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terça-feira, 30 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — FINAL

OS MÉDICOS PRESCREVEM DROGAS SOBRE AS QUAIS POUCO SABEM PARA CURAR PESSOAS DE QUEM NADA SABEM DE DOENÇAS CUJAS CAUSAS DESCONHECEM.

Vimos que a política de atualizações implementada pela Microsoft no Windows 10 manteve o Patch Tuesday (pacote mensal de atualizações de qualidade) e trouxe as inovadoras atualizações semestrais de conteúdo. Por outro lado, no Win 10 Home, empresa limitou o gerenciamento das atualizações automáticas à redefinição do horário ativo do computador, que, por padrão vai das 8h às 17h, mas podia ser alterado de modo a evitar que os patches fossem instalados — e o computador, reiniciado — durante um período de até 18 horas. Na versão Professional, clicando em Iniciar > Atualização e Segurança > Windows Update > Avançado, podia-se pausar as atualizações e escolher quando elas deveriam ser instaladas, mas a questão é que o Win 10 Home é a versão mais popular entre os usuários domésticos.

Atualizações de software são bem-vindas — tanto as que corrigem erros e fecham brechas de segurança quanto as que adicionam novos recursos e funções. O problema, conforme eu adiantei ao longo desta sequência, é que todos os updates abrangentes que a Microsoft disponibilizou para o Win 10 até agora continham bugs, o que infernizou a vida dos usuários (notadamente os que não sabiam como impedir a atualização automática do sistema). O caso mais emblemático foi o Update de Outubro (de 2018), cuja distribuição a Microsoft suspendeu por quase dois meses, tanto no site quanto via Windows Update. A boa notícia é que o Update de Abril, lançado há pouco mais de dois meses, devolveu aos usuários da edição Home o poder de gerenciar a instalação dos patches, que pode ser suspensa por até 35 dias — tempo suficiente para que eventuais bugs e outros problemas sejam devidamente sanados.

Observação: O termo “bug” significa inseto, mas é usado no âmbito da informática como sinônimo de “defeito”, tanto de hardware quanto de software. Nem todo bug tem a ver com segurança; alguns são inócuos, outros causam instabilidades e outros problemas de somenos, mas muitos servem como porta de entrada para malwares e invasões.

Ao baixar e instalar as atualizações mensais de qualidade, o Windows Update roda o MSRT (sigla de ferramenta de remoção de software mal intencionado em inglês), que você pode executar por demanda sempre que quiser (para mais informações e download, siga este link), mas tenha em mente que ele não oferece proteção em tempo real e, portanto, não substitui um suíte de segurança residente (ou instalável, como queira). Note também que, dependendo da gravidade do problema, a Microsoft pode não esperar até o Patch Tuesday do mês seguinte para liberar a correção, razão pela qual você deve rodar o Windows Update semanalmente (clique em Iniciar > Configurações > Atualização e Segurança > Windows Update > Verificar se há atualizações).

Somente o Windows e seus componentes são contemplados pelo Windows Update. Isso significa que programas de terceiros precisam ser atualizados separadamente — alguns avisam quando há novas versões disponíveis, mas muitos dependem de checagem manual. Na maioria dos casos, um link para verificar atualizações é exibido na janela do aplicativo, ou então um submenu sob Ferramentas ou Ajuda cumpre esse papel. Como a checagem individual é trabalhosa, convém você instalar uma ferramenta dedicada — dentre opções disponíveis, sugiro o IObit Software Updater, o Patch My PC , o Software Updater Monitor, o UCheck, e o Glary Software Updater.

Era isso, pessoal. Espero ter ajudado. 

segunda-feira, 29 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE VII

ATRÁS DE MUROS ALTOS, SEMPRE HAVERÁ NAPOLEÕES DE HOSPÍCIO GANHANDO GUERRAS ENTRE UM BANHO DE SOL E OUTRO.
Antes de transformar o Windows em “serviço”, a Microsoft lançava novas edições a cada três anos, e os usuários se apressavam em adotá-las, não raro recorrendo a mídias piratas vendidas no mercado informal.
O Windows foi lançado em 1985 como uma interface gráfica que rodava no MS-DOS. A ideia era facilitar a vida dos usuários, já que operar o PC a partir de janelas, ícones e menus clicáveis era bem mais simples e intuitivo do que fazê-lo digitando intrincados comandos alfanuméricos. Até a edição Win 3.1, o DOS era o sistema operacional propriamente dito. Com o lançamento do Win 95 — considerado o pulo do gato da Microsoft — o Windows passou de coadjuvante a protagonista, embora o DOS continuasse atuando nos bastidores.
Entre as edições subsequentes, 98 SE, XP, 7 e 10 foram retumbantes sucessos de crítica e de público, e ME (de Millennium Edition, que foi lançado a toque de caixa para aproveitar o apelo mercadológico da "virada" do milênio), Vista e Eight, fiascos monumentais. Ao lançar o sucessor do Windows 8.1 — atualização do Eight que trouxe de volta o menu Iniciar e outros elementos cuja supressão havia desagradado milhões de usuários —, a Microsoft surpreendeu o mercado ao pular um número e oferecer o update gratuitamente (pelo período de um ano) aos usuários de PCs com hardware compatível e que rodassem cópias oficiais do Seven SP1 ou do 8.1.
A estratégia de marketing rendeu frutos, ainda que a ambiciosa meta de 1 bilhão de usuários não tenha sido atingida até hoje — estimativas da própria Microsoft dão conta de que o Win 10 só superou o Seven em fevereiro do ano passado, e encerrou 2018 com cerca de 800 milhões de usuários. A título de curiosidade, todas as edições do Windows que continuam em uso (inclusive XP e Vista, que não são mais suportadas pela Microsoft), somadas, detêm 79,45% do mercado de sistemas operacionais para PCs. Segundo dados da Net Market Share, o Win 10 tem presença garantida em 39,22% dos computadores com Windows em todo o mundo, seguido pelo Seven, com 36,90% (o Win 8.1 é o lanterninha, com 4,45%). Para efeito de comparação, a participação do OS X, da Apple, é de 14,05%.
A primeira grande atualização do Ten (Anniversary Update) foi lançada quando o sistema soprou sua primeira velinha. Na sequência vieram o Creators Update, em meados de 2017, o Fall Creators Update, em novembro daquele ano, o April Update, em abril do ano passado, o October Update, seis meses depois, e finalmente o May Update, há cerca de dois meses. Para saber se seu sistema está atualizado, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final. Se a versão for 1809, rode o Windows Update; caso ele não encontre atualizações disponíveis, siga este link, clique em Atualizar agora e instale manualmente a versão 1903.
Até o lançamento do Windows 10 eu recomendava adotar uma nova edição do sistema somente depois que se primeiro Service Pack (pacote de atualizações que reunia todas as correções implementadas desde o lançamento comercial da edição em questão, além de eventuais novos recursos e funções) fosse lançado, mas com a promoção do Windows a serviço os SPs deixaram de existir; o que se tem agora são as atualizações semestrais de conteúdo e as tradicionais atualizações mensais de qualidade (conhecidas como “Patch Tuesday” por serem liberadas na segunda terça-feira de cada mês).

Essa política de atualizações seria excelente se não fosse pelo fato de os bugs (erros de programação) infernizarem a vida dos apressadinhos. Para piorar, no Win 10 Home — que é a versão mais usada no âmbito doméstico — as opções de gerenciamento das atualizações automáticas foram limitadas à reconfiguração do horário ativo do computador.
A conclusão fica para o próximo capítulo. Até lá.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE IV


A DISPUTA PELO PODER GERA PARCERIAS ESTRANHAS, MAS NEM SEMPRE O INIMIGO DO SEU INIMIGO É SEU AMIGO.
Problemas verificados nos updates lançados ao longo dos últimos anos levaram a Microsoft a rever sua política impositiva de nos enfiar as atualizações goela abaixo. Para quem não se lembra, a partir de 2015, quando lançou o Windows 10 como serviço, a empresa passou a fornecer atualizações de conteúdo semestrais e atualizações de qualidade mensais, além de correções críticas e de segurança lançadas fora desse cronograma, sempre que sua importância justifica não esperar o próximo Patch Tuesday.
Desde seu lançamento em 1985, o Windows teve mais de uma dúzia de edições — Windows 1, 2, 3, 3.1, 95, 98, ME, XP, Vista, 7, 8, 8.1 e 10 — e dentre elas o Win 95 foi uma daquelas catarses, digamos assim, que dividem as coisas em antes e depois: até então, o Windows, que era apenas uma interface gráfica (o MS-DOS era o sistema operacional propriamente dito), tornou-se um sistema operacional autônomo e, mais adiante, o sistema operacional para PC mais popular do planeta (quiçá de toda a galáxia). Mas vamos por partes.
DOS é o acrônimo de Disk Operating Disk e integra o nome de diversos sistemas — Free DOS, PTS-DOS, DR-DOS etc. —, entre os quais o mais emblemático é o MS-DOS, da Microsoft, que foi o primeiro sistema operacional adotado em larga escala em computadores pessoais. A despeito de sua interface em linha de comando, ele facilitou sobremaneira a vidas dos usuários, que até então eram obrigados a programar manual e exaustivamente cada tarefa que executavam no computador.
Para resumir essa história em poucas linhas, no início dos anos 1970 a INTEL conseguiu agrupar vários circuitos integrados numa única peça, dando origem aos microprocessadores, e daí até o surgimento dos primeiros computadores de pequeno porte foi um passo. Cito como exemplo o ALTAIR 8800, que era vendido em kit, o PET 2001, tido como precursor do computador pessoal, e os Apple I e II, cujo sucesso estrondoso levou a IBM que dominava o mercado de computadores de grande porte desde meados do século passado — a lançar seu PC (de Personal Computer). O detalhe — e o diabo mora nos detalhes — é que a IBM não dispunha de um sistema operacional para gerenciar o novo equipamento, e assim procurou Bill Gates, supondo (erroneamente) que ele detivesse os direitos autorais do Control Program for Microcomputer
Contrariando sua fama de oportunista, Gates desfez o equívoco, mas Gary Kildall (desenvolvedor do CP/M) faltou à reunião agendada com a gigante dos computadores, e esta voltou a procurar a ainda incipiente Microsoft, que jamais havia desenvolvido um sistema operacional, mas aceitou o desafio. Só que, em vez de escrever o programa a partir do zero, Bill Gates comprou de Tim Paterson o QDOS, adaptou-o para o hardware da IBM, rebatizou como MS-DOS e com ele dominou o mercado dos PCs compatíveis.
Continua no próximo capítulo.

terça-feira, 23 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO — PARTE III


NÃO EXISTE OPINIÃO PÚBLICA, O QUE EXISTE É OPINIÃO PUBLICADA.

No capítulo anterior, depois de relembrar um malabarismo que ajuda a impedir o Windows 10 Home de instalar automaticamente as atualizações, eu deixei no ar a seguinte pergunta: Por que diabos alguém haveria de querer evitar a atualização do sistema quando ela fundamental para manter o computador seguro? Antes de respondê-la, vale recapitular alguns truques que podem interessar a quem ainda não migrou para o build 1903 do sistema.  
Se a versão do seu Windows 10 Home ainda é a a 1806 (para conferir, clique em Iniciar > Configurações > Sistema > Sobre e role a tela até o final) e por alguma razão você deseja bloquear a instalação de patches e updates, mas não quer alterar o horário ativo do computador (detalhes no capítulo anterior), o jeito é bloquear o Windows Update ou levá-lo a "acreditar" que sua conexão com a Internet é “metered” (termo que, no caso, poderíamos traduzir por “tarifada”).
No primeira hipótese, pressione ao mesmo tempo as teclas do logo do Windows e da letra R, digite services.msc no campo “Abrir” do menu Executar e clique em OK (ou pressione a tecla Enter, tanto faz). Na janela Serviços, clique com o botão direito sobre Windows Update (caso a lista seja exibida pelo nome dos executáveis, procure por wuauserv) e selecione a opção Parar no menu suspenso (pode ser preciso logar-se como administrador do sistema para fazer esse ajuste).

Na segunda hipótese, clique em Iniciar > Configurações > Rede & Internet e: 1) se você usa uma conexão cabeada, clique em Ethernet e, no ícone de rede, mude o botão da opção “Definir como conexão limitada” para Ativado; 2) se sua conexão é wireless (sem fio), clique em Wi-Fi e proceda da mesma maneira — com alguma sorte, o Windows Update entenderá que seu tráfego de dados é tributado (como nos tempos da velha rede Dial-up), e que você não quer sobrecarregar sua conexão.

Note, porém, que o ideal é adotar a versão 1903; o update está maduro e instala sem maiores percalços, embora o processo leve até duas horas para ser concluído se você fizer o download a partir do site da Microsoft (só recorra a essa opção se o Windows Update não lhe entregar os arquivos; para mais detalhes, reveja esta postagem).
Respondendo agora à pergunta, o xis da questão é que a maioria das atualizações liberadas pela Microsoft desde o lançamento do Win 10 apresentou bugs e outros probleminhas recorrentes. Para não estender demais este texto, os detalhes ficam para o próximo capítulo.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

SOBRE A IMPORTÂNCIA DE MANTER O COMPUTADOR ATUALIZADO


HÁ SITUAÇÕES EM QUE OS IDIOTAS PERDEM A MODÉSTIA.
 
Todo programa de computador — seja ele um script, um aplicativo ou um monstruoso sistema operacional como o Windows — está sujeito a bugs. “Bug” significa inseto em inglês, mas no âmbito da informática é sinônimo de “defeito”, tanto de hardware quanto de software. Nem todo bug tem a ver com segurança; alguns são inócuos ou causam instabilidades e outros probleminhas de somenos, mas muitos são portas de entrada para malware e invasões.

Anos atrás, quando fiz uma pesquisa para embasar um artigo sobre o assunto, apurei que a indústria do software considerava “normal” a ocorrência de um bug a cada 10 mil linhas de código, e que o Windows 7 tinha 40 milhões de linhas, o Office 2013, cerca de 50 milhões, e o Mac OS X Tiger, quase 100 milhões. Faça as contas.

Observação: O código-fonte do Windows 10 ocupa meio terabyte e se estende por mais de 4 milhões de arquivos (para mais detalhes, siga este link).

Desenvolvedores responsáveis testam exaustivamente seus produtos antes de lançá-los no mercado. A Microsoft conta ainda com a ajuda dos participantes do programa Windows Insider, mas vire e mexe um ou outro problema é descoberto a posteriori. Quando isso acontece, a correção é feita mediante a instalação de um patch (remendo) — ou de uma atualização de versão, no caso da maioria dos aplicativos. Daí a importância de manter o software do computador up-to-date.

A Microsoft vem batendo nessa tecla desde sempre, até porque os usuários, quando pegos no contrapé, acusam o sistema de ser inseguro. É fato que a enorme popularidade sempre fez do Windows um alvo atraente para os cibercriminosos, mas também é fato que a maior parte dos incidentes de segurança não decorre de vulnerabilidades no sistema, e sim de falhas em aplicativos. Além disso, brechas há muito corrigidas pela empresa de Redmond continuam sendo exploradas com êxito pela bandidagem, de onde se pode inferir que os usuários não atualizam seus computadores.

Continua no próximo capítulo.