sexta-feira, 15 de julho de 2022

SEGURANÇA É UM HÁBITO

PREVENIR ACIDENTES É DEVER DE TODOS. 

O smartphone é um computador pessoal ultraportátil, mas a maioria das pessoas o vê como um telefone móvel e, por isso, não adota as mesmas precauções que toma (ou deveria tomar) em relação ao desktop ou notebook. 

Depois que Microsoft descontinuou o Windows Mobile, os dispositivos móveis contam basicamente com dois sistema operacionais: o iOS, utilizado pela Apple no iPhone e no iPad), e o Android, pela maioria dos demais fabricantes de smartphones.   

A obsolescência programada — artifício usado pela indústria para induzir o consumo repetitivo a seu público-alvo — nos leva a substituir o celular (e uma porção de outras coisas) por um modelo novo a cada um ou dois anos, mesmo que o ele esteja em perfeitas condições de funcionamento. No Brasil, é burrice tratar o smartphone aos coices a pretexto de se tratar de um produto “descartável”. Bem cuidado, o dispositivo pode prestar bons serviços por anos a fio. 

 

No que tange à segurança, os ultraportáteis se tornaram repositórios de informações confidenciais e de aplicativos financeiros (daí muitas pessoas andarem com dois aparelhos, um para usar e outro para entregar ao ladrão). Por rodar um sistema operacional e uma vasta gama de aplicativos, eles são tão susceptíveis a spyware, phishing e outras maracutaias digitais quanto o PC de mesa, mas mais sujeitos a perda, furto e roubo — daí ser imprescindível proteger o acesso ao sistema por senha ou biometria.

 

Observação: Ative sempre que possível a autenticação em duas etapas, evite fazer jailbreak ou root no aparelho (sobretudo se ele estiver na garantia) e só conceda aos aplicativos as permissões que forem realmente necessárias. Há algum tempo o Lifehacker publicou uma matéria ensinando os usuários a se protegerem de aplicativos que requerem muitos acessos.

 

Os principais desenvolvedores de softwares de segurança oferecem versões específicas para Android e iOS. A variedade é maior para o sistema do Google, e o preço, menor que para Windows e macOS. A oferta para o iPhone é menor, mas as ferramentas existem e devem ser utilizadas.  

 

Alguns (maus) hábitos reduzem a vida útil dos celulares, e recarregar a bateria por tempo superior ao necessário é um deles. Baterias de íon-lítio não são afetadas pelo “efeito memória”, e não devem ser totalmente descarregadas nem completamente recarregadas — melhores resultados são obtidos quando o nível de carga é mantido entre 20% e 80%. Pela mesma razão, evite deixar o aparelho carregando durante toda a noite.

 

O armazenamento na nuvem é uma opção interessante, sobretudo quando o aparelho dispõe de pouca memória interna. Ainda que a maioria dos modelos baseados no Android suporte o uso de SD-Card, convém manter backups de arquivos importantes e de difícil recuperação em drives virtuais, para o caso de os originais serem apagados acidentalmente ou se tornarem inacessíveis por outro motivo qualquer.

 

Se baixar apps do Google Play e da App Store não é 100% seguro, baixar APKs de outras fontes (noves fora a loja do fabricante do aparelho) é procurar sarna para se coçar. Pior ainda se o programa for shareware (comercial) e a fonte o oferecer gratuitamente (isso é pegadinha em 110% dos casos). E não deixe de instalar as atualizações de sistema, de segurança e dos aplicativos sempre o aparelho exibir a mensagem de que elas estão disponíveis. 

 

Por último, mas não menos importante, só ative o Wi-Fi e o Bluetooth quando for realmente utilizar essas conexões. Se precisar fazer uma transação online em trânsito, use a rede 3G/4G de sua operadora móvel. Jamais faça compras pela internet ou transações bancárias usando redes Wi-Fi públicas. 


Observação: Incidentes de segurança envolvendo o Bluetooth são menos comuns, mas o número de casos vem aumentando porque a conexão dos aparelhos a dispositivos vestíveis, como os relógios inteligentes, utiliza esse recurso.

 

Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas.