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sexta-feira, 5 de julho de 2019

ANDROID VS. IPHONE

UM MONTE DE FEZES COBERTO DE GLACÊ NÃO É UM BOLO DE CASAMENTO, APENAS UM MONTE DE FEZES COM COBERTURA.

O iOS foi desenvolvido pela Apple para funcionar apenas com o iPhone e assemelhados (iPad e Apple Watch). O Android  foi concebido pelo Google para operar aparelhos de diversas marcas e modelos — como o smartphone Samsung usado pelo ex-juiz Sérgio Moro, a partir do qual um grupo de cibercriminosos financiados sabe-se lá por quem obteve acesso ao histórico de conversas do ex-juiz no Telegram.

Diferentemente do WhatsApp, que salva esse histórico no próprio aparelho do usuário, no aplicativo russo o armazenamento é feito na nuvem, ou seja, nos servidores que a empresa mantém espalhados pelo mundo (volto a essa questão numa próxima postagem).

Enquanto o código do iOS é proprietário e a Apple tem total controle sobre o sistema, no smartphone do ministro da Justiça a Samsung controla apenas a distribuição do Android, que conta com a colaboração de quase uma centena de fornecedores diferentes e diversas versões para os mais variados dispositivos.

A loja de apps do Google (Play Store ) é menos rigorosa do que a da Apple (App Store) no que concerne aos programas que distribui. Isso torna o Android mais suscetível a incidentes de segurança, embora não signifique necessariamente que usuários do iOS estão 100% protegidos, mas apenas que a empresa da Maçã estabelece regras de mais rígidas para os desenvolvedores de aplicativos.

É importante ressaltar que as permissões solicitadas pelos aplicativos podem dar pistas de propósitos maliciosos. Uma simples lanterna não tem justificativa para pedir acesso ao microfone, à câmera e à lista de contatos do usuário, por exemplo. Portanto, seja seletivo na hora de instalar os programinhas, procure baixá-los preferencialmente de repositórios seguros e conceder somente as permissões necessárias ao seu funcionamento. Se essa restrição impedir o programa de funcionar, procure uma alternativa que não inclua “pegadinhas” em seu código.

Por ser o sistema operacional para dispositivos móveis mais utilizado no mundo, o Android é também o mais visado por cibercriminosos e mais suscetível a alterações maliciosas. Além disso, o Google não o atualiza com a mesma frequência que a Apple atualiza o iOS. Dependendo da versão do Android que vem instalada de fábrica, sobretudo se o aparelho for de entrada de linha (leia-se mais barato), talvez nem seja possível atualizar o sistema. E como o barato sai caro...

Volto numa próxima postagem com algumas considerações sobre a segurança do Telegram e do popular WhatsApp. Até lá.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

SMARTPHONES — O PERIGO MORA NOS APPS


PARA PERMANECERMOS SÃOS, O QUE JÁ É UMA GRANDE AMBIÇÃO, TEMOS DE APRENDER A NÃO NOS ODIAR POR NÃO SERMOS PERFEITOS.

Baixar apps de fontes confiáveis é dever de todos, mesmo que isso não garanta 100% de segurança. Aliás, nunca é demais lembrar que aplicativos maliciosos são a principal ferramenta usada pelos cibercriminosos para alcançar seus objetivos espúrios.

No início do mês passado, foram encontrados problemas em aplicativos da Play Store que, juntos, somam mais de 440 milhões de downloads. O BeiTaAd, por exemplo, é um plugin que a Lookout flagrou no teclado de emojis TouchPal e em outros 238 apps. Depois de instalados, os programinhas se comportavam de forma normal, mas após 24 horas os usuários eram bombardeados com anúncios que surgiam na tela de bloqueio e reproduziam áudio e vídeo em momentos aleatórios ou enquanto o celular estava no modo de espera.

A Lookout diz que os desenvolvedores responsáveis por esses 238 aplicativos fizeram grandes esforços para esconder o plugin. As primeiras versões o incorporaram como uma parte do sistema, tornando mais difícil, para os usuários, saber que o arquivo era o responsável pela execução do código. 

"Todos os aplicativos analisados que continham o plugin BeiTaAd foram publicados pela CooTek e todos os produtos da empresa analisados continham o plugin", escreve Kristina Balaam, engenheira de inteligência de segurança da Lookout. "Ao ocultar a presença do plugin no aplicativo, o desenvolvedor mostra que pode estar ciente da natureza problemática da situação. No entanto, não se pode atribuir o BeiTaAd à CooTek com total certeza.

Após as denúncias, o Google, criador do sistema móvel Android, ou retirou os apps maliciosos da Play Store, ou os atualizou para remover o plugin abusivo, mas não há nenhuma indicação de que a CooTek será banida ou punida por violar os termos de serviço da loja.

O número de downloads de apps infectados demonstra que até programas amplamente usados têm potencial para ser fraudulentos. Até que o Google dê sinais de que a situação foi controlada, fique esperto se, após a instalação de um app qualquer, seu smartphone passar a apresentar um comportamento incomum.

Não foi a primeira vez que o conteúdo do Google Play apresentou problemas dessa natureza, e pelo visto não será a última. Apenas para citar outro exemplo recente, em fevereiro a Oracle Data Cloud identificou um código fraudulento em apps que iam de dicas de beleza a jogos online, e que, juntos somavam mais de 10 milhões de downloads feitos a partir da loja oficial do Android. Conhecido como "DrainerBot", o tal código malicioso baixava vídeos de propagandas em segundo plano, drenando o plano de dados do usuário e a carga da bateria do aparelho. A princípio, as pessoas não desconfiavam, já que os vídeos apareciam quando se visitava sites normais — o que pode ser uma estratégia para levar o usuário a imaginar que o anúncio provinha do site, não do dispositivo. Houve relatos de que os aparelhos esquentavam muito, mesmo quando não estavam sendo utilizados, o que sinaliza a presença do malware rodando em segundo plano. Para outro exemplo digno de nota, clique aqui.

Em sua defesa, o Google afirma ter uma política rígida em relação a apps fraudulentos. Está-se vendo.

quarta-feira, 3 de julho de 2019

SMARTPHONES — APLICATIVOS PARA TUDO E TODOS


AS COISAS COMEÇADAS PELO MAL SOMENTE NO MAL SE TORNAM FORTES.

Depois de dedicar as últimas três postagens ao Windows 10 build 1903, volto a focar o smartphone, com destaque para o mundo de coisas que, com os aplicativos certos, esses fantásticos computadores de bolso nos permitem. Há que ter em mente, porém, que os programinhas responsáveis por essa “mágica” devem ser instalados com parcimônia, seja porque eles consomem recursos do aparelho (espaço no armazenamento interno e na memória RAM, ciclos de processamento da CPU, e assim por diante); seja porque, mesmo quando obtidos a partir de fontes confiáveis, como o Google Play a App Store , o risco de a gente ir buscar lã e sair tosquiado é real (volto a esse assunto na próxima postagem).

Encontrar o carro em estacionamentos de hipermercados e shopping centers pode ser trabalhoso quando não memorizamos o local onde paramos. Uma conhecida minha, já idosa, grudava no teto do veículo um desentupidor de privada com o cabo pintado de vermelho — uma solução criativa, sem dúvida, mas que, convenhamos, não é a ideal. Outra maneira de facilitar a busca é acionar o alarme pelo controle remoto — mas o problema é que nem todos os controles remotos disponibilizam essa função. Portanto, o mesmo é contar com apps como o Park Me Right — para Android — e o Find My Car — para iOS —, que facilitam não só a localização do veículo, mas também de uma série de outros objetos.

O Google nasceu como uma ferramenta de buscas — que continua sendo a mais usada em todo o mundo, embora tenha se tornado muito mais que um simples buscador. Várias postagens que eu publiquei aqui no Blog, ao longo de seus 13 anos de existência, trouxeram inúmeras sugestões de como aprimorar as pesquisas no Google Search, mas o serviço evoluiu sobremaneira desde então, e a maioria delas tornou inócua. Enfim, interessa mesmo é dizer que com o Google Goggles você captura a imagem de um objeto qualquer — desde objetos simples a obras de arte — e a ferramenta o identifica e exibe as informações disponíveis na Web.

Viajar é tudo de bom, mas a barreira da língua pode atrapalhar — afinal, o inglês que aprendemos no colégio nem sempre é suficiente para entendermos e nos fazermos entender no exterior, e ainda que o portunhol seja uma mão na roda, o fato é que ele não funciona em qualquer lugar. E é aí que entra o Google Translate (disponível tanto para iOS quando para Android). Com esse app instalado no smartphone e uma conexão com a Internet, você fala no seu idioma e recebe a tradução, podendo, inclusive, ouvi-la com a pronúncia correta.

Assistir aos noticiários tornou-se um calvário, tamanha a exploração midiática de todo tipo de desgraça (e o pior é que não faltam desgraças). Para piorar, tem horas em que a música transmitida pelas emissoras de rádio parece ser direcionada a quem tem a mãe na zona e o pai na cadeia. Mas com o Rdio ou com o TuneIn, por exemplo, ouvir suas canções preferidas depende apenas do seu pacote de dados, já que os programinhas permitem escolher o gênero musical, combinar estilos e até montar uma rádio com a programação que mais lhe agradar. Para mais informações e download, digite o nome dos apps na caixa de pesquisas do Google e explore as opções retornadas pelo buscador. E para quem prefere assistir à TV, apps como o Sappos e o próprio Twitter permitem acompanhar a programação de canais abertos e pagos.

Se você malha, corre, pedala, caminha, enfim, se pratica algum tipo de exercício aeróbico, por que não monitorar seu ritmo cardíaco em tempo real? Para isso, o Instant Heart Rate é sopa no mel. Você coloca o dedo diante da lente da câmera e a ferramenta mede sua frequência cardíaca a partir das suaves mudanças na coloração da pele pelo fluxo de sangue a cada sístole e diástole.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

SMARTPHONE ANDROID — COMO PERSONALIZAR O TOQUE DE CHAMADA COM UM RINGTONE


A SABEDORIA E A IGNORÂNCIA SE TRANSMITEM COMO DOENÇA; DAÍ A NECESSIDADE DE SABER ESCOLHER AS COMPANHIAS.

Quem costuma personalizar os toques de chamada de acordo com a lista de contatos terá problemas ao mudar de smartphone, pois as opções disponíveis variam conforme a marca e o modelo do aparelho, e os ringtones adicionados no telefone antigo não estarão presentes no novo. E a situação é ainda mais frustrante para quem investiu tempo e trabalho editando arquivos .MP3 para criar ringtones a partir de trechos de suas melodias favoritas, pois aí será preciso fazer tudo outra vez, certo? Felizmente, a resposta é não.

Considerando que maioria dos smartphones é capaz de enviar e receber arquivos via Bluetooth, você só precisa transferir os ringtones do telefone antigo para o novo e configurá-los como toque de chamada. Isso pode ser feito mesmo depois de mudar o SIM Card para o aparelho novo, pois todos os recursos do antigo que não dependem diretamente do chip da operadora continuarão ativos e operantes. Isso significa que o Wi-Fi deve funcionar normalmente, permitindo que você navegue na Web, gerencie emails, etc. E o mesmo se aplica ao Bluetooth, que você poderá usar para transferir os ringtones do dispositivo antigo para o novo. Veja como proceder na plataforma Android:

1 — Ligue os dois aparelhos, ative o Bluetooth em ambos (arrastando a barra de status para baixo e tocando no ícone do Bluetooth) e aguarde alguns segundos até que eles “se enxerguem”.

2 — Uma mensagem com um código numérico será exibida em ambos os celulares. Toque no botão "Parear" (ou "Pair", se estiver em inglês).

3 — No telefone antigo, localize e selecione o arquivo desejado, toque no botão de compartilhamento e, em seguida, em Bluetooth.

4 — O Android exibirá todos os dispositivos atualmente emparelhados via Bluetooth. Toque no nome que remete ao seu telefone novo para selecioná-lo e repare que, no dispositivo de destino, surgirá uma mensagem perguntando se a pessoa (você, no caso) aceita receber o arquivo. Toque em "Aceitar" (ou "Accept") para prosseguir.

5 — A transferência será iniciada tão logo a solicitação for aceita no dispositivo de destino. Ao final, o arquivo aparecerá na lista de "Transferências recebidas" do menu Bluetooth do Android. Toque nele e escolha o app mais indicado para abri-lo.

Se o arquivo foi transferido com sucesso, o celular antigo poderá ser desligado. Para configurar o ringtone no novo, o procedimento é semelhante na maioria dos smartphones Android, embora em algumas marcas e modelos apresentem pequenas variações. No meu Moto E4, por exemplo, para ter acesso a pasta Ringtones eu precisei instalar um gerenciador de arquivos — há uma miríade deles disponível para download no Google Play, mas eu segui a sugestão da Motorola e instalei o Arquivos Moto.

Feito o download e concluída a instalação do app, toque em Abrir e autorize o acesso a fotos, músicas e vídeos (você só terá de fornecer essas permissões uma única vez). Em seguida:

1 — Localize o arquivo que você transferiu, selecione-o e toque na opção Copie (ou Copiar);

2 — Navegue até a pasta “Ringtones” (se não for direcionado para lá automaticamente, procure-a em “alarms”), escolha a opção “Colar em” e cole a música dentro da pastinha — pode demorar um pouco até que ela apareça na lista de ringtones, mas é importante não fechar a pasta até ter certeza de que o processo foi concluído com êxito.

3 — Toque no menu Configurações e, no campo Sons, localize o ringtone que você adicionou e marque-o como toque de chamada (note que algumas versões do Android têm, dentro dessa mesma lista, a opção “adicionar toque”, que permite buscar outras opções em .MP3 no smartphone).

Observação: A pasta “Ringtones” costuma ficar na memória interna do aparelho, mas não deixe de verificar se ela não está no cartão SD, caso você use um e não consiga localizar a dita cuja onde ele deveria estar.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD — PARTE 3

IN MEDIO STAT VIRTUS

Mesmo com um smartphone dotado de 32 GB ou 64 GB de memória interna, alguns usuários tendem a ficar rapidamente sem espaço. É certo que existem versões com 128 GB e 1 TB, mas o preço costuma ser castigante. No geral, um modelo com sistema Android de 16 GB ou 32 GB pode ser mais que suficiente para a maioria dos usuários "comuns", desde que possua um slot para cartão e que suporte até 64 GB.

Cartões de 128 GB — capazes de armazenar até 16 horas de vídeos em Full HD, 7.500 músicas, 3.200 fotos e mais de 125 aplicativos — e superiores são caros e difíceis de encontrar, e podem não funcionar no seu aparelho (consulte o manual do proprietário para saber até onde é possível ir). Às vezes eles até funcionam, mas o mais provável é que não sejam reconhecidos, ou apresentarem erros de leitura e gravação. Nenhum iPhone suporta cartão, a exemplo do que ocorre com alguns modelos top de linha da Samsung e da Motorola. Portanto, se você não abre mão da excelência e do status associados à marca da maçã e não tem cacife para bancar um iPhone XS MAX de 512 GB, vai ter de recorrer à nuvem ou transferir para o computador de casa tudo que não for absolutamente necessário manter na memória interna do telefoninho.

Após essa breve introdução, cumpre salientar que os cartões de memória diferem pelo formato (o micro SD é atualmente o mais popular) e são divididos em categorias, conforme o tamanho (quantidade de espaço) e a velocidade (taxa de transferência de dados). A classificação segundo o tamanho já foi explicada no capítulo anterior; quanto à velocidade, as classes são 2, 4, 6, 10 e UHS 1 e 3 (confira na tabelinha que ilustra esta postagem as respectivas velocidades mínimas e aplicações recomendadas).

A SanDisk lançou recentemente um micro SD de 1 TB, leitura sequencial de 90 MB/s, escrita de 60 MB/s e suporte para gravação em Full HD4K Ultra HD, mas ao preço de US$ 499,99 — o que corresponde a cerca de R$ 2 mil pela cotação atual da moeda norte-americana. Por esse valor, dá para comprar um Samsung Galaxy A9 Dual Chip Android 8.0, que oferece tela de 6.3", processador Octa-Core a 2.2GHz, 128 GB de memória interna (expansível via nano SD), 6GB de RAM e câmera de 24 MP, dentre outros atrativos. E ainda sobra troco para o estacionamento do shopping.

Evita cartões de fabricantes desconhecidos. Prefira os produtos da SanDisk, Kingston ou Samsung e atente para a capacidade e a velocidade, que devem ser adequadas aos seus propósitos. A velocidade corresponde às taxas de transferência na escrita e leitura dos dados, e pode não fazer muita diferença se você usar o dispositivo para salvar fotos, músicas e documentos, mas se a ideia for expandir a memória interna do telefone (fazer com que o sistema “enxergue” o espaço da memória e do cartão como uma coisa só), aí a coisa muda de figura.

Os cartões são mais lentos que a memória nativa, mas um modelo de classe 6 ou superior agiliza a execução de tarefas que dependem dos dados nele armazenados (como abrir fotos, músicas e vídeos ou carregar apps). Já um cartão mais lento ou falsificado prejudica a performance, pois faz com que o processador desperdice ciclos preciosos enquanto aguarda a transferência dos dados, além de acarretar travamentos e, em casos extremos, perda de fotos, vídeos etc.

Se seu aparelho e a versão do Android que ele roda forem antigos, talvez não seja possível fundir o espaço do cartão com o da memória nativa — ou mesmo mover aplicativos ou instalá-los diretamente no cartão. Nesse caso, mesmo contando com vários gigabytes ociosos na memória “externa”, você só conseguirá instalar novos apps depois de desinstalar outros que não sejam exatamente indispensáveis.

Amanhã terminamos esta sequência.

terça-feira, 4 de junho de 2019

SOBRE SMARTPHONES, MEMÓRIA INTERNA E CARTÕES SD


QUANDO A IGNORÂNCIA FALA, A INTELIGÊNCIA NÃO DÁ PALPITES.

A telefonia móvel celular desembarcou no Brasil no final do século passado, mas, devido ao preço elevado do hardware, às faturas salgadas (num primeiro momento, pagava-se também pelas chamadas recebidas), à área de cobertura restrita e aos malabarismos que o usuário precisava fazer para evitar a perda do sinal e a queda das ligações, andar com um tijolão pendurado no cinto era mais uma questão de status do que de real necessidade. Felizmente, a evolução tecnológica cumpriu seu papel, e aparelhos recheados de recursos e funções inovadoras foram sendo lançados em intervalos de tempo cada vez mais curtos, para gáudio da seleta confraria que não abre mão de estar up-to-date com o que há de mais moderno.

Em 2007, Steve Jobs lançou o primeiro iPhone, o que levou a concorrência a produzir aparelhos igualmente capazes de acessar a internet e cada vez mais pródigos em recursos. Assim, o que nasceu como telefone móvel se transformou em computador de bolso, e só não aposentou desktops e notebooks porque determinadas tarefas demandam mais poder de processamento e memória (tanto física quanto de massa) do que os diligentes telefoninhos oferecem — com a possível exceção de modelos caríssimos, que poucos podem comprar, e, entre os que podem, a maioria não se sente confortável digitando textos, editando imagens ou criando planilhas, por exemplo, num dispositivo de dimensões reduzidas, com teclado virtual e tela de míseras 5 polegadas.

Nos dumbphones, novos recursos e funções eram providos pelos próprios aparelhos; nos smartphones, essa responsabilidade fica com o sistema operacional (Android ou iOS) e o sem-número de aplicativos disponíveis no Google Play e na App Store. Claro que os fabricantes investem, por exemplo, em câmeras cada vez mais sofisticadas, telas com resolução cada vez melhor e aprimoramentos em nível de processador e memórias — o que é fundamental para rodar com folga programas exigentes e armazenar toneladas de fotos, músicas, vídeos e um sem-número de outros arquivos volumosos — mas isso já é outra conversa.

Ao comprar um smartphone, atente para a quantidade de memória física e de espaço para armazenamento interno disponíveis. Fuja de modelos com menos de 4 GB de RAM, a não ser que você não se importe com lentidão e travamentos constantes. Por outro lado, não penhore as cuecas para adquirir um dispositivo com 64 ou 128 GB de memória interna, já que 16 GB estão de bom tamanho — desde que se possa expandir esse espaço usando um cartão de memória. 

Observação: Se você não acha normal gastar cerca de R$ 10 mil num iPhone XS Max ou num Samsung Galaxy 10+ (que oferecem 512 GB e 1 TB de memória interna, respectivamente), eu o saúdo, caríssimo leitor. Afinal, quando dinheiro não é problema, nada melhor que ter o melhor. Mas num país em recessão, com quase 14 milhões de desempregados e um salário mínimo de fome (R$ 998), pessoas como você  sobretudo fora de Brasília, onde, se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão  não são a regra, mas a exceção que a confirma.

A má notícia é que nenhum iPhone permite o uso de cartão de memória — coisas da Apple, que também impede a remoção da bateria, por exemplo (o que pode ser frustrante no caso de um travamento não permitir a reinicialização do dispositivo via botão de Power). A boa notícia é que um Motorola/Lenovo moto e4 com 16 GB de memória interna custa cerca de R$ 600, e com mais uns R$ 50 é possível comprar um SD Card de 64 GB e expandir a memória interna para consideráveis 80 GB.

Se você não tira muitas fotos, raramente grava vídeos e se limita a instalar apps essenciais, 16 GB de memória interna estariam de bom tamanho, não fosse o fato de uma parte desse espaço ser alocada pelo sistema operacional e pelos apps pré-instalados de fábrica, e outra, ser reservada para agenda de contatos, SMS etc. (isso se destina e evitar que o usuário esgote totalmente o espaço livre com inutilitários e arquivos multimídia, por exemplo, e fique impedido de inserir novos contatos na agenda ou receber mensagens de texto, também por exemplo).

Em face do exposto, ter suporte a SD Cards é fundamental, sobretudo se for possível gerenciar o espaço do cartão de modo a ampliar efetivamente a memória interna, e não apenas poder salvar ali fotos, vídeos e outros arquivos volumosos. Mas isso já é conversa para o próximo post. Até lá.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

AGENDA DE CONTATOS DO SMARTPHONE ANDROID

PODE HAVER UM MILAGRE ESPERANDO DEPOIS DA PRÓXIMA CURVA, MAS A GENTE NÃO VAI SABER ANTES DE CHEGAR LÁ.

Depois que a Apple lançou o iPhone e os demais fabricantes de celulares tornaram seus modelos igualmente “inteligentes”, muita gente passou a ver esses “pequenos notáveis” como substitutos do PC, embora alguns usuários — como é o meu caso — os tenham na conta de simples complemento. Em sendo igualmente o seu caso, não há por que você escarafunchar as configurações avançadas em busca de soluções mirabolantes para problemas que uma simples reinicialização não seja capaz de solucionar; basta reverter o aparelho às configurações de fábrica e tocar a vida adiante.

A questão é que, dependendo da versão do Android, pode não ser possível ressetar o dispositivo sem perder personalizações, aplicativos e arquivos pessoais, o que não costuma ser um grande inconveniente para quem não salva conteúdo sensível na memória do telefone, pois aplicativos podem ser reinstalados e configurações, refeitas. Mas é um problema quando se trata da agenda de contatos.

Até algum tempo atrás, eu mantinha (e recomendava manter) a agenda no "chip da operadora" (SIM-Card), o que a preserva num eventual reset e facilita a transferência na troca do aparelho por um modelo novo. Todavia, no Moto E4 com Android Nougat que venho usando há pouco mais de um ano a opção importar/exportar contatos permite transferi-los do SIM-Card para a memória do telefone, mas não deste para o cartão. A alternativa é salvar uma cópia da agenda no Google Drive — basta tocar no ícone do telefone (aquele que a gente usa para fazer ligações e acessar a agenda), nos três pontinhos (no canto superior direito da janelinha), em Importar/Exportar e escolher Exportar para arquivo .vcf).

Observação: Se você usa um SD-Card para expandir a memória interna do seu telefone e, ao seguir os passos sugeridos no parágrafo anterior, se deparou com a opção Exportar para o cartão de memória, não custa nada salvar uma cópia da agenda também ali; afinal, quem tem dois tem um; quem tem um não tem nenhum.

Caso tenha configurado o Gmail no seu celular, assegure-se de que a sincronização esteja habilitada — na tela do telefoninho, toque em Configurações > Contas > Google e faça os ajustes desejados (usando os servidores do Google para armazenar seus contatos, você precisará somente acessar sua conta para recuperar a agenda quando mudar de aparelho).

Voltaremos a falar sobre cartões de memória daqui a alguns dias.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

AINDA SOBRE COMO RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO — FINAL


NACIONALISMO EM EXCESSO PODE SER PREJUDICIAL À SAÚDE; POPULISMO, ENTÃO, É FATAL!

Complementando o que foi dito na postagem anterior, o modo de segurança do MacOS funciona de maneira parecida com o do Windows. Para convocá-lo, pressione a tecla Shift e acione o botão de ligar no seu Mac. Assim como no Windows, um reset total costuma resolver a maioria dos problemas de inicialização que não sejam relacionados ao hardware. Escolha Reinstalar o MacOS da tela do Modo de Recuperação para recomeçar tudo do zero.

Nos smartphones e tablets o procedimento é mais simples, tanto no Android quanto no iOS. A exemplo do que foi dito em relação a desktops e notebooks, vale tentar primeiro desligar o aparelho, aguardar alguns minutos e ligá-lo novamente — com alguma sorte, ele se recuperará da falha voltará a funcionar como antes. 

Se se smartphone é o Pixel, o Google recomenda segurar o botão de ligar/desligar durante 30 segundos para forçar uma reinicialização; em modelos de outros fabricantes, experimente manter pressionados os botões de ligar e de baixar o volume por pelo menos 10 segundos para forçar a reinicialização (se não funcionar, consulte o manual ou pesquise no Google o procedimento adequado ao seu caso especifico).

No iPhone, as instruções da Apple variam conforme o modelo. Para iPhone X, iPhone 8 e iPhone 8 Plus, aperte e solte rapidamente os botões que controlam o volume e mantenha pressionado o Power (liga/desliga) até que o logo da Apple seja exibido no display. No iPhone 7 ou iPhone 7 Plus, mantenha pressionado o botão de ligar e o de diminuir o volume por pelo menos 10 segundos. Para qualquer versão anterior, pressione o botão home e o botão de Power de ligar também por 10 segundos.

Se for preciso restaurar as configurações de fábrica, consulte o manual do seu aparelho. Via de regra, nos iPhones é preciso conectar o dispositivo a um computador com Windows ou Mac rodando o iTunes e fazer o reset usando a combinação de botões retrocitada, mas tomando o cuidado de mantê-los pressionados até que a tela de recuperação (que exibe um cabo e o logo do iTunes) apareça no display. No computador, clique em Atualizar e o iTunes tentará restaurar o iOS sem apagar seus dados pessoais.

No Android, tudo é feito a partir do próprio dispositivo. Com o aparelho desligado, mantenha pressionado o botão de volume para baixo e aperte o botão de ligar. Quando o robô aparecer na tela, use os botões de volume para navegar entre as opções e acessar o modo de recuperação. Feito isso, pressione o botão de Power e use os botões de volume para escolher Apagar dados/Restauração de fábrica e confirme pressionando o botão de Power. Ao final do processo, seu telefone retornará às configurações de fábrica, mas note que todos os dados serão apagados e que você terá de usar suas credenciais do Google quando ele ligar de novo.

Se nada disso resolver o problema e a causa não for falta de energia, o jeito será recorrer a uma assistência técnica confiável.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

DICAS PARA RESOLVER PROBLEMAS ELEMENTARES DE COMPUTAÇÃO — PARTE 3


NÃO EXISTE CURA PARA A MORTE, PARA A PREGUIÇA E PARA A BURRICE.
Da mesma forma que no ambiente Windows, travamentos ocorrem também em smartphones. Nesse caso, porém, a solução requer medidas diversas das que abordamos no post anterior, e o procedimento varia conforme o sistema operacional — e a versão do aparelho, no caso do iPhone.
Se seu smartphone é um iPhone X ou posterior, deslize o dedo de baixo para cima da tela e pause levemente na região central; se for o iPhone 8 ou anterior e clique no botão de Início duas vezes para exibir os apps mais utilizados recentemente. Feito isso, deslize o dedo para a esquerda ou para a direita da tela, localize o aplicativo que você quer encerrar e então deslize o dedo para cima na tela de pré-visualização. Note que os aplicativos que aparecem na lista dos “mais utilizados recentemente” do seu iPhone não estão em execução, mas sim em standby (modo de espera). Segundo a Apple, isso visa ajudar usuário a navegar e fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas qualquer programa rodando em segundo plano consome recursos do aparelho (ciclos do processador e espaço na memória RAM) e acelera a descarga da bateria. Mesmo assim, a empresa recomenda forçar o encerramento somente se o app não estiver respondendo.
Nos smartphones com sistema Android, é possível encerrar aplicativos teimosos através da Visão Geral, das Configurações ou, em último caso, do menu Opções do Desenvolvedor. O botão Visão Geral é representado por um quadradinho — ou por um ícone com dois retângulos sobrepostos — exibido à direita do botão Home” (ou à esquerda, no caso de o celular ser da marca Samsung). Em alguns aparelhos, esse botão é físico; em outros, ele figura na porção inferior da própria tela. Toque ou pressione (conforme o caso) o botão Home para visualizar a lista dos aplicativos abertos e, navegue por eles deslizando o dedo para cima e para baixo (ou para a esquerda e para a direita, em alguns modelos). Quando localizar o programinha que você quer fechar, arraste-o para fora da tela — se a navegação for vertical, deslize-o para um dos lados; se for horizontal, arraste-o para cima ou para baixo. Assim que desaparecer da tela, o app terá sido encerrado.
Observação: Se houver um “X” num dos cantos da página do aplicativo, toque nele para fechar o dito-cujo, mas tenha em mente que os processos de fundo vinculados a ele continuarão sendo executados.
O menu de Configurações do Android é representado pelo ícone de uma engrenagem. Deslize o dedo de cima para baixo da tela, toque no ícone em questão, navegue pelas opções até Aplicativos, toque nela, localize na lista o programa desejado, toque nele para abrir a respectiva página, acione o botão Parar (ou Forçar Parada) e confirme em OK para sair do aplicativo e encerrar seus processos de fundo.
Para usar as Opções do desenvolvedor, torne a acessar o menu Configurações, role a tela até encontrar a opção Sobre o telefone, toque nela, localize Número do build (ou da versão) e toque nessa opção repetidamente, de 7 a 10 vezes, até que seja exibida uma mensagem informando que “você é um desenvolvedor” ou algo do tipo. Acione o botão Voltar e repare que um novo menu, identificado como Opções do Desenvolvedor, será exibido próximo ao menu Sobre o telefone. Acione esse novo menu, localize a entrada Serviços em execução (que pode estar no início ou no fim da lista, de acordo com o modelo de seu dispositivo, bem como ser identificada como Processos em algumas versões do Android), localize o programa a ser encerrado, selecione-o e toque na opção Parar e confirme em OK. Isso encerrará o app e finalizará todos os serviços associados a ele, mas note que talvez seja preciso tocar em OK e/ou em Parar mais uma vez para confirmar a ação.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

OS MELHORES ANTIVÍRUS PARA ANDROID


O MEU GRAU DE IRONIA É DIRETAMENTE PROPORCIONAL À GRANDEZA DO ABSURDO QUE FUI OBRIGADO A OUVIR. E O MESMO VALE PARA A MAGNITUDE DO ESPORRO.

A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas”, disse Sir Winston Churchill. Traçando um paralelo com a segurança digital, cito John McAfee, criador de um dos primeiros antivírus comerciais e fundador da McAfee Associates, segundo o qual “usar antivírus não faz a menor diferença”. O que esse doido de pedra não disse é que ainda não surgiu uma alternativa melhor, e considerando que os telefones celulares, além de desbancarem as linhas fixas, vêm tomando o lugar do PC convencional para navegação na Web, gerenciamento de emails e acesso redes sociais, protegê-los contra ameaças é fundamental.

Há uma vasta gama de apps de segurança para o sistema móvel Android, tanto pagos quanto “gratuitos” — entre aspas, pois quando você não paga por um produto, é porque você é o produto — prova disso são os bilhões de dólares que Facebook, Google, Uber e outras gigantes faturam com os dados dos usuários.

Observação: Conforme eu também já mencionei em outras postagens, o iOS não é imune a ataques digitais. A questão que sua participação no segmento de smartphones é de 13%, enquanto o Android abocanha respeitáveis 45%. Isso torna o sistema móvel da Google mais atraente aos olhos da bandidagem digital, da mesma forma que, na plataforma PC, o Windows é mais visado que o OS X e as distribuições Linux.

Sem prejuízo das sugestões apresentadas anteriormente, relaciono a seguir algumas das ferramentas que mais se destacaram nos testes realizados pela AV-Comparatives e pela AV-Test em 2018, começando pelo Kaspersky Internet Security for Android (disponível para download no Google Play), que é uma solução de antivírus gratuita para sistema Android (smartphones e tablets) que oferece proteção contra malwares e outros perigos on-line, integra o AppLock — para bloquear aplicativos e proteger o usuário dos curiosos de plantão —, rastreia o aparelho em caso de perda ou roubo, bloqueia chamadas telefônicas e mensagens de texto indesejáveis, filtra links e sites potencialmente perigosos, e por aí vai.

Outra opção interessante é o freeware AVG Antivírus, que conta com rastreamento antirroubo por meio do Google Maps, proteção contra malware, bloqueador de aplicativos e chamadas, verificador de Wi-Fi e cofre de imagens para proteger a privacidade do usuário. O programinha também apaga arquivos desnecessários, liberando espaço para armazenamento de dados, bem como integra outros recursos interessantes (mais detalhes na resenha que é exibida na página de download). Mas não deixe de considerar o Avast Mobile Security, que promete localizar o dispositivo móvel perdido ou furtado, filtrar ligações e mensagens, bem como proteger o sistema contra as mais de 2,800 novas ameaças que a empresa identifica a cada dia. O app é “gratuito” e conta ainda com o “Identity Safeguard”, que checa se os endereços de email em sua lista de contatos estão envolvidos em quaisquer violações importantes de dados.

Mesmo não sendo muito conhecido no Brasil, o AhnLab V3 Mobile Security foi considerado pela AV-Test como um dos melhores antivírus para smartphone — que eu uso e recomendo, conforme já mencionei em outras postagens, nas quais fiz uma avaliação mais detalhada desse programinha.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

SMARTPHONE — WHATSAPP — O RISCO DA TRANSFERÊNCIA DE ARQUIVOS


NUMA TEMPESTADE, QUALQUER PORTO.

O número de incidentes de segurança no WhatsApp aumentou consideravelmente depois que o Facebook (dono do mensageiro) liberou a transferência de arquivos dos mais diversos formatos (até mesmo compactados) e aumentou de 16 para 100 MB o tamanho permitido (para quem não se lembra, até meados do ano passado, além de fotos e vídeos, só era possível transferir documentos nos formatos .pdf, .doc e .gif).

Segundo o especialista em segurança Camillo Di Jorge, da ESET, as infeções ocorrem mais comumente quando o usuário descarrega um arquivo malicioso no computador, mas há risco de acontecer no próprio smartphone, daí ser importante que, ao receber um documento via WhatsApp, você confirme com o remetente a origem e a natureza do arquivo.

A insegurança de um sistema, aplicativo, plataforma, ou seja lá o que for é diretamente proporcional à sua popularidade. O Windows sempre foi tachado de “´peneira” pelos tradicionais defensores do software livre de código aberto e pelo turma da Maçã, mas basta cotejar a participação da Microsoft no mercado sistemas operacionais com as dos concorrentes para descobrir a razão — afinal, é muito mais produtivo desenvolver malwares ou exploits para um produto que abocanha 90% do seu segmento do que para outro que mal chegue a 10%, como o Mac OS, ou a míseros 1,7%, como as distribuições Linux.

O WhatsApp contabiliza mais de 1,5 bilhão de usuários — 120 milhões só no Brasil, onde, aliás, existem mais celulares do que CPFs. Eu, particularmente, não conheço ninguém (além de mim) que não seja fã desse mensageiro, mas isso é outra conversa. Importa mesmo é dizer que, depois de conduzir experimentos em ambiente controlado, a ESET constatou ser possível o encaminhamento de documentos infectados para usuários do “Zap”, mas, como os números referentes à adesão ao WhatsApp Web e WhatsApp Desktop não são públicos, é difícil calcular o potencial de contaminação quando o ataque se dá através deles.

Aos que usam o WhatsApp no PC, Di Jorge recomenda checar com o antivírus todo e qualquer documento recebido através do mensageiro, bem como instalar um aplicativo de “caixa de areia” (recomendo o Sandboxie, que permite rodar aplicativos e abrir documentos numa área isolada, evitando a disseminação de códigos maliciosos). 

Quem tem o Zap somente no smartphone pode ficar mais tranquilo, pois os sistemas móveis do Google e da Apple oferecem camadas adicionais de segurança (a maneira como as plataformas lidam com arquivos anexos impede que um documento infectado contamine o smartphone por completo, tanto que o aplicativo baixa os anexos automaticamente, de maneira diversa à do PC, onde o usuário precisa confirmar manualmente o download).  No entanto, é preciso redobrar os cuidados com arquivos APK — extensão usada para distribuir aplicativos compatíveis com o sistema Android

Ao receber um anexo APK e executá-lo, o usuário assume o risco de instalar um programa que pode conter códigos maliciosos, como cavalos de troia e assemelhados. Di Jorge explica que o Android possui uma “trava de segurança” que impede a instalação de arquivos APK e recomenda sua ativação (já vimos como fazer isso na postagem anterior, mas não custa relembrar: em Configurações, toque em Segurança e desmarque a opção Fontes desconhecidas, limitando a instalação de aplicativos à loja oficial do Google). 

Usuários de iPhone (ainda) não têm com que se preocupar.

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terça-feira, 9 de outubro de 2018

SOBRE O WINDOWS PHONE


O HOMEM SÁBIO EVITA DIZER A VERDADE SEMPRE QUE ELA POSSA PARECER MENTIRA, A FIM DE NÃO SER TACHADO DE MENTIROSO.

Quando a pareceria entre a Nokia e a Microsoft parecia ter tudo para oferecer smartphones de qualidade e com boa relação custo/benefício, o Windows Phone ocupava o segundo lugar no ranking dos sistemas operacionais para dispositivos móveis, atrás apenas para o imbatível Android. Aí o Google e a Motorola lançaram a linha Moto G, que vendeu horrores em 2014, tanto no Brasil quanto nos demais países latino-americanos, e jogou uma pá de cal sobre Blackberry OS, Ubuntu Phone OS, Sailfish OS e Firefox OS e, por que não dizer, o próprio Windows Phone, embora a mãe da criança só tenha reconhecido a derrota no ano passado, mesmo tendo descontinuado o Lumia 950 em 2015.

O Android é líder absoluto em seu segmento de mercado, com 45% da preferência dos usuários em todo o mundo. A despeito da excelência dos produtos da Apple, o iOS fica num modesto segundo lugar, com 13% (dados da Statcounter Global Stats), talvez devido ao preço — que é alto até para os padrões norte-americanos, mas assustador para os brasileiros, já que a carga tributária incidente sobre smartphones é de quase 40%. Curiosamente, não faltam “applemaníacos” prontos a desembolsar alegremente mais de R$ 11 mil para ter um iPhone Xs Max, mas isso já é outra conversa.

O Windows Phone não era um sistema ruim (pelo contrário, era leve e muito rápido). O problema foi a Microsoft demorar a se dar conta de que o mundo digital estava se tornando móvel, e que essa mobilidade ia além dos notebooks — ou seja, enquanto a concorrência apostava no Android, ela continuava focada na plataforma PC

Também contribuiu para o fracasso do Windows Mobile a demora no lançamento, que ocorreu em 2010, quando o Android já soprara sua terceira velinha (além de ser uma plataforma “gratuita” e de código aberto). E fato de a Microsoft ter comprado a Nokia em 2013, quando viu que empurrar o Windows Phone para fabricantes de smartphones que já utilizavam o Android era malhar em ferro frio, também colaborou para a morte da plataforma.

Some-se a tudo isso o desinteresse dos desenvolvedores em criar aplicativos — não há nada mais frustrante para o usuário do que ter um smartphone e não ter como baixar aquele app do momento —, mesmo com a Microsoft tendo trabalhado para encorajá-los e desenvolvido os seus próprios softwares. Assim, considerando que nenhum produto sobrevive sem consumidores, a empresa finalmente declarou o óbito do Windows 10 Mobile, embora venha investindo na criação de uma miniplataforma dentro do ecossistema Android. Mas isso é conversa para um a outra vez.

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segunda-feira, 8 de outubro de 2018

SMARTPHONE — O VERDADEIRO MICROCOMPUTADOR


O ESTADO DE PAIXÃO É MONOGÂMICO POR NATUREZA. DEPOIS, FICA DIFÍCIL CONTENTAR-SE COM A MESMA PESSOA DURANTE ANOS A FIO.

Embora o Windows seja o sistema operacional mais bem-sucedido da história da computação pessoal — só o Ten contabiliza 700 milhões de usuários —, as pessoas vêm preferindo cada vez mais navegar na Web, gerenciar emails e acessar redes sociais a partir de seus smartphones, relegando o PC convencional para outras atividades (geralmente de trabalho).

Inicialmente chamados de “celulares”, os telefones móveis desembarcaram no Brasil no final do século passado, mas só se popularizaram depois que encolher de tamanho, crescer em recursos e se tornar “inteligentes” (daí o smart). Segundo dados da Anatel, existem hoje no Brasil 220 milhões de linhas móveis (o que dá mais de um celular por pessoa, considerado que o país tem 208,5 milhões de habitantes).

A despeito de uma linha fixa ser instalada em não mais que 48 horas e o consumidor pagar somente pelo serviço (um cenário bem diferente do que nos tempos do famigerado Sistema Telebras, conforme a gente viu no post do último dia 4), a procura anda em queda livre: também segundo a ANATEL, há no Brasil 40.459.554 telefones fixos em operação, e a redução nos últimos 12 meses foi de consideráveis 1.208.833 unidades.

Por essas e outras, não é de estranhar que o Android supere o Windows em número de usuários. Segundo estimativa da Statcounter Global Stats, o sistema do Google abocanha 41,66% do mercado, enquanto o da Microsoft fica com 35,93% (aí somados as versões 10, 8.1, 7, Vista e XP do Windows). Trata-se de uma comparação “indireta”, naturalmente, já que o Android só opera smartphones e tablets, enquanto o Windows comanda PCs tradicionais (sua versão móvel descontinuada em 2015, depois do fiasco do Lumia 950, mas a Microsoft só reconheceu a derrota oficialmente em meados do ano passado).

Fato é que as ameaças digitais continuam crescendo, tanto para usuários de smartphones e tablets quanto de desktops e notebooks. No primeiro segmento, o Android é o alvo preferido pela ciberbandidagem; no segundo, o Windows é o sistema mais visado, até porque costuma ser mais rentável escrever códigos maliciosos que afetem bilhões de usuários em vez de “meia dúzia de gatos pingados”. 

Observação: A participação do iOS no mercado de sistemas móveis é de 13,5%; o OS X, que é concorrente direto do Windows, abocanha míseros 5,47% dos computadores “tradicionais”, ao passo que as distribuições Linux, somadas, não chegam a 1%, e sistemas móveis como Windows Phone, Blackberry OS, Ubuntu Phone OS, Sailfish OS e Firefox OS são coisa do passado.

Smartphones são computadores em miniatura. Claro que eles perdem para seus “irmãos maiores” em capacidade de processamento, quantidade de memória e espaço para armazenamento de dados, e que digitar textos longos em seus minúsculos teclados virtuais é tão chato quanto assistir a vídeos nas telinhas de 5”. Por outro lado, eles podem ser levados a toda parte, e o número crescente de aplicativos desenvolvidos para Android e iOS ampliam ad infinitum a gama de recursos e funções dos diligentes telefoninhos.

Voltando ao Windows Phone, é curioso que o festejado sistema operacional da Microsoft tenha dado tão certo nos PCs e tão errado nos smartphones. Mas isso já é conversa para a próxima postagem.

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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

SMARTPHONE — APPS MALICIOSOS — MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR


VIVER É UM NEGÓCIO MUITO PERIGOSO.

Embora os aplicativos sejam os grandes responsáveis por infeções virais nos smartphones Android (e nos iPhone, ainda que em menor medida), é comum a gente os instalar e lhes conceder permissões sem adotar as cautelas mais elementares. E o mesmo vale para anexos de email e links recebidos via Twitter, Facebook, WhatsApp, que são potencialmente perigosos, mas costumam ser acessados como se fossem a quintessência da segurança.

Embora o Google monitore os apps que distribui e exclua os que contêm ameaças, o volume astronômico de novos programinhas propicia o risco de alguém baixar algo que ainda não foi checado. Demais disso, na maioria das vezes essa verificação utiliza métodos de garantia de qualidade puramente mecânicos, com algoritmos que analisam os apps e atualizações como um antivírus faz num PC com Windows, e quando o alerta automático dispara, o programinha problemático é rejeitado e devolvido ao desenvolvedor. 

É certo que esses algoritmos vêm se tornando mais e mais inteligentes (graças ao Machine Learning, 99% dos apps mal-intencionados não chegam aos usuários), a empresa tem de lidar com identidades falsas, conteúdo impróprio e novos tipos de malware, para não mencionar falsos comentários positivos, compras de rankings elevados e uma profusão de cópias enganosas de programinhas seguros.

Algumas categorias de apps e games são mais propensos a apresentar problemas. Apenas para citar um exemplo, no ano passado havia um grande número de aplicativos de lanterna que pediam permissão para enviar SMS (?!), quando não precisariam ter acesso senão à câmera do aparelho. Mas a maioria dos usuários não se dá ao trabalho de examinar essas permissões durante a instalação, e aí está feita a m... (para mais detalhes nas postagens anteriores).

Um aplicativo honesto deve informar com clareza se, como e o que o usuário paga para utilizá-lo. Demais disso, seus pedidos de autorização devem ter um propósito — uma lanterna não precisa enviar mensagens de texto, por exemplo, ou um atirador de bolhas não tem por que acessar a câmera, o microfone ou, muito menos, sua lista de contatos.

Portanto, olho vivo para não ser tosquiado, pois inúmeros programinhas são instruídos a fazer compras não aprovadas com os números de cartões de créditos cadastrados, desviar dinheiro por meio de fraudes bancárias, e por aí vai. O mais desalentador é que os usuários são useiros e vezeiros em instalar arquivos “recomendados” por sites maliciosos, quando bastaria uma simples pesquisa para encontrar o link que remete ao servidor verdadeiro.

Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

COMO DEIXAR SEU SMARTPHONE MAIS SEGURO (SEXTA PARTE)


NÃO SE FIE NO QUE OS POLÍTICOS PROMETEM, MAS SIM NO QUE FIZERAM EM SUA VIDA PREGRESSA NA POLÍTICA.

Como se não bastasse o cibercrime, os índices de roubo e furto de celulares vêm crescendo escandalosamente. Supondo que você tenha seu aparelho subtraído — ou que o esqueça em local incerto e não sabido —, o Gerenciador de Dispositivos Android é uma mão na roda, pois permite não só localizar telefoninho, mas também apagar remotamente todos os dados nele armazenados.

Para se valer desse recurso, primeiro é preciso habilitá-lo no seu aparelho. Basta acessar o menu de Configurações, tocar em Google > Segurança e marcar as opções Localizar remotamente o dispositivo e Permitir bloqueio e limpeza remotos. Quando e se for preciso utilizar o Gerenciador, você só precisará acessar o site partir de um PC, tablet ou outro smartphone, logar-se com a conta do Google e fazer o bloqueio e/ou apagar os dados.

No caso de você não saber onde deixou seu smartphone e não tiver outro telefone à mão para ligar para o seu número, repita os passos anteriores para acessar o Gerenciador e clique em Reproduzir som. Seu aparelho emitirá um som, no volume máximo, por cinco minutos (mesmo que esteja no modo silencioso). Mas tenha em mente que esses recursos dependem de conexão com a internet, ou seja, se o celular estiver desligado ou com o Wi-Fi ou o 3G/4G desativado, você receberá uma mensagem dando conta de que “o aparelho está fora de alcance”.

Aplicativos infectados são os grandes responsáveis por incidentes de segurança em smartphones, embora não sejam os únicos (detalhes mais adiante). Fazer o download a partir de sites confiáveis, como a própria Play Store, minimiza os riscos, mas não garante 100% de segurança. Ainda assim, sugiro acessar o menu de Configurações, tocar em Segurança e desmarcar a opção Fontes desconhecidas. Isso limitará a instalação de aplicativos à loja oficial do Google, que, conforme já discutimos nesta sequência de postagens, são menos propensos a conter malware

Observação: Se você precisar instalar um app que não esteja disponível na Play Store, mas que possa ser baixado da Amazon, por exemplo, que é considerada segura, basta seguir os mesmos passos e reverter a configuração. 

Páginas da internet falsas — ou mesmo legítimas, mas “sequestradas” — podem disparar ataques de phishing, a exemplo de emails maliciosos e links fraudulentos. A boa notícia é que o modo de navegação segura do Google Chrome também está disponível na versão mobile do navegador. Para ativá-la, abra o browser, clique nos três pontinhos no canto superior direito da tela, acesse Configurações > Privacidade e marque a opção Navegação segura. Também nesse caso não há 100% de garantia, mas os riscos de você ser pego no contrapé por um site suspeito serão bem menores.

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