O PT nasceu para “fazer a diferença” na política, mas não só não combateu a corrupção, como também fez
dela o sustentáculo de seu espúrio projeto de poder. O comportamento criminoso
de Lula e seu partido só veio a lume
quando o barítono do Mensalão
denunciou a podridão que emanava dos porões do governo central sob a batuta de Lula e seus cúmplices. Mas bem antes
disso os petistas já eram PhD em corrupção
— que vinham exercitando alegremente nas prefeituras administradas pela
quadrilha — e contavam com a experiência secular dos comunistas nas técnicas de
aparelhamento do Estado.
Com dinheiro rapinado dos contribuintes, um pool de empreiteiras, aliado a uma seleta confraria de políticos, instalou no governo federal a mais vil agremiação de corruptos que um dia rastejou pelo planalto central. A estratégia resultou no seu respectivo enriquecimento ilícito e num festival de propinas milionárias — na forma de
caixa 1, caixa 2, dinheiro vivo, depósitos em contas secretas e vantagens dissimuladas (como os "mimos" concedidos ao comandante máximo da ORCRIM, dentre os quais o célebre tríplex no Guarujá, o não menos célebre sítio em Atibaia, a cobertura em São Bernardo do Campo, o terreno do Instituto Lula e os milhões de reais
pagos à LILS Palestras).
Mesmo encarcerado numa sala de 15 m2 —
que está longe de ser um palácio, mas oferece mais regalias do que as celas
onde ficam os demais presos da Lava-Jato na carceragem da PF em Curitiba —, Lula lidera as pesquisas de
intenção de voto. Num país sério, seu nome nem seque seria incluído na lista,
mas o Brasil não é um país sério e o PT
precisa manter viva essa espúria narrativa para viabilizar seu “plano B” — cuja
existência o partido nega, mas todo mundo sabe que é Fernando Haddad (volto a esse assunto mais adiante).
O prazo para o registro das candidaturas termina em 15 de agosto, e a Justiça Eleitoral tem até 17 de setembro (20 dias antes do primeiro
turno das eleições) para decidir quem pode ou não concorrer. A Lei da Ficha-Limpa veta a participação de condenados em
2ª instância — como é o caso de Lula
—, mas até lá viveremos no mundo do faz-de-conta, onde se faz de conta que a propaganda
eleitoral antecipa é proibida e os pré-candidatos fazem de conta que respeitam a lei, mas saem em caravana pelo país um ano antes do prazo regulamentar e não recebem nenhuma sanção (a não ser meia dúzia de tiros, mas essa uma história muito mal contada e que cheira a mais uma armação dos petralhas).
Também nada acontece a 3 deputados petistas que, mancomunados com certo
desembargador-plantonista-cumpanhêro, protagonizaram no último dia 8 um dos eventos mais ridículos que já se viu (mas que está longe de ser o único). O "insuspeito" magistrado acolheu a tese estapafúrdia de que a pré-candidatura de Lula é um “fato novo” e assim determinou sua imediata soltura, para que ele pudesse pudesse fazer campanha como os demais pré-candidatos. Como se Lula não fosse um criminoso condenado, que, aos olhos da lei, não pode fazer comício, gravar entrevistas ou participar de debates. Seus adversários no pleito estão longe de ser a quintessência da honestidade — um
deles, inclusive, é réu no STF —,
mas nenhum está cumprindo pena.
Para os seguidores da seita vermelha, não há lisura na
disputa presidencial sem a participação de seu amado líder, a despeito de ele ter sido condenado criminalmente em instâncias do Judiciário. Para tentar pôr um fim a essa monumental palhaçada, o MBL entrou
com uma ação no TSE pedindo que Lula seja desde já
declarado inelegível, mas isso foi na última sexta-feira, e, como o Judiciário está em recesso, só
deveremos ter uma posição da Corte no mês que vem.
Enquanto isso, a insegurança jurídica é densa a ponto de ser cortada com uma faca. A candidatura de Lula não existe — ou será que existe? Entre 16 de agosto e 17 de setembro (quando termina o prazo para o TSE vetar as candidaturas irregulares) Lula poderá fazer campanha eleitoral? E como
fica se uma liminar do STJ ou do STF esticar sua permanência na disputa?
Ou se ele concorrer e vencer? Será cassado? Antes ou depois de assumir?
O cenário de crise é inevitável, e a
legitimidade do futuro governo corre risco, independentemente de quem vencer o
pleito. Para não encompridar ainda mais este texto, vamos deixar o Plano B do PT para a próxima postagem.
Visite minhas comunidades na Rede .Link: