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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

MONTAGEM CASEIRA DE PCs / Final

AQUELES QUE NÃO GOSTAM DE SI MESMOS GERALMENTE TEM RAZÃO

É hora de arregaçar as mangas e pôr mãos à obra:
  • Desembale o gabinete e veja que os parafusos que o acompanham têm tamanhos e roscas diferentes. Use os mais curtos para fixar os drives de HD e mídia óptica, evitando, assim, danificar esses frágeis componentes. Instale então os pezinhos do case (se houver) e o “espelho” de I/O (moldura dos conectores traseiros). Caso tencione adicionar microventiladores extras, cuide para que eles não atrapalhem a instalação dos drivesplacas de expansão ou aceleradora gráfica offboard.
  • A placa-mãe traz espaçadores destinados a mantê-la afastada do chassi do gabinete (para evitar curtos-circuitos). Instale-os de modo que coincidam com os furos de fixação da placa (consulte o manual do componente para mais informações) e aparafuse-os até que estejam firmes, mas sem exagero (para não espanar a rosca).
  • processador só encaixa na posição correta, mas precisa estar alinhado com o soquete e ter a alavanca (ou outro mecanismo de trava) totalmente liberada. Cuidado com modelos da AMD, cujos pinos entortam facilmente (se necessário, realinhe-os usando uma carga de caneta ou um cartão de crédito). Antes de instalar o dissipador, espalhe uma gota (do tamanho de uma ervilha) de pasta térmica até formar uma camada lisa e uniforme e siga as instruções do fabricante para fixar o conjunto.
  • Os módulos de memória também só encaixam posição correta e o reconhecimento pelo sistema é automático. No entanto, configurações em dual, triple ou quad-channel só proporcionarão o desempenho esperado se os slots forem ocupados corretamente, de modo que você deve seguir atentamente as instruções do fabricante. E o mesmo vale para a placa gráfica, que, salvo disposição expressa em contrário, deve ser acomodada no slot PCI EXPRESS GRAPHICS mais próximo do processador.
  • Instalar os pequenos conectores para os botões de Power, reset e LEDs de atividade é uma tarefa aborrecida, especialmente por não existir um esquema padrão de cores que facilite o trabalho. Mais uma vez, consulte o manual da placa e siga fielmente as instruções.
  • No que concerne ao HD, o padrão SATA é a escolha natural (o IDE/ATA é coisa do passado e o SSD continua com o preço nas alturas). Mesmo que sua placa ofereça suporte somente ao SATA1, o cabo e o conector são compatíveis com drives SATA2, que funcionam normalmente, embora com taxa de transferência de dados reduzida. Note que a fonte deve disponibilizar os conectores exigidos por essa tecnologia (caso contrário, você terá de adquirir um adaptador), e que é preciso ajustar o jumper do drive para a posição SATA2 (caso haja suporte da placa), ou a transferência de dados ficará limitada a 1,5GB/s (50% da velocidade proporcionada pelo SATA2).
  • Instale a placa-mãe no gabinete, passado os cabos de dados, de força e outros conectores pelos encaixes apropriados e amarrando-os com cintas plásticas, não só para obter um resultado mais “limpo”, mas também para facilitar a circulação de ar no interior do gabinete.
Faça uma verificação final e assegure-se de que nenhum parafuso, espaçador ou outro objeto de pequeno porte tenha caído entre os componentes. Feche então o gabinete, aparafuse as tampas, conecte o monitor e demais periféricos (mouse, teclado, caixas de som, etc.) e ligue o computador. Se a máquina não der sinal de vida, ligue um abajur ao estabilizador. Se a lâmpada acender, muna-se de paciência, pois será preciso tornar a abrir o gabinete para verificar se não há cabos lógicos invertidos, mau contato nos módulos de memória, problemas com a placa-mãe ou com a aceleradora gráfica, enfim... Na impossibilidade de testar cada um dos componentes em outra máquina sabidamente funcional, talvez o jeito seja procurar ajuda especializada.

Abraços e até a próxima.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

MONTAGEM CASEIRA DE PCs / Parte II - Humor de sexta-feira

QUE DEUS PROTEJA O BRASIL DO POVO BRASILEIRO!

Um dos principais pilares da plataforma PC é a arquitetura aberta, que permite reunir dispositivos de diversos fabricantes e conectá-los entre si – ou através de cabos e circuitos da placa-mãe – como se fossem pecinhas de LEGO, mas montar um computador requer habilidade e algum conhecimento de hardware e software.
Do ponto de vista econômico, a integração caseira não sai obrigatoriamente mais em conta do que uma máquina pronta, especialmente se você recorrer a um Computer Gay. A grande vantagem está em adequar a configuração ao seu perfil e escolher de cada componente, embora isso implique em abrir mão de suporte técnico e atendimento em garantia. Disposto a prosseguir? Então vamos lá:
  • Estabeleça o seu perfil, faça uma relação do que deverá ser comprado e pesquise os preços em sites como http://www.buscape.com.br/, http://shopping.terra.com.br/ ou http://www.mercadolivre.com.br/. Compras no mercado informal proporcionam alguma economia, mas a falta de confiabilidade e garantia não compensa o risco.
  • Placa-mãe, memórias e processador (que deve ser adquirido na versão boxed, com um cooler homologado pelo fabricante) devem ser totalmente compatíveis entre si. Comprando esses componentes do mesmo fornecedor, você reduz o risco de problemas e facilita a substituição, no caso de eventuais defeitos (exija sempre nota fiscal).
Observação: O site http://pcpartpicker.com/ lista praticamente todos os componentes de PCs e alerta para eventuais incompatibilidades. Nos EUA, ele também ajuda a encontrar o menor preço de cada item.
  • O gabinete deve ser de boa qualidade e adequado à placa-mãe que você escolher. A fonte de alimentação deve disponibilizar todos os conectores necessários e fornecer energia suficiente para alimentar todos os componentes (clique aqui para estimar o consumo da sua máquina e determinar a potência da fonte).
  • Assegure-se de que a CPU venha acompanhada de pasta térmica e os drives de HD e mídia óptica, dos cabos de dados (SATA/IDE-ATA). Interromper a montagem para sair atrás desses complementos, especialmente durante a noite ou num domingo, ninguém merece!
  • Escolha um local tranquilo para trabalhar – livre de crianças, animais domésticos, curiosos, palpiteiros e objetos estranhos à montagem (cinzeiro, xícaras de café e assemelhados). Alinhe os componentes, ainda embalados, sobre a mesa ou bancada e deixe as ferramentas (chave de fenda, Philips, alicate de bico, pinça e canivete) em local de fácil acesso. Tome especial cuidado com parafusos, presilhas e outros objetos de pequenas dimensões, que tendem a desaparecer no interior do gabinete e provocar curtos-circuitos quando você ligar a máquina.
  • Desembale os componentes somente na hora em que você os for integrar e evite tocar os pinos do processador e as trilhas de contato das memórias e placas de expansão (saiba mais relendo minha postagem sobre eletricidade estática.
Segunda (3) a gente encerra a trilogia iniciada com os posts dos dias 27 e 29, e na terça (4), fechamos esta sequência. Agora, nosso tradicional humor de sexta-feira:

- Filho, eu descobri essas coisas no seu armário…
- Qual é o problema de ter uma máscara dos anônimos e um taco de beisebol?
- Você usa isso?
- Não… quer dizer, às vezes…
- É que estou precisando. Será que você me empresta?
- Precisando? Pra quê?
- É que eu li as coisas que você andou escrevendo na internet…
- Você andou lendo o meu face?
- Qual é o problema? Não é público?
- É…mas…
- Pois é, eu li o que você escreveu e …
- Pai, eu sei que você não gostou do que eu escrevi lá , mas… eu não vou discutir, são as minhas ideias. Eu sou anarquista e…
- Não. Eu até achei legal. Você me convenceu.
- Convenci? De quê?
- Tá tudo errado mesmo… eu li o que você escreveu e concordo. Agora eu sou anarquista também, que nem você…
- Você o quê? Pai… que história é essa?
- É, você fez a minha cabeça. Tem que quebrar tudo mesmo! Agora eu sou Old Black Bloc!
- Pai, você não pode… você é diretor de uma empresa enorme e…
- Não sou mais não. Larguei o meu emprego. Mandei o meu chefe tomar no .... Mandei todo mundo lá tomar no ....
- Pai, você não pode largar o seu emprego. Você está há 30 anos lá…
- Posso sim! Aliás tô juntando uma galera pra ir lá quebrar tudo.
- Quebrar tudo onde?
- No meu trabalho! Vamos quebrar tudo ! Abaixo a opressão! Abaixo tudo!
- Você não pode fazer isso, pai…
- Posso sim! É só você me emprestar a máscara e o taco de beisebol. E aí, você vem comigo?
- Não… acho melhor não…
- É melhor você vir porque agora que eu larguei tudo, a gente vai ter que sair desse apartamento…
- Sair daqui? E a gente vai morar aonde?
- Sei lá! Vamos acampar em frente a uma empresa capitalista qualquer e exigir o fim do capitalismo!
- Pai, você não pode fazer isso! Não pode abandonar tudo!
- Tô indo! Fui!
- Peraí, pai! E onde eu vou morar? E minha mesada ? E meu computador ?
Volta aqui! Volta aqui, pai!!! Voooltaaaaa!

Bom f.d.s. a todos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MONTAGEM CASEIRA DE PCs - DICAS

PEDRA QUE ROLA NÃO CRIA LIMO.

Supondo que a dona patroa ainda esteja na praia com as crianças, por que não aproveitar os poucos dias de sossego que lhe restam integrando pessoalmente o PC que substituirá sua máquina atual, já obsoleta?
Achou essa sugestão estranha? Pois saiba que montar o próprio computador era uma prática comum até meados da década passada, quando os cursos de montagem e manutenção de micros pipocavam em cada esquina, permitindo que usuários com alguma habilidade em trabalhos manuais dessem conta de seus upgrades ou criassem “Frankenstains” bastante aceitáveis.
Com a progressiva redução no preço das máquinas de grife, todavia, tornou-se mais prático comprar o aparelho pronto para uso, com software pré-instalado e garantia do fabricante, embora muita gente (geralmente heavy users e gamers radicais) continue fiel à integração personalizada, de modo a poder escolher a dedo cada componente e obter a configuração mais adequada ao seu perfil de usuário.
Convém ter em mente que montar um PC não se resume a encaixar meia dúzia de dispositivos e plugar outros tantos cabos, como muitas revistas de informática apregoavam nos anos de ouro da integração pessoal, em seus tutoriais “passo-a-passo”. Mesmo que as máquinas de então fossem bastante elementares (se comparadas com as atuais), componentes que deveriam trabalhar harmoniosamente não raro apresentavam incompatibilidades difíceis de solucionar de solucionar, especialmente pelos neófitos de plantão.
Falando em tutoriais, eu faço aqui o mea-culpa por ter publicado alguns – confesso que mais por insistência do meu então parceiro Robério, tanto no CURSO DINÂMICO DE HARDWARE quanto na COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA, mas não me arrisco a repetir o feito aqui no Blog, já que uma coisa é dispor de 50 páginas no formato revista – ou 100, no formato livreto –, para desenvolver um assunto dessa magnitude, e outra é espremê-lo numa sequência de três ou quatro postagens, aí incluídas as ilustrações. Aliás, o último tutorial que publiquei foi dividido em dois livrinhos; um com as considerações conceituais sobre a montagem em si e cada um dos dispositivos, e outro com a descrição pormenorizada dos procedimentos e fotos de toda a sequência.
Não obstante, para não dizer que não falei das flores, seguem algumas recomendações que você deve ler em conta caso queira ter um computador com aquele insubstituível gostinho de “fui eu que fiz”.
Interessado? Então confira o post de amanhã.
Abraços a todos e até lá.