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quinta-feira, 30 de maio de 2019

BUG NO WINDOWS 10 IMPEDE A RESTAURAÇÃO DO SISTEMA APÓS UMA ATUALIZAÇÃO


SE VOCÊ SE SENTE SÓ, É PORQUE ERGUEU MUROS EM VEZ DE PONTES.

Até o lançamento do Windows Millennium Edition, o usuário que deparasse com instabilidades ou travamentos que não conseguisse solucionar revertendo uma atualização de driver problemático ou desinstalando um aplicativo incompatível ou malcomportado, por exemplo, ou reinstalava o sistema ou tentava restabelecer a última configuração válida através do Scanreg

Como era preciso recorrer ao prompt de comando para acessar uma lista de backups do registro e escolher, por tentativa e erro, uma que funcionasse, muita gente não conhecia ou não sabia usar esse recurso — para gáudio dos computer gays, que faturavam uns trocados formatando a unidade do sistema e reinstalando o Windows do zero (coisa que a maioria dos usuários domésticos também não sabia fazer). 

Sensível ao problema, a Microsoft implementou a Restauração do Sistema no Win ME, que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da chegada do ano 2000. Além de ser mais eficiente que o Scanreg, o novo recurso era (e continua sendo) executado a partir da interface gráfica do sistema, o que facilitou bastante sua utilização (mais detalhes nesta postagem).

Dias atrás, a Microsoft identificou um bug (erro de programação) que se manifesta quando se tenta restaurar o Windows 10 após uma atualização (o computador não reinicia, e uma mensagem de erro com o código 0xc000021a é exibida na tela). Isso porque, durante a restauração, o Windows armazena temporariamente os arquivos que estão em uso e salva as informações em um registro. Quando o computador reinicia, ele restaura os arquivos em etapas, preparando os que têm extensão ".sys" para serem restaurados primeiro. Devido ao tal bug, os drivers anteriores são carregados antes que as novas versões sejam restauradas, e o processo é interrompido (mais detalhes nesta postagem).

Enquanto trabalha para resolver o problema, a empresa recomenda executar a restauração do sistema somente pelo WinRE (Ambiente de Recuperação do Windows). Para isso, deve-se clicar em Iniciar > Configurações > Atualização e segurança > Recuperação > Opções avançadas > Reiniciar agora e, quando o WinRE for carregado, clicar em Solução de problemas > Opções avançadas > Restauração do sistema.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10 VIA TECLA F8 (TERCEIRA PARTE)



SE PUDERES OLHAR, VÊ. SE PUDERES VER, REPARA.

Continuando de onde paramos no capítulo anterior:

Para acessar o menu Executar, dê um clique direito no botão Iniciar e selecione a opção respectiva na lista. Se preferir, pressione tecla com o logo do Windows juntamente com a da letra R (atalho Win+R).

Com a janela do utilitário aberta na tela, selecione a aba Inicialização. No campo Opções de inicialização, marque a caixa ao lado de Inicialização Segura e assinale a alternativa desejada.

Observação: Sugiro escolher a opção “Mínima”, a menos que você vá precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando (nesses casos, as opções que você deve marcar são, respectivamente, Rede e Shell alternativo). 

Feito isso, clique em Aplicar, confirme em OK e reinicie o computador.

Não custa lembrar que a aba Geral disponibiliza as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva (clique aqui para mais detalhes). Note que, independentemente da configuração escolhida, você terá de desfazer as modificações para que o computador volte a iniciar no modo normal.

Vejamos agora como fazer para acessar o Modo de Segurança se, ao ser ligado, o computador não concluir o boot ou empacar na tela de boas-vindas do Windows (situações em que não haverá como acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente). 

1 - Na tela de boas-vindas do Windows, clique no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clique em Reiniciar e selecione Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização

2 - No menu de opções que será exibido, selecione 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança (se for precisar de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, escolha a opção correspondente).

Observação: As opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede; já a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso é assunto para outra

Supondo que nem a tela de boas-vindas seja exibida, experimente acessar as opções de inicialização avançadas mantendo a tecla Shift pressionada enquanto liga ou reinicia o computador, e acesse o Modo de Segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a opção desejada.

Se nem isso funcionar, o jeito será forçar o desligamento do aparelho. Mantenha pressionada a tecla power (falo do botão físico) por cerca de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguarde um ou dois minutos e torne a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não é capaz de iniciar da maneira convencional; se nem isso ele conseguir fazer, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida e, a partir dela, você poderá decidir o que fazer.

Se o resultado não for o desejado, desligue o computador e torne a ligá-lo, depois desligue e ligue de novo e repita essa operação uma terceira vez. Também em tese, na terceira tentativa você terá acesso às opções avançadas de inicialização e poderá decidir o que fazer a partir daí. 

Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolha Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário e digite a senha, se solicitado, clique em Reiniciar e torça para que dê certo.

Faltou explicar como fazer para a tecla F8 voltar a convocar o Modo de Segurança. É o que farei no próximo capítulo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE III

A CIÊNCIA TRAZ AO HOMEM A INCERTEZA DE UMA CERTEZA.

Vimos que instabilidades, travamentos, telas azuis da morte e inicializações aleatórias que torravam a paciência dos usuários do Windows 3.X/ME se tornaram menos frequentes depois que a Microsoft lançou o WinXP baseado no kernel do Windows NT, e que o Win10 21H2 está para seus antecessores assim como um Ford Mustang Shelby GT500 está para um modelo T do início do século XX. Mas o fato de as aporrinhações não serem tão recorrentes não significa que tenham deixado de existir.

Antes do Win10, eu recomendava migrar para uma nova versão do sistema somente depois que ela recebesse o primeiro Service Pack. No entanto, a política de atualizações implementada em 2015 pôs fim aos Service Packs, já que novas versões do Win10 passaram a ser lançadas a cada seis meses. A questão é que todas as atualizações semestrais e diversos Patch Tuesday implementados desde o primeiro aniversário do Ten deram um bocado dor de cabeça a um sem-número de usuários.

ObservaçãoSe a Microsoft fabricasse carros — disse Bill Gates em algum momento dos anos 1990 —, eles custariam 25 dólares e rodariam 1.000 milhas com um galão de gasolina. A General Motors saiu em defesa das montadoras e, numa resposta bem-humorada (mas nem por isso menos verdadeira), afirmou que o motor dos "MS-Cars" morreria frequentemente, obrigando o motorista a descer do carro, trancar as portas, destrancá-las e tornar a dar a partida para poder seguir viagem, numa evidente analogia com os constantes travamentos do Windows.

Para piorar, a versão Home do Win10 tolheu dos usuários o controle sobre as atualizações. Considerando que os pioneiros são reconhecidos pela flecha espetada no peito, eu sugeria alterar o horário ativo do computador para contornar esse problema, mas uma caudalosa enxurrada de reclamações levou a Microsoft a repensar o assunto. 

Atualmente, as atualizações podem ser pausadas por até 35 dias — tempo mais que suficiente para que eventuais bugs seja identificados e corrigidos. Ainda assim, uma atualização de driver malsucedida ou a instalação de um aplicativo malcomportado pode comprometer a estabilidade do computador ou, em situações extremas, impedir o sistema de reiniciar. 

Se o Windows carrega, pode-se reiniciá-lo no modo de segurança para tentar recolocar o bonde nos trilhos. Essa modalidade de inicialização carrega apenas um conjunto limitado de arquivos e drivers indispensáveis ao funcionamento do computador. Assim, fica mais fácil descobrir se o problema tem a ver com o hardware e, caso negativo, reverter uma atualização do sistema ou de driver, ou mesmo desinstalar um programa que esteja comprometendo a estabilidade computador (volto a lembrar que vale também executar a restauração do sistema; se funcionar, ela evitará uma trabalhosa e demorada reinstalação do zero).

Já se o Windows não inicia, há, basicamente, duas possibilidades: 1) o sistema chega a exibir a tela de logon; 2), O boot empaca antes disso, dificultando, inclusive, o desligamento do computador. A partir da tela de logon é possível acessar as opções de desligamento (clicando no terceiro ícone, da esquerda para a direita, no canto inferior direito da tela) e escolher “desligar”.

Observação: Sugiro evitar a opção “reiniciar”, na qual o boot é refeito tão rapidamente que as memórias voláteis não são “esvaziadas”. O melhor a fazer, nesse caso, é deligar totalmente o computador, aguardar alguns minutos e então liga-lo novamente. Com alguma sorte, o Windows se recuperará automaticamente ou reabrirá no modo de segurança ou no ambiente de recuperação (WinRE).

Se o sistema empaca antes de exibir a tela de logon, não há como desligar ou reiniciar o computador via software. Nesse caso, a solução é manter o botão liga/desliga pressionado e até a máquina desligar, aguardar um ou dois minutos, cruzar os dedos e torne a ligar — com sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

ObservaçãoEvite desligar o computador interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja removendo o cabo de força da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Ademais, isso não funciona nos notebooks, pois a bateria continuará fornecendo energia (a menos que você a remova do respectivo compartimento, mas isso já é outra conversa).

Se não for capaz iniciar normalmente, o Windows tenta fazê-lo no modo de segurança. Se não conseguir, ele exibe as opções avançadas de inicialização. Se nem isso acontecer, ou seja, se a máquina se fingir de morta, deve-se desligá-la e torne a ligar três vezes seguidas — na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização é exibida, permitindo ao usuário decidir o que fazer a partir dali.

Continua...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

QUANDO O COMPUTADOR NÃO LIGA OU O WINDOWS NÃO CARREGA... (3ª Parte)

MELHOR DO QUE SER BEM RECEBIDO NA ENTRADA É SER BEM FALADO NA SAÍDA.

Já vimos como criar e usar uma unidade de recuperação para usar no caso de uma falha grave impedir o Windows de iniciar, mas se você não dispõe desse “salva vidas” e seu sistema empacar, há basicamente dois cenários possíveis: no primeiro, o sistema chega a exibir a tela de logon; no segundo, o boot empaca antes disso, dificultando, inclusive, o desligamento do computador.

A partir da tela de logon, você pode acessar as opções de desligamento (clicando no terceiro ícone, da esquerda para a direita, no canto inferior direito da tela) e escolher “desligar”. Sugiro evitar a opção “reiniciar”, que refaz o boot muito rapidamente, podendo não dar tempo para o total esvaziamento do conteúdo das memórias voláteis). Aguarde alguns minutos e ligue o computador novamente. Com alguma sorte, o Windows se recuperará automaticamente ou reabrirá no modo de segurança ou no ambiente de recuperação (WinRE).

Quando o sistema empaca antes de exibir a tela de logon, não há como desligar ou reiniciar o computador via software. Nessa situação, deve-se forçar o desligamento mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado por 5 segundos. De novo: depois que a máquina desligar, espere um ou dois minutos, cruze os dedos e torne a ligar... Com alguma sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observação: Evite desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja desplugando o cabo da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Nos notebooks isso não adianta de nada, já que a bateria continua fornecendo energia; nos desktops pode até funcionar, mas sob pena de corromper dados ou causar danos físicos no disco rígido.

