O pasquim digital The
Interpret tem feito o diabo para manter o interesse público em suas
“revelações bombásticas”. É certo que cada um luta com as armas que tem, mas igualmente o é o fato de que esse material não valeria um traque não fosse a polarização político-ideológica exacerbada durante a campanha presidencial ter aprofundado ainda mais o fosso que
Lula começou a cavar com seu abominável “nós contra eles”.
Com a nação dividida em duas facções antagônicas e os
cidadãos que repudiam o fanatismo desbragado perdidos como cegos em tiroteio,
políticos corruptos e criminosos de toda espécie, motivados pelo desserviço
jornalístico prestado por boa parte dos veículos de comunicação, seguem o
catecismo de São Verdevaldo, o
impoluto, orando pela conversão do xerife que prendeu os bandidos em vilão da
história. Entrementes, o mito endeusado pelos bolsomínions, mas que só se
elegeu porque milhões brasileiros votaram nele por exclusão — ou seja, para
evitar a volta do PT ao poder —,
completa 200 dias no cargo agindo come se ainda estivesse em campanha. Mas o
Brasil é maior do que isso e certamente seguirá adiante, não pelo governo que
tem, mas apesar dele.
Na semana passada, o tal site proselitista e seus associados —
como a Folha, a Veja e a Band — publicaram fofocas sobre a
viagem de Deltan Dallagnol. Por tecer suposições tendenciosas sobre o caráter e a idoneidade do procurador e classificá-lo
como um reles interesseiro que visava obter lucros com o desempenho da operação,
os jornalistas militantes foram alvo de protestos indignados de entidades e
personalidades da vida pública relacionadas a mais este triste episódio do
deplorável folhetim que, pelo visto, terá tantos capítulos e temporadas quanto
a novela global Malhação.
Não se faz jornalismo publicando mensagens roubadas, cuja
autenticidade não pode ser verificada — afinal, quem garante que as conversas
são verdadeiras ou não foram adulteradas? O cibercriminoso que as hackeou?. Verdevaldo e seus asseclas agem de má-fé — afinal, são militantes da esquerda — e com o nítido propósito de libertar o
chefe da ORCRIM petista e abrir
caminho para a anulação de todas as condenações obtidas pela maior investigação
de corrupção da história desta república de bananas.
Após ganhar notoriedade expondo documentos secretos da NSA, o pasquineiro difamador deixou o jornal The
Guardian e passou ser bancado pelo
francês de origem iraniana Pierre
Omidyar, fundador do site de leilões eBay.
Com fortuna avaliada em quase US$ 14 bilhões, Omidyar é fundador da First Look Media — empresa-mãe do The Intercept — e do Press Frendo Defense, que oferece auxílio financeiro a jornalistas que
enfrentam processos por causa de suas reportagens.
Ao contrário de outros bilionários realmente engajados em
causas humanitárias e ambientalistas e à semelhança do húngaro George Soros — a encarnação do demônio
para os antiglobalistas —, Omidyar “faz
caridade” com uma desavergonhada pegada de ativismo político. Em 2017, quando
doou US$ 100 milhões para combater
"fake news" através do jornalismo investigativo, ele divulgou um
comunicado em que se comprometia a aplacar o “déficit global de confiança” nas
instituições. Dentre os eventos listados para fundamentar tal preocupação figuravam
a eleição de Donald Trump e — vejam
só — o impeachment da ex-presidanta Dilma
Rousseff.
Defensores de Verdevaldo nas redes sociais tentam lhe emprestar credibilidade alegando que ele teria
sido agraciado com um Pulitzer — considerado o Oscar do Jornalismo — pela publicação dos documentos da NSA vazados por Edward Snowden. Na verdade, a equipe liderada por ele e Laura Poitras conquistou para
o The Guardian US e para o The Washington Post o prêmio na categoria “Serviço Público” de 2014 — na qual o premiado é sempre o jornal que publicou a reportagem (ou a série
de reportagens). Ainda que assim não fosse, é bom lembrar que a lista de “ganhadores
do Pulitzer” inclui Walter Duranty, que ocultou
deliberadamente os crimes do stalinismo, incluindo o genocídio de ucranianos
pela fome, e Janet Cooke, autora de
uma reportagem inventada sobre uma criança de oito anos viciada em heroína,
que teve de devolver o prêmio depois que a farsa foi descoberta.
Para não ficar só com a minha opinião, leia o que escreveu Políbio Braga (e assista ao vídeo):
Quem tiver interesse em conhecer o verdadeiro estofo do
caráter do manipulador do conta-gotas mais temido do Brasil, lembra José Nêumanne, pode encontrar
informações relevantes lendo reportagem de Eric Wempel, publicada em 27 de
junho de 2013 no jornal The Washington
Post. Dentre outras coisas, a matéria informa que “o escritório do cartório do condado de
Nova York mostra que Greenwald tem US$ 126.000 em sentenças abertas e contra
ele datando de 2000, incluindo US$ 21.000 do Departamento de Impostos do
Estado e da Secretaria da Fazenda. Também fala de um penhor de US $ 85.000”.
Gleen se envolveu com gente do submundo e do ramo da pornografia. Tornou-se inimigo de Peter Haas — dono de uma companhia de produtos pornográficos —, a quem chamou de little bitch (putinha) no Post, e ao se juntar a Edward Snowden — ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA, que tornou públicos detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global americano —, entrou para a lista negra do governo EUA e e bateu de frente com Julian Assange — dono do site WikiLeaks —, cuja capivara inclui processo por estupro na Suécia e por quebra de acordo de liberdade sob fiança no Reino Unido, onde ele segue preso.
Em 2013, quando David Miranda — ex-suplente de Jean Wyllys e hoje deputado pelo PSOL, além de marido de Verdevaldo — foi detido no Aeroporto de Londres por violar o protocolo 7 do Ato Antiterrorismo, Dilma, a inimitável, a pretexto de homenagear a liberdade de imprensa, prestou mais um desserviço aos brasileiros abrindo as portas do país para a permanência legal de Greenwald, como fez Lula antes dela ao acolher o mafioso assassino Cesare Battisti.
Para não ficar só com a minha opinião, leia o que escreveu Políbio Braga (e assista ao vídeo):
“Acontece que de modo
recorrente boa parte da mídia tradicional e da mídia amestrada a serviço do
lulopetismo atribuírem ao dono do site The
Intercept a conquista do Pulitzer.
Com a ajuda do influenciador Glauco
Fonseca, um dos articulistas deste blog [blog do Políbio], o editor investigou e constatou que em 2014, e não em
2013, como os aliados de Glenn
informam, quem levou o Pulitzer foi
o jornal inglês The Guardian. Glenn atuou como um dos repórteres do
caso Snowden, mas o prêmio não foi
atribuído a ele. Clique no
site do Pulitzer para checar.”