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segunda-feira, 6 de março de 2017

REVISITANDO O DRIVERMAX

SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO.

Drivers (ou controladores) são programinhas de baixo nível (designação que nada tem a ver com o grau de sofisticação do software, mas sim com seu envolvimento com o hardware) que funcionam como uma “ponte” entre o sistema operacional e os dispositivos de hardware que integram ou estão conectados ao computador. Sem o driver da impressora, por exemplo, o sistema não saberia qual é a versão do aparelho, em qual porta ele está conectado, se está ou não funcional, se há papel na bandeja e tinta nos cartuchos, e assim por diante. 

O próprio Windows integra um respeitável banco de drivers “nativos” que lhe permite instalar e gerenciar a maioria dos dispositivos fabricados até a época do seu lançamento (note que drivers desenvolvidos para o Ten podem não funcionar no 8.1 ou no 7, por exemplo, e vice-versa), mas, devido à rapidez com que a tecnologia evolui, esse repositório tende a ficar desatualizado, sem mencionar que é recomendável usar drivers desenvolvidos pelos próprios fabricantes dos componentes, pois, além de mais estáveis que os genéricos, eles costumam ampliar a gama de recursos e funções dos componentes de hardware.

Igualmente importante é manter os drivers atualizados, pois novas versões são lançadas de tempos em tempos, seja para corrigir bugs das anteriores, seja para adicionar novos recursos aos dispositivos e maximizar sua compatibilidade com o sistema. Todavia, como nada é perfeito neste mundo, sempre existe o risco de atualizações mal sucedidas provocarem falhas no funcionamento do computador. Via de regra, reverter o driver a sua versão anterior resolveria o problema, mas fazê-lo é que são elas, especialmente para usuários iniciantes, pouco familiarizados com configurações avançadas do computador.

Explicando melhor: a “reversão de driver” se resume a desfazer a atualização e voltar a usar a versão anterior do programinha controlador. Na prática, porém, a reversão manual pode ser complicada e trabalhosa (notadamente se a atualização envolveu múltiplos drivers). Claro que um usuário previdente não faz qualquer reconfiguração abrangente no computador sem antes criar um ponto de restauração do sistema, mas o problema é que essa “tábua de salvação” pode simplesmente não funcionar (o que geralmente acontecer quando mais se precisa dela). Por essas e por outras, o DriverMax pode fazer toda a diferença. Com ele, basta você clicar na aba Restauração e comandar a reversão a partir da lista de opções oferecidas na janelinha que se abre em seguida. Confira:

A primeira opção ― Restaurar de um ponto de restauração do sistema ― não atua somente sobre o driver problemático, mas reverte todo o sistema às condições em que ele se encontrava quando o ponto de restauração utilizado foi criado. Isso não afeta seus arquivos pessoais, mas pode ser um problemão quando você reverte o sistema depois de levar a efeito outras alterações no Windows (atualizações, personalizações, etc.) ou instalar aplicativos, por exemplo, que fatalmente deixarão de funcionar.

A segunda opção ― Restaurar um backup criado anteriormente ― dá acesso a uma lista de backups de drivers (criados manual ou automaticamente). Nesse caso, basta você selecionar o backup desejado e clicar no botão Carregar (vale salientar que outros programas também criam backups de drivers, mas nem sempre facilitam a localização/identificação dessas cópias de segurança, o que pode ser um aborrecimento quando precisamos usar o computador para alguma tarefa urgente, e ele se mostra instável ou claudicante devido a uma atualização de driver malsucedida.

Selecionando a terceira opção ― Restaurar usando uma reversão de driver ―, o app identifica e relaciona os drivers passíveis de reversão e permite realizar o procedimento com apenas um clique (quando sabemos qual driver é o responsável pelo problema, não precisamos de programa adicional algum, já que o próprio Windows oferece uma ferramenta nativa que permite revertê-lo à versão anterior, mas o caminho que leva até ela e a maneira de executar o procedimento não é dos mais intuitivos, especialmente para usuários iniciantes).

A quarta opção ― Restaurar utilizando um driver baixado anteriormente ― se aplica a situações em que baixamos novos drivers como um gerenciador, como o DriverMax, e também permite fazer a reversão de maneira fácil e rápida.

O DriverMax é compatível com todas as versões do Windows (de 32 ou 64 bits) e está disponível em diversos idiomas, dentre eles o português. Você pode obter mais informações e fazer o download no site oficial do programa, tanto da versão freeware quanto da comercial (que é mais completa; a licença válida por um ano custa R$ 90,96, mas você pode dividir esse valor em 6 parcelas de R$ 15,16).

MARCO AURÉLIO E O EX-GOLEIRO BRUNO

Numa cruzada contra as prisões alongadas, o ministro Marco Aurélio Mello acolheu o pedido de habeas corpus do ex-goleiro Bruno. Perguntado pela repórter Carol Brígido, de O Globo, se acredita que o ex-goleiro não possa voltar a cometer crimes, o magistrado respondeu: “Não, ele é primário, de bons antecedentes. O homicídio geralmente é praticado por um agente episódico, por motivação na base da emoção, da paixão. A não ser que a pessoa seja integrante de um grupo de extermínio. No caso dele, não é isso”.

Marco Aurélio tem uma filha ― que, aliás, foi nomeada por Dilma desembargadora do TRF da 2ª região ―, e se ainda assim entende que um criminoso condenado merece ser solto devido à demora na apreciação de seu recurso de apelação, então podemos todos relaxar e gozar (depois, quando eu falo que essa é a pior composição do STF de todos os tempos, vem gente me mandar email malcriado). Claro que, à luz da letra fria da Lei, a decisão do ministro foi irreprochável: ele simplesmente acolheu o argumento da defesa, de que que o réu estava na cadeia havia anos “sem culpa formada”.

Explicando melhor: Bruno foi condenado a 22 anos pelo assassinato triplamente qualificado de Elisa Samúdio, ocultação de cadáver e cárcere privado do filho de ambos. Até hoje o TJMG não confirmou nem reformou a sentença da instância a quo, de modo que o ex-goleiro do Flamengo cumpria uma “prisão provisória” há quase sete anos, e, por conta desse descalabro ― convenhamos, isso é um descalabro ―, o ministro Marco Aurélio determinou sua soltura. A rigor, Bruno foi solto pela morosidade da Justiça, e deve voltar para a prisão (ele ainda tem um ano e meio a cumprir antes de avançar para o regime semiaberto), já que as chances de ser absolvido pelos desembargadores mineiros são praticamente nulas. Resta saber se e quando o recurso será julgado, e, nesse entretempo, o cara fala e age com um homem livre, como se não tivesse nada a ver com o crime pelo qual foi condenado.

Sabemos que, no Brasil, as prisões provisórias se arrastam, e que presos “comuns” permanecem encarcerados por anos a fio sem sentença condenatória ― em muitos casos, sem nem sequer uma audiência. Se o ministro não encarna o papel de laxante togado e solta todos eles de uma vez é porque são anônimos, não são notícia e, sobretudo, não servem à “causa” de alguns togados ― como o falastrão Gilmar Mendes, que se pronunciou recentemente sobre “as prisões alongadas que têm encontro marcado com esta Corte”.

Marco Aurélio e o STF estão C&A para Bruno. Não fosse ele um notório ex-goleiro do Flamengo, a sensibilidade e o senso de justiça de sua excelência não lhe sorririam, como não sorriem para milhões de presos provisórios no Brasil. O intrépido cruzado mandou soltá-lo com base no entendimento de que a postergação de uma prisão de natureza provisória afronta a lei e presta um desserviço à Justiça. Mas é no mínimo curioso ele falar em fiel cumprimento da letra legal, já que é useiro em mandar às favas os ditames da Constituição ― aliás, o que mais se tem visto ultimamente é a nossa mais alta Corte, supostamente a guardiã da Carta Magna, “interpretar” as leis ao sabor de interesses políticos (como no caso de Renan Calheiros, que se rebelou contra o Supremo e, em vez de ser punido, foi mantido no cargo de senador e na presidência do Senado e do Congresso, embora afastado da linha sucessória da presidência da República, em mais uma jabuticaba jurídica de que só a fantástica capacidade criativa do Supremo é capaz de produzir.

Nas entrelinhas, lê-se claramente que a intenção do ministro foi mandar um recado para o juiz Moro e quem mais defende as prisões preventivas da Operação Lava-Jato, mesmo que à custa da liberdade de um assassino cruel. Claro que alguns exultaram com a decisão: Rui Falcão, o projeto de estrupício que preside nacionalmente a facção criminosa vermelha, não só comemorou como defendeu idêntico tratamento para Dirceu, Palocci e Vaccari. Na visão desse chumbrega, a soltura do ex-goleiro “deveria levar a uma revisão geral nas decisões recentes da Supremo nos requerimentos de habeas corpus sistematicamente denegados; afinal, é hora de cessar a parcialidade nos julgamentos, dar um fim à perseguição política promovida por certos juízes e procuradores e libertar os ‘guerreiros do povo brasileiro’”.

Curiosamente, esse mesmo esputo petralha divulgou, há exatos dois anos, um manifesto risível, redigido sob a supervisão de Lula, que a certa altura dizia: “Como já reiteramos em outras ocasiões, somos a favor de investigar os fatos com o maior rigor e de punir corruptos e corruptores, e caso qualquer filiado do PT seja condenado em virtude de eventuais falcatruas, será excluído de nossas fileiras”.

Não fosse trágico, seria cômico.

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