Computadores
são compostos por dois sistemas distintos, mas complementares: o hardware e o software. O sistema operacional é o software mãe, mas sua
performance depende de diversos fatores, dentre os quais a configuração de hardware ― ou seja, dos componentes físicos que
integram o conjunto.
A Microsoft costuma ser “modesta” ao
informar os requisitos mínimos para rodar o Windows. No caso do 10,
ela fala em CPU de 1 GHz, 1 GB de RAM e
16GB de espaço no disco (para a versão 32-bit;
para a 64-bit, os valores mínimos
são 2GB e 20GB, respectivamente). Ainda que qualquer PC mediano de fabricação
recente supere com folga essas exigências, não custa conhecer alguns “truques”
que podem deixar o sistema mais “rápido”, especialmente se a configuração de
hardware não é lá “uma Brastemp”.
Primeiramente,
siga as dicas de manutenção preventiva
que eu sugeri numa sequência de 7 postagens iniciada por esta
aqui. Adicionalmente, caso não disponha de (pelo menos) 4GB de memória RAM, habilite o ReadyBoost
(para mais informações, clique aqui).
Feito isso,
remova da lista dos aplicativos
iniciados automaticamente todos os programas que não precisam estar ali ―
via de regra, com exceção das ferramentas de segurança, a maioria dos apps não
precisa pegar carona na inicialização do sistema.
Observação: Inibir a inicialização automática de um programa não o impede de convocá-lo sempre que precisar dele, mas apenas evita que ele permaneça em stand-by, ocupando espaço na memória e consumindo ciclos de
processamento da CPU. Talvez você perceba um pequeno delay quando acionar o
aplicativo, mas nada além disso.
Nas edições
anteriores do Windows, o
gerenciamento dos aplicativos era feito através do Utilitário de Configuração do Sistema (o conhecido “msconfig”). No Ten, porém, isso é feito a partir da aba Inicializar do Gerenciador
de Tarefas (que abrimos dando um clique direito num ponto vazio da Barra de Tarefas e clicando na entrada
correspondente, ou então pressionando simultaneamente as teclas Ctrl+Shift+Esc). Para inibir a inicialização
automática de um programa, você só precisa clicar com o botão direito sobre ele
e, no menu suspenso, selecionar a opção Desabilitar.
Feito isso, reinicie o computador e perceba a diferença.
ATUALIZAÇÃO SOBRE O JULGAMENTO DA CHAPA DILMA-TEMER
ATUALIZAÇÃO SOBRE O JULGAMENTO DA CHAPA DILMA-TEMER
Depois de trocar farpas com o presidente do TSE, o relator Herman Benjamin suspendeu a leitura de seu voto ― que consumiu
quase 4 horas ― e o julgamento da chapa Dilma-Temer
foi suspenso até as 9h desta manhã.
O relatório didático, objetivo (a despeito de a versão
original ter mais de 1.000 páginas) e difícil contestar pugna por manter no processo as delações da Odebrecht e dos marqueteiros João
Santana e Mônica Moura, mas para
que isso seja feito é preciso que pelo menos três outros ministros votem nesse
sentido, e Gilmar Mendes certamente não será um deles.
Segundo Veja
publicou em seu site, Benjamin,
citando o ministro Marco Aurélio (do
STF), ponderou que o juiz não pode
ter “uma atitude passiva, inerte,
porquanto imparcialidade não se confunde com indiferença”, e defendeu que
existe, sim, a possibilidade de o juízo convocar ex officio (por iniciativa própria) testemunhas que possam
acrescentar ao tema investigado na ação. Gilmar
Mendes ironizou: “Vossa Excelência
teria mais um desafio: deveria deixar o processo em aberto e trazer a delação
da JBS e talvez, na semana que vem,
do ministro Palocci. Para mostrar
com o argumento de vossa excelência é falacioso”. O relator não fugiu do
embate. Disse que aceitava a provocação, mas que seu voto “estava inscrito nas petições iniciais” (referindo-se ao fato de os
temas ligados à construtora Odebrecht
guardarem relação com os crimes na Petrobras, e as irregularidades da empresa
estarem no escopo de investigação da petição inicial do PSDB). “Nenhuma prova se
fundou em vazamento de delação”, ressaltou o Benjamin, e devolveu a provocação: “Só os índios não contatados da Amazônia não sabiam que a Odebrecht fez colaboração premiada”.
