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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

MONTAGEM CASEIRA DE PCs / Final

AQUELES QUE NÃO GOSTAM DE SI MESMOS GERALMENTE TEM RAZÃO

É hora de arregaçar as mangas e pôr mãos à obra:
  • Desembale o gabinete e veja que os parafusos que o acompanham têm tamanhos e roscas diferentes. Use os mais curtos para fixar os drives de HD e mídia óptica, evitando, assim, danificar esses frágeis componentes. Instale então os pezinhos do case (se houver) e o “espelho” de I/O (moldura dos conectores traseiros). Caso tencione adicionar microventiladores extras, cuide para que eles não atrapalhem a instalação dos drivesplacas de expansão ou aceleradora gráfica offboard.
  • A placa-mãe traz espaçadores destinados a mantê-la afastada do chassi do gabinete (para evitar curtos-circuitos). Instale-os de modo que coincidam com os furos de fixação da placa (consulte o manual do componente para mais informações) e aparafuse-os até que estejam firmes, mas sem exagero (para não espanar a rosca).
  • processador só encaixa na posição correta, mas precisa estar alinhado com o soquete e ter a alavanca (ou outro mecanismo de trava) totalmente liberada. Cuidado com modelos da AMD, cujos pinos entortam facilmente (se necessário, realinhe-os usando uma carga de caneta ou um cartão de crédito). Antes de instalar o dissipador, espalhe uma gota (do tamanho de uma ervilha) de pasta térmica até formar uma camada lisa e uniforme e siga as instruções do fabricante para fixar o conjunto.
  • Os módulos de memória também só encaixam posição correta e o reconhecimento pelo sistema é automático. No entanto, configurações em dual, triple ou quad-channel só proporcionarão o desempenho esperado se os slots forem ocupados corretamente, de modo que você deve seguir atentamente as instruções do fabricante. E o mesmo vale para a placa gráfica, que, salvo disposição expressa em contrário, deve ser acomodada no slot PCI EXPRESS GRAPHICS mais próximo do processador.
  • Instalar os pequenos conectores para os botões de Power, reset e LEDs de atividade é uma tarefa aborrecida, especialmente por não existir um esquema padrão de cores que facilite o trabalho. Mais uma vez, consulte o manual da placa e siga fielmente as instruções.
  • No que concerne ao HD, o padrão SATA é a escolha natural (o IDE/ATA é coisa do passado e o SSD continua com o preço nas alturas). Mesmo que sua placa ofereça suporte somente ao SATA1, o cabo e o conector são compatíveis com drives SATA2, que funcionam normalmente, embora com taxa de transferência de dados reduzida. Note que a fonte deve disponibilizar os conectores exigidos por essa tecnologia (caso contrário, você terá de adquirir um adaptador), e que é preciso ajustar o jumper do drive para a posição SATA2 (caso haja suporte da placa), ou a transferência de dados ficará limitada a 1,5GB/s (50% da velocidade proporcionada pelo SATA2).
  • Instale a placa-mãe no gabinete, passado os cabos de dados, de força e outros conectores pelos encaixes apropriados e amarrando-os com cintas plásticas, não só para obter um resultado mais “limpo”, mas também para facilitar a circulação de ar no interior do gabinete.
Faça uma verificação final e assegure-se de que nenhum parafuso, espaçador ou outro objeto de pequeno porte tenha caído entre os componentes. Feche então o gabinete, aparafuse as tampas, conecte o monitor e demais periféricos (mouse, teclado, caixas de som, etc.) e ligue o computador. Se a máquina não der sinal de vida, ligue um abajur ao estabilizador. Se a lâmpada acender, muna-se de paciência, pois será preciso tornar a abrir o gabinete para verificar se não há cabos lógicos invertidos, mau contato nos módulos de memória, problemas com a placa-mãe ou com a aceleradora gráfica, enfim... Na impossibilidade de testar cada um dos componentes em outra máquina sabidamente funcional, talvez o jeito seja procurar ajuda especializada.

Abraços e até a próxima.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

MONTAGEM CASEIRA DE PCs / Parte II - Humor de sexta-feira

QUE DEUS PROTEJA O BRASIL DO POVO BRASILEIRO!

