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terça-feira, 8 de maio de 2018

MAIS SOBRE PRIVACIDADE E SEGURANÇA DIGITAL: VPNs


TUDO PARECE OUSADO PARA QUEM A NADA SE ATREVE.

As VPNs são redes virtuais privadas que nos permitem navegar de maneira anônima e segura através uma conexão criptografada entre nosso computador e a internet. Elas já foram mais comuns no âmbito corporativo ― para conectar de forma segura ramais remotos ou ligar funcionários em roaming à rede do escritório, por exemplo ―, mas vêm se tornando populares também entre usuários domésticos que se preocupam com sua privacidade.

Quando usamos uma VPN, nosso tráfego passa a ser direcionado de maneira segura por meio de um servidor localizado em outro lugar do mundo, protegendo nosso computador de tentativas locais de rastreamento, de hacks, ou mesmo impedindo que os sites por onde navegamos registrem nosso IP (Internet Protocol, ou protocolo de internet). De quebra, essas redes permitem acessar conteúdo online indisponível localmente ― por exemplo, conectarmo-nos a um servidor baseado no Reino Unido para acessar conteúdo restrito da BBC, ou num servidor baseado nos EUA para assistir a filmas na Netflix que não estão disponíveis no Brasil.

Existem diversas opções de VPNs, tanto pagas quanto gratuitas. Estas últimas tendem a exibir anúncios, oferecer um leque mais limitado de servidores e acarretar redução nas velocidades de conexão ― o que não chega a incomodar (muito) um usuário doméstico eventual. Outro ponto negativo é que são maiores as chances de os endereços IP que elas utilizam serem bloqueados ou filtrados em diversos sites (até porque crackers, spammers e outros usuários mal-intencionados costumam se valer desses serviços para seus propósitos escusos). Já as opções comerciais funcionam mediante assinatura e não reduzem a velocidade dos downloads nem limitam o tráfego de dados, além de não armazenarem logs que possam servir para identificar os usuários.

Diversas suítes de segurança oferecem VPNs que funcionam como um meio-termo entre as soluções gratuitas e as comerciais (eu uso e recomendo a Avast SecureLine VPN). Quando o preço não está embutido na licença, o valor cobrado em separado costuma ser mais camarada, e como essas soluções já possuem configurações razoavelmente seguras, a gente não precisa ajustá-las por conta própria (o que nem sempre é fácil para quem não tem intimidade com redes e seus intrincados protocolos).

A quem interessar possa, seguem algumas sugestões:

― O Private Internet Access e o TorVPN suportam Windows, OS X, Linux, iOS e Android (o plano gratuito tem limite de 1GB por mês).

― O ProXPN suporta Windows, OS X e iOS.

― O Baixaki conta com dezenas de opções de VPN, boa parte delas gratuita para uso doméstico. É só clicar, conferir e escolher a que mais lhe agradar.

Se ao fim e ao cabo você quiser realmente chutar o balde, achando que pode viver desconectado em pleno século XXI, veja na próxima postagem como apagar todos os seus dados e desaparecer do mundo virtual.

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sexta-feira, 4 de maio de 2018

MAIS SOBRE PRIVACIDADE E SEGURANÇA DIGITAL: GOOGLE ALERTS


A CURIOSIDADE MATOU O GATO, MAS A SATISFAÇÃO O RESSUSCITOU.

Antes do assunto do dia, lembro que o April Update para o Windows 10 (build 1803) já está disponível para download e instalação manual no site da Microsoft. Interessado? Então clique aqui e pressione o botão "Atualizar Agora" para iniciar o download do instalador. 

Para usuários avançados, também é possível criar uma imagem de disco em um pendrive e fazer a instalação limpa do Windows 10 com a nova atualização (para tanto, é necessário utilizar a ferramenta de criação de mídia, também disponível no site da Microsoft). 

Se você não quiser dar uma de pioneiro e acabar sendo reconhecido pela flecha espetada no peito, o update de abril será liberado via Windows Update, de forma gradativa, a partir do próximo dia 9 de maio.

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O Google Alerts é um serviço que detecta novos conteúdos indexados pelo Google ― como páginas da web, notícias, artigos, posts em blogs etc. ― e notifica por email os usuários cadastrados. Embora existam ferramentas mais sofisticadas, como Moz e SEMrush, ele é uma opção gratuita e fácil de usar.

Para criar um alerta no Google Alerts, logue-se na sua conta do Google e acesse esta página. Na primeira seção ― “Meus alertas” ― é possível editar os alertas criados, se já houver algum, e definir o horário em que deseja recebê-los na por email. Na opção “Digest”, que entrega as novidades relativas ao alerta em uma mensagem de email única, você pode definir a frequência entre “no máximo uma vez por dia” e “no máximo uma vez por semana”.

A segunda divisão ― “Eu na web” ― permite que você crie um alerta com seu próprio nome ou email já cadastrados. Para tanto, clique no sinal de adição (“+”). Por fim, as “Sugestões de alertas” dão ideias de empresas, artistas, filmes e outros temas que são tendência na atualidade e sobre os quais você pode criar alertas também com um clique.

Para criar um novo alerta, digite o termo desejado na busca (convém colocá-lo entre aspas), clique emMostrar opções” para configurar seus alertas, ou seja, definir a frequência com que você deseja recebe-los, as fontes, o idioma, a região, a quantidade e o endereço de email para o qual os alertas serão enviados.

A ferramenta exibirá uma pré-visualização dos últimos resultados que foram indexados pelo Google. Para concluir, clique em “Criar alerta”.

Na próxima postagem, revisitaremos as redes virtuais privadas (VPNs). Até lá.

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quinta-feira, 3 de maio de 2018

AINDA SOBRE PRIVACIDADE, SEGURANÇA DIGITAL E QUESTÕES CORRELATAS


ONDE TODO MUNDO PECA, NINGUÉM FAZ PENITÊNCIA.

Computadores, tablets e smartphones são repositórios de dados que, se acessados por pessoas não autorizadas ― ou se o aparelho cair nas mãos de pessoas mal intencionadas ―, podem dar muita dor de cabeça aos usuários. Mesmo assim, há quem não se dê ao trabalho de protegê-los com senha, PIN, impressão digital/facial ou outra medida de segurança que tal. E deixar o sistema desprotegido é como largar o carro na rua com os vidros abertos e a chave no contato.

Se você preza sua privacidade, o Google Alerts pode ser uma mão na roda. Basta fazer o cadastro para o serviço mantê-lo informado sempre seu nome o nickname aparecer em resultados de buscas (voltarei com mais detalhes numa próxima postagem).

Facebook, Twitter, Instagram, comunidades na Web e outros serviços ― como webmail, netbanking etc. ― oferecem a opção “mantenha-me conectado”, dispensando a inserção de nome de usuário e senha sempre que o serviço for acessado. No entanto, convém você fazer o logoff (ou logout, como queira) ao encerrar a sessão, mesmo se estiver navegando do seu próprio aparelho ― com máquinas de terceiros, como do trabalho, da escola, de lanhouses e cibercafés, então, nem se fala. Além de impedir que outras pessoas usem o logon salvo, esse cuidado fará com que você seja menos rastreado na Web.

Fuja de “programas de fidelidade” oferecidos por lojas virtuais e assemelhados. Eles prometem cupons, vales-compras, descontos e outras “vantagens”, mas pedem seu nome, endereço, email, telefone e outros dados pessoais ― em alguns casos, até o número do cartão de crédito. A maioria desses engodos inclui uma cláusula que diz que os dados poderão ser usados pela empresa como e quando ela bem entender, e você estará concordando com isso, expressa ou tacitamente, assim que se filiar ao troço. Será que vale a pena correr o risco?

Serviços como Gmail, Facebook e Twitter permitem ativar a autenticação em dois passos. Com ela, seu celular passa a funcionar como um token de segurança; se alguém tentar acessar sua conta a partir de um dispositivo desconhecido, só conseguirá fazê-lo se, além da senha, informar o código que é enviado por mensagem de texto para o número cadastrado.

Outra boa ideia é recorrer a VPNs (redes virtuais privadas) para mascarar seu endereço IP, que pode ser usado por sites e provedores para rastrear sua navegação na Web. A conexão fica um pouco mais lenta, mas segurança não costuma ser sinônimo de comunidade.

Eu já tratei desse assunto em outros posts (para conferir, clique aqui e aqui), mas farei uma rápida revisão depois de detalhar melhor o Google Alerts.

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quarta-feira, 2 de maio de 2018

AINDA SOBRE NAVEGADORES E PRIVACIDADE


TODOS OS DIAS SÃO DO CAÇADOR. SÓ O ÚLTIMO É DA CAÇA.

As informações de navegação que são salvas automaticamente pelos browsers podem ser usadas para rastrear nossos hábitos e interesses, daí a importância de limparmos regularmente esse histórico ― o que não só ajuda a resguardar nossa privacidade, mas também deixa o navegador mais rápido.

No jargão da informática, cookies são fragmentos de dados enviados pelos sites e gravados em nossos computadores como pequenos arquivos de texto. Via de regra, eles são usados para direcionar publicidade, também servem para rastrear e/ou monitorar de nossos hábitos, preferências e atividades. 

Observação: É bom deixar claro que cookies não são malwares, embora possam ser identificados e utilizados por malwares (para coletar informações de login em webservices, por exemplo).

Se você usa o Chrome, clique no ícone com três traços ― na extremidade direita da janela do navegador ―, clique em Mais ferramentas... e em Limpar dados de navegação... Feito isso, defina o intervalo de tempo desejado e marque os itens que você quer apagar (se preferir, clique na aba Avançado para ter acesso a opções circunstanciadas).

No Firefox, clique no botão com os três traços, selecione Opções, clique em Privacidade e segurança (na coluna à esquerda), vá até a sessão Histórico e clique em limpar seu histórico recente. Defina então o período desejado e execute a limpeza (note que também é possível selecionar quais itens você deseja remover clicando em remover cookies individualmente, mas aí a coisa é um pouco mais complicada).

Suítes de manutenção como CCleaner e o Advanced System Care (clique aqui para saber mais sobre elas) simplificam esse trabalho. A configuração padrão é adequada para a maioria dos usuários, mas é possível fazer ajustes que tornam a limpeza mais (ou menos) abrangente.

Também é possível configurar o navegador para limpar os dados ao final de cada sessão, ou então recorrer à navegação anônima. Para abrir uma janela anônima no Chrome, o atalho de teclado é Ctrl+Shift+n. No Firefox e no Edge, pressione as teclas Ctrl+Shift+p.

Você pode configurar seu navegador para abrir a janela anônima sempre que ele for iniciado. No Chrome, pressione o botão Iniciar (da barra de tarefas do Windows), role a lista de programas até localizar a entrada correspondente a esse navegador, dê um clique direito sobre ela e, no menu suspenso, escolha a opção Enviar para > Área de trabalho (criar atalho). Feito isso, dê um clique direito sobre esse novo atalho, clique em Propriedades, depois na aba Atalho e, no campo Destino, no final do endereço, dê um espaço e digite --incógnito, de modo que a linha fique assim:

“C:\Users\Nome\AppData\Local\Google\Chrome\Application\chrome.exe” --incognito.

Clique então em Aplicar > OK e reinicie o navegador pelo atalho que você criou.

É importante ter em mente que a navegação privada não permite escapar do radar do provedor ou dos curiosos de plantão, mas descarta cookies e arquivos temporários ao final de cada sessão, inibe a gravação de históricos, dados de formulários, senhas, e por aí vai, o que já não é pouco. Quem quiser navegar com total privacidade deve recorrer a uma VPN (rede virtual privada) ou a ferramentas como o TOR  ou o ANONYMIZER.

Esses "truques" não fazem milagres, mas ajudam a navegar na Web de maneira mais segura, daí porque veremos mais dicas na próxima postagem. Até lá.

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quinta-feira, 19 de abril de 2018

COMO PREVENIR VAZAMENTOS DE INFORMAÇÕES NO GOOGLE E NO FACEBOOK ― FINAL


ONDE SE QUEBROU O POTE É QUE SE PROCURA A RODILHA.

Já vimos algumas reconfigurações para evitar problemas no Google; agora, veremos como proceder no Facebook.

Para controlar as informações partilhadas com aplicativos, você pode limitar a obtenção de dados, remover apps da conta e desativar programas no seu perfil. Outra maneira de proteger seus dados é minimizar a exploração de informações pessoais por anunciantes ― assim, o Face exibirá apenas anúncios com foco em informações básicas, como gênero e idade. No caso de campanhas políticas, os posts patrocinados não aparecerão no feed.

Observação: O Facebook declara expressamente, em seus termos de uso, que não compartilha nem vende as informações dos usuários com os anunciantes. “Temos a responsabilidade de manter as informações das pessoas seguras e protegidas, impondo restrições rigorosas sobre como nossos parceiros podem usar e divulgar dados.” Então tá!

Para apagar as atividades como curtidas, compartilhamentos e comentários, faça o logon na sua conta e:

No site, do lado direito da página, vá até o “Registro de atividades”. No mobile, é preciso ir à página do perfil e escolher a opção.

― Do lado direito, localize a atividade que deseja apagar selecionando o ano de publicação. No celular, ao clicar na setinha à direita, você verá a opção “Remover reação”. Clique no ícone do lápis e selecione a opção “Excluir”.

Para apagar as buscas:

― No campo de buscas, no alto do site, clique em “Editar”. No celular é exatamente igual.

― Na janela com o resultado das buscas recentes, escolha a opção “Excluir pesquisas”. O mesmo pode ser feito no aplicativo do celular. Ao deletar a pesquisa no site, você a excluirá automaticamente no aplicativo.

Sempre que um jogo, aplicativo ou site é aberto a partir do Face, ele fica registrado. Para saber quais são eles e como removê-los:

No site, no alto, à direita, clique em “Configurações”. No aplicativo do celular, aperte as três barras na parte inferior direita e escolha a opção “Configurações” e “Configurações da conta”.

― Do lado esquerdo, selecione a opção “Aplicativos” para visualizar todos os apps que têm acesso a suas informações. No mobile, role a barra e encontre a opção. Para remover qualquer um deles, pouse o mouse sobre cada ícone e você verá um X. Clique nele para deletar.

É possível que o desenvolvedor tenha armazenado alguns dados antes que você os excluísse. Para eliminá-los, é preciso entrar em contato com os desenvolvedores e solicitar sua remoção. No celular, clique em “Conectado com o Facebook”.

Para restringir os anúncios, faça o seguinte:

― Clique em “Configurações” do lado direito do site. No aplicativo do celular, toque nas três barras na parte inferior direita e escolha a opção “Configurações” e, em seguida, em “Configurações da conta”.

― No menu do lado esquerdo, aperte “Anúncios”. No celular, basta escolher a opção rolando a barra.

Em preferências, escolha “Configurações de anúncios” e marque as opções “não”, “não” e “ninguém”.

Voto a lembrar que deletar sua conta no Face não elimina de imediato as informações que foram registradas. Segundo a empresa, ninguém mais as verá, mas “pode levar até 90 dias, a contar do início do processo de exclusão, para que todo o conteúdo publicado seja excluído, como fotos, atualizações de status ou outros dados armazenados nos sistemas de backup”.

Sabendo que seus dados não somem completamente do banco de dados dessas empresas, procure usar as ferramentas e a internet de maneira responsável e ler os termos de uso. Tenha em mente que que a plataforma deve garantir a segurança dos dados, mas o maior interessado é você.

Observação: Como vimos no post anterior, o Google disponibiliza a ferramenta “Minha Conta”, que é uma espécie de central de controle. Através dela, o usuário decide o que quer compartilhar. Diariamente, os sites acessados e as buscas feitas são gravados ali, separados por hora, mas é o usuário que deve decidir quais tipos de dados podem ser coletados e utilizados. No Facebook, os controles de privacidades estão sendo remodelados e atualizados de modo a permitir que os usuários façam as alterações com poucos cliques. Asso, essas configurações, que eram distribuídas em quase 20 telas diferentes, deverão ser agrupadas num único lugar.

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terça-feira, 17 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― DE VOLTA AO FACEBOOK


PT PEDE À MILITÂNCIA QUE ESCREVA CARTAS PARA LULA. SÓ PODE SER BRINCADEIRA: A MILITÂNCIA NÃO SABE ESCREVER, LULA NÃO SABE LER E OS CORREIOS NÃO FUNCIONAM.