Quando não é capaz de inicializar normalmente, o Windows tenta fazê-lo no modo de segurança. Na impossibilidade, ele exibe as opções avançadas de inicialização. Se nada disso acontecer, ou  seja, a máquina realmente se fingir de morta, desligue-a e religue três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização deverá ser exibida e você poderá avaliar o que fazer a partir daí.

Observação: O modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o Windows é carregado com um conjunto limitado de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o sistema iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio sistema ou de driver, e até mesmo um programa qualquer que possa estar impedindo o Windows de carregar normalmente. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá a máquina a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Para convocar o modo de segurança, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marcamos as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirmamos em OK e reiniciamos o computador. A questão é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. E agora, José?  

Nas edições vetustas do Windows, acessávamos o modo de segurança pressionando repetidamente a tecla F8 no momento do boot, durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Windows 8 e/ou em máquinas com UEFI e SSD (nas quais o boot leva cerca de dois décimos de segundo). No Windows 10, se você conseguir ao menos acessar as opções de desligamento da tela de logon, mantenha a tecla Shift pressionada e clique em Reiniciar. Se tudo correr bem, as opções de inicialização avançadas serão exibidas, e você poderá convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar e selecionando a modalidade desejada a partir das teclas F4 ou F5 — escolha esta última se precisar acessar a Internet enquanto estiver no modo de segurança.

ObservaçãoUEFI (de Unified Extensible Firmware Interface) é uma interface de firmware padrão para PCs que representa uma sensível evolução em relação ao limitado BIOS (para mais informações, clique aqui; para saber mais sobre drives SSD, reveja esta postagem).

Se o modo de segurança não resolver seu problema, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas (oriente-se pela figura 02), selecione a opção Restaurar este PC, informe se deseja ou não manter seus arquivos pessoais, siga as instruções do assistente e torça para dar certo.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

AINDA SOBRE ATUALIZAÇÕES PROBLEMÁTICAS NO WINDOWS 10 (PARTE 3)


GRAVEM-SE OS BENEFÍCIOS NO BRONZE E AS INJÚRIAS NO AR.

Dizia eu no post anterior que, se a instalação de um patch "bichado" impedir o Windows de reiniciar, remover a atualização pode recolocar o bonde nos trilhos, já que alternativa é reinstalar o sistema do zero. Então, não se perde nada em tentar.

Note que há duas situações possíveis, e que cada qual deve ser tratada de um jeito. Na primeira, você liga o computador e o Windows exibe a tela de logon, mas não vai adiante; na segunda, nem essa tela aparece, inviabilizando, inclusive, o desligamento da máquina por software. Então vamos lá.

Se a tela for exibida, clique no terceiro ícone (da esquerda para a direita) que aparece no canto inferior direito da tela e, em opções de desligamento, clique em “desligar”, aguarde alguns minutos e torne a ligar o computador. Se o Windows normalmente, ele o fará no modo de segurança ou exibirá o ambiente de recuperação (WinRE).Note que a opção “reiniciar” deve ser evitada, porque nesse caso o intervalo de tempo entre o encerramento e o boot subsequente pode não ser suficiente para o esvaziamento das memórias voláteis.

Já se o computador empacar antes de exibir a tela de logon, não há como desligar como comandar o desligamento via software. Nessa situação, o jeito é foçar o desligamento mantendo o botão liga/desliga (power) pressionado por 5 segundos e seguir o roteiro retrocitado, ou seja, aguardar alguns minutos, cruzar os dedos e torne a ligar o computador... Com alguma sorte, tudo voltará a ser como antes no Quartel de Abrantes.

Observações:

1 — Evite desligar o aparelho simplesmente interrompendo o fornecimento de energia elétrica, seja desplugando o cabo de força da tomada, seja desligando o estabilizador de tensão. Nos notebooks isso de nada adianta, pois a bateria continua fornecendo energia; nos desktops até funciona, mas com grandes chances de corromper dados ou causar danos físicos ao drive de disco rígido.

2 — Em teoria, o Windows tenta carregar no modo de segurança sempre que não consegue fazê-lo da maneira convencional. Se isso não ocorrer, ele deve exibir as opções avançadas de inicialização. Se nem isso acontecer, ou seja, se a máquina simplesmente se fingir de morta, desligue-a e torne a ligar três vezes seguidas. Na terceira tentativa, a tela das opções avançadas de inicialização será exibida e você poderá avaliar o que fazer a partir daí.

3 — modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o sistema é carregado com um conjunto mínimo de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o Windows iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio Windows, ou de driver, ou mesmo um aplicativo que possa estar impedindo a reinicialização convencional do aparelho. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá o Windows a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Para convocar o modo de segurança, pressione simultaneamente as teclas Win+R, digite msconfig na caixa do menu Executar e clique em OK. Na aba Inicialização do Sistema, marque as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirme em OK e reinicie o computador. Obviamente, não ser possível fazer se o sistema empacar durante o boot. Para saber como proceder nessa situação, leia a próxima postagem.

segunda-feira, 21 de março de 2022

WINDOWS 10 — ATUALIZAÇÃO PROBLEMÁTICA

DO PRATO À BOCA PERDE-SE A SOPA.

Ainda que fossem mais frequentes nas versões vetustas do Windows, os “paus” ainda ocorrem no Win10 e em seu sucessor. O lado bom da história, por assim dizer, é que eles são capazes de corrigir um sem-número de problemas, bastando para isso uma simples reinicialização. Só que não dá para desligar o computador da maneira habitual quando o mouse e o teclado não respondem. 

Em tese, manter o botão liga/desliga pressionado por 5 segundos corta o fornecimento de energia e desliga o aparelho “na marra”. Supondo que a reinicialização não se complete e o Win10 empaque na tela de boas-vindas (logon), clicar com o botão direito do mouse no terceiro ícone (a partir da esquerda) que é exibido canto inferior direito da janela dá acesso às opções de desligamento. E se o teclado e mouse estiverem operantes, manter a tecla “Shift” pressionada e clicar na opção “Reiniciar” leva ao modo de segurança — ou, na pior das hipóteses, ao Ambiente de Recuperação do Windows (WinRE), que, também em tese, é convocado quando a máquina não reinicia após três tentativas seguidas. Na prática, porém, a teoria pode ser outra.

Observação: O modo de segurança é uma modalidade de inicialização em que o Windows é carregado com um conjunto limitado de arquivos e drivers e resolução gráfica em VGA (não estranhe, portanto, a aparência dos ícones e demais elementos exibidos na tela). Se o sistema iniciar dessa maneira, você saberá ao menos que o problema não está nas configurações-padrão do sistema, e poderá desinstalar uma atualização do próprio sistema ou de driver, e até mesmo um programa qualquer que possa estar impedindo o Windows de carregar normalmente. Vale também executar a restauração do sistema, que, se funcionar, reverterá a máquina a um ponto criado anteriormente, quando tudo funcionava direitinho. Se der certo, você economizará tempo e trabalho.

Dito isso, vamos ao que interessa: depois que instalei o Patch Tuesday de fevereiro, o Windows reiniciou normalmente. No dia seguinte, porém, ele me brindou com uma tela azul da morte (KERNEL SECURITY CHECK FAILURE), que se repetiu nas três reinicializações subsequentes, até que finalmente o processo empacou na tela de logon. Pressionei Shift, cliquei em Reiniciar e, no WRE, selecionei a opção que repara erros de inicialização, mas não consegui me livrar da bendita tela azul.

Sem alternativa, resolvi reinstalar o Win10 do zero e, para não ter surpresas, baixei uma cópia novinha em folha a partir do site da Microsoft usando meu notebook. Todavia, por alguma razão a instalação não se completou, nem depois que mudei o SSD, nem quando tentei o HDD que uso para armazenar meus arquivos pessoais.

Como dispõe a famosa Lei de Murphy, nada é tão ruim que não possa piorar. O portátil, que estava inativo havia meses aproveitou o embalo para me oferecer o Win11. E a despeito de o momento não ser indicado para esse tipo de aventura (já que eu estava sem máquina de backup), achei de aceitar a gentil oferta da dona Microsoft. E aí...

Continua...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

AINDA SOBRE O DESEMPENHO DO PC (CONTINUAÇÃO DA CONTINUAÇÃO)


AS HORAS SÃO FATIAS DA ETERNIDADE.

Vimos que quando compramos um computador montado as nossas opções se reduzem à escolha da marca e do modelo, o que significa aceitar a configuração e os componentes definidos pelo fabricante. Máquinas top de linha costumam ter configuração poderosa e integrar componentes de boa qualidade, mas não é qualquer um que pode investir algo entre R$5 mil e R$ 100 mil num PC.

Se você acha que estou exagerando, o "monstro" que ilustra esta postagem tem processador de 18 núcleos, HDD de 2 TB, 32 GB de RAM e monitor full HD de 24 polegadas e custa R$ 41 mil; o iMac PRO, na versão top, custa pouco menos de US$ 14 mil nos EUA, mas, no Brasil, chega a inacreditáveis R$ 98.125. A boa notícia é que você parcelar o pagamento em até 12 vezes — ah, e o frete é grátis.

Mesmo uma Ferrari está sujeita a panes, ainda que as probabilidades de ela deixar o dono na mão sejam bem menores que as de um Chevrolet Opala ou de um Fiat Uno dos anos 80, por exemplo — que a esta altura devem estar caindo aos pedaços. Mas isso é conversa para outra hora. No caso do computador, para além da configuração física — que deve ser adequada às exigências do sistema e dos apps que o usuário pretende rodar —, algo sempre pode dar errado também no âmbito do software

Felizmente, problemas de lentidão, instabilidade, travamentos e/ou reinicializações aleatórias, acompanhadas ou não das temidas BSoD (sigla em inglês para tela azul da morte), têm grandes chances de ser resolvidos por uma simples reinicialização. Mas evite a opção “reiniciar” do menu de deligamento, pois ela refaz o boot muito rapidamente, impedindo que o conteúdo das memórias voláteis se esgote completamente. O indicado é desligar o computador e tornar a ligá-lo depois de um ou dois minutos; com alguma sorte, o Windows irá se recuperar automaticamente do erro ou iniciar no modo de segurança (ou ainda no ambiente de recuperação).

Observação: E se o sistema não exibir a tela de Logon nem as opções de recuperação? Bem, aí a porca torce o rabo. O jeito é insistir no boot três tentativas consecutivas forçam a reinicialização no WinRE (ambiente de recuperação do Windows). Na janela Selecione uma opção, escolha Solucionar problemas; em Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC, em Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário (digite a senha, caso isso lhe seja solicitado) e então clique em Reiniciar e reze para dar certo.

Problema intermitentes (que ocorrem uma vez ou outra) ou recorrentes (que ocorrem várias vezes num curto espaço de tempo) costumam ter causas difíceis de identificar, já que a pesquisa demanda tempo e trabalho, além de exigir conhecimentos que a maioria dos usuários domésticos geralmente não possui. Então, deixe de lado a curiosidade acadêmica e recorra à Restauração do Sistema, que, como vimos no capítulo anterior, acompanha o Windows desde a edição Millennium

Continua...

sexta-feira, 18 de março de 2022

WINDOWS 10 — DICAS (SÉTIMA PARTE)

ANTES, A MÍDIA CONTROLAVA AS MASSAS; HOJE, AS MASSAS CONTROLAM A MÍDIA.

Em 1995, quando a Microsoft promoveu o Windows de interface gráfica a sistema operacional, um megabyte de memória RAM custava 20 dólares. Atualmente, com esse mesmo dinheiro compra-se um módulo de 4GB SDRAM DDR-3 da Kingston

Em 1995, o Win95 exigia pelo menos 4MB de RAM (isso mesmo, quatro megabytes) para rodar. Em 2015, quando lançou o Win10 como serviço (SaaS), a Microsoft, modesta quando lhe convém, informou que o sistema requeria 1GB na versão de 32-bit e 2GB na de 64-bit. Para o Win11, lançado oficialmente em outubro do ano passado, a mãe da criança informa que a quantidade mínima de RAM é de 4GB.  

A questão é que todo aplicativo consome memória, inclusive aqueles que pegam carona na inicialização do sistema e ficam rodando em segundo plano. Um PC sem programas é quase inútil, e usá-lo sem acessar a Internet é como andar com uma poderosa motocicleta somente no quintal de casa. E os navegadores são vorazes consumidores de memória.

Para rodar com fôlego, o Win10 precisa de pelo menos 6GB de RAM. Meu desktop dispõe de 32GB DDR3, mas foi reprovado pelo PC Health Checker por causa do processador — um Intel quad-core i7-4790 3.6GHz. Já meu note Dell Inspiron 3583 (i7 4GHz de 8ª geração) foi aprovado, mas, a despeito de contar com 8GB de RAM DDR4, ele fica no chinelo quando comparado ao desktop (o gargalo está no disco rígido eletromecânico de 2TB; o desktop dispõe de um SSD de 1TB e um HDD de 3TB).

Conforme comentei em outras oportunidades, a Microsoft dará suporte ao Win10 até outubro de 2025. Até lá muita água vai rolar, já que ninguém escapa da obsolescência programada. Isso não muda o fato de o Win11 ser a bola da vez. Atualmente, quem compra um PC Windows novo recebe o aparelho com a nova versão do sistema pré-instalada ou, no mínimo, com uma configuração de hardware que permita a migração.

Fiz este preâmbulo porque, no dia 9 do mês passado, meu desktop resolveu exibir um festival de telas azuis (coincidência ou não, isso se deu um dia depois de eu aplicar o Patch Tuesday de fevereiro). Num dos reboots, consegui acessar o ambiente de recuperação (WinRE), mas não obtive sucesso com o Reparo de Inicialização e resolvi deixar para reinstalar o sistema mais adiante. 

O jeito foi tirar meu notebook do armário, mas eu não o usava havia meses e o Windows Update me avisou que o Win11 estava pronto para ser instalado. Pensei em postergar a atualização, mas resolvi seguir adiante. Eram, então, 14h. 

Somente às 23h30 que Windows concluiu os trâmites e pediu a indefectível reinicialização (afora as que ele fez por conta própria durante o processo). Dado o avançado da hora (essas coisas, a gente sabe quando começam, mas não quando terminam), deixei para reiniciar o PC pela manhã.

Para encurtar a conversa, pouco depois das 11h da manhã seguinte o Win11 deu as caras pela primeira vez. Gastei mais algumas horas com reconfigurações, personalizações e o escambau. Para “ajudar”, o sistema “não encontrou nenhuma saída de áudio”. E se já não bastasse a lentidão generalizada, navegar com o Edge Chromium virou um teste de paciência: eu digitava um URL e nada acontecia. Depois, aos poucos, as letras iam aparecendo. Quando a página abria, rolar a tela era um suplício... Em suma, meu note ficou uma merda.

Encontrei reclamações parecidas no fórum oficial do Win11. As sugestões iam desde remover e reinstalar o browser a restaurar o sistema, rodar o DISM, desabilitar o antivírus (meu note veio com uma licença do McAfee, que foi renovada quando eu reinstalei o sistema), e por aí afora. Nenhuma delas me convenceu. Para piorar, o martírio se repetia com o Google Chrome, que eu consegui baixar e instalar a duras penas (a essa altura, eu abria o Edge e ele fechava do nada).

Resumo da ópera: Conforme eu mencionei ao longo desta sequência, o Windows oferece diversos utilitários — entre os quais ferramentas para limpeza do disco, correção de erros e desfragmentação dos dados —, mas não disponibiliza um limpador do Registro e tampouco recomenda recorrer a ferramentas de terceiros (como o festejado Advanced System Care). 

Sou fã dessa suíte da manutenção desde sempre, mas não me cabe discutir com a mãe da criança. Interessa dizer que eu estava prestes a jogar a toalha quando decidi travar mais um “cabo de guerra” como o navegador e baixar ASC. Eu uso a versão PRO no desktop, mas não estava com paciência para procurar na nuvem uma cópia das chaves de ativação dos meus softwares pagos, de modo que baixei a encarnação mais recente da versão freeware (15.2.0.201. E foi tiro e queda.

O ASC oferece a opção IA (vide figura), que utilizei inicialmente. Tanto o exame quanto as correções levaram mais tempo do que seria “normal” (mesmo para o notebook, que não conta com os benefícios do SSD), mas o fato é que o sistema mudou da água para o vinho. A inicialização demore bem mais que a do desktop (que leva de 10 a 15 segundos), mas Win11 tornou-se perfeitamente utilizável.

Em que pesem as recomendações da Microsoft, eu recomendo o ASC a todos que se preocupam em manter o sistema nos trinques. Até porque os módulos que a IObit inclui nessa suíte vão muito além das ferramentas nativas do Windows. Além de realizar uma limpeza profunda no disco, ela otimiza o sistema e a conexão com a Internet, busca por drivers e aplicativos desatualizados, brechas de segurança, fraquezas no sistema e muito mais (sobretudo quando se clica no ícone da malinha de ferramentas). Algumas funções são restritas à versão paga, mas, de modo geral, a gratuita está de bom tamanho.

Fica aqui a sugestão.

sexta-feira, 4 de março de 2022

CORREÇÃO DE ERROS NO WINDOWS 10 — PARTE IV

O AMOR É IDEAL, O CASAMENTO É REAL, E A MISTURA DO IDEAL COM O REAL JAMAIS FICA IMPUNE.

Para convocar o modo de segurança quando o Windows está carregado, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar e clicamos em OK. Com a janela do utilitário de configuração do sistema aberta, selecionamos a aba Inicialização e, no campo Opções de inicialização, assinalamos a caixa ao lado de Inicialização Segura e marcamos a alternativa desejada — sugiro escolher “Mínima”. Para temos acesso à Internet no modo de segurança, marcamos a opção Rede; se precisamos do interpretador de linha de comando, marcamos Shell alternativo. Ao final, clicamos em Aplicar, confirmamos em OK e reiniciamos o computador (vale lembrar que, independentemente da configuração escolhida, será preciso desfazer as alterações para o Windows voltar a carregar normalmente).

Observação: A aba Geral oferece as opções Inicialização de Diagnóstico e Inicialização Seletiva — clique aqui para mais detalhes. 

O problema é que não há como fazer isso quando sistema empaca durante o boot. Nas edições vetustas do Windows, acessava-se o modo de segurança ligando (ou reiniciando) o computador e pressionando a tecla F8 durante a contagem da memória, mas isso deixou de funcionar a partir do Win8 (sobretudo em máquinas com UEFI e SSD, nas quais o boot dura apenas dois décimos de segundo). 

No Windows 10, em sendo possível acessar as opções de desligamento da tela de logon, manter a tecla Shift pressionada e clicar em Reiniciar força a exibição das Opções de Inicialização Avançadas, e a partir delas podemos convocar o modo de segurança clicando em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização.

Supondo que o computador não conclua o boot ou empaque na tela de boas-vindas (situações nas quais não é possível acessar o utilitário de configuração do sistema para seguir os passos sugeridos anteriormente), o jeito é clicar no ícone de Energia e, mantendo pressionada a tecla Shift, clicar em Reiniciar e, em seguida, em Resolução de problemas > Opções avançadas > Configuração de Inicialização. No menu de opções que será exibido, selecionamos 4 (ou F4 ou fn+F4, conforme as instruções na tela) para convocar o Modo de Segurança.

Observação: Se precisamos de acesso à Internet ou do interpretador de linha de comando, devemos escolher a opção correspondente, lembrando que as opções Shell Alternativo e Rede equivalem aos nossos velhos conhecidos modo de segurança com prompt de comando e modo de segurança com rede, ao passo que a opção Reparo do Active Directory se aplica a computadores em rede com servidor central, mas isso já é outra conversa.

Se nem isso funcionar, devemos forçar o desligamento do aparelho mantendo pressionado o botão de power por mais de 5 segundos. Depois que o computador desligar, aguardamos um ou dois minutos e tornamos a ligá-lo. Em tese, o Windows tenta carregar no modo de segurança quando não consegue iniciar da maneira convencional; caso isso não ocorra, a janela do ambiente de recuperação (WinRE) será exibida. 

Se nem isso acontecer, desligamos e religamos o computador três vezes seguidas. Também em tese, a terceira tentativa nos dará acesso às opções avançadas de inicialização, a partir da qual decidimos qual caminho tomar. Na pior das hipóteses, com a janela Selecione uma opção exibida na tela do monitor, escolhemos Solucionar problemas; na tela Solucionar problemas, clicamos em Restaurar este PC; na tela Restaurar este PC, definimos Manter meus arquivos, selecionamos nossa conta de usuário e digitamos a senha, se solicitado, e então clicamos em Reiniciar e torcemos para que dê certo.

Observação: Se o modo de segurança não resolver o problema... bem, há outras possibilidades a explorar, mas talvez seja melhor reinstalar o Windows logo de uma vez: ainda no ambiente de recuperação do sistema, na sessão Solução de Problemas, selecionamos a opção Restaurar este PC, informamos se desejamos manter (ou não) os arquivos pessoais e seguimos as instruções do assistente (cruzando os dedos e torcendo para que tudo dê certo).

Continua...

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

MODO DE SEGURANÇA NO WINDOWS 10

A INVENCIBILIDADE ESTÁ NA DEFESA; A POSSIBILIDADE DE VITÓRIA, NO ATAQUE. QUEM SE DEFENDE MOSTRA QUE SUA FORÇA É INADEQUADA; QUEM ATACA, MOSTRA QUE ELA É ABUNDANTE.

Como os leitores habituais aqui do Blog já sabem, o modo de segurança é uma modalidade de inicialização na qual apenas os arquivos e drivers básicos do sistema são carregados, de maneira a permitir a realização de tarefas (geralmente de manutenção) que demandam acesso a arquivos que o Windows bloqueia quando é inicializado nos moldes convencionais.

Desde a edição 95 que a maneira mais simples de acessar o modo seguro era reiniciar ou ligar o computador e pressionar repetidamente a tecla F8 durante o boot, mas isso deixou de funcionar a partir do Eight. Ademais, em máquinas com UEFI e SSD o boot é tão rápido (cerca de 200ms) que não dá tempo de digitar com êxito o atalho Shift+F8 ― que, em tese, convocaria a tela com as opções alternativas de inicialização.

Observação: A UEFI (de Unified Extensible Firmware Interface) é uma interface de firmware padrão para PCs que representa uma sensível evolução em relação ao limitado BIOS (para mais informações, clique aqui).

Para acessar o modo seguro no Windows 10, pressionamos simultaneamente as teclas Win+R, digitamos msconfig na caixa do menu Executar, clicamos em OK e, na aba Inicialização do Sistema, marcamos as caixas de seleção ao lado de Inicialização Segura e de Mínimo, confirmamos em OK e reiniciamos o computador (vale lembrar que é preciso reverter essa configuração posteriormente, para que o computador volte a reiniciar da maneira convencional).

Se, todavia, algum problema impedir o Windows de carregar, não será possível seguir os passos descritos acima. Nesse caso, o próprio Windows costuma exibir a tela a tela que dá acesso ao modo seguro (vide imagem que ilustra esta matéria). Supondo que isso não aconteça e a inicialização empaque na tela de Logon, damos clique direito sobre o ícone que dá acesso às opções de desligamento (no canto inferior direito da tela) e, mantendo a tecla Shift pressionada, selecionamos a opção Reiniciar, clicamos em Solução de Problemas > Configurações Avançadas > Configurações de Inicialização > Reiniciar. Na sequência, a janela das opções de inicialização que será exibida permitirá acessar onde você poderá acessar as Configurações de inicialização e usar as teclas de função (F4, F5 e F6) para definir a opção desejada.

Ao reiniciar, a janela das opções de inicialização que será exibida permitirá acessar onde você poderá acessar a opção Solução de problemas, Opções avançadas, Configurações de inicialização e Reiniciar, para reiniciar o Windows 10 e acessar as opções de modo de segurança. Note que cada opção conta com funcionalidades específicas. Na primeira, que geralmente utilizamos para solucionar problemas, nenhum software adicional ou driver é executado, mas há situações que podem exigir acesso à Internet (rede) ou uso da linha de comando (prompt).  

Observação: E se o sistema não chegar a exibir a tela de Logon nem as opções de recuperação? Bem, aí a porca torce o rabo. O jeito é insistir no boot ― três tentativas consecutivas forçam a reinicialização no WinRE (ambiente de recuperação do Windows). Na janela Selecione uma opção, escolha Solucionar problemas; em Solucionar problemas, selecione Restaurar este PC, em Restaurar este PC, defina Manter meus arquivos, selecione sua conta de usuário e digite a senha, caso isso lhe seja solicitado, e então clique em Reiniciar e reze para dar certo.

Se, após o computador reiniciar no modo de segurança, o problema desaparecer, a causa deve ser uma falha no software ou driver. Do contrário, o culpado deve ser algum componente de hardware, mas analisar as diversas possibilidades foge ao escopo desta matéria (sem mencionar que seu computer guy também precisa comer, não é mesmo?).

Vale lembrar que há diversas dicas no Blog sobre como usar o modo de segurança, seja para remover um malware que seu antivírus não esteja conseguindo neutralizar, seja para instalar atualizações da Microsoft ou mesmo aplicativos que falham quando você os tenta instalar com o Windows carregado normalmente. É só pesquisar e conferir; o campo Pesquisar este Blog está aí para isso.

Observação: Por alguma razão que eu desconheço, o Windows Installer não faz parte dos serviços iniciados no modo seguro, e no caso de a adição/remoção de um aplicativo depender desse serviço, você será brindado com a mensagem de erro 1084This service cannot be started in safe mode. E se tentar iniciar o serviço manualmente, surgirá outra mensagem de erro (The Windows Installer Service could not be acessed). Para saber como contornar esse problema, clique aqui.

A CONEXÃO URUGUAI DO CLÃ LULA DA SILVA

Em extensa matéria de capa, a edição da semana passada da revista ISTOÉ abordou a “Conexão Uruguai” de Lula ― que, nunca é demais lembrar, continua jurando de mãos postas e pés juntos (pena ainda não ter ido para a “terra dos pés juntos”, mas enfim...) ser a “alma viva mais honesta do Brasil”, como se não houvesse uma cachoeira de evidências apontando o contrário. Quando nada, sua insolência é réu em três processos e investigado em pelo menos mais três (e isso é só o começo, já que a delação de Marcelo Odebrecht promete aumentar significativamente o placar). O mais recente tramita na 10ª Vara Federal de Brasília, sob a batuta do juiz Vallisney de Souza Oliveira, que aceitou a denúncia contra Lula, seu sobrinho torto Taiguara dos Santos, o empresário Marcelo Odebrecht e mais oito pessoas.

Além dessa ação, que envolve contratos do BNDES, há outras sobre uma suposta tentativa de obstruir a Operação Lava-Jato e sobre recebimento de vantagens indevidas da OAS ― como reforma no triplex do Guarujá e armazenamento de acervo pessoal à custa da empreiteira ―, além de investigações sobre o Sítio Santa Bárbara, tráfico de influência, enriquecimento ilícito, ocultação de patrimônio, e por aí segue a funesta procissão. O que falta, então, para essa criatura ser presa? Segundo O Antagonista, nada! Já na avaliação de Reinaldo Azevedo, “é melhor um Lula condenado e inelegível solto do que preso num período em que é preciso fazer reformas que mexem com a cultura estatizante do pai-patrão”.

Mas tem mais: especula-se agora que Lula seja dono de uma segunda cobertura ― além daquela onde reside, no Edifício Green Hill, em SBC ― que ele usava para guardar pertences quando ainda ocupava a presidência da Banânia. Em dezembro de 2010 ― ou seja, no apagar das luzes do segundo mandato do petista ―, a DAG Construtora (da Odebrecht) pagou 800 mil reais a um primo do primeiro-amigo José Carlos Bumlai, que comprou a cobertura em questão e a “alugou” para o sapo barbudo. A Lava-Jato está investigando o caso, e deveremos ter novidades em breve.

