ou ilegais no âmbito da Justiça Eleitoral — note que elas devem conter informações e evidências que ajudem no combate a crimes eleitorais.

O Newsletter Incancelável usa a inteligência de monitoramento do News Monitor (que indexa mensalmente mais de 5 milhões de notícias de 50 mil sites e veículos) para auxiliar o eleitor a acompanhar os conteúdos mais relevantes sobre seus candidatos — antes das eleições e durante seus mandatos — de uma maneira prática e regular.

Por último, mas não menos importante, o Vote na Web objetiva aumentar a politização da sociedade, oferecendo uma maneira fácil de acompanhar, votar e debater o trabalho dos políticos e criando um ambiente favorável ao diálogo entre parlamentares e cidadãos.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.

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http://informatica.link.blog.br/
http://cenario-politico-tupiniquim.link.blog.br/
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sábado, 18 de agosto de 2018

O CHEFE, A CADEIA E A ELEIÇÃO



A revista digital Crusoé detalhou como Lula comanda o PT de dentro da prisão e manipula a sucessão presidencial com a ajuda de comparsas, cujo registro na OAB lhes garante acesso irrestrito à carceragem da PF e permite que atuem como como moleques de recado do petralha. Foi através desses esbirros que Lula isolou Ciro Gomes e articulou com o PCdoB o ingresso de Manoela d’Ávila como “trice” na inusitada chapa tríplex petista, apenas para citar os exemplos mais notórios.

Lula transformou sua cela num verdadeiro comitê de campanha. Prova disso é que a Lava-Jato, em manifestação à Justiça Federal de Curitiba, reclamou do acesso irrestrito de Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad ao criminoso. 

Parece haver, em realidade, uma aparente tentativa de ludibriar as regras fixadas para visitação do encarcerado, possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde que o visitante seja advogado”, disseram os procuradores. E mais: “As visitas não têm por objetivo a defesa judicial do apenado, senão a de possibilitar, por parte de Luiz Inácio Lula da Silva, a condução e a intervenção no processo eleitoral de quem materialmente está inelegível, transformando o local onde cumpre pena — a sede da Polícia Federal — em seu comitê de campanha”.

O PT registrou a candidatura do molusco minutos antes do deadline (19h00 da última quarta-feira). Para o partido, minuto poupado é minuto ganho, já que a estratégia é manter o comandante da ORCRIM como cabeça da chapa até o último instante e, se possível, impedir a substituição de seu nome e foto nas urnas funerárias — ops, urnas eletrônicas — pelos de Fernando Haddad ou de outro poste qualquer (vale lembrar que o prazo para troca de candidatos termina em 17 de setembro).

Desde a noite da última quarta-feira, pelo menos 7 pedidos de impugnação foram protocolados no TSE contra a candidatura do petralha. No dia seguinte, a ministra Rosa Weber, atual presidente da Corte, manteve Luís Roberto Barroso na relatoria dos processos (como os questionamentos foram distribuídos por sorteio para Barroso e Admar Gonzaga, a defesa de Lula pediu ao tribunal para definir o relator).

Lula está inelegível, e a rejeição de sua candidatura são favas contatas — a questão não é “se”, mas sim “quando” o tribunal dará a decisão final (o prazo para a apresentação de pedidos de impugnação termina no próximo dia 22, e o tribunal tem até o dia 17 do mês que vem para rejeitar candidaturas que não preenchem os requisitos de admissibilidade). Mas o PT e a defesa do molusco vão continuar tumultuando o processo enquanto puderem. Vejam que, provocado por essa caterva, o Comitê de Direitos Humanos da ONU emitiu um comunicado “solicitando ao Brasil que tome as medidas necessários para que o candidato do PT à Presidência nas eleições 2018, Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava-Jato, possa desfrutar e exercer seus direitos políticos enquanto estiver na prisão” — o que faz tanta diferença quanto um peido num furacão, já que se trata apenas de uma recomendação e o Estado brasileiro não tem obrigação de cumpri-la.

O fato é que Lula sempre gozou de regalias “em respeito ao cargo que exerceu”. Resta saber que respeito merece alguém que desonrou o cargo, entrando para história como o primeiro ex-presidente desta Banânia preso por crime comum.

O juiz Sérgio Moro, ao expedir o mandado de prisão, deu ao petralha a opção de se entregar voluntariamente. Em vez disso, Lula armou um espetáculo midiático fenomenal, exilando-se no Sindicato dos Metalúrgicos de SBC e se entregando um dia depois que o prazo concedido terminara. Também lhe foi designada uma sala especial na sede da PF em Curitiba, com chuveiro quente, TV de plasma, aparelho de som, esteira ergométrica e outras mordomias, mas, como todo bom petista, ele pega o braço todo quando alguém lhe estende a mão.     

