sexta-feira, 18 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (SÉTIMA PARTE)

ANTES, A MÍDIA CONTROLAVA AS MASSAS; HOJE, AS MASSAS CONTROLAM A MÍDIA.

Em 1995, quando a Microsoft promoveu o Windows de interface gráfica a sistema operacional, um megabyte de memória RAM custava 20 dólares. Atualmente, com esse mesmo dinheiro compra-se um módulo de 4GB SDRAM DDR-3 da Kingston

Em 1995, o Win95 exigia pelo menos 4MB de RAM (isso mesmo, quatro megabytes) para rodar. Em 2015, quando lançou o Win10 como serviço (SaaS), a Microsoft, modesta quando lhe convém, informou que o sistema requeria 1GB na versão de 32-bit e 2GB na de 64-bit. Para o Win11, lançado oficialmente em outubro do ano passado, a mãe da criança informa que a quantidade mínima de RAM é de 4GB.  

A questão é que todo aplicativo consome memória, inclusive aqueles que pegam carona na inicialização do sistema e ficam rodando em segundo plano. Um PC sem programas é quase inútil, e usá-lo sem acessar a Internet é como andar com uma poderosa motocicleta somente no quintal de casa. E os navegadores são vorazes consumidores de memória.

Para rodar com fôlego, o Win10 precisa de pelo menos 6GB de RAM. Meu desktop dispõe de 32GB DDR3, mas foi reprovado pelo PC Health Checker por causa do processador — um Intel quad-core i7-4790 3.6GHz. Já meu note Dell Inspiron 3583 (i7 4GHz de 8ª geração) foi aprovado, mas, a despeito de contar com 8GB de RAM DDR4, ele fica no chinelo quando comparado ao desktop (o gargalo está no disco rígido eletromecânico de 2TB; o desktop dispõe de um SSD de 1TB e um HDD de 3TB).

Conforme comentei em outras oportunidades, a Microsoft dará suporte ao Win10 até outubro de 2025. Até lá muita água vai rolar, já que ninguém escapa da obsolescência programada. Isso não muda o fato de o Win11 ser a bola da vez. Atualmente, quem compra um PC Windows novo recebe o aparelho com a nova versão do sistema pré-instalada ou, no mínimo, com uma configuração de hardware que permita a migração.

Fiz este preâmbulo porque, no dia 9 do mês passado, meu desktop resolveu exibir um festival de telas azuis (coincidência ou não, isso se deu um dia depois de eu aplicar o Patch Tuesday de fevereiro). Num dos reboots, consegui acessar o ambiente de recuperação (WinRE), mas não obtive sucesso com o Reparo de Inicialização e resolvi deixar para reinstalar o sistema mais adiante. 

O jeito foi tirar meu notebook do armário, mas eu não o usava havia meses e o Windows Update me avisou que o Win11 estava pronto para ser instalado. Pensei em postergar a atualização, mas resolvi seguir adiante. Eram, então, 14h. 

Somente às 23h30 que Windows concluiu os trâmites e pediu a indefectível reinicialização (afora as que ele fez por conta própria durante o processo). Dado o avançado da hora (essas coisas, a gente sabe quando começam, mas não quando terminam), deixei para reiniciar o PC pela manhã.

Para encurtar a conversa, pouco depois das 11h da manhã seguinte o Win11 deu as caras pela primeira vez. Gastei mais algumas horas com reconfigurações, personalizações e o escambau. Para “ajudar”, o sistema “não encontrou nenhuma saída de áudio”. E se já não bastasse a lentidão generalizada, navegar com o Edge Chromium virou um teste de paciência: eu digitava um URL e nada acontecia. Depois, aos poucos, as letras iam aparecendo. Quando a página abria, rolar a tela era um suplício... Em suma, meu note ficou uma merda.

Encontrei reclamações parecidas no fórum oficial do Win11. As sugestões iam desde remover e reinstalar o browser a restaurar o sistema, rodar o DISM, desabilitar o antivírus (meu note veio com uma licença do McAfee, que foi renovada quando eu reinstalei o sistema), e por aí afora. Nenhuma delas me convenceu. Para piorar, o martírio se repetia com o Google Chrome, que eu consegui baixar e instalar a duras penas (a essa altura, eu abria o Edge e ele fechava do nada).

Resumo da ópera: Conforme eu mencionei ao longo desta sequência, o Windows oferece diversos utilitários — entre os quais ferramentas para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados —, mas não disponibiliza um limpador do Registro e tampouco recomenda recorrer a ferramentas de terceiros (como o festejado Advanced System Care). 

Sou fã dessa suíte da manutenção desde sempre, mas não me cabe discutir com a mãe da criança. Interessa dizer que eu estava prestes a jogar a toalha quando decidi travar mais um “cabo de guerra” como o navegador e baixar ASC. Eu uso a versão PRO no desktop, mas não estava com paciência para procurar na nuvem uma cópia das chaves de ativação dos meus softwares pagos, de modo que baixei a encarnação mais recente da versão freeware (15.2.0.201. E foi tiro e queda.

O ASC oferece a opção IA (vide figura), que utilizei inicialmente. Tanto o exame quanto as correções levaram mais tempo do que seria “normal” (mesmo para o notebook, que não conta com os benefícios do SSD), mas o fato é que o sistema mudou da água para o vinho. A inicialização demore bem mais que a do desktop (que leva de 10 a 15 segundos), mas Win11 tornou-se perfeitamente utilizável.

Em que pesem as recomendações da Microsoft, eu recomendo o ASC a todos que se preocupam em manter o sistema nos trinques. Até porque os módulos que a IObit inclui nessa suíte vão muito além das ferramentas nativas do Windows. Além de realizar uma limpeza profunda no disco, ela otimiza o sistema e a conexão com a Internet, busca por drivers e aplicativos desatualizados, brechas de segurança, fraquezas no sistema e muito mais (sobretudo quando se clica no ícone da malinha de ferramentas). Algumas funções são restritas à versão paga, mas, de modo geral, a gratuita está de bom tamanho.

Fica aqui a sugestão.