Fala-se que as chances de Lula voltar às ruas com Dias
Toffoli na presidência do STF crescem significativamente, e na hipótese de o
pau-mandado Luiz Fernando Haddad Lula da Silva se eleger, o
petralha voltaria a dar as cartas no Planalto.
O cangaceiro de araque Ciro Gomes também já acenou com a
possibilidade de conceder indulto presidencial ao crápula de Garanhuns. Mas para isso ele precisaria primeiro se eleger, e depois conseguir o aval do Congresso. Mas não ponhamos a carroça na frente dos
bois, pois muita coisa pode acontecer nas semanas que faltam para o segundo
turno e nos três meses e meio que antecedem a posse do próximo presidente, seja
ele quem for.
É notável que um heptarréu condenado, preso e a dois meses
de conhecer sua segunda sentença no âmbito da Justiça Federal de Curitiba reúna
tantos apoiadores. Claro que, com a possível exceção dos militontos
desmiolados, ninguém
o apoia sem esperar algo em troca — no caso de Ciro, os objetivos são eminentemente eleitoreiros, e as chances de
ele cumprir a promessa são as mesmas de limpar
o nome dos brasileiros negativados no SPC (41% da população economicamente ativa).
Ricardo Lewandowski,
que também foi guindado ao STF pelas
mãos dadivosas do criminoso de Garanhuns (clique
aqui
para mais detalhes) e articulou com o cangaceiro das Alagoas Renan Calheiros, então presidente do Congresso
a vergonhosa maracutaia que preservou os direitos políticos de Dilmanta
Rousseff, resolveu partir mais um vez em
socorro de seu amado benfeitor: em vez de seguir
a maioria ou simplesmente se alinhar ao colega Marco
Aurélio, dono do único voto a favor de Lula
no julgamento virtual do HC, ele pediu vistas do processo, e agora o julgamento terá de ser
reiniciado do zero e realizado presencialmente (em data ainda a ser definida).
Como não faria sentido o ministro-cumpanhêro agir assim apenas para retardar o inevitável (a desculpa foi que, como Marco Aurélio abriu a divergência, Lewandowski precisaria de mais
tempo para analisar o processo), imagina-se que seu real propósito seja forçar
a rediscussão da famigerada prisão em
segunda instância (detalhes na postagem deste
domingo).
Segundo O
ESTADÃO, o "ministro-cumpanhêro" pretende devolver o processo dentro do prazo regimental, que é de 10 dias, e a
partir daí caberá a Toffoli, atual
presidente da Corte, marcar a data do julgamento. Apesar de não ser
propriamente a ação geral sobre a prisão em segunda instância, o processo de Lula orbita essa temática, já
que se trata de um recurso contra a decisão do STF que, em abril, por 6 votos a 5, negou um pedido de liberdade do petista e
reafirmou a possibilidade da execução antecipada da pena. Dentro
da Corte, há uma pressão de colegas para que o tema da prisão antecipada volte a
ser rediscutido no plenário, sendo essa moção capitaneada justamente por Lewandowski e Marco Aurélio.
No momento do pedido de vista, Edson Fachin, Cármen Lúcia,
Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Rosa
Weber e Gilmar Mendes já haviam votado contra o pedido da defesa. Apenas Marco
Aurélio divergiu, e aproveitou o ensejo para cobrar o julgamento das famigeradas
ADCs (atualmente são três, todas sob
sua relatoria) que tratam da execução antecipada da pena. Isso deu a deixa para Lewandowski suspender o julgamento e levá-lo
para o plenário presencial, quando então todos os ministros votarão novamente.
Vamos acompanhar para ver no que isso vai dar.
Nesse entretempo, a defesa de Lula sofreu mais uma derrota: o
TSE negou permissão para o líder dos petralhas gravar, na cadeia, áudios e vídeos como apoiador da campanha de seu pau-mandado. Na petição, os
advogados afirmam que é a figura política de Lula “possui força própria e descomunal, sendo plenamente
eficaz para formar opinião, seja a seu favor ou em seu detrimento”. A
decisão foi do relator, ministro substituto Sérgio Banhos.
Para encerrar, transcrevo a opinião do jornalista Paulo Germano, publicada originalmente
no site GAUCHAZH, juntamente com a
figura que eu usei para ilustrar esta postagem, e deixo um clipe de vídeo que vale a pena ser visto:
Lula é um
irresponsável. Um imprudente metido a Deus que submete um país de 200 milhões
de habitantes a seus joguinhos de poder. Primeiro, foi com Dilma: o impeachment, embora tenha sido um erro — o certo seria
aguardar o fim do mandato —, interrompeu um dos governos mais pavorosos da
nossa história, conduzido por uma gestora incompetente que Lula vendeu como competente. Agora, a desfaçatez se repete com
outro embuste: Fernando Haddad.
Confirmado como laranja de Lula para concorrer à Presidência, o ex-prefeito de São Paulo teve
sua estatura política (ainda mais) encolhida há dois anos, quando perdeu a
reeleição no primeiro turno com ridículos 16%. Fez lá um governo criticado até
por colegas do próprio PT – embora,
igualzinho a Dilma, tenha sido
eleito só porque Lula quis.
Mas suponhamos que a população de São Paulo tenha sido
injusta e que Haddad tenha feito uma
boa administração. Seria razoável mostrar isso agora, apresentar Haddad ao país, exibir suas façanhas,
suas ideias, seus talentos, sua história. Só que a propaganda só mostra Lula, Lula, Lula e Lula. Por quê? Porque não faz a menor
diferença se o candidato é Haddad, o
Capitão América ou o Zé das Couves: o que importa é mostrar
que a pessoa, no governo, não será essa pessoa, será Lula.
Agora, bem, imagine um presidente da República pedindo a
bênção para um presidiário toda vez que precisar decidir. Parte da população,
com razão, não vai gostar nem um pouco. Grande parte dos deputados também. Do
Judiciário, idem. Qual é a chance de um governo desses unir minimamente um país
em frangalhos?
“Ah, mas a maioria do
povo escolheu.” A ideia, de novo, é fazer da República um laboratório no
qual Lula é o cientista louco e o
povo é o ratinho que sobrevive como dá. Atender aos requisitos para presidir a
República não depende da maioria. Depende da lei — e ela diz que um homem preso
não pode ser presidente. Você pode achar que a prisão de Lula injusta, assim como muita gente acha que é justíssima. Mas
achar uma coisa ou outra não muda nada: só a Justiça pode resolver se alguém é culpado — ou se faz assim, ou
ninguém será condenado nunca, porque os advogados vão passar a vida inteira
dizendo que seus clientes não fizeram nada de errado. E Lula, aos olhos de quem decide, é culpado e acabou.
Sob qualquer perspectiva que se avalie, uma campanha
construída de forma a conceder o poder supremo da nação a um presidiário é uma
afronta ao processo eleitoral e um prenúncio de desestabilização. Mas o PT, como se sabe, prefere primeiro se
eleger e depois ver no que dá. Com Dilma,
soterrou o Brasil em uma crise sem precedentes. Com Haddad, comprova que o bem do país é o que menos interessa.
Importante, mesmo, é fazer da República um laboratório no qual Lula é o cientista louco e o povo, o
ratinho que sobrevive como pode.
Não interessa se você acha que Lula é culpado ou inocente: uma campanha construída de forma a
conceder o poder supremo da nação a um presidiário é uma ameaça ao país.
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