Passando agora ao mote desta postagem, uma mansão cinematográfica localizada em Punta Del Leste também vem sendo alvo de investigações pela força-tarefa de Curitiba. Para os procuradores, não faltam indícios de que se trata de mais um imóvel registrado no nome de laranjas ― o mesmo modus operandi utilizado no tríplex do Guarujá, que “pertence” à OAS, e no sítio de Atibaia, registrado em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar (clique aqui e aqui para mais detalhes).
Segundo colaboradores do MPF que estiveram no local, a mansão pertenceria a uma offshore ligada ao empresário Alexandre Grendene Bertelle, que possui um sem-número de casarões no Uruguai ― dentre os quais uma suntuosa casa na rua paralela à do imóvel suspeito de ter ligações com Lula ―, além de ser sócio de empreendimentos bem-sucedidos, como a indústria de calçados Grendene e o Hotel e Cassino Conrad.

O imóvel no estilo “chalé suíço”, que ocupa um terreno de 7,5 mil metros quadrados na Calle Timbó, conhecida por Villa Regina, adota o estilo de chalé suíço e é cercado por uma extensa área verde. De acordo com informações prestadas ao MPF por um conhecido colaborador, responsável pelas denúncias que levaram à deflagração da investigação, vários monitores de excursões que conduzem comitivas de brasileiros na paradisíaca cidadezinha informam que a propriedade pertence a Lula. Na última semana, o procurador destacado para investigar o caso disse à ISTOÉ que não descarta a possibilidade de pedir a colaboração do governo uruguaio, até porque, se no Brasil já é difícil caracterizar a ocultação de patrimônio quando ele figura em nome de terceiros, em Punta del Este, onde os imóveis ficam escondidos em offshores, a coisa é ainda mais complicada (procurada pela reportagem, a assessoria de Lula repetiu que o ex-presidente não tem nenhuma casa ou conta no exterior e que todas as propriedades dele estão em São Bernardo do Campo e são devidamente declaradas).

Se o triplex do Guarujá está em nome da OAS de Léo Pinheiro, o sítio de Atibaia, no de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, e a segunda cobertura em São Bernardo, no de um primo do pecuarista José Carlos Bumlai, o mecenas de Lula na mansão de Punta Del Este seria o bilionário Alexandre Grendene, que obteve empréstimos subsidiados do BNDES no valor de R$ 3 bilhões durante o governo do petista e doou parte dos R$ 10,8 milhões que custearam o filme “Lula, o filho do Brasil” ― dirigido por Fábio Barreto ―, além de ter colaborado com o “Fome Zero” ― espécie de embrião do Bolsa Família e carro-chefe da política social lulopetista no início do primeiro mandato do molusco.

Nos últimos dias, a Lava-Jato fez novas descobertas acerca do patrimônio oculto de Lula. No caso do sítio, Alexandrino Alencar, um dos porta-vozes do petralha dentro da Odebrecht e seu acompanhante contumaz nas viagens à América Latina e África a bordo de jatinhos da empreiteira, confirmou que a Odebrecht participou de um consórcio junto com a OAS e o pecuarista José Carlos Bumlai para reformar o sítio, e que a reforma teve início em outubro de 2010, quando Lula ainda era presidente.

Observação: Bumlai, considerado “consiglieri” da Famiglia Lula da Silva e mencionado em quase todos os escândalos que envolvem Lula, agora é citado também na investigação da segunda cobertura no edifício Green Hill, em São Bernardo do Campo, contígua ao apartamento onde mora o petista.

Punta Del Este, no litoral sul do Uruguai, onde está localizada a mansão alvo de investigação da Lava-Jato por possíveis ligações com Lula, é uma cidadezinha de 10.000 habitantes, mas tida como a Saint-Tropez da América do Sul por suas praias paradisíacas, cassinos de luxo, hotéis suntuosos. No verão, quando é procurada por novos-ricos do mundo todo e muitos milionários brasileiros, é comum haver congestionamentos de Mercedes-Benz e Ferraris, que são conduzidos para lá por motoristas, enquanto os patrões percorrem de avião os cerca de 2.000 km a partir de São Paulo. Foi nesse cenário bucólico que Lula descansou após ser eleito presidente pela primeira vez, em 2002, quando ficou hospedado na casa de um amigo. Pelo jeito, ele gostou do que viu.

Em tempo: Luis Cláudio Lula da Silva, filho mais novo de Lula e igualmente enrolado em investigações sobre recebimento de propinas, já se escafedeu para o Uruguai, onde é o novo reforço do modesto Juventud de Las Piedras, que atualmente ocupa a sétima colocação do Campeonato Uruguaio. Sugestivo, não? O pimpolho já foi auxiliar de preparador físico e olheiro do Corinthians, mas ficou mais conhecido por ser investigado pela Operação Zelotes, quando se veio a saber que sua empresa, a LFT Marketing Esportivo, que não tinha funcionários, recebeu o pagamento de R$ 2,4 milhões do escritório de advocacia Marconi & Mautani, acusada de comprar medidas provisórias no governo petista, por uma “consultoria” que consistiu em simples cópia de material publicado na Internet. Mais adiante, descobriu-se que a maracutaia envolveu quase R$ 10 milhões, dos quais R$ 4 milhões ― e não “apenas” R$ 2,5 milhões, como se suspeitava ― vieram da Marcondes & Mautoni, e o restante, “de outras fontes suspeitas” que ainda estão sendo investigadas.

Um ótimo dia a todos e até mais ler.

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