Buscando conquistar aliados ― ou, no mínimo, evitar votos em
que os ministros divergissem de seus próprios entendimento em casos análogos ―,
Benjamin relembrou decisões de Napoleão, com quem costuma ter embates
frequentes no STJ, de Luiz Fux, o único que o defendeu na
sessão, e do próprio Mendes. Ao
presidente da Corte, o relator teceu uma série de elogios e reforçou que,
graças a ele [Mendes], um conhecido
crítico do PT, que o processo ―
arquivado pela então relatora Maria
Thereza Moura ― foi reaberto, mas, àquela altura, o ministro nem sonhava
que a principal punição caberia ao seu amigo de advocacia Michel Temer.
O julgamento foi suspenso depois de ser agendadas mais nove
sessões ― entre esta quinta-feira e o próximo sábado, três a cada dia ― e já
deve ter sido retomado (são 9h30 de quinta-feira, 8). A impressão que se tem é
de que tudo conspira para favorecer Michel
Temer: quatro dos sete ministros já sinalizaram a intenção de divergir do
voto do relator, recriando o clima que se tinha antes da delação da JBS, quando tudo apontava para a
absolvição de Temer. Considerando
que Gilmar Mendes e Napoleão Nunes Maia são próximos do
presidente, e Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira foram efetivados
recentemente na Corte por indicação do Planalto, prevê-se um placar de 4 a 3,
não pela falta de provas, mas pela pura e simples vontade de absolver o
presidente Michel Temer.
Ao final
dos embates, saberemos se o TSE ouve
o que diz a lei ou se atém também aos sussurros de quem acha que a Justiça deve
subordinar-se ao quadro político e econômico que aflige o Brasil. A cassação da
chapa seria líquida e certa se os magistrados se ativessem apenas a critérios
jurídicos. Salta aos olhos que Dilma
e Temer foram financiados por
dinheiro sujo, que sempre souberam de onde vinham as doações multimilionárias e
que desfrutaram sem remorso das relações promíscuas entre larápios com foro
privilegiado, figurões do Executivo e bandidos de estimação premiados com o
segredo do cofre do BNDES.
Como Dilma já foi
deposta ― na pior das hipóteses, a anta vermelha terá seus direitos políticos
cassados, coisa que não aconteceu durante o julgamento do impeachment devido a
uma jabuticaba jurídica urdida por seus apoiadores e avalizada pelos então
presidentes do Congresso e do Supremo ―, o protagonista desse dramalhão é Michel Temer, que só não será deposto se
a maioria dos ministros usar como papel higiênico a legislação eleitoral e der
ouvidos à falácia de que o Brasil não sobreviveria a mais uma troca de guarda no
Planalto.
Nas palavras do jornalista Augusto
Nunes, a absolvição da chapa faria do TSE mais um puxadinho dos podres poderes, habitado por juízes
sem juízo, prontos para submeter-se aos interesses de empresários com medo de
falência, ou pais da pátria com medo de cadeia. Nem por isso a esperança estará
revogada. Os que sonham com a rendição do Brasil decente primeiro precisam
conseguir a capitulação da República de Curitiba. É tarde demais para paralisar
a Lava-Jato personificada não por Rodrigo
Janot, mas pelo juiz Sérgio Moro.
ATUALIZAÇÃO 13h
Pelo que se viu dos debates desta manhã ― que continuaram a
discutir as preliminares ―, Temer se
deu bem na escolha dos dois ministros que indicou recentemente para o TSE. Claro que o julgamento do mérito
ainda nem começou, mas a indicação de como a maioria dos membros da Corte vai
se posicionar é de uma clareza meridiana. Acho que só nos resta contar com o
Supremo para colocar ordem no galinheiro, já que as evidências de prática bem
pouco republicanas, por parte do presidente da República, são claríssimas.
Todavia, isto aqui é Brasil...