O SILÊNCIO É TOLO QUANDO SOMOS SÁBIOS, MAS É SÁBIO
QUANDO SOMOS TOLOS.
Já
vimos como solucionar um probleminha que leva o Android a emitir falsos alertas de memória insuficiente quando a gente tenta instalar aplicativos do Google Play Store; agora veremos como
contornar a insuficiência de memória física (RAM) que tanto aporrinha os
usuários de smartphones.
Primeiramente, vale relembrar que todo PC (e o smartphone
nada mais é que um minicomputador) usa diversos tipos de memória, que é na RAM
que são carregados o sistema operacional, os apps e todos os demais arquivos, e
que os softwares estão cada vez mais “gulosos”, exigindo mais memória do que
boa parte dos telefoninhos de entrada de linha (ou modelos mais antigos)
oferece.
Para piorar, diferentemente do que ocorre com a memória de massa (responsável pelo armazenamento dos arquivos), a RAM não pode
ser ampliada via SD Card — nos desktops e notebooks, o upgrade é relativamente
simples e barato, mas, no celular, é algo impraticável ou, no mínimo,
economicamente inviável. E de nada adianta usar os chamados app Killers,
já que eles apenas interrompem os processos em execução, proporcionando uma
redução momentânea do consumo de memória.
Observação: Quando encerramos um app, parte dele
permanece na memória para evitar que o sistema tenha de reiniciá-lo do zero se
voltarmos a convocá-lo mais adiante. Ao limparmos o cache (seja através das
configurações do sistema, seja com a ajuda dos Killers), o app demorará
mais para abrir, demandará mais processamento e consumirá mais energia,
reduzindo, consequentemente, a autonomia da bateria. Isso sem mencionar que,
apesar de uma determinada quantidade de RAM ser liberada ao “matamos” o
aplicativo, esse ganho é meramente momentâneo, pois processo é reiniciado
automaticamente pelo sistema. Todavia, se houver dúzias de apps rodando em
segundo plano, aí, sim, faz sentido fechar os que estão ociosos e não serão
utilizados tão cedo.
Resumo da ópera: Os Killers podem até liberar RAM no curto
prazo, mas estão longe de ser uma solução para melhorar o desempenho do
aparelho. Por outro lado, desabilitar (ou mesmo desinstalar) aplicativos
desnecessários, mas que consomem muita memória, pode impactar positivamente o
desempenho do smartphone. Para tanto, convém contar com a ajuda de ferramentas
que monitoram o consumo de recursos em tempo real, facilitando a identificação
dos apps mais gulosos.
Observação: Note que também é possível fazer isso através de uma
função de monitoramento nativa do Android.
Para ativá-la, acesse as Opções de desenvolvedor,
selecione Configurações > Sobre o dispositivo e toque sete
vezes em Número da versão.
Vale também recorrer a um gerenciador de inicialização de tarefas, como o Advanced Task Manager, para ajuda a
administrar aplicativos e processos que entram em execução quando o aparelho é
ligado.
Era isso, pessoal. Espero ter ajudado.