quinta-feira, 31 de julho de 2014

Mais sobre o OPTIMUS F5

A ESPERANÇA É A GRANDE FALSÁRIA DA VERDADE.

A memória interna de um smartphone corresponde ao espaço do HD de um PC convencional (do ponto de vista da serventia, naturalmente, porque as tecnologias são totalmente distintas, mas isso é uma história que fica para outra vez). Não obstante, os discos rígidos modernos oferecem entre 500 GB e 1 TB de espaço, ao passo que os telefoninhos dificilmente contam com mais de 64 GB. Nosso F5-P875h, por exemplo, integra míseros 8 GB, dos quais cerca da metade é utilizada pelo sistema operacional e apps pré-carregados pela LG, parceiros e operadora celular (no caso de aparelhos subsidiados). Então, para evitar que o nível da memória interna do gadget atinja níveis críticos como os do Sistema Cantareira – que distribui água para cerca de 8 milhões de paulistanos –, o jeito é instalar um memory card para armazenar suas fotos, músicas, vídeos e outros arquivos volumosos.
    
ObservaçãoSegundo o manual do usuário, você pode utilizar um cartão SDHC de até 32 GB, mas eu acho que algo entre 8 e 16 GB já está de bom tamanho. E por mais convidativos que sejam os preços dos melhores camelôs do ramo, sugiro adquirir o dispositivo no comércio formal, mediante nota fiscal, de marca consagrada – como KingstonSamsungSanDisk – e classes 6 ou 10 (que garantem velocidades mínimas de 6 MB/s e 10 MB/s, respectivamente).

Quanto aos apps pré-carregados (muitos dos quais não passam de crapware ou de programinhas que você jamais irá utilizar), o ideal seria eliminá-los e assim ganhar espaço para a instalação de programinhas realmente úteis. Só que o Android não é de facilitar muito as coisas. Aliás, nem mesmo permite remanejar os apps para a memória do cartão – que, para mal dos pecados, não se funde com a do aparelho, o que ajudaria um bocado (Caso seu Android seja uma versão anterior à 4.0 Ice Cream Sandwich, é possível enviar apps para o cartão via  menu Configurações, aba Aplicações e botão virtual Mover para cartão SD).
Claro que o root resolveria todos esses problemas, já que, com poderes de superusuário, é possível ativar ou desativar praticamente qualquer recurso do sistema, fazer upgrade forçado de versão, instalar ROMs personalizadas e muito mais. No entanto, esse procedimento não só anula a garantia de fábrica como também transformar o gadget num simples peso de papel.

Observação: Não faltam tutoriais na Web – inclusive em vídeo – ensinando a rootear smartphones. O procedimento consiste geralmente em baixar e instalar no PC os drivers do smartphone e o aplicativo que será usado no processo (há miríades de programinhas, tanto pagos quanto gratuitos, mas é importante escolher um que seja indicado para a marca e modelo do seu telefone e respectiva versão do sistema). Ao final, é só conectar o telefone ao computador via cabo de dados e seguir as instruções do tutorial.  

Veremos agora como remover apps inúteis ou indesejáveis – ou pelo menos fazer com que eles desapareçam do menu – do LG F5 P875, lembrando que essas dicas valem também para aparelhos de outras marcas, desde que o SO seja o Android Jelly Bean 4.1. Acompanhe:
  • Desbloqueie a tela e toque no botão Aplicativos (ilustração acima, à esquerda).
  • No painel seguinte, selecione a aba Aplicativos e o ícone Ajustar (ilustração à esquerda).
  • Role a tela até o campo Dispositivo, selecione Aplicativos e role os painéis, da direita para esquerda, até o último (TODOS).
  • Identifique o crapware e demais inutilitários que você deseja eliminar, toque neles, um por vez, e repare que a próxima janela exibe os dados do dito-cujo (ícone, nome e versão) e, logo abaixo, dois botões virtuais.
Observação: Se não você não usa seu smartphone para jogar, por exemplo, comece a faxina pelos games; se não tem conta no Facebook ou no Twitter, elimine também esses itens; se ficar em dúvida em relação a algum aplicativo de nome estranho, faça uma busca no Google ou deixe-o como está, mas mantenha distância das entradas com o ícone do Bugdroid (robozinho verde que simboliza o Android).

O botão da esquerda (Forçar interrupção) encerra o app – desde que ele esteja sendo executado, naturalmente –, mas permite reabilitá-lo a qualquer momento. Já o botão direito oferece três possibilidades: Desinstalar, Desabilitar ou Desinstalar atualizações. A primeira remove programinhas baixados e instalados pelo usuário; a segunda desativa aplicativos pré-carregados ou que fazem parte do sistema, e a terceira reverte-os às condições de fábrica e, em determinados casos, possibilita sua desabilitação. Note que apps desinstalados são eliminados (conquanto possam ser baixados e reinstalados a qualquer tempo), ao passo que os desabilitados continuam ocupando espaço na memória interna do aparelho – para removê-los em definitivo, só mesmo mediante o root  (mais detalhes na postagem anterior). Ainda assim, se o que o incomoda é a profusão de ícones desnecessários na tela Aplicativos, pouse o dedo na tecla virtual Menu, selecione Ocultar/Exibir aplicativos e faça os ajustes desejados


Para finalizar, cumpre lembrar que smartphones são computadores em miniatura, e da feita que já existem mais de 10 milhões de malwares para essa plataforma (segundo a empresa de segurança digital russa Kaspersky), não deixe de defender adequadamente seu brinquedinho.
Eu, particularmente, estou usando o excelente PSafe, que protege os dados, ajuda a encontrar o telefone em caso de perda, furto ou roubo, oferece proteção contra pragas digitais, monitora a autonomia da bateria, gerencia aplicativos, limpa arquivos desnecessários, bloqueia ligações e mensagens de números indesejáveis e por aí vai (para outras opções, faça uma busca na Web ou diretamente na Google Store.

ObservaçãoSeja seletivo ao instalar apps, e só o faça a partir do Google Play (clique em Aplicativos e toque no ícone Play Store) ou de canais oficiais reconhecidamente confiáveis.

Não deixem de assistir a esse vídeo. São onze minutos do seu tempo que podem evitar quatro anos de arrependimento.



Abraços a todos e até amanhã.