Para os procuradores da Lava-Jatoo fato de ser executada pena restritiva de liberdade em estabelecimento especial não significa que ao apenado seja permitido receber a visita de tantas pessoas, em qualquer dia, como vem ocorrendo”. 

Desde sua prisão, em 7 de abril, a “alma viva mais honesta do Brasil” vem recebendo dia sim, outro também, visitas da senadora Gleisi Hoffmann, de amigos, correligionários, familiares e advogados encarregados de sua defesa. O MPF adverte que “a juntada de instrumento de mandato aos autos é para o exercício da defesa nos autos judiciais da execução penal e não para o exercício de atividade política, como aparenta”. “A prerrogativa do Advogado permite o exercício legítimo do mandato conferido pela parte, não o abuso ou a visita para fins políticos. Parece haver, em realidade, uma aparente tentativa de ludibriar as regras fixadas para visitação do encarcerado, possibilitando assim a visita em qualquer dia, desde que o visitante seja advogado”.

Observação: A presidente do PT, que virou a principal porta voz de Lula para ditar as coordenadas ao partido e aliados nas negociações eleitorais desde que foi qualificada como integrante da defesa, está licenciada da OAB, e ainda que assim não fosse, ela não poderia integrar a banca de defesa de Lula, já que o artigo 30 do Estatuto da Advocacia proíbe a membro do Poder Legislativo advogar contra empresa pública — e a Petrobras é assistente de acusação do MPF no caso do triplex.

Os procuradores da Lava-Jato dizem ainda haver elementos de que “uma série de condutas, praticadas por Lula, pessoalmente ou por meio de seus defensores constituídos, aparentemente não estão em consonância com os limites impostos pela lei de execução penal e pelas regras ditadas pelo juízo (...) atos esses que tangenciam a prática de falta disciplinar imputável ao custodiado e que, em condições outras, poderiam redundar em imposição de sanção disciplinar”.

Além de Gleisi e Haddad, a força-tarefa cita outros petistas que viraram advogados de Lula no processo da execução penal, entre os quais Wadih DamousLuiz Carlos Sigmaringa Seixas e Emídio Pereira. “Lula está cumprindo pena em regime fechado e não em regime penal diferenciado”, adverte o MPF. “Esse regime de pena foi imposto pelo TRF-4, referendado pelo STJ e pelo STJ, que, por certo, conhecem as regras de execução penal em regime fechado, que não se coaduna com visitas para fins políticos”.

Para concluirSegundo Augusto Nunes, tanto Lula quanto Marcola comandam organizações criminosas e estão presos por tratarem o código penal a socos e pontapés. A diferença é que o chefão do PCC não esconde a condição de bandido, enquanto o dono do PT se disfarça de candidato a presidente. Lula quer sair da cadeia para cuidar em liberdade da campanha eleitoral. Marcola poderia reivindicar o mesmo privilégio se tivesse resolvido disputar o governo de São Paulo. Com o apoio da coligação PT-PCC, ele estaria bem melhor nas pesquisas que Luiz Marinho, escalado por Lula para perder a eleição de outubro.

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sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O AUMENTO DOS MINISTROS DO STF E A CRISE DE VERGONHA NA CARA


Antes da postagem do dia: O juiz Sérgio Moro resolveu adiar para o dia 14 de novembro o interrogatório de Lula e demais réus na ação penal envolvendo o Sito de Atibaia, que estava originalmente marcado para 11 de setembro). Segundo o magistrado “um dos acusados foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro e, apesar disso, apresenta-se como candidato à Presidência da República”; portanto “a fim de evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios, seja qual for a perspectiva, reputo oportuno redesignar as audiências”.

Passemos ao tema de hoje:

Depois da repercussão negativa do reajuste que os ministros do STF se autoconcederam na semana passada, espera-se que Congresso reveja o percentual e aprove um limite menor. Se mantidos os 16,38% definidos por suas excelências, seus salários passarão dos atuais R$ 33.763,00 para R$ 39.293,00. Isso quando falta dinheiro para investir em segurança, saúde, educação, habitação e outros serviços públicos que realmente interessam à nação.

Mesmo defasados — segundo a Folha, a perda real chega a 15% em quatro anos —, os vencimentos dos magistrados superam em vinte vezes a média salarial dos trabalhadores tupiniquins (refiro-me aos que ainda tem emprego, naturalmente), o que já é um acinte, mas mais acintoso ainda é o argumento do ministro Lewandowski, para quem os valores recuperados pela operação Lava-Jato comprovam que o trabalho da Justiça tem trazido benefícios monetários ao país que justificam o reajuste.

Vá lá que a patuleia desinformada ignore a crise que o país atravessa, mas os ministros do Supremo não se podem dar a esse luxo. Mesmo que a capital federal — graças ao ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira — seja um mundo à parte, nada justifica que os ilustres magistrados elevem seus proventos sem levar em conta a situação calamitosa das finanças públicas (somente a presidente Carmen Lúcia, a ministra Rosa Weber e os ministros Celso de Mello e Luís Edson Fachin foram contrários ao aumento).

Mas não é só. Promotores, procuradores e servidores de outras categorias do Judiciário têm seus salários atrelados ao dos ministros. Mantido esse reajuste, o aumento dos gastos chegaria a R$ 720 milhões por ano. Como o presidente da República, os ministros de estado e as ratazanas do Congresso também têm seus vencimentos baseados nesse “teto constitucional”, o rombo passaria dos R$ 3 bilhões — isso sem mencionar que outras categorias do funcionalismo certamente pleiteariam em juízo a concessão de reajustes similares.

Cerca de 70% da despesa primária do governo advém do pagamento de salários e aposentadorias. Como uma PEC aprovada pelo Congresso — quando Temer ainda tinha cacife político — proibiu o aumento o aumento indiscriminado dos gastos, esse reajuste teria de ser compensado com cortes nos 30% restantes, que são as despesas com saúde, educação, investimentos etc. É certo que esse escárnio ainda precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente da República, mas é igualmente certo que o lobby do funcionalismo é poderosíssimo — tanto é que foi o grande responsável pelo malogro da reforma da Previdência, que previa isonomia entre a aposentadoria de servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada. Vale lembrar que, enquanto o aposentado “comum” recebe, em média, R$ 1,2 mil por mês, um servidor da União inativo embolsa sete vezes mais — sem mencionar as mordomias e outros penduricalhos.

Observação: Quando os ministros do STF ou outras categorias privilegiadas recebem vantagens como salários mais altos, aposentadorias polpudas, pensões para suas filhas solteiras e acintes que tais, alguém está pagando a conta. E o custo de um Estado que desperdiça ou paga salários fora da realidade não recai apenas sobre o lombo dos contribuintes — em geral, de classe média e empregados. Um Estado dominado por elites de rapina impõe custos ao resto da sociedade e destrói empregos que existiriam se a dívida pública ou os impostos não fossem tão altos.

Na quinta-feira 9, o relator no Congresso do projeto que serve de base para a elaboração do Orçamento, senador Dalírio Beber, afirmou que não há espaço para reajustes salariais de servidores públicos no ano que vem — nem para atender as despesas existentes, que dirá das a serem criadas. Quando foi relator Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019, aprovada em julho pelo Congresso, Beber tentou incluir uma proibição de reajustes de servidores no texto, que seria uma blindagem contra o oportunismo que vemos no Supremo. Não obstante, como diz o ministro Gilmar Mendes, “nós somos supremos”.

Então, fazer o quê?

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FALSO ALERTA DE VÍRUS INDUZ USUÁRIO A INSTALAR FALSOS APPS DE SEGURANÇA


TODO PROBLEMA COMPLEXO TEM UMA RESPOSTA SIMPLES E, EM GERAL, ERRADA.

Uma prática comum no âmbito dos PCs vem sendo usada também para induzir usuários de smartphones e tablets a baixar falsos apps de segurança.

A coisa funciona assim: ao acessar um site pelo navegador, uma mensagem interrompe o carregamento da página e adverte: “O sistema está fortemente danificado por quatro vírus”. O alerta, falso como certo ex-presidente eneadáctilo, cita o modelo do aparelho, informa que o cartão da operadora pode ser danificado e orienta o incauto, passo a passo, a instalar um falso antivírus.

De acordo com a PBI Dynamic it Security, a mensagem, por si só, não representa perigo, mas é recomendável fechar imediatamente o navegador, sem clicar na imagem ou no link que porventura a acompanhe.

Nunca é demais lembrar que, a exemplo dos PCs, smartphones e tablets são dispositivos controlados por sistemas operacionais, o que os torna vulneráveis à ação de códigos maliciosos. Conforme eu já comentei em diversas oportunidades, a instalação de apps mal-intencionados e o compartilhamento de arquivos através de redes Wi-Fi de terceiros são as formas mais comuns de infecção.

Para evitar ser pego no contrapé, desconfie sempre de promoções, especialmente quando elas oferecerem produtos a preços muito abaixo do mercado e sobretudo se contiverem links e/ou solicitarem dados pessoais. 

Se você receber algum alerta de vírus, feche o navegador e faça uma busca (usando o Google ou outro mecanismo afim) a partir do nome do app ou da empresa que oferece o produto ou a suposta promoção.

No caso de dispositivos móveis, restaurar as configurações de fábrica é um procedimento relativamente simples, mas o problema é que a demora em adotar essa providência pode dar tempo ao spyware (ou outro código malicioso) para cumprir a função para a qual ele foi programado. Quando se vai ver, a senha de email ou, pior, do aplicativo do banco já foi capturada e repassada ao cibercriminoso de plantão.

Ter um antivírus ativo e operante, tanto no computador quanto no dispositivo móvel, talvez não garanta 100% de segurança, mas ainda é a melhor maneira de você se precaver. Portanto, use sempre o bom senso e não espere a porta ser arrombada para colocar a tranca — ou seja, instale o quanto antes uma ferramenta de segurança responsável. Afinal, não faltam boas opções gratuitas, como você pode conferir acessando a sequência de postagens iniciada por esta aqui.

Lembre-se: Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas, e cautela e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A NOVELA DO REGISTRO DO CRIMINOSO CANDIDATO



Dentro de algumas semanas, se o imprevisto não tiver voto decisivo na assembleia dos acontecimentos, Cármen Lucia deixará a presidência do STF e assumirá o lugar de Toffoli na segunda turma da corte — que já vem sendo chamada jocosamente de Jardim do Éden pelos criminosos da Lava-Jato, devido às derrotas que o trio de laxantes togados Toffoli/Mendes/Lewandowski têm imposto ao relator, ministro Edson Fachin.

Mas a dança das cadeiras não para por aí: na última terça-feira, a menos de dois meses do primeiro turno da mais nebulosa e conturbada eleição da história desta Banânia, Luiz Fux transferiu a presidência do TSE para sua colega Rosa Weber. Durante a cerimônia, sem citar nomes, mas numa clara alusão ao caso do criminoso de Garanhuns, a ministra afirmou que “se não houver impugnação (contestação da candidatura), pode haver o exame “de ofício” (sem que o tribunal seja provocado).

Também postulante ao Palácio do Planalto, João Amoedo, do partido Novo, deverá apresentar dois pedidos ao TSE assim que o prazo para contestações de candidaturas for aberto: o primeiro será a impugnação da candidatura de Lula, e o segundo, que o molusco seja impedido de participar da campanha e proibido de indicar um substituto.

Durante a cerimônia de posse da ministra Rosa, a procuradora-geral Raquel Dodge salientou que é dever da Justiça Eleitoral garantir que apenas os elegíveis possam concorrer, de modo a evitar que candidatos inelegíveis gastem recursos públicos em suas campanhas. A procuradora deixou claro, também, que deverá impugnar a candidatura de Lula, uma vez que, à luz da Lei da Ficha-Limpa, condenados em segunda instância não podem disputar cargos eletivos.

O PT registrou a candidatura do molusco no finalzinho da tarde de ontem. Resta saber se o relator sorteado decidirá monocraticamente ou se submeterá o caso ao plenário. De qualquer forma, para evitar que o horário eleitoral obrigatório tenha início (no dia 31 de agosto) com nomes de candidatos indefinidos, o TSE deve tomar a decisão o quanto antes.

Vamos acompanhar.

ATUALIZAÇÃO:

Raquel Dodge impugnou a candidatura do molusco já na noite de ontem. O questionamento será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do TSE e relator do pedido de registro. A justificativa é que Lula está inelegível por ter sido condenado em segunda instância, conforme certidão do TRF-4 apresentada por Dodge ao TSE

Nossas leis leis foram criadas e aprovadas por políticos, de modo que seria esperar demais que elas fossem grandes coisas (diz o ditado que "quem sai aos seus não degenera"). A Resolução 23.548 do TSE exige certidões criminais emitidas pela Justiça Federal de 1ª e 2ª instâncias onde “o candidato tenha o seu domicílio eleitoral”. A despeito de estar "hospedado" na PF de Curitiba, Lula tem como domicílio eleitoral o município de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e a condenação que o enquadra na Lei da Ficha-Limpa foi proferida pela Justiça Federal do Paraná e confirmada pelo TRF-4, em Porto Alegre. Como era de se esperar, a defesa do petralha se apegou a esse “detalhe” para adiar o inevitável. 

Alegando não serem obrigados a entregar as certidões criminais emitidas pela Justiça Federal do Paraná e de Porto Alegre, os chicaneiros lulistas buscam, mais uma vez, procrastinar e tumultuar o processo. A Justiça pode se valer do artigo 23 para decidir, porque a condenação do "candidato" é um fato público e notório (reza esse artigo da lei complementar número 64, de 1990, que “o tribunal formará sua convicção pela livre apreciação dos fatos públicos e notórios, dos indícios e presunções e prova produzida, atentando para circunstâncias ou fatos, ainda que não indicados ou alegados pelas partes, mas que preservem o interesse público de lisura eleitoral”), mas é mais provável que a decisão final só saia dentro de mais algumas semanas. Enquanto isso, a bolsa cai, o dólar dispara, a insegurança jurídica campeia solta e o país para, enquanto o dramalhão se desdobra em diversos capítulos. 

Resumo da ópera: tudo indica que Lula será proibido de disputar o Planalto, e o PT sabe que registrou um candidato-fantasma. Ao lançar a absurda “chapa tríplex”, onde o vice e a trice de hoje serão o cabeça e o vice de amanhã, o partido buscou, mais uma vez, desmoralizar a Justiça e enganar o eleitor. Enquanto isso, os advogados do labrego vermelho fazem o diabo para esticar um processo que todos sabem que não dará em nada. Mas um "mito" que se tinha na conta de invulnerável e acabou confinado numa cela de 15 metros quadrados tem o direito de viver no Mundo da Lua. Todavia, isso não significa que a Justiça deva compactuar com essas aleivosias e que o cidadão de bem desta Banânia seja feito de trouxa.

Lula, que ainda conta com um número absurdo de apedeutas dispostos a segui-lo cegamente até o inferno, precisa transferir votos para seu “poste”, mas o sonho do PT é sua fantasiosa candidatura se esvanecer somente após 17 de setembro, quando já não daria mais tempo de retirar a foto do molusco das urnas. Como se não bastasse, o candidato-fake usa o Tesouro Nacional para ludibriar o eleitorado, financiando sua aleivosia com dinheiro público — seu, meu e de todos os contribuintes. A PGR já avisou que exigirá o ressarcimento dos gastos. Para Raquel Dodge, o candidato-fantasma deve ser impedido de fazer campanha “sub judice” — ou seja, enquanto aguarda a decisão final sobre sua inelegibilidade —, evitando gastos injustificáveis de recursos que devem financiar apenas as campanhas dos elegíveis.

Com a palavra, a Justiça.

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AINDA SOBRE NAVEGADORES, CONSUMO DE MEMÓRIA E OUTROS BICHOS


QUANDO NÃO HÁ ALTERNATIVA, A HESITAÇÃO É SEMPRE UM ERRO.

O Google Chrome é frequentemente acusado (e não injustamente) de ser um voraz consumidor de recursos do computador, notadamente ciclos de processamento e memória RAM (e até energia da bateria, no caso dos portáteis).

Para minimizar esse problema, convém não executar duas ou mais instâncias do browser ao mesmo tempo ou abrir múltiplas Tabs (abas) desnecessariamente — quanto maior o número de janelas abertas, tanto maior a possibilidade de o programa ficar lento e travar. Claro que sempre se pode fechar as abas ociosas ao primeiro sinal de lentidão, mas quando elas são muitas, acabamos fechando as que mais nos interessam e mantendo abertas as que deveríamos ter fechado.

Usuários do Google Chrome — ou de qualquer outro navegador baseado no Projeto Chromium, como o UC-Browser —, podem instalar a extensão The Great Suspender, que monitora em tempo real as abas abertas e coloca em “animação suspensa” as que se encontram inativas — basta seguir este link e clicar no botão Usar no Chrome.

Outras opções interessantes são o xTab — que você pode configurar para limitar o número de abas abertas em algo entre 10 e 50; o Tabmanque funciona como um verdadeiro gerenciador de abas, permitindo que o usuário veja quantas e quais estão abertas, arraste-as para alterar a ordem, feche-as ou mesmo faça uma busca através de uma caixa de pesquisas de dedicada; e o TooManyTabs — mais simples que o anterior, mas uma mão na roda para gerenciar as abas, permitindo fechá-las e recuperá-las mais adiante (claro que você pode salvar as páginas nos favoritos, mas a extensão facilita o trabalho e ainda oferece a opção de fechar as Tabs individualmente ou todas de uma vez).

Usuários do Firefox e de outros navegadores não baseados no Chromium podem obter resultados semelhantes com uma das extensões sugeridas nesta página.

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