Foi a segurança digital que me levou a cometer meus primeiros artigos sobre TI, há quase duas décadas, e é ela o mote deste Blog ― que eu mantenho no ar há quase 12 anos, e que já conta com cerca de 3.500 postagens. Até porque navegar na Web deixou de ser um bucólico passeio no parque e se tornou uma prática tão arriscada quanto caminhar de madrugada pela região da Cracolândia, em Sampa, ou da Pavuna, no Rio, tantos são os perigos que nos espreitam nas sendas da Grande Rede.

O imbróglio envolvendo o Facebook e a Cambridge Analytica só fez comprovar esta tese, daí por que eu achei por bem compartilhar mais algumas noções e dicas sobre segurança digital, visto que o conhecimento, aliado a prevenção, é tudo com que temos para nos defender nessa selva.

Uma das maneiras de proteger dados pessoais é apagar os rastros de navegação em sites que coletam essas informações (veremos isso em detalhes mais adiante). Esses dados são coletados toda vez que fazemos uma busca no Google, enviamos um e-mail pelo Gmail, compartilhamos um documento pelo Drive ou usamos o Maps para localizar um endereço de nosso interesse, por exemplo.

Google, que também é dono do YouTube e do navegador Chrome, armazena nossas conversas, senhas, localização, compras, sites mais acessados, etc., e o mesmo raciocínio se aplica ao Facebook, que também é dono do WhatsApp, Instagram e Messenger. Claro que sempre podemos optar por não usar redes sociais, mas quantos de nós, em pleno século XXI, seriam capazes de abrir mão dessas e outras facilidades proporcionadas pela World Wide Web?

Enfim, quem se preocupa com a segurança na Web, mas não está disposto a viver num mundo desconectado, deve se precaver contra possíveis vazamentos de informações confidencias, seja impedindo que os aplicativos tenham acesso a esses dados, seja reduzindo ao mínimo o número de formulários e cadastros ao mínimo que preenche, já que as informações fornecidas podem ser usadas por pessoas não autorizadas, aí incluídos os cibercriminosos.
   
Nesse imbróglio envolvendo o Face, 87 milhões de usuários tiveram seus dados utilizados indevidamente pela Cambridge Analytica. Os EUA encabeçam a lista, com mais de 70 milhões de usuários. Em seguida vêm as Filipinas, com 1,17 milhão, e a Indonésia, com 1,09 milhão. O Brasil é o 8º no ranking mundial, com cerca de 450 mil usuários afetados.

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, admitiu o erro, desculpou-se publicamente e garantiu que a empresa vai avisar os usuários se seus dados foram ou não compartilhados indevidamente, bem como informar quais aplicativos da plataforma acessam informações e impedir os desenvolvedores de solicitar dados caso o app não tenha sido usado nos últimos três meses. As restrições devem obstar também a busca de contas via número de telefone ou endereço eletrônico ― que facilita a localização de amigos e conhecidos, mas também propicia a coleta de informações de perfis públicos.

Zuckerberg, que também teve seus dados compartilhados indevidamente, prestou esclarecimentos ao Senado e à Câmara Federal dos EUA, jogando mais luz sobre como o Facebook opera e as perspectivas da plataforma para retomar a confiança dos usuários. Desde o seu lançamento, a plataforma vem se posicionando como uma empresa de tecnologia, não de mídia, mas, devido a seu agigantamento, sua real personalidade vem sendo questionada.

Mesmo com o anúncio da nova política de privacidade, levará tempo para o Facebook retomar a confiança que perdeu com o escândalo. Enquanto isso, que o caso nos sirva de lição, que nos alerte para os perigos embuçados na Web e nos leve a ser mais seletivos na hora de escolher aplicativos, fornecer dados pessoais e, por que não, postar fotos e outros conteúdos “sensíveis”, que podem ser usados de maneira indevida para os mais diversos fins.

Dito isso, veremos como proceder para minimizar os riscos, mas na próxima postagem, já que este texto já ficou longo demais. Até lá.
  
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segunda-feira, 16 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― PARTE VI


O SEGREDO ESTÁ EM NÃO DEIXAR A MÃO DIREITA SABER O QUE A ESQUERDA ESTÁ FAZENDO.

Diz um velho ditado que jacaré nada de costas em rio que tem piranhas. À luz da sabedoria desses animais pré-históricos ― que, não por acaso, existem até hoje ―, é bom ter sempre em mente que segurança é um hábito, e como tal deve ser cultivado.

Embora seja cômodo clicarmos na opção “Manter-me Conectado” em serviços de email e redes sociais, a precaução manda digitarmos as informações de login todas as vezes que os formos acessar. Muitos de nós só tomamos esse cuidado quando usamos máquinas públicas ou compartilhamos nosso aparelho com outros usuários ― o que é cada vez mais raro ―, mas mesmo que ninguém tenha acesso ao nosso PC, tablet ou smartphone, sempre existe a possibilidade de o dispositivo cair em mãos erradas, e é melhor pecar por ação do que por omissão.

Igualmente importante é mantermos o sistema operacional e os demais aplicativos atualizados. As atualizações/correções/novas versões oferecidas pelos desenvolvedores nem sempre agregam novos recursos e funções aos programas, mas quase sempre corrigem bugs e fecham brechas de segurança. Para não termos o trabalho de atualizar manualmente os softwares não-Microsoft (já que o Windows e seus componentes contam com as atualizações automáticas do Windows Update ), podemos recorrer ao FileHippo App Manager, o OutdateFighter ou o R-Updater (os três são gratuitos o para uso pessoal).

Por mais tentador que seja, o uso de programas piratas deve ser evitado. Não digo isso pelo fato de pirataria ser crime (usar ou não programas ilegais é uma questão de foro íntimo, e cada um sabe onde lhe aperta o calo), mas sim por conta da insegurança. Como dizem os gringos, não existe almoço grátis, e 11 de cada 10 sites que oferecem programas craqueados, geradores de chaves de ativação e assemelhados distribuem largamente spywares, trojans e outras pragas digitais. Evite, portanto, ou você irá buscar lã e voltará tosquiado. E o mesmo vale para aquelas cópias piratas comercializadas nos melhores camelódromos do ramo (talvez nem todas, mas certamente uma boa parte delas tem maracutaia).

É importante apagar definitivamente arquivos “confidenciais” do HD do PC ou da memória interna de tablet ou smartphone antes de vender ou doar o aparelho. Lembro que a pura e simples exclusão dos arquivos (como quando os mandamos para a lixeira do sistema) não os torna irrecuperáveis enquanto o espaço por eles ocupado não for devidamente sobrescrito. Para entender melhor essa questão e saber como proceder, acesse esta postagem.

Do ponto de vista da segurança, senhas não devem ser escritas, mas memorizadas, e arquivos "sensíveis" não devem ser armazenados no smartphone, tablet ou PC. Aliás, melhor seria não os armazenar, mas se lhe for difícil resistir à tentação, transfira-os para mídias externas (pendrives, HDs USB, DVDs, etc.), proteja-os por senha ou criptografia e guarde-os em local seguro.

Continua no próximo capítulo.

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quinta-feira, 12 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― PARTE IV


BRASÍLIA É O MAIOR DESASTRE QUE ESTE PAÍS JÁ PRODUZIU.

FreeHide Folder é gratuito e oferece dupla proteção para seus arquivos, pois permite ocultá-los e/ou protegê-los por senha. Outra maneira de manter seus arquivos “sensíveis” protegidos é armazená-los “na nuvem”, usando serviços como o Google Drive, o OneDrive ou o Dropbox, dentre tantos outros.

Aliás, em meados de 2015 eu analisei diversas opções de “drives virtuais”. Vale relembrar que, se você tem uma conta no Google (e quem é que não tem, hoje em dia?), pode usar o próprio Gmail (que permite dividir o espaço oferecido pelo webmail e reservar parte dele como drive virtual), embora também seja possível utilizar apenas o armazenamento na nuvem cadastrando-se em https://drive.google.com. Aproveite o embalo para baixar também GOOGLEDRIVESYNC.EXE, que criará uma pasta do Google Drive na sua pasta de usuário, facilitando o upload de arquivos ― com isso, quando você arrastar ou recortar/copiar e colar os itens desejados nessa pasta, eles serão “clonados” automaticamente no seu disco virtual (clique aqui para mais informações).

Como o que abunda não excede, aproveito o ensejo para sugerir outras opções de armazenamento gratuitos que oferecem espaço de sobra para você armazenar seus arquivos. Quando eu fiz a avaliação, o ADRIVE e o MEGA, por exemplo, disponibilizavam até 50 GB. No DEGOOOZIBOXSHARED SURDOC, as cotas eram de 100 GB; no PROMPTFILE, o espaço era de 250 GB, e no MANKAYIA, a oferta era de espaço gratuito ilimitado.

Mesmo considerando a progressiva redução no preço dos HDDs externos (USB) e pendrives de grandes capacidades, nunca é demais contar com um backup do backup como diz um velho ditado, quem tem dois tem um, quem tem um não tem nenhum. E se sua preocupação é com a segurança, saiba que o grau de proteção dos servidores modernos é bastante elevado, sem mencionar que você pode criptografar seus arquivos pessoais antes de enviá-los para a nuvem (experimente o EncryptOnClick) e protegê-los com senhas fortes.

Não custa lembrar também que serviços online rodam diretamente do navegador, dispensam instalação (e desinstalação), são mais seguros, não ocupam espaço e consomem poucos recursos do computador, sendo capazes, em muitos casos, de substituir com vantagens os aplicativos residentes.

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terça-feira, 10 de abril de 2018

AINDA SOBRE A PRIVACIDADE NA WEB ― CONTINUAÇÃO


ONDE TODOS MANDAM, NINGUÉM OBEDECE E TUDO FENECE.

Conforme eu mencionei no capítulo anterior, a popularização dos smartphones e das redes domésticas wireless aposentou o velho “computador da família”, mas ainda tem gente que compartilha o PC de casa com a mulher, o marido e/ou filhos.

Em sendo o seu caso, não deixe de usar a política de contas de usuários e senhas que a Microsoft introduziu no Windows ME, na virada do século, e vem aprimorando ao longo das encarnações subsequentes do sistema. Com esse recurso, usuários cadastrados acessam seus arquivos e configurações personalizadas (plano de fundo, proteção de tela, e por aí afora) como se cada qual tivesse sua própria máquina ― ou seja, somente o hardware é compartilhado.

Embora esse não seja o mote desta postagem, volto a frisar a importância de se criar uma conta de usuário com poderes limitados para usar no dia-a-dia, mesmo que você não compartilhe seu PC com outros usuários. Isso facilita a solução de desconfigurações acidentais ou infecções virais, já que basta fazer o logon com sua conta de administrador, excluir o perfil comprometido, criar outra conta limitada e tocar a vida adiante. (A propósito, não deixe de conferir minhas matérias sobre política de contas de usuário do Windows, criptografia e senhas).

Voltando à vaca fria, evite manter arquivos confidenciais, fotos “comprometedoras” e que tais na memória interna de seu smartphone ou tablet. Por serem “portáteis de verdade”, esses dispositivos estão mais sujeitos a perdas ou furtos do que seus “irmãos maiores”.  Aliás, armazenar esse tipo de conteúdo no HDD do PC de casa também pode não ser a melhor solução, sobretudo para quem compartilha a máquina com familiares (ainda que eventualmente). E mesmo que apenas você use o aparelhos, tenha em mente que máquinas pedem manutenção. Se for preciso deixar a sua numa assistência técnica, seus arquivos confidenciais poderão ser bisbilhotados ― daí eu recomendar enfaticamente a criação de backups desse conteúdo em mídias externas (HDs USB, pendrives ou mesmo CDs/DVDs) e o subsequente apagamento dos arquivos originais.

Se você achar que isso excesso de zelo (para não dizer paranoia), procure ao menos ocultar suas pastas/arquivos pessoais/confidenciais dos olhos de curiosos ocasionais. Veja a seguir como se faz isso no Windows 10 (se você ainda usa o Seven, acesse esta postagem).

― Pressione as teclas Win+E e, na janela do Explorer, selecione os arquivos/pastas que você deseja ocultar;
― Clique no menu Exibir e na opção Ocultar itens selecionados;
― Na janelinha que se abre em seguida, marque a opção Aplicar as alterações aos itens selecionados, subpastas e arquivos, e então clique em OK.

Observação: Se e quando você quiser tornar visíveis as pastas que ocultou, volte ao menu Exibir que comandou a ocultação dos arquivos e pastas, marque a caixa de verificação ao lado da opção itens ocultos. Com isso, as pastas/arquivos em questão ficarão “transparentes”; selecione as que você deseja exibir e torne a clicar em Ocultar itens selecionados, o que agora produzirá o efeito inverso, ou seja, permitirá a visualização dos itens que você havia escondido (certifique-se de que a opção Aplicar as alterações aos itens selecionados, subpastas e arquivos esteja marcada).

Tenha em mente que qualquer pessoa com acesso ao computador (e que seja um usuário intermediário ou avançado) poderá visualizar suas pastas/arquivos ocultos. Então, se houver algum item realmente confidencial, o melhor é protegê-lo também por senha, o que pode ser feito com o freeware Lock-a-Folder. Se preferir, use o compactador/descompactador de arquivos WinRAR, que, dentre outras funções, também permite criar pastas compactadas protegidas por senha (mais detalhes neste vídeo).

Até a próxima.

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segunda-feira, 9 de abril de 2018

AINDA SOBRE PRIVACIDADE NA WEB


O SEGREDO DA CRIATIVIDADE É VOCÊ ESCONDER BEM AS SUAS FONTES.

O mau uso de informações dos dados de usuários do Facebook acendeu a luz vermelha para aqueles que se preocupam com sua privacidade. A questão é saber com o que vale a pena se preocupar, pois o acesso a informações pessoais só é danoso quando se reverte em objetivos espúrios. 

Há quem dica que se está fazendo uma tempestade em copo d’água, que os assim chamados “nativos digitais”, que convivem desde sempre com a tecnologia, veem a questão da privacidade de outra forma, já que seus valores não são os mesmos de quem nasceu e cresceu nos anos 60 e 70, por exemplo. Seja como for, é preciso vigilância. Sempre. 

Isto posto, vejamos algumas dicas (velhas, batidas, mas ainda eficazes) cuja observância pode evitar dores de cabeça:

― Restrinja o acesso a informações de seu perfil em redes sociais (e não só no Facebook). Se achar indispensável publicar fotos, crie álbuns privados e conceda acesso apenas a amigos mais próximos.

― Jamais exponha sua intimidade. Selfies e fotos “calientes” podem causar constrangimentos se e quando forem visualizadas (ou, pior, compartilhadas) por pessoas inescrupulosas. Evite também publicar fotos suas em carros de luxo, hotéis suntuosos ou qualquer outra coisa que exponham sua situação financeira e despertem o interesse dos amigos do alheio.

― Não compartilhe (via WhatsApp ou redes sociais) os locais que você costuma frequentar, sozinho ou com parentes e amigos. Se for o caso, divulgue fotos e outras informações depois de já ter deixado o lugar.

― Use senhas seguras (mais detalhes nesta postagem), altere-as de tempos em tempos e não reutilize a mesma senha para múltiplos logins (Windows, webmail, netbanking, etc.). Se achar difícil memorizar suas senhas, recorra a um gerenciador  como o Avast Passwords, que cria senhas complexas e as sincroniza e em todos os seus dispositivos (WindowsAndroid e Mac, etc.), além de informar se alguma delas senhas vazou na internet. (Saiba mais sobre gerenciadores de senhas nesta postagem).

― Aquelas recomendações sobre tomar cuidado ao abrir anexos e clicar em links que chegam através de emails, programas de troca de mensagens e redes sociais já criaram barba, mas continuam valendo. Demais disso, suspeite de mensagens e perfis de contatos desconhecidos; afinal, elas podem ser iscas para levá-lo a infectar seu sistema com spywares ou outras pragas.

― Não use computadores públicos e/ou de terceiros. Com a popularização dos smartphones, não faz mais sentido recorrer a dispositivos alheios para ler emails, fazer compras em lojas virtuais ou transações bancárias online. Evite.

― Se você compartilha seu PC com outras pessoas (cônjuge, filhos, etc.), use a política de contas e senhas do Windows   política de contas de usuário e senhas do Windows. Ao navegar na Web, desmarque a opção “salvar senhas automaticamente” e faça o logoff após acessar sites que exigem identificação do usuário. E lembre-se: Computadores de escolas, cibercafés e lanhouses são utilizados por muitas pessoas durante períodos curtos, e a qualquer momento pode surgir um usuário que, ao perceber que algum serviço já está logado, altera dados e insere informações caluniosas sobre a vítima, que só se dará conta do problema muito mais tarde.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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sexta-feira, 6 de abril de 2018

COMO EXCLUIR SUA CONTA NO FACEBOOK


DEUS NÃO É BRASILEIRO. SE FOSSE, SERIA O RESPONSÁVEL POR ESTA OBRA ETERNAMENTE INACABADA E PERMANENTEMENTE SUPERFATURADA?

Se sua preocupação com privacidade beira a paranoia ― e não sou eu quem lhe dirá que não existe motivo para tanto ―, é possível (e até provável) que as dicas que eu publiquei nos posts anteriores não o tranquilizem a ponto de desistir da ideia de abandonar de vez o Facebook. No entanto, por alguma razão incerta e não sabida, não existe um link ou botão de fácil acesso, destinado a facilitar a exclusão do seu perfil (e respectivo conteúdo) dos servidores da rede de Zuckerberg (talvez por isso o Face seja a maior rede social do mundo, com mais de 1,5 bilhão de usuários cadastrados). Mas prossiga com a leitura e veja que isso não é nenhum bicho-de-sete-cabeças.

Antes de qualquer outra coisa, sugiro fazer um backup dos dados que você publicou no Face (essa etapa não é obrigatória, mas nem por isso deixa de ser recomendável). Para tanto:

1) Faça o logon na sua conta, clique no ícone da engrenagem, escolha a opção Configuração de conta e clique em Baixe uma cópia dos seus dados no Facebook

2) Uma nova página será aberta com detalhes do download. Insira sua senha para confirmar a veracidade da solicitação e selecione o download do arquivo expandido, com todos os registros da sua conta (note que as fotos em que você foi marcado não serão incluídas; você terá de selecioná-las uma a uma e copiar as imagens desejadas). 

3) Aguarde. O Facebook enviará um email para você, com um link para o download dos dados.

Cumprida essa etapa:

1) Digite http://www.facebook.com/help/delete_account na barra de endereços do seu navegador. Quando surgir uma caixa de diálogo como a da figura que ilustra esta postagem, clique no botão azul ― Excluir minha conta

2) Na telinha que se abre em seguida, informe a senha cadastrada e escolha algumas imagens aleatórias (para comprovar que a solicitação não está sendo feita por um robô).

3) Uma nova caixa de diálogo será exibida, confirmando sua solicitação e informando que o encerramento definitivo ocorrerá no prazo de 14 dias (até lá, se você poderá cancelar a requisição a qualquer momento).

Se você não tiver certeza de que quer mesmo abandonar a rede, saiba que é possível “dar um tempo”. Para isso:

1) Acesse sua página, faça o logon, clique no ícone da engrenagem, escolha Configurações de Conta, selecione Segurança e clique no link Desativar Sua Conta, no pé da página. 

2) Dentre as razões disponíveis, marque a opção desejada ou clique em Outro e dê mais detalhes na caixa de diálogo. Marque também a caixa que cancela o envio de emails, e então clique em Confirmar

3) Digite sua senha, clique em Desativar Agora e aguarde o processamento da solicitação. Desse modo, a conta permanecerá suspensa por um prazo pré-definido, durante o qual bastará acessá-la para que ela seja restabelecida automaticamente.

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quinta-feira, 5 de abril de 2018

PRIVACIDADE NO FACEBOOK ― CONTINUAÇÃO

SEGREDO ENTRE TRÊS, SÓ MATANDO DOIS.

Para se prevenir contra problemas de privacidade no Facebook, ative os alertas de login, de maneira a ser avisado, através de SMS ou notificação, caso alguém acesse sua conta. Para tanto, em Configurações, acesse Segurança e Login e ative a opção sobre logins não reconhecidos. Além disso, confira as demais opções de segurança oferecidas pela rede social (atente especialmente para a autenticação de dois fatores).

Ainda em Configurações, clique em Aplicativos e confira quais apps têm acesso à sua lista de amigos e qualquer informação que você tenha escolhido tornar pública. Para excluí-los, basta clicar no “X” ao lado do app e, na mensagem de confirmação que será exibida em seguida, clicar em Remover.

Tenha em mente que os riscos não provêm apenas do mau uso dos dados coletados sobre você e seus amigos. Existe também a possibilidade (nada remota) de sua conta ser invadida por pessoas inescrupulosas. Para dificultar um eventual acesso não autorizado, utilize uma senha forte e troque-a de tempos em tempos (saiba mais sobre como criar e gerenciar senhas seguras e fáceis de decorar nesta postagem).

Para se logar no Face, utilize uma senha específica. Isso significa não usar a mesma senha que você utiliza para fazer logon no Windows, no seu webmail ou (muito menos) no site do seu Banco para realizar movimentações financeiras.

Algumas empresas especializadas em segurança digital oferecem aplicativos que protegem sua conta no Face. Um bom exemplo é o freeware Norton Safe Web (para mais informações e download, clique aqui).

A maneira como vemos a nossa página não é a mesma como ela é vista por outras pessoas (amigos podem ter privilégios distintos dos que concedemos aos amigos dos amigos, por exemplo). Para ter uma ideia melhor de “quem pode ver o quê”, clique nas reticências à direita do botão Ver Registro de Atividades, na porção superior da sua página, e selecione a opção “Ver como” para conferir como outros usuários enxergam suas informações/postagens, ou mesmo como a página é exibida para uma pessoa específica (depois, é só modificar as configurações de visibilidade, e repetir o procedimento para conferir o resultado).

É comum a gente conceder acesso a uma porção de aplicativos de terceiros, que podem, inclusive, publicar em nossa Linha do Tempo. Para rever essas permissões, clique em Configurações > Aplicativos; na lista com todos os apps instalados, clique no “X” para remover o programa indesejado, ou no lápis para editar as permissões.

Observação: A não ser em situações personalíssimas, publicar posts em perfis alheios é uma prática deselegante ― isso para dizer o mínimo. Se algum amigo, ainda que bem-intencionado, insistir nessa inconveniência, acesse Configurações da Linha do Tempo e marcações e escolha quem pode publicar na sua Linha do Tempo.

Baseado nos seus dados, gostos e preferências, o algoritmo do Facebook determina quais conteúdos publicitários devem ser exibidos. Caso esses anúncios comecem a irritar, recorra à aba de Privacidade do seu perfil e gerencie os conteúdos. Note, porém, que não é possível remover totalmente a publicidade (como diz um velho axioma da propaganda no mundo digital, quando você não paga por um produto, é porque você é o produto).

As opções de bloqueio do Face podem ser particularmente úteis para coibir a ação de pessoas levemente inconvenientes e/ou de desafetos declarados. Contatos listados em sua Lista de Restritos são incapazes de ver publicações visíveis a outros amigos, embora tenham acesso a conteúdos compartilhados no modo Público ou em que amigos em comum sejam marcados. No entanto, quando o convívio virtual com uma pessoa se torna uma verdadeira provação, o melhor é bloqueá-la, fazendo com que ela perca totalmente o contato com o seu perfil, seja incapaz de marca-lo, convidá-lo para eventos, adicioná-lo como amigo ou iniciar conversas. Já a opção Bloquear Páginas permite vetar o acesso de jornais, lojas online, empresas etc., mas note que ajustes restritivos funcionam como uma via de mão dupla, ou seja, você também será incapaz de enviar mensagens ou publicar conteúdos nas páginas que bloqueou.

Dentre outras opções, a guia Publicações públicas ― acessível via Ver Registro de Atividades > Configurações da linha do tempo ― permite que pessoas de fora da sua lista de amigos sigam suas postagens (em modo Público). Basicamente, as publicações passam a constar no feed de notícias dos seus seguidores. Também é possível definir quem pode comentar nos conteúdos públicos, além de decidir sobre o recebimento de notificações sempre que usuários de fora de sua lista interagirem por meio dessas postagens.

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quarta-feira, 4 de abril de 2018

COMO PROTEGER SEUS DADOS NO FACEBOOK

ONDE TE QUEREM MUITO, NÃO VÁS AMIÚDE.

Se você é fã do Facebook e tomou conhecimento do imbróglio decorrente do mau uso das informações de usuários da rede pela Cambridge Analytica (assunto da postagem anterior), talvez já esteja pensando em excluir o seu perfil.

Mas maus vícios e velhos hábitos são difíceis de erradicar, sem mencionar que não existe um link ou botão que permita deletar sua página de maneira simples e intuitiva (voltaremos a isso mais adiante). E talvez nem seja o caso, já que é possível minimizar problemas de privacidade com a adoção de algumas medidas relativamente simples. Mas vamos por partes.

Por padrão, ao criar seu perfil no Face, você é convidado a fornecer uma penca de informações, mas nem sempre fica sabendo como elas serão utilizadas (aliás, a maioria dos usuários parece não se preocupar muito com essa questão). No escândalo envolvendo a CA, os dados foram usados para influenciar a eleição de Donald Trump, nos EUA, e o Brexit, no Reino Unido, e fala-se até que as eleições tupiniquins estariam na mira da empresa, mas isso já é outra conversa.

Se você está resolvido a deixar de vez o Facebook, veremos como fazer isso ao final desta sequência. Se ainda está em dúvida, as dicas a seguir o ajudarão a proteger sua privacidade online até que tome sua decisão.

A primeira coisa a fazer é usar a navegação “anônima” ― ou “privada”, ou “in Private”; o nome varia conforme o navegador, mas o efeito é basicamente o mesmo.

Observação: Sempre que navegamos na Web, nosso browser cria um "Histórico" dos sites visitados, arquivos baixados, logins efetuados, dados de formulários, e por aí vai. Dentre outras coisas, isso é interessante porque nos desobriga de memorizar as páginas que desejamos revistar e facilita o acesso a sites que exigem login. Por outro lado, nossa privacidade fica escancarada aos olhos dos curiosos de plantão. Já com a navegação anônima, esses dados não são retidos quando a sessão é encerrada, e a gravação de cookies (pequenos arquivos gerados pelos sites para monitorar a navegação, quantificar visitas a webpages, personalizar o conteúdo de acordo com o perfil do internauta, etc.) também é inibida.

Para abrir uma página anônima no Chrome, tecle Ctrl+Shift+P; no IE e no Firefox, Ctrl+Shift+P; para mais detalhes, inclusive sobre como configurar seu browser para adotar essa ação automaticamente, reveja esta postagem.

No Facebook, é possível selecionarmos quem pode ver e interagir com nossas postagens. Mas não é só: além de limitar o acesso de público, podemos definir quem pode nos enviar solicitações de amizade, visualizar nossa lista de amigos, localizar informações de contato (telefone e/ou endereço eletrônico) e assim por diante. Para isso, acesse sua página no Face, clique em Configurações > Privacidade e faça os ajustes desejados. Caso queira analisar melhor a política de privacidade da rede, acesse https://www.facebook.com/privacy/explanation.

Amanhã a gente continua. Até lá.

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