Um dos principais pilares da plataforma PC é a arquitetura aberta, que permite reunir dispositivos de diversos fabricantes e conectá-los entre si – ou através de cabos e circuitos da placa-mãe – como se fossem pecinhas de LEGO, mas montar um computador requer habilidade e algum conhecimento de hardware e software.
Do ponto de vista econômico, a integração caseira não sai obrigatoriamente mais em conta do que uma máquina pronta, especialmente se você recorrer a um Computer Gay. A grande vantagem está em adequar a configuração ao seu perfil e escolher de cada componente, embora isso implique em abrir mão de suporte técnico e atendimento em garantia. Disposto a prosseguir? Então vamos lá:
  • Estabeleça o seu perfil, faça uma relação do que deverá ser comprado e pesquise os preços em sites como http://www.buscape.com.br/, http://shopping.terra.com.br/ ou http://www.mercadolivre.com.br/. Compras no mercado informal proporcionam alguma economia, mas a falta de confiabilidade e garantia não compensa o risco.
  • Placa-mãe, memórias e processador (que deve ser adquirido na versão boxed, com um cooler homologado pelo fabricante) devem ser totalmente compatíveis entre si. Comprando esses componentes do mesmo fornecedor, você reduz o risco de problemas e facilita a substituição, no caso de eventuais defeitos (exija sempre nota fiscal).
Observação: O site http://pcpartpicker.com/ lista praticamente todos os componentes de PCs e alerta para eventuais incompatibilidades. Nos EUA, ele também ajuda a encontrar o menor preço de cada item.
  • O gabinete deve ser de boa qualidade e adequado à placa-mãe que você escolher. A fonte de alimentação deve disponibilizar todos os conectores necessários e fornecer energia suficiente para alimentar todos os componentes (clique aqui para estimar o consumo da sua máquina e determinar a potência da fonte).
  • Assegure-se de que a CPU venha acompanhada de pasta térmica e os drives de HD e mídia óptica, dos cabos de dados (SATA/IDE-ATA). Interromper a montagem para sair atrás desses complementos, especialmente durante a noite ou num domingo, ninguém merece!
  • Escolha um local tranquilo para trabalhar – livre de crianças, animais domésticos, curiosos, palpiteiros e objetos estranhos à montagem (cinzeiro, xícaras de café e assemelhados). Alinhe os componentes, ainda embalados, sobre a mesa ou bancada e deixe as ferramentas (chave de fenda, Philips, alicate de bico, pinça e canivete) em local de fácil acesso. Tome especial cuidado com parafusos, presilhas e outros objetos de pequenas dimensões, que tendem a desaparecer no interior do gabinete e provocar curtos-circuitos quando você ligar a máquina.
  • Desembale os componentes somente na hora em que você os for integrar e evite tocar os pinos do processador e as trilhas de contato das memórias e placas de expansão (saiba mais relendo minha postagem sobre eletricidade estática.
Segunda (3) a gente encerra a trilogia iniciada com os posts dos dias 27 e 29, e na terça (4), fechamos esta sequência. Agora, nosso tradicional humor de sexta-feira:

- Filho, eu descobri essas coisas no seu armário…
- Qual é o problema de ter uma máscara dos anônimos e um taco de beisebol?
- Você usa isso?
- Não… quer dizer, às vezes…
- É que estou precisando. Será que você me empresta?
- Precisando? Pra quê?
- É que eu li as coisas que você andou escrevendo na internet…
- Você andou lendo o meu face?
- Qual é o problema? Não é público?
- É…mas…
- Pois é, eu li o que você escreveu e …
- Pai, eu sei que você não gostou do que eu escrevi lá , mas… eu não vou discutir, são as minhas ideias. Eu sou anarquista e…
- Não. Eu até achei legal. Você me convenceu.
- Convenci? De quê?
- Tá tudo errado mesmo… eu li o que você escreveu e concordo. Agora eu sou anarquista também, que nem você…
- Você o quê? Pai… que história é essa?
- É, você fez a minha cabeça. Tem que quebrar tudo mesmo! Agora eu sou Old Black Bloc!
- Pai, você não pode… você é diretor de uma empresa enorme e…
- Não sou mais não. Larguei o meu emprego. Mandei o meu chefe tomar no .... Mandei todo mundo lá tomar no ....
- Pai, você não pode largar o seu emprego. Você está há 30 anos lá…
- Posso sim! Aliás tô juntando uma galera pra ir lá quebrar tudo.
- Quebrar tudo onde?
- No meu trabalho! Vamos quebrar tudo ! Abaixo a opressão! Abaixo tudo!
- Você não pode fazer isso, pai…
- Posso sim! É só você me emprestar a máscara e o taco de beisebol. E aí, você vem comigo?
- Não… acho melhor não…
- É melhor você vir porque agora que eu larguei tudo, a gente vai ter que sair desse apartamento…
- Sair daqui? E a gente vai morar aonde?
- Sei lá! Vamos acampar em frente a uma empresa capitalista qualquer e exigir o fim do capitalismo!
- Pai, você não pode fazer isso! Não pode abandonar tudo!
- Tô indo! Fui!
- Peraí, pai! E onde eu vou morar? E minha mesada ? E meu computador ?
Volta aqui! Volta aqui, pai!!! Voooltaaaaa!

Bom f.d.s. a todos.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MONTAGEM CASEIRA DE PCs - DICAS

PEDRA QUE ROLA NÃO CRIA LIMO.

Supondo que a dona patroa ainda esteja na praia com as crianças, por que não aproveitar os poucos dias de sossego que lhe restam integrando pessoalmente o PC que substituirá sua máquina atual, já obsoleta?
Achou essa sugestão estranha? Pois saiba que montar o próprio computador era uma prática comum até meados da década passada, quando os cursos de montagem e manutenção de micros pipocavam em cada esquina, permitindo que usuários com alguma habilidade em trabalhos manuais dessem conta de seus upgrades ou criassem “Frankenstains” bastante aceitáveis.
Com a progressiva redução no preço das máquinas de grife, todavia, tornou-se mais prático comprar o aparelho pronto para uso, com software pré-instalado e garantia do fabricante, embora muita gente (geralmente heavy users e gamers radicais) continue fiel à integração personalizada, de modo a poder escolher a dedo cada componente e obter a configuração mais adequada ao seu perfil de usuário.
Convém ter em mente que montar um PC não se resume a encaixar meia dúzia de dispositivos e plugar outros tantos cabos, como muitas revistas de informática apregoavam nos anos de ouro da integração pessoal, em seus tutoriais “passo-a-passo”. Mesmo que as máquinas de então fossem bastante elementares (se comparadas com as atuais), componentes que deveriam trabalhar harmoniosamente não raro apresentavam incompatibilidades difíceis de solucionar de solucionar, especialmente pelos neófitos de plantão.
Falando em tutoriais, eu faço aqui o mea-culpa por ter publicado alguns – confesso que mais por insistência do meu então parceiro Robério, tanto no CURSO DINÂMICO DE HARDWARE quanto na COLEÇÃO GUIA FÁCIL INFORMÁTICA, mas não me arrisco a repetir o feito aqui no Blog, já que uma coisa é dispor de 50 páginas no formato revista – ou 100, no formato livreto –, para desenvolver um assunto dessa magnitude, e outra é espremê-lo numa sequência de três ou quatro postagens, aí incluídas as ilustrações. Aliás, o último tutorial que publiquei foi dividido em dois livrinhos; um com as considerações conceituais sobre a montagem em si e cada um dos dispositivos, e outro com a descrição pormenorizada dos procedimentos e fotos de toda a sequência.
Não obstante, para não dizer que não falei das flores, seguem algumas recomendações que você deve ler em conta caso queira ter um computador com aquele insubstituível gostinho de “fui eu que fiz”.
Interessado? Então confira o post de amanhã.
Abraços a todos e até lá.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PC - MÁQUINA PRONTA OU MONTAGEM? (final)


Máquinas de grife vêm “prontas para uso”, embora fique por conta do usuário a atualização do sistema (*) e a remoção do crapware. Na integração personalizada, antes dessas providências, você terá que instalar o Windows “a partir do zero”, fazer o CMOS SETUP, instalar os drivers de chipset e de dispositivos (**) e, em alguns casos, atualizar também o BIOS da placa-mãe e o firmware de componentes como o SSDdrive ópticoplaca gráfica, e por aí vai.
Concluídas essas etapas, o sistema estará funcional e pronto para ser personalizado. Aliás, o Windows vem se tornando mais “personalizável” a cada nova versão, embora os ajustes disponibilizados por sua interface padrão representem apenas “a parte visível do iceberg” – a porção oculta, muito maior, está embuçada nas entranhas do Registro, e como a edição manual desse importante banco de dados pode facilmente comprometer a estabilidade do computador ou mesmo impedir sua inicialização, convém dispor de uma boa  ferramenta de tweak para fazer o trabalho pesado de forma mais rápida e segura.

(*) É imprescindível manter o Windows e os demais aplicativos atualizados (para saber mais, clique aqui e leia a sequência de postagens que eu publiquei sobre esse assunto). Note que a primeira atualização pode exigir que o Windows Update seja executado diversas vezes, pois algumas atualizações só instalam depois de outras terem sido efetivadas, o que pode exigir também várias reinicializações do sistema.

(**) O Windows é capaz de reconhecer e instalar a maioria dos componentes existentes no mercado – e fica melhor nesse quesito a cada nova versão. No entanto, é sempre preferível utilizar os drivers desenvolvidos pelos fabricantes da placa-mãe e dos demais dispositivos (para saber mais, clique aqui e leia a sequência de postagens que eu publiquei sobre esse assunto). A propósito, fique atento durante a primeira atualização do sistema, pois talvez o Windows Update ofereça drivers para diversos componentes que você já atualizou a partir dos websites dos respectivos fabricantes.

Observação: Independentemente de sua máquina ser de grife ou resultar de uma integração caseira, rode o Update Checker  regularmente para manter os drivers e os softwares de terceiros (não-Microsoft) devidamente atualizados.  

Era isso, pessoal. Claro que esta resenha não preenche todas as lacunas - e nem poderia, já que o último tutorial ilustrado e que eu publiquei na mídia escrita, nos tempos da saudosa Coleção Guia Fácil Informática, rendeu dois volumes de 100 páginas cada um (compêndios como o excelente HARDWARE NA PRÁTICA, do mestre Laércio Vasconcelos ultrapassam facilmente a casa das 700 páginas). Enfim, espero ter ajudado. Boa sorte a todos e até mais ler.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

PC - MÁQUINA PRONTA OU MONTAGEM PERSONALIZADA?

Antes de passar ao assunto do dia, resolvi aproveitar um comentário deixado no post anterior para dizer o seguinte:

É certo que cada povo tem o governo que merece, mas é igualmente certo que nem todos os paulistanos merecem amargar quatro anos sob a batuta do PT – partido de cuja alta cúpula o julgamento do “escândalo do mensalão” expôs entranhas tão fétidas quanto gaiolas de coelhos Claro que, diante do fato consumado, só resta torcer para que Haddad não nos brinde com uma gestão do quilate das de suas predecessoras Erundina e Marta – coisa que só o tempo dirá. Por outro lado, é curioso que a ladainha de Lula tenha logrado êxito em Sampa, mas não em Campinas (SP), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Manaus (AM). Talvez lá o povo ainda se lembre de que sua excelência pediu desculpas aos brasileiros quando Roberto Jefferson jogou merda no ventilador, embora tenha tirado o seu da reta e venha posando de vítima, achando que é ele, agora, quem deve exigir desculpas. Aliás, segundo o festejado jornalista J.R. Guzzo, essa combinação de mártir, profeta e herói de si próprio tem razão ao dizer que sua biografia não será escrita pelos Ministros do STF: ela está sendo escrita por ele mesmo, e os atos que a contaminaram, do mensalão à aliança pública com Paulo Salim Maluf (um foragido da polícia internacional) são de sua exclusiva responsabilidade.
Enfim, durmamos nós, paulistanos, com um barulho desses.     


Com o final do ano chegando e a mais recente versão do Windows já no mercado, é possível que você se anime a trocar seu PC velho de guerra por um modelo estalando de novo. No entanto, devido à redução no preço das máquinas de grife, a integração de um “Frankenstein” deixou de ser considerada uma opção interessante, embora harmonize a relação entre os componentes e ajude a priorizar aquilo que realmente importa à luz do perfil e das expectativas de cada usuário.
Se uma configuração personalizada é importante para você, mas lhe falta habilidade manual e/ou expertise para montar o PC, a “integração virtual pode ser um excelente “meio-termo”. Para tanto, clique aqui, anote a configuração sugerida pela Intel para seu perfil e simule uma integração no site da Dell; com o resultado em mãos, procure máquinas de outros fabricantes com características semelhantes, coteje preços e condições de pagamento e então faça sua escolha.
Se você se acha apto a fazer o serviço pesado, confira algumas dicas importantes:

·        Procure adquirir todos os componentes do mesmo fornecedor, de modo a minimizar o risco de incompatibilidades e facilitar a troca no caso de defeitos (exija sempre nota fiscal). Compras no mercado informal podem resultar em alguma economia, mas a falta de confiabilidade e a ausência de garantia podem tornar “o molho mais caro que o peixe”.

Observação: Tome especial cuidado na escolha do case (ou gabinete). Ele deve ser compatível com a placa-mãe que você tenciona utilizar, e sua fonte de alimentação nativa (caso exista) deve fornecer potência que dê e sobre para todos os componentes (e, se possível, para um futuro upgrade). Tenha em mente que os modelos mais caros não são necessariamente os mais funcionais.

·        Escolha um local tranqüilo para trabalhar – livre de crianças, animais de estimação, curiosos, palpiteiros e quaisquer objetos estranhos à montagem (cinzeiros, copos, xícaras de café, etc.). Deixe as ferramentas numa posição de fácil acesso e tome especial cuidado com parafusos e outros objetos de dimensões reduzidas, que parecem ter vocação para cair e desaparecer.
·        Mantenha as peças embaladas até o momento em que as for utilizar, descarregue a eletricidade estática antes de manuseá-las e evite tocar os pinos do processador e as trilhas de contatos dos módulos de memória e placas de expansão.
·        Os procedimentos em relação à placa-mãe variam conforme a marca e o modelo; leia as instruções, faça a montagem na ordem sugerida pelo fabricante (para prevenir o incômodo de ter que remover e reinstalar esse componente) e evite apertar demais os parafusos (para não espanar as frágeis roscas dos espaçadores).
·        O processador só encaixa na posição correta, mas é preciso que o alinhamento com o soquete seja perfeito e que a alavanca (ou outro mecanismo de trava) esteja totalmente liberada. Tome especial cuidado com modelos da AMD, pois os pinos entortam facilmente (se necessário, realinhe-os com auxílio de um crédito, tomando cuidado para não danificar os demais). Antes de instalar o dissipador, aplique uma gota de pasta térmica e espalhe até formar uma camada lisa e uniforme. Siga as instruções do fabricante para fixar o conjunto e confira duas (ou três) vezes o resultado.
·        A instalação dos módulos de memória é tida e havida como um procedimento extremamente simples, pois o encaixe só é possível na posição correta e o reconhecimento pelo sistema é automático. No entanto, configurações em dual, triple ou quad-channel só proporcionarão o desempenho esperado se os slots forem ocupados corretamente, sendo imperativo seguir as instruções do fabricante.
·        O mesmo vale para a placa gráfica, que, salvo disposição expressa em contrário, deverá ser acomodada no slot PCI EXPRESS GRAPHICS mais próximo do processador (caso ela necessite de alimentação extra, utilize uma fonte de alimentação que ofereça potência suficiente e não se esqueça de conectar os cabinhos).

Observação: Falando em cabinhos, instalar os pequenos conectores para os botões de Power e reset, alto-falante e LEDs de atividade sempre foi – e continua sendo – uma tarefa extremamente aborrecida, especialmente por não existir um esquema padrão de cores que facilite o trabalho. Mais uma vez, o jeito é consultar o manual da placa e seguir fielmente as instruções.

·        No que concerne ao HD, o padrão SATA costuma ser a escolha natural (o IDE/ATA é coisa do passado e o SSD continua com o preço nas alturas). Mesmo que sua placa ofereça suporte somente ao SATA1, o cabo e o conector são compatíveis com drives SATA2, que irão funcionar normalmente, embora com taxa de transferência de dados reduzida. Note que a fonte precisa disponibilizar os conectores exigidos por essa tecnologia (caso contrário, você deve adquirir um adaptador), e que é necessário ajustar o jumper do drive para a posição SATA2 (caso haja suporte da placa), ou a transferência de dados ficará limitada a 1,5GB/s (50% da velocidade proporcionada pelo SATA2).

Observação: HDs SATA não dispensam as rotinas de formatação e criação de partições para a instalação do sistema operacional (como era feito nos drives PATA). No entanto, considerando que esse tema já foi abordado em outras postagens, não vou abusar da paciência do leitor com informações redundantes.

Amanhã a gente conclui; abraços e até.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

HARDWARE, CONECTORES, INTERFACES e afins (final)



Vimos que o advento do USB facilitou sobremaneira a conexão de periféricos – razão pela qual, ao escolher um computador, convém conferir a quantidade e localização das entradas disponíveis e se familiarizar com os principais conectores existentes na face posterior do gabinete (oriente-se pela ilustração acima):

Interfaces SERIAL e DIN foram muito populares na pré-história da computação pessoal. A primeira, facilmente identificável pelo formato em “D” e por seus 9 pinos, era usada por mouses, modems analógicos, impressoras e Scanners daquela época, e a segunda, pelos teclados de então. Já a porta paralela serve para conectar dispositivos de legado, como impressoras matriciais (usadas para gerar cópias carbonadas de formulários e documentos afins - para saber mais, clique aqui).

Observação:  Não estranhe se você não encontrar essas interfaces no seu PC, pois a maioria dos mouses e teclados atuais usam entradas PS/2 ou USB, que também conectam impressoras e multifuncionais modernas. Vale salientar que conectores PS/2 para mouse e teclado têm o mesmo formato, conquanto utilizem cores diferentes para facilitar a identificação (verde para o mouse e roxo para o teclado).
      
A porta eSATA (à esquerda), mais veloz que a USB 2.O (6GB/s), foi criada como alternativa para a conexão de HDs externos e drives de mídia óptica, mas deve cair em desuso quando a versão 3.0 do USB se tornar popular.

A porta Ethernet (identificada como “Placa de rede” na figura principal) é usada tanto para interligar computadores em rede quanto para conectar modems digitais (com o famoso cabo azul e o plugue RJ45). À direita, vemos uma placa de fax-modem, (conector padrão RJ11), que servia (e ainda serve) para conectar o dispositivo em questão à linha telefônica. Note que placas “Gigabit Ethernet” são até dez vezes mais velozes do que as tradicionais “10/100”, mas, em ambos os casos, tanto as portas quanto os conectores são idênticos.

Portas analógicas de áudio se valem de um esquema padronizado de cores para prevenir a ligação incorreta dos componentes – microfone na porta rosa, caixas acústicas na verde, e assim por diante. Note que alguns sistemas oferecem saídas digitais (como é o caso da porta S/PDIF identificada como áudio digital na figura principal), e que o USB também vem sendo usado para emissão/recepção de sinal de áudio.

O jurássico padrão VGA (criado na década de 80) continua presente na maioria dos PCs com vídeo onboard, mas placas gráficas offboard geralmente trazem conectores DVI – padrão que será substituído dentro de alguns anos pela versátil DisplayPort (à direita). Já o padrão FireWire (IEEE 1394), usado para conexão de filmadoras antigas, iPods de primeira geração e equipamentos de áudio profissionais, aparece na nossa figura-exemplo, mas, graças à popularização do USB, você dificilmente irá encontrá-lo em PCs de fabricação recente.

Era isso, pessoal; abraços e até mais ler.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

HARDWARE, CONECTORES, INTERFACES e afins


Os “cursos de montagem e manutenção de micros”, que pipocaram na década de 90 e se popularizaram nos anos seguintes, reduziram o temor reverencial que muita gente nutria pelos PCs. A despeito de os componentes custarem caro e muitos procedimentos exigirem conhecimentos de eletrônica e habilidade com o ferro de solda, as noções que esses cursos ofereciam costumavam bastar para que usuários “mais aplicados” dessem conta de seus upgrades ou realizassem integrações caseiras bem sucedidas.
Atualmente, embora os microcomputadores custam bem menos do que custavam naqueles tempos e valha mais a pena comprar máquinas prontas (de grife) e deixar a solução de eventuais problemas a cargo da assistência técnica ou de um Computer Gay de confiança, convém ao menos saber reinstalar o sistema, substituir um mouse defeituoso ou fazer uma faxina no interior do gabinete, por exemplo.

Observação: Vale relembrar que, com a possível exceção dos dispositivos USB – que podem ser conectados e removidos “a quente” –, quaisquer procedimentos que envolvam hardware devem ser levados a efeito com a máquina desligada, inclusive da tomada, e somente após a adoção das medidas de segurança em relação a descargas eletrostáticas.

A adição de novos componentes de hardware já não é mais um “bicho-de-sete-cabeças”, principalmente devido ao advento do Plug and Play e, mais recentemente, da interface USB – que proporciona taxas de transferência bastante superiores às das jurássicas portas serial e paralela, permite conectar simultaneamente até 127 periféricos e ainda é capaz de alimentar carregadores, luzes, micro-ventiladores, aquecedores de xícaras de café e até pequenos refrigeradores para latinhas de cerveja ou refrigerante.

Observação: Ainda que alguns PCs top de linha já contam com o USB 3.0, que suporta taxas de até 4,8 Gbps e transferência bidirecional, a maioria das máquinas atuais oferece apenas com a versão anterior, introduzida em abril de 2000, que alcança “somente” 480 Mbps.

Mas nem só de portas USB vive o seu PC; basta observar a face posterior do gabinete para ver que lá estão agrupadas diversas “portas” (soquetes), muitas delas ociosas. No entanto, para evitar que este texto se prolongue demais, a continuação fica para o próximo post. Abraços